Estúdio de PUBG: Battlegrounds, Krafton vai entrar no mundo dos NFTs

A Kraton, empresa conhecida principalmente por seu trabalho com PUBG: Battlegrounds, anunciou na última quarta-feira (9) que está entrando oficialmente no mundo dos NFTs. A companhia revelou que entrou em um “memorando de entendimento” com a Naver Z para desenvolver um novo projeto da Web 3.0 que vai resultar na construção de um metaverso próprio.

Segundo o anúncio, a Naver Z é uma subsidiária da Naver, dona da Zepeto, a maior plataforma de multiverso da Ásia, que já conta com 290 milhões de usuários ao redor do mundo. A Krafton deve colaborar com a plataforma usando o conhecimento que adquiriu durante a produção de PUBG para desenvolver uma plataforma de conteúdos gerados pelos usuários (UGC) que vai rodar sobre um mundo virtual detalhado criado a partir da Unreal Engine.

HyungChul Park, chefe do time de Web 3.0 da Krafton acredita que a parceria vai resultar em um projeto de alta qualidade com economia baseada em NFTs que vai se diferenciar de outros serviços semelhantes pela qualidade. Como parte de seu compromisso com os tokens digitais, a empresa também vai investir US$ 2,5 milhões na Seoul Auction Blue e US$ 4,1 milhões na XBYBLUE.

Planos da Krafton para o multiverso ainda são pouco detalhados

Ao mesmo tempo em que se comprometeu a usar seus recursos e conhecimentos para criar um novo mundo virtual, a Krafton até o momento não divulgou detalhes sobre ele. A empresa também não informou como os conteúdos gerados pelos usuários serão incorporados na experiência, tampouco detalhou como a economia baseada em NFTs vai funcionar.

No entanto, não há indícios de que a companhia vá trazer elementos do universo de PUBG à experiência, embora a possibilidade não deva ser descartada. Ainda para 2022 a empresa prepara o lançamento de The Callisto Protocol, jogo de terror single player dos criadores de Dead Space que compartilha o mesmo universo de Battlegrounds.

O anúncio da Krafton surge em um momento no qual NFTs se apresentam como uma tecnologia divisiva entre desenvolvedoras e o público. Enquanto nomes como a Ubisoft continuam a defender e apoiar os tokens não fungíveis, empresas como a Team17 e a GSC Game World desistiram de trabalhar com eles após sofrerem diversas críticas do público.
 

Via: Eurogamer