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Samsung

ANÁLISE: Samsung Gear Fit 2

A Gear Fit é uma smartband um tanto diferente de suas rivais. Desde a primeira geração, a Samsung apostou em um display amplo e colorido, em oposição aos modelos mais sóbrios e até mesmo sem display, como a Sony Smartband ou a Xiaomi Mi Band. A segunda geração da Gear Fit possui um display relativamente amplo (considerando que é uma pulseira) e melhorou a resolução da tela e a potência do hardware.

Especificações técnicas:

– Tela de 1,5 polegadas e resolução 216 x 432
– Bateria de 200 mAh
– Bluetooth 4.2
– Sensores: acelerômetro, giroscópio, batimentos cardíacos e barômetro
– Resistência à água e poeira IP68
– Peso: 28~30 gramas

 

Design


Tela ampla, mas uma band grandalhona

Ao se colocar a Gear Fit 2 já é notável a diferença comparada a outras smartbands: ela é consideravelmente maior. Graças ao formato curvado da tela, ela consegue se ajustar bem ao pulso, mas ainda assim é uma band bastante grande e alta, não conseguindo ser discreta como outras sem um display. Apesar do volume, ela ainda é bastante leve e não é tão perceptível quanto um smartwatch, por exemplo, e é confortável de se usar mesmo durante exercícios físicos. 

O display rouba todas as atenções. Ele possui uma densidade de pixels interessante, e o destaque são as cores bastante vivas. É uma bela tela capaz de mostrar uma grande quantidade de informações e com artes bastante agradáveis. A tela é sensível a toques e bastante responsiva.

Há dois botões na lateral, que acabam sendo usados mais para atalhos determinados pelo usuário, já que os gestos são bastante eficientes. Basta inclinar minimamente o pulso para que a tela acenda, dispensando o uso do botão de desbloqueio. A sensibilidade é bastante alta, então você verá essa tela acender várias vezes de forma não intencional, e praticamente sempre que você quiser olhar para ela. 

Performance e autonomia


Muito ágil, mas não vai longe sem ser recarregado

O Gear Fit 2 recebeu um SoC bem mais potente que seu antecessor, e o resultado é um dispositivo muito ágil. A troca entre as telas e acionamento dos apps é instantânea, e não há qualquer sinal de perda de performance ao longo de seu uso. A responsividade aos comandos também é imediata.

Em autonomia, começamos a ver o display trazendo seus pontos negativos. A Smartband da Samsung está mais para um smartwatch nesse aspecto: tem autonomia média de 2 dias, podendo ganhar um pouco mais de tempo se acionado o modo economia de energia, ficando muito distante das bands mais discretas que entregam autonomias superiores a 10 dias, chegando a mais de um mês nos modelos sem display.

A tela ampla e colorida derruba a autonomia para dois, no máximo três dias

Funcionalidades


Mais completo que uma band, menos completo que um smartwatch

A Gear Fit tem seu foco em três principais funções: monitoramento de atividades físicas, exibição e interações com notificações e sensores como batimentos cardíacos e registro do sono. Na parte de exercícios, ela é excelente, por conta própria é capaz de identificar quando a pessoa está correndo ou caminhando, e inicia o registro da duração da atividade de forma autônoma. Além dos seus momentos mais animados, ela também monitora partes mais discretas como pequenos deslocamentos e subidas de escadas, por exemplo. Além da caminhada, a band da Samsung consegue identificar suas pedaladas, e caso você não leve seu celular, dá para usar o GPS interno do dispositivo para registrar seu deslocamento, lembrando que isso aumenta o consumo de bateria.

Um de seus recursos interessante, mas com falhas, é a possibilidade de usar somente a band para ouvir suas músicas. Os 4GB de memória interna podem ser usados para armazenar músicas, sendo enviadas ao fone via bluetooth, porém é preciso fazer o upload do arquivo original da canção. Em tempos de tantos serviços de músicas por streaming, seria interessante o suporte a músicas offline de pelo menos algum deles.

Em notificações ela também se sai bem, mas novamente tem lá suas restrições. A primeira tela da esquerda é composta pelas mensagens recentes, sendo que através do aplicativo no celular você pode definir quais são os apps que podem enviar notificações para seu pulso (melhor ser seletivo, caso contrário vai ficar com a band apitando o dia todo). A limitação fica por conta das possibilidades de resposta: só é possível responder com mensagens prontas, sendo que existe uma biblioteca básica com clássicos no estilo “te ligo depois” e é possível adicionar novas frases através do app, porém na hora de interagir somente através da band não é possível fazer muito mais coisas. Comandos por voz não estão disponíveis, nem mesmo um teclado virtual.

O monitoramento do sono e dos batimentos cardíacos são bem interessantes. Além de ser possível iniciar a medição de seu pulso de forma manual, a band já realiza essa verificação de forma automatizada em alguns momentos chave, como logo após finalizar uma corrida. A leitura é eficiente, e basta ficar um pouco parado para obter com sucesso uma leitura. O monitoramento do sono também funciona bem, entregando um relatório sobre a duração do sono e a qualidade dele. Claro, tudo limitado ao grau de precisão que a band é capaz de aferir utilizando apenas seus sensores de movimento.

Além do app da própria Gear Fit, mais utilizado para configurar o gadget, as informações ficam disponíveis no S Health. Apesar de mostrar uma boa quantidade dos dados já em sua tela, é legal ver no app os dados em uma interface mais ampla e com as informações consolidadas em períodos mais longos, o que ajuda entender a evolução.

Além de ver os dados coletados, através do aplicativo é possível customizar a aparência da interface com novos temas e também com downloads de novos estilos e aplicativos. Aqui, porém, o ecossistema da Gear Fit 2 não vai muito longe, com um ou outro app interessante e uma quantidade não muito expressiva de temas.

A Samsung trouxe evoluções notáveis na segunda geração de sua smartband. Além de um display mais bonito e ergonômico, as evoluções em desempenho tornam essa a melhor band disponível no mercado para um consumidor que quer poder acompanhar diariamente seus exercícios, mérito de sua ótima tela e sua automatização do registro de muitos dos dados. Comparada a muitos dos demais modelos, a Gear Fit 2 consegue ir muito longe na exibição dos dados e também na interação com eles, com uma boa navegação entre as diversas telas e o bom espaço disponível para ler notificações. 

Esse seu formato híbrido entre smartband e tela que a aproxima de um smartwatch acabou resultando também na “herança” das características ruins de ambos os tipos de dispositivos. Das bands, recebeu a limitação de formas mais avançadas de interação, como comandos por voz ou digitação na tela. Dos smartwatches recebeu a baixa autonomia, sendo necessário recarregá-la a cada dois dias para não ficar sem bateria.

Por conta dessas características, ela é o produto ideal para alguém que deseja monitorar suas atividades porém não gosta da dependência do app de smartphone para ver os dados, e também deseja uma tela para ver suas notificações, mas considera um smartwatch um exagero. Com a Gear Fit 2 ele consegue um meio-termo entre esses dois mundos, contanto que esteja disposto a pagar o valor não muito barato de R$ 1.200. Com esse custo, novamente esse vestível se aproxima dos smartwatches, já que um Moto 360 Sport sai por “não tão distantes” R$ 1.900.

Prós

Excelente display

Design ergonômico

Eficiente na exibição de notificações

Registro automático de exercícios e sono

GPS interno

Contras

Autonomia equivalente a um smartwatch

Pouca interação com mensagens e apps

Conclusão

{notas}

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