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On The Road

Relato da visita da equipe do Adrenaline on the Road ao Grand Canyon


O Skywalk propicia uma linda vista para o Grand Canyon

Terminada a CES 2011, é hora de a equipe do Adrenaline on the Road cair na estrada. Primeira parada? Los Angeles! Porém não sem antes passar por um dos principais pontos turísticos dos Estados Unidos, o Grand Canyon.

Esse post, com cara de blog, irá descrever como foi a nossa viagem entre Las Vegas e Los Angeles. Caso tenha interesse em nos acompanhar nessa viagem, vá em frente! Do contrário não perca seu tempo, pois não iremos falar sobre tecnologia, apenas sobre turismo, aventuras e perseguição policial – ou quase isso.

Da cidade do pecado ao buraco inusitado!

Acordamos às 8:00h, fizemos check-out no hotel e pegamos um táxi até uma locadora de carros. Para começar bem o dia, tivemos uma longa discussão na locadora pelo fato de não termos conseguido o carro que havíamos reservado. A nossa intenção era alugar um SUV 4×4 (com cara de rally), porém, como a devolução do carro será em São Francisco, na Califórnia, não havia nenhum modelo como este disponível, o que nos obrigou a pegar um carro no estilo americano, um carro grande, espaço, bem equipado, porém sem cara de Adrenaline on the Road.


Em frente a Fry's com o carro do Adrenaline on the Road

Após sairmos da locadora, um pit stop rápido – ou nem tanto – na Fry's, mega loja de eletrônicos, onde nossa veia geek falou mais alto e nos fez comprar alguns acessórios fundamentais para a viagem e outros nem tanto,  nos fazendo desperdiçar um tempo precioso e que nos faria falta no fim do dia. Quando finalmente conseguimos sair de Las Vegas rumo ao Grand Canyon já eram 10:40h e ainda tínhamos 220 km a percorrer.

O caminho para o Grand Canyon passa obrigatoriamente pelo deserto de Mojave, que recebe esse nome pela grande quantidade de cobras cascavéis de mesmo nome que habitam a região. A vista do local é de filme. Clima árido, formações e vegetação típicas de regiões desérticas, pequenas cidades com bares chamados de 'Saloon', tudo isso resulta em uma mistura de filmes do Velho Oeste com o filme 'Um drink no Inferno'. Retas intermináveis e pistas estreitas dão o tom da parte final da viagem, que nos últimos 30km é de estrada de chão, com direito a muito gelo congelado no acostamento, fruto da neve que por ali caiu nos últimos dias.

Well, it's just a hole, you know?

No Grand Canyon West está instalado o Skywalk, estrutura metálica com piso de vidro que permite aos visitantes flutuarem sob o Grand canyon. O local pertence a tribo indígena Hualapai, que explora comercialmente (com maestria) o local, cobrando o valor mínimo de U$29,95 pelo legado da tribo, U$8,00 de impacto ambiental e U$ 25 de transporte, acrescidos de taxas. Definitivamente os americanos podem dizer que 'Os nossos índios são mais criativos que os outros'.

Não, isso não é uma reclamação. O passeio vale cada centavo, afinal, o Grand Canyon é uma das sete maravilhas naturais do Mundo, tendo sido moldado naturalmente ao longo de milhares de anos pela força do rio Colorado. O local é visitado por centenas de milhares de turistas anualmente.

Veja a galeria de fotos completa do Grand Canyon

Dizer que o lugar é fantástico é chover no molhado, o famoso óbvio ululante, pois não há como negar isso.  Mais fantástica é apenas a definição que o Renato deu durante a visita ao Headquarters da Konami no dia seguinte. Quando Jay Boor, Diretor de Relações Públicas da empresa perguntou a ele o que achou do Grand Canyon, recebeu a seguinte resposta: – Well, it's just a hole, you know?.

