Senador dos Estados Unidos culpa videogames por massacre em escola no Texas
Falas de Ted Cruz aconteceram durante a reunião anual da Associação Nacional do Rifle (NRA), a mais poderosa entidade pró-armas dos Estados Unidos
O senador do Texas, Ted Cruz fez fortes ataques aos jogos eletrônicos. O político do Partido Republicano, foi um dos palestrantes da reunião anual da Associação Nacional do Rifle (NRA), a mais poderosa entidade pró-armas dos Estados Unidos. Durante o evento ele sugeriu que os tiroteios em massa no país são resultados de pessoas que jogam games violentos e não vão à igreja.
"Tragédias como os eventos desta semana são um espelho que nos força a fazer perguntas difíceis, exigindo que vejamos onde nossa cultura está falhando. Ato de assassinato em videogames, isolamento crônico, abuso de drogas prescritas e opioides e causam efeitos em conjunto no psicológico de jovens americanos", disse Cruz. Os presentes o aplaudiram após comentar sobre videogames.
Os comentários se referem ao massacre que aconteceu na última terça-feira (24) na cidade de Uvalde, no Texas. Um jovem, de 18 anos, invadiu uma escola de ensino fundamental e abriu fogo, deixando 19 crianças mortas, além de uma professora e um outro adulto. Ainda não há indícios sobre as causas para o crime.
As falas de Cruz não tiveram boa repercussão nas redes sociais. Boa parte dos americanos ficaram revoltados com suas falas. Até porque todos se mostraram inconformados com a facilidade com que o atirador Salvador Ramos, de 18 anos, comprou dois fuzis semiautomáticos AR-15 e 370 cartuchos de munição. Já a comunidade gamer partiu para o questionamento, mostrando uma série de estudos refutando a fala do senador.
Apesar disso, não é de surpreender o posicionamento dele. Ted Cruz é um ferrenho opositor de leis mais rígidas para controlar a venda de armas nos EUA. Ele diz que para evitar estes massacres deve-se instalar portas e vidros à prova de balas e pôr mais policiais armados na entrada das escolas.
Não é exclusividade estadunidense
A desinformação não existe apenas nos Estados Unidos da América. Em 2019, após um ex-aluno invadir um colégio em Suzano e matar ex-companheiros o debate sobre os jogos violentos apareceram no Brasil.
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, encontrou um motivo para o massacre — os videogames. “A gente vê essa garotada aí viciada em videogames violentos. É só isso o que fazem”, disse a época.
Mourão disse que seus netos são jogadores e lembrou que, na sua infância e adolescência, não tinha videogame. “A gente jogava bola, soltava pipa, bola de gude.”
Claro que as falas não repercutiram bem, inclusive gerando um debate entre a comunidade brasileira gamer, veículos de comunicação, especialistas e a sociedade civil. No final, ficou claro que não havia relação entre o crime e jogos eletrônicos.
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Via: Dexerto Fonte: Gamerant, Folha