Brasil é um dos países mais premiados em feira científica da Intel

O Brasil foi um dos países mais premiados durante competição cientifica pré-universitÁria Intel ISEF, Feira Internacional de Ciências e Engenharia, com 19 projetos vencedores em diversas categorias.

Os brasileiros concorreram com mais de 1.500 estudantes de 56 países em San Jose, na Califórnia (EUA), entre 9 e 14 de maio e tornaram o país recordista latinoamericano em número de prêmios.

Os primeiros lugares na feira ficaram com Tamara Gedankien,17 anos, Alejandro Mariano Scaffa, 17 anos,  Lucas Strasburg Ferreira, 18 anos, Eduardo Trierweiler Boff, 18 anos e William Lopes, 20 anos.

Tamara venceu o primeiro lugar da categoria Ciências Sociais com o estudo de caso sobre os efeitos da contextualização sociocultural no aprendizado de matemÁtica. Além do prêmio de US$ 5.000 como a melhor em sua categoria, ela recebeu US$ 3.000 pelo primeiro lugar, além de uma bolsa de estudos no valor de US$ 15.000 por ano para estudar em uma universidade americana.

Em Bioquímica, Alejandro foi o primeiro colocado e também considerado o melhor na categoria, com o estudo sobre o melhoramento da produção de etanol por meio da esterilização da cana de açúcar por microondas. Ele recebeu os prêmios de US$ 5.000 e US$ 3.000, respectivamente.

William foi o segundo colocado em Microbiologia com o projeto de utilização do fungo Aspergillus niger no tratamento de efluentes II. O estudante recebeu US$ 1.500 pelo projeto que analisa o processo tecnológico que utiliza o fungo na remoção de poluentes. Graças ao projeto, o estudante também recebeu a premiação especial de US$ 1.000 oferecida pela americana The Lemelson Foudation.

Na categoria de trabalhos em grupo, os estudantes Lucas e Eduardo receberam US$ 1.500 pelo segundo lugar com o projeto Reevofoot (pé revolucionÁrio). O projeto prevê a construção de uma prótese de pé mecânico com materiais alternativos e de baixo custo para pessoas que sofreram amputação de membros inferiores.

Ao todo foram oito projetos brasileiros premiados na Grande Cerimônia de Premiação,
nove premiações feitas por instituições patrocinadoras e duas menções
honrosas. Como homenagem aos estudantes que ficaram nas primeiras colocações em suas categorias, o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets), nomearÁ asteróides com seus nomes.

“Os 1600 jovens de todo o mundo que participaram da Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel nessa semana demonstraram que a próxima geração de cientistas e inovadores tecnológicos é empolgante e promete”, declarou o Presidente e CEO da Intel, Paul Otellini. “Espero que a energia que esses estudantes do ensino médio demonstraram para matemÁtica e ciências, inspire a próxima geração de inovadores, cientistas e empreendedores que melhorarão o mundo em que vivemos”.  

Nesse ano, 1611 jovens cientistas de 59 países, regiões e territórios competiram na Feira.

Premiações Especiais
Os brasileiros também garantiram premiações oferecidas pelas instituições patrocinadoras, como a da americana The Lemelson Foundation. Além de William Lopes, mais dois estudantes ganharam o prêmio de mil dólares.

Karoline Elis Lopes Martins, de Belo Horizonte, (MG) apresentou a construção de um canal com garrafas PET acoplado ao concentrador solar, em um sistema de fluxo contínuo de Água solarizada com alternativa para desinfecção microbiológica em estação de tratamento de Água. A estudante recebeu também mais duas premiações por esse projeto – Prêmio Google e Menção Honrosa pelo INCOSE (Conselho Internacional de Engenharia de Sistemas).

João Batista de Castro David Junior, de 17 anos também faturou o prêmio, com o seu projeto “AnÁlise de extratos vegetais com potencial inseto-larvicida”, que objetivou a caracterização química de biocontroladores utilizados em vetores de transmissão. Esse projeto também foi premiado pela CACO Pharmaceutical & BioScience Society.