
Cientistas usam 70 GPUs para simular cometas "alien" perto do Sol e Júpiter
A simulação de comportamento desses corpos demoraria 140 dias com uma única placaÉ fato que o conhecimento espacial e a tecnologia andam juntos, e um grupo de cientistas nos deu um exemplo disso recentemente. Uma simulação para analisar o comportamento de corpos espaciais "alien" (meteoros, asteroides, etc.) perto do Sol e Júpiter foi realizada no final de 2019 e, nesse processo, a equipe contou com nada menos que 70 GPUs.
Com o número de placas utilizadas, a simulação de 400 milhões de corpos espaciais levou apenas dois dias. Tom Hands e Walter Dehnen, astrofísicos da Universidade de Munique, explicam que a pesquisa teria demorado cerca de 140 dias se tivessem usado apenas uma placa - e muito mais tempo se o escolhido fosse um processador normal de PC. Infelizmente, não sabemos quais GPUs foram utilizadas no processo.
"Usamos um código avançado que roda em unidades de processamento gráfico em vez de processadores tradicionais de computador para nos permitir simular um número tão grande de objetos em um curto espaço de tempo." - Tom Hands.
O trabalho foi realizado no cluster VESTA da Universidade de Zurique e os pesquisadores usaram velocidades realistas baseadas em dados da missão GAIA. O objetivo era entender como os corpos espaciais "alien" interagiam com o Sol e Júpiter ao se aproximarem do planeta/da estrela. Para entender melhor, chamar esses objetos de "aliens" significa que eles aparecem de repente e somem algumas semanas ou meses depois.
No final, a equipe concluiu que, em alguns casos, Júpiter pode alterar a trajetória de um objeto que entra no nosso Sistema Solar o suficiente para que este corpo seja "capturado" pelo sistema. O gacho para esse estudo foram os dois registros de corpos "alien" entre 2017 e agosto de 2019.
"Embora a probabilidade de captura seja pequena, pode haver de algumas centenas a centenas de milhares desses cometas alienígenas orbitando o Sol." - Tom Hands.
Os resultados dessa pesquisa foram divulgados nos avisos mensais da Royal Astronomical Society.
Fonte: Universidade de Zurique