No início de agosto desse ano, a Google anunciou os smartphones Pixel 6 e Pixel 6 Pro. O principal destaque dos aparelhos foi a utilização do chip Tensor, projetado internamente pela empresa.
Pelo visto, esse será apenas o começo de uma série de investimentos em chipsets ARM próprios, que em breve poderão equipar também os novos modelos de Chromebooks.
A informação foi publicada nesta quarta-feira (01), pela Nikkei Asia. Segundo as fontes ouvidas pelo veículo, é provável que a Google anuncie esses chips ARM customizados em 2023. O lançamento dos primeiros Chromebooks equipados com eles ocorrerá logo em seguida.
As mesmas fontes afirmaram ainda que a Google foi “particularmente inspirada” pelo sucesso da rival Apple, com a linha de iPhones, iPads e processadores da série A. A troca recente dos chips Intel x86 para o M1 baseado em ARM, nos MacBooks, também foi visto como um enorme sucesso entre os concorrentes.
Por que utilizar um processador próprio?
Ao desenvolver o seu próprio chipset, uma empresa como a Google pode otimizar o funcionamento da peça para as suas próprias necessidades, ditando o equilíbrio entre cada unidade, como GPU, CPU, aceleradores de inteligência artificial (IA) e Machine Learning, entre outros fatores.
Essa foi inclusive a justificativa para o anúncio do novo chip Tensor no Pixel 6, uma vez que ele utilizará IA para acelerar diversas operações cotidianas, como reconhecimento de fala e processamento de imagens.
De modo geral, chips personalizados também permitem uma maior integração entre os recursos de hardware e software, algo que costuma resultar em mais desempenho, agilidade e menor consumo de bateria.
Por fim, um dos principais motivadores para a troca por chips customizados reside no fato de que a empresa não mais depende de parceiros e do estoque de terceiros para produzir seus aparelhos. Isso significa mais controle sobre a cadeia de produção e possivelmente uma margem de lucro mais elevada.
Vale lembrar que, além da Apple e da Google, outras empresas já produzem chips próprios, baseados na arquitetura ARM. Dois exemplos bem conhecidos são a Samsung, com a linha Exynos, e a Huawei com seus processadores Kirin.
Via: Nikkei Asia, Mundo Conectado
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