
Roda Doom? Urna eletrônica possui processador Intel Atom e sistema baseado em Linux
O Doom original, de 1993, já apareceu rodando em diversos aparelhos inusitados, e mais um dispositivo pode ser adicionado a lista de plataformas com hardware potente o suficiente para aguentar o game: a urna eletrônica brasileira. O Nacionais vasculhou o site do TRE de Santa Catarina e descobriu as especificações técnicas do dispositivo mais recente utilizado em votações no Brasil.
Segundo o site do TRE-SC, o modelo mais novo da urna eletrônica, o UE2013, vem equipado com processador Intel Atom Z510P, de 2008, e 512MB de memória RAM DDR2, que podem ser expandídos para até 2GB. Além disso, a máquina eleitoral também tem suporte para armazenamento criptografado de até 512MB por meio dos dispositivos que aparecem na imagem abaixo.
Na parte de software, a urna eletrônica brasileira utiliza um sistema operacional baseado em Linux que traz modificações de segurança feitas pela equipe de segurança da informação do TSE. O OS aberto foi adotado em 2008, após a utilização dos sistemas VirtuoOS e Windows CE nos modelos anteriores.
Apesar do sistema do TSE ser voltado para as eleições, teoricamente falando, o hardware da urna eletrônica conseguiria rodar o Doom clássico se tivesse seu software devidamente preparado para isso.
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Em suas especificações, o jogo da Bethesda pede como requisito mínimo um chip Intel 486 de 66MHz para processamento e 8MB de RAM, algo que o hardware do "console eleitoral" brasileiro mais recente consegue bater com seu Intel Atom de 1GHz e até 2GB de memória RAM.
Nos Estados Unidos, pesquisadores conseguiram colocar Pac-Man para rodar em uma urna eletrônica em 2010, mas precisaram de três tardes para formatar o dispositivo, que já havia sido descontinuado. Ou seja, se você tentar instalar Doom na urna eletrônica no meio da votação, possivelmente vai ser preso por crime eleitoral.
Via: Nacionais