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Hardware

100 milhões de horas de CPU foram necessárias para que pudéssemos ver foto de buraco negro

Faz poucos dias que a imagem do Sagitário A*, buraco negro localizado no centro da Via Láctea, foi divulgada pelo grupo de pesquisadores do Event Horizon Telescope ou EHT e estamos descobrindo detalhes do trabalho que isso deu . De acordo com as informações divulgadas, foram necessárias 100 milhões de horas de um CPU e mais de 300 pesquisadores para criar a fotografia.   

A imagem do buraco negro é resultado da parceria entre o Event Horizon Telescope, supercomputador Frontier, localizado no Texas Advanced Computing Center (TACC), e o Open Science Grid da NSF. A grande maioria das horas de computação necessárias – cerca de 80 milhões – foi executada no sistema Frontier, que é baseado em CentOS Linux 7 de 23,5 petaflops e atualmente classificado em 13º na lista Top500 da supercomputação. Ele conta com  448.448 CPU cores graças a 16.016 unidades Xeon Platinum 8280 da Intel e um processador da classe Broadwell com 28 núcleos Intel rodando a 2,7 GHz.

As outras 20 milhões de horas da simulação foram computadas no Science Grid, que aproveita os ciclos de CPU não utilizados em uma forma de computação distribuída para desbloquear recursos de computação sem a necessidade de implantar supercomputadores caros e infraestrutura relacionada.

Para que a imagem do Sagitário A* pudesse existir, os pesquisadores usaram a interferometria, ou seja, o poder de varredura baseado em ondas de rádio da matriz EHT, que inclui oito radiotelescópios implantados em todo o mundo. Isso contanto inúmeras variáveis e ressalvas que precisam ser contabilizadas por estarmos tratando de uma fotografia de nível galáctico. Nesse processo, os pesquisadores ainda criaram uma biblioteca de simulação de buracos negros para analisar os dados capturados e transformá-los em uma imagem o mais real possível.

Essas observações sem precedentes melhoraram muito nossa compreensão do que acontece no centro de nossa galáxia e oferecem novos insights sobre como esses buracos negros gigantes interagem com o ambiente.” – Geoffrey Bower, cientista do projeto EHT do Instituto de Astronomia e Astrofísica de Taipei.  

Para o futuro, o plano é criar não apenas uma fotografia única, mas sim um vídeo completo que mostre a movimentação de partículas próximas ao buraco negro por um determinado período de tempo. E, como o Tom’s Hardware também menciona, nem podemos imaginar quantas horas de CPU esse novo objetivo irá consumir.

Via: Tom’s Hardware

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