YouTube video

Fora a brincadeira do Renato?!, algumas pérolas surgiram durante a visita, não posso negar. O Renato mencionando que estávamos indo visitar o Grand Canyon… no Texas!? Pior, com uma convicção impressionante. Eu também não escapei. No momento em que estava gravando um vídeo e explicando o que é o Grand Canyon, lá pelas tantas soltei uma frase mais ou menos assim: – O Grand Canyon foi moldado pelo rio Mississipi ao longo de milhares de anos!? Quando terminei a frase e vi a besteira que eu havia falado, já era tarde. O rio é o Colorado…

Algumas cenas pitorescas (pérolas) também marcaram a nossa visita, como o momento em que eu estava filmando o Renato com o Grand Canyon no plano de fundo. Eis que surge um turista e se posiciona atrás do Renato. Na hora mencionamos em tom de piada que ele iria cair no precipício e não deu outra! Não, ele não caiu, fiquem calmos. Apenas se desequilibrou e tomou um susto homérico, uma cena extremamente engraçada, ao menos para a gente. Já o turista saiu de fininho e não se aproximou mais do Canyon.

Não posso deixar de mencionar o passeio no Skywalk. A emoção de estar 'flutuando' sob o piso de vidro é de difícil descrição, quase indescritível. A sensação depende muito de para onde o seu olhar está voltado. Olhando para o chão, através do piso de vidro, bate um frio na barriga que instantaneamente amolece as pernas e fica difícil manter o equilíbrio. Basta olhar para o horizonte por alguns segundo para retornar ao estado normal. Infelizmente não pudemos bater fotos no local já que é obrigatório deixar câmeras, celulares e filmadoras em guarda volumes antes de começar o passeio. Oficialmente essa medida é em nome da preservação do local, porém mais parece ser em nome da preservação do modo capitalista americano, já que os índios mantêm fotógrafos oficias no local, vendendo suas fotos pela bagatela de U$30,00 dólares por foto. God bless America!


Grand Canyon com bastante gelo, fruto da neve que caiu nos últimos dias

Posso afirmar categoricamente que o final do passeio não teve graça, isso porque quando vimos já eram 17:40h no horário local, ou 16:40h na Califórnia. Ainda precisávamos dirigir por 660km entre o Grand Canyon e Los Angeles, com o sol já se pondo – isso acontece às 16:45h por aqui.

Rumo a LA. E não é que o carro da polícia corre demais?

Saímos do Grand Canyon com fome, cansados e cientes de que no próximo dia teríamos uma visita importante ao Headquarters da Konami, ou seja, tínhamos que obrigatoriamente chegar a Los Angeles até o final do dia. Pé na tábua…

A viagem transcorreu tranqüila em suas primeiras horas, tanto que gravamos um podcast enquanto viajávamos. Paramos para comer em um McDonalds (nada mais americano) construído dentro de vagões de um antigo trem na cidadezinha californiana de Barstow, com pouco mais de 24.000 habitantes.

Na seqüência, já com muito sono devido ao cansaço acumulado de várias noites mal dormidas durante a CES, voltamos para a estrada. O plano era pegar a Route 66, mas já era noite, estávamos cansados e pressionados pelo relógio, decidimos então que não teria muito que ver por lá. Uma pena, pois desde o começo do projeto Adrenaline on the Road a Route 66 esteve em nossos planos. Foi uma demonstração do famoso ditado 'A teoria na prática é diferente'. Resolvemos então continuar a viagem pela rodovia em que já trafegávamos e, no intuito de chegarmos logo a LA, aceleramos mais do que devíamos, viajando acima da velocidade permitida na rodovia interestadual I-15. Resultado?

Um susto enorme, lanternas na cara, momentos de tensão e uma multa, felizmente não muito salgada. Fomos 'perseguidos' por um carro da polícia que se identificou acendendo as luzes vermelhas e azuis quando já estava muito próximo da gente. Mencionei com o Renato: – Ferrou! E ele: – Desencana, não é com a gente. Antes ele tivesse razão! Fui para a pista da direita, o carro da polícia foi atrás, depois peguei o acostamento e novamente o carro nos seguiu. O policial acendeu vários holofotes em nossa direção e veio até o nosso carro lentamente. Ficamos nervosos, apresentamos documentos, explicamos o que era o Adrenaline on the Road, que éramos do Brasil etc. O policial foi até o seu carro e tivemos uns 5 minutos de tensão… quando o policial retornou, falou que iria aliviar a multa, disse que o nosso projeto era legal e que tinha vontade de conhecer o Brasil. Nesse caso ser de uma país simpático fez a diferença! Porém quando já estávamos achando o policial simpático, veio a frase: – Caso o senhor não pague a multa, da próxima vez que você for entrar nos Estados Unidos vão colocar uma algema em você! Está claro?

Duas horas depois chegamos a Los Angeles… vivos, cansados e prontos para a próxima!

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