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Anonymous virou uma "marca" como a Al-Qaeda, diz especialista da F-Secure

Os últimos anos têm sido marcados por ondas de ataques virtuais tanto para roubo de enormes quantias quanto como forma de protesto. Mikko Hypponen, diretor global de pesquisas da F-Secure, faz questão de diferenciar as investidas e ainda alerta para a transformação de certos grupos em marcas associadas ao crime e a política, assim como acontece com os membros da Al-Qaeda.

“A indústria do cibercrime movimenta milhões de dólares. Não hÁ qualquer outra lógica ou motivação por trÁs dos ataques. JÁ grupos hacktivistas como Anonymous e LulzSec têm outras razões para promover esses ataques, como as de cunho político, por exemplo. Eles não querem dinheiro”, explica. “JÁ nos governos, uma parte importante dessