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Comet Lake-S: o que você precisa saber sobre a 10ª geração Core

Comet Lake-S: o que você precisa saber sobre a 10ª geração Core
Créditos: Montagem: Adrenaline

A Intel lançou hoje oficialmente a 10ª geração de processadores Core, chamada Comet Lake-S, que irá equipar os desktops com processadores “10.000”. A empresa enfim reagiu aos concorrentes Ryzen, até porque precisava, e o resultado é um conjunto de novidades bem interessantes. Vamos as principais!

Mais núcleos

A Intel emparelhou o jogo com a AMD. Agora, Core i3 e Ryzen 3 são quad-core, Core i5 e Ryzen 5 são hexa-core, Core i7 e Ryzen 7 tem oito núcleos e a exceção é entre Ryzen 9 e Core i9. Os modelos i9 10XXX tem 10 núcleos, e os Ryzen 9 39XX tem 12 ou 16.

 

Hyperthreading pra todo mundo!

Enfim os i3 e os i5 não vão ser “capados” no line-up. Todos os Intel Core agora tem hyperthreading, que possibilita ter dois núcleos lógicos por núcleo físico. Isso faz bastante diferença em alguns cenários, especialmente os de produtividade. Abaixo, temos três processadores de seis núcleos, e nem preciso avisar qual é o único deles que possui esse recurso.

Intel oferecendo mais que AMD

Faz tempo que os lançamentos Ryzen tinham o forte argumento de que você teria mais núcleos e threads com a AMD. Agora, na décima geração, não é mais assim, já que em alguns patamares a Intel está oferecendo mais.

Um bom exemplo é o Core i5-10400F. Esse patamar é onde costuma sair o melhor produto custo x benefício para uma máquina gamer. Com o hyperthreading liberado para ele, agora temos uma configuração de 6 núcleos e 12 threads com preço sugerido de US$ 157. O rival direto é o Ryzen 5 3600, que foi anunciado por US$ 199. O mais modesto octa-core, o 10700F, chega por US$ 298, enquanto o Ryzen 7 3700 foi anunciado por US$ 329.

Isso é ótimo para o consumidor, e vai tornar a nova edição desse duelo abaixo animada:

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Mas, no topo, a AMD ainda está melhor. O topo de linha 10900K custa US$ 488, e por pouca coisa a mais (US$ 499) o Ryzen 9 3900X oferece 12 ao invés de 10 núcleos.

Novo soquete, claro

Um lançamento da Intel não é um lançamento da Intel sem outro soquete, outro chipset e várias novas placas-mãe. A linha Comet Lake-S traz o LGA 1200 e deve operar com placas de chipset série 400. Obviamente, chegam primeiro os modelos topo de linha, os Z490, e depois devem chegar os modelos mais “modestos”. 

A parte boa é que a futura geração de processadores deve usar o mesmo soquete e chipset, o que criou a curiosa situação que vamos falar na sequência.

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O limbo do PCIe 4.0

Os Comet Lake-S não tem suporte a PCI Express 4.0, nova geração da tecnologia de conectividade de placas de vídeo, SSDs, entre outros. Mas as placas-mãe Z490, sim. Ou seja: a placa suporta, mas não vai funcionar com os processadores Intel Core 10XXX. 

Essa situação “sem pé nem cabeça” acontece porque a próxima geração Intel Core deve dar suporte, e deve funcionar nesse chipset e soquetes que estão sendo lançados. Ou seja: quando vier CPUs Intel com suporte, essas placas-mãe vão poder usar essa tecnologia. Agora, tá ali, mas não dá pra usar.

Frequências maiores

Enquanto temos processadores com cada vez mais núcleos, ainda tem ciclos de trabalho que tiram muito benefício de frequências mais altas, e a 10ª geração vai chegar com clocks mais altos para explorar isso.

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O topo de linha 10900K chega a 5.3GHz, versus 5.0GHz do 9900K. Quase toda a linha chega com 100 a 300MHz de ganho comparado com a geração anterior, mantendo o mesmo TDP (vamos ver nos testes se a temperatura se manteve). 

Pouca gente pode brincar de OC

Aqui está um tópico que a Intel não se moveu muito comparado a AMD. Somente os processadores da linha K podem fazer overclock, enquanto todos os Ryzen, desde os mais modestos, “estão pra rolo” quando o assunto é modificação das frequências.

Nas memórias, até dá para dizer que houve melhora, mas não o suficiente para equilibrar o jogo. Os modelos Core i7 e i9 vão ter suporte a 2933MHz, enquanto o restante da linha fica em 2666MHz. Com a AMD o suporte é até 3200MHz nos Ryzen 3000.

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Aqui a gente “se faz” e finge que não tem um monte de memórias no mercado operando acima disso, e que até a própria Intel não tem perfis prontos para fazer esse OC (overclock) de forma automatizada. O que muda é que, se seu sistema não ficar estável acima dos 2933MHz em uma plataforma Intel, isso é problema seu, enquanto a AMD ainda vai dar suporte se as coisas não funcionarem até 3200MHz.

Algumas novidades boas incluem um die com menor altura, o que vai facilitar o resfriamento, e mais cobre no IHS (aquele metal no topo do processador), o que vai… também facilitar o resfriamento. Também vai dar para fazer uma curva de tensão elétrica versus frequência no Intel Xtreme Tunning, mas lembrando que você precisa adquirir uma garantia adicional para ter cobertura do seu produto se começar a fuçar nessas coisas.

A resposta da AMD vem, mas pode demorar

A AMD já tem a próxima geração “no forno”, os Ryzen 4000 baseados em Zen3 chegando ainda em 2020, mas apenas no final do ano. Até lá, temos mais de meio ano para disputar, e possivelmente a AMD pode reagir ao lançamento dos Comet Lake-S com uma redução de preço em alguns produtos para torná-los competitivos. Com o dólar tornando a vida do “micreiro” brasileiro tão difícil, seria bem-vinda uma boa notícia, para variar.

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