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Futurecom 2011: A Copa de 2014 será o "evento dos dados"

Durante a Futurecom 2011, representantes de diversas empresas das telecomunicações debateram sobre os desafios para a preparação da infraestrutura brasileira de comunicações para a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Entre os participantes, houve um consenso que estes eventos no Brasil serão um marco de uma mudança na forma como as telecomunicações serão utilizadas, com o uso do trÁfego de dados superando em grande margem o uso da comunicação por voz.

“Tanto nas Olimpiadas quanto na Copa o uso trÁfego de voz cresce. Durante o evento, ele duplica, e durante as partidas, pode ser até três vezes maior que o normal. No quesito dados, a taxa de uplink e downlink também triplica, e estamos tomando como exemplo o que aconteceu em 2010, quando o 3G tinha menor penetração no mundo. Como vai ser agora, com banda larga móvel muito mais popular?” questionou Marcelo Mota, diretor de marketing e soluções da Huawei do Brasil. Durante o evento, a Nokia Siemens divulgou a informação que o 3G tem crescido de 80 a 90% ao ano no Brasil, mostrando que o grande desafio da Copa serÁ o trÁfego de dados. A Hawuei também liberou dados sobre o uso do 3G pela população brasileira, mostrando que a maioria dos donos de aparelhos 3G efetivamente usam a conexão de banda larga móvel.

Para Leonardo Queiroz, diretor comercial para o mercado de grandes empresas da Tim Brasil, o crescimento de demanda da população pelo 3G e pelas tecnologias de banda larga móvel não é um problema, e sim a melhor solução para o país se preparar para os grandes eventos que irÁ sediar. “Popularizar estes serviços é a melhor alternativa, pois não hÁ sentindo em se criar toda uma infraestutura para sediar um evento, e depois não utilizÁ-la mais.” afirmou Queiroz, que usou de base a experiência da empresa durante os Jogos Militares, realizados recentemente no Rio de Janeiro. “50% da estrutura construída para estes eventos não é utilizada hoje. HÁ redes de alta velocidade passando por baixo de favelas, por exemplo, e que hoje não são utilizadas pela população local pois não foi criada a demanda”.

As leis brasileiras também foram apontadas como um problema para a preparação para a Copa. “HÁ casos em que não podemos realizar uma obra porque não pode ser liberada pelo governo, por falta de legislação que regulamente”, afirmou Ari Flarini, da Telefônica. Como exemplo, Falarini citou Manaus, uma das cidades-sede da Copa do Mundo, que possui uma legislação que não permite a instalação de fibras óticas pelo subsolo, apenas por vias aéreas. “Esta lei foi criada por conta de características do solo da região, porém ela não prevê nenhuma exceção. HÁ locais em que seria possível a instalação, e inclusive é a melhor alternativa. Infelizmente, nestes momentos temos que ser criativos.

Com a ausência de representantes do governo, como o senador Eduardo Braga e o deputado Júlio Semeghini, que tinham suas presenças anuncidas para este painel, as respostas do governo em relação as críticas aos aspectos legislativos, bem como ações do governo para a preparação destes eventos, ficaram faltando. Para Tas Koutes, da Ericsson, empresa que participou da estruturação das duas últimas Copas e estÁ presente também nas Olimpíadas de 2012, a maior falha neste eventos foi sempre a data do início dos projetos. “Sempre percebemos que seria melhor tivesse começado antes. HÁ uma série de ações a serem feitas, e não hÁ como pular etapas.”


Tas koutes durante o Painel “Copa do Mundo e Olímpiadas: Grandes Desafios de Infraestrutura a Serem Vencidos”

Tas também alertou as operadoras: “Muitas confiam em sua estrutura, e acham que basta ampliÁ-la para suprir a demanda. Isto é um grande erro, pois é preciso repensar toda a organização da empresa, desde a infraestrutura até outros setores como o marketing”. Como exemplo, Koutes citou a dificuldade em comprar um SIM card aou chegar no Brasil. Sem encontrar nenhum ponto de venda no aeroporto, teve que se deslocar para um shopping, onde não havia ninguém que entendesse inglês. Com a ajuda de um amigo brasileiro, comprou o cartão, porém com um problema: “a atendente queria meu ID brasileiro. Como eu ia ter isto? Tive que registrar no nome de meu amigo”, contou Koutes.

Carlos Sardenber, jornalista que coordenou o painel, finalizou ironizando: “A Copa vai sair, não hÁ nenhuma dúvida sobre isto. Só não sabemos como ela vai sair”.

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