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Resident Evil Village tem cara de RE4, mas em primeira pessoa - Impressões com a demo

Resident Evil Village tem cara de RE4, mas em primeira pessoa - Impressões com a demo
Créditos: Mateus Mognon/Captura de tela

Em Resident Evil Village, Ethan Winters chega ao pequeno vilarejo em que o jogo se passa tão perdido quanto o jogador. Pelo menos é isso que a demonstração liberada pela Capcom neste fim de semana dá a entender. Após ter sua filha sequestrada, o protagonista é jogado no interior da Europa e precisa lidar com mais um evento sobrenatural, e nós tivemos um gostinho do que está vindo por aí.

Na noite de 17 de abril, a Capcom liberou uma demonstração bastante limitada de Resident Evil Village, mas que mostra o conteúdo que será entregue em maio. Disponível no PS4 e PS5 durante oito horas, a prévia com 30 minutos de duração permitia explorar o vilarejo do game, mostrando parte da história e as principais mecânicas de ação da jogabilidade.

Após baixar os 10 GB da demo lá pela meia-noite de sábado (17), dediquei meia hora da minha madrugada para encarar os horrores de RE: Village no PlayStation 4 Slim. Apesar de curta e cheia de limitações impostas pela Capcom, a prévia conseguiu cumprir seu papel e me mostrou que Village é mais que a vampirona alta que aparece constantemente nos trailers. 

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Em relação ao enredo, eu saí da demonstração de Resident Evil Village sem grandes revelações da história, então não se preocupe com spoilers, principalmente se você anda consumindo os trailers do game. Logo no início da prévia, Ethan encontra uma senhora, que já apareceu nos trailers, e recebe o aviso de que “eles estão chegando”. Quem são eles? Os licanos, monstros que parecem lobisomens e surgem para atacar a vila.

Sem muito conhecimento sobre o local misterioso, o jogador deve explorar o vilarejo europeu de cultura rural e com um culto para venerar a Mãe Miranda, que aparentemente protege o local de intempéries (pelo menos até a chegada dos lobisomens). A exploração vem acompanhada de itens e também de puzzles que seguem os padrões já conhecidos da franquia.

Vibe de Resident Evil 4

Em um primeiro momento, o vilarejo trazido na demonstração lembra bastante o início de Resident Evil 4, só que menos “zumbizesco”. O ambiente lembra a icônica vila em que a história do jogo de 2005 se passa não só pelo visual, mas pelos costumes.


(Imagem: Mateus Mognon/Captura de tela do PS4)

Ao andar pelas ruas da pequena cidade de Village, podemos encontrar estátuas, locais de veneração e altares para Mãe Miranda. Assim como em Resident Evil 4, as crenças do povo são uma peça importante no enredo do jogo.

Quem abrir o inventário de Resident Evil Village também terá lampejos de memória da era PS2: os itens são guardados em uma maleta, garantindo ao jogador um puzzle de organização mais elaborado na hora de guardar os equipamentos, criar e utilizar itens.


(Imagem: Mateus Mognon/Captura de tela do PS4)

Os habitantes do povoado também não são hospitaleiros, mas não atacam o jogador gratuitamente como em Resident Evil 4. Para a sorte de Ethan, os remanescentes da vila também estão em maus lençóis com o ataque dos licanos, o que garante um pouco mais de “amor” na relação do povoado com Ethan. 

Primeira pessoa

Mesmo com suas diferenças, Resident Evil Village ainda traz uma atmosfera que lembra o icônico jogo da Capcom de 2005 durante o gameplay na vila, mas com perspectiva em primeira pessoa. Apesar de nem todos os fãs da franquia aprovarem a nova câmera, que foi adotada primeiramente em RE7, o resultado na jogabilidade é satisfatório.

A visão mais intimista garante cenas de história e combates mais imersivos. A demo não é tão generosa na parte de ação, mas o breve trecho de briga direta com os lobisomens já é capaz de render uma bela dose de adrenalina.

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O visual da demonstração também está decente na versão do PS4. O jogo chegará rodando em 60 quadros por segundo e mirando em resoluções 4K no PS5 e Xbox Series X e S, mas a Capcom fez um trabalho competente adaptando o jogo para a oitava geração de consoles.

Os jogadores que adquirirem o jogo no PS4 podem esperar algumas texturas que poderiam ser melhores, bem como a já tradicional taxa de 30 quadros por segundo, mas a experiência é bastante estável, pelo menos na demonstração. Felizmente, Resident Evil Village também conta com upgrade gratuito para a nova geração, o que garante uma edição melhor para o título aos usuários que migrarem para o PS5 e Xbox Series X e S.

Dublagem e som

Outro ponto que merece destaque na demonstração é a presença de dublagem em português brasileiro. Após muita pressão da comunidade e anos de lançamentos, a Capcom finalmente trouxe uma localização completa para a franquia Resident Evil no Brasil.

Apesar de ter apenas meia hora de duração, a demonstração do vilarejo já traz uma bela prévia do trabalho de áudio realizado no game. Os jogadores finalmente podem ouvir Ethan falando em português brasileiro, e o resultado está dentro dos padrões das dublagens brasileiras recentes nos games.

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A equipe de localização também mandou bem na dublagem dos personagens secundários que aparecem na demonstração. Resta agora ver e ouvir como anda o trabalho de voz no resto do elenco, mas teremos novidades em breve com a segunda parte da demonstração.

Além da dublagem, os primeiros 30 minutos da demonstração também mostram o cuidado da Capcom ao utilizar o som para garantir uma ambientação imersiva ao game. Do vento de inverno até os passos rápidos dos lobisomens no matagal, o jogo utiliza seus ouvidos para montar uma atmosfera de terror no vilarejo, sem a necessidade de apelar para jumpscares.

Continuação da demo

As expectativas agora ficam por conta da segunda parte da demonstração, que será liberada para PS4 e PS5 no dia 24 de abril, da mesma maneira limitada da primeira prévia. Durante a noite do sábado que vem, os jogadores dos consoles da Sony poderão visitar o castelo da Lady Dimitrescu, que já apareceu em uma demonstração.

A demo estará disponível com uma hora de duração em todas as plataformas no dia 1° de maio. No entanto, o conteúdo também poderá ser jogado por apenas 24 horas. Assim como o povo do vilarejo, pedimos para que Mãe Miranda ilumine os modders de Resident Evil Village, que talvez consigam quebrar o bloqueio de tempo para liberar o conteúdo de maneira mais abrangente no PC.


(Imagem: Mateus Mognon/Captura de tela do PS4)

As limitações de tempo ajudam a “simular” a sensação de estar em um evento como E3 ou BGS, que normalmente trazem prévias limitadas para um seleto público testar. No entanto, a maior vantagem da distribuição digital é que você pode entregar esse tipo de experiência sem barreiras chatas como um cronômetro de 30 minutos, mas a Capcom aparentemente pensa diferente.

A primeira demo de Resident Evil Village me mostrou que o projeto está cheio de potencial e garante uma atmosfera de terror interessante. Eu adoraria passar o dia explorando cada canto da prévia em busca de segredos que ganhariam mais profundidade ao aproveitar o jogo completo. Infelizmente, com a adoção de limitações de tempo para jogar, a Capcom resolveu alimentar a vontade dos jogadores com expectativas ao invés de ação, o que pode ser bem perigoso por causa do “hype” exagerado.

Resident Evil Village será lançado em 7 de maio no PC, PS4, Xbox One, PS5, Xbox Series X e Xbox Series S.

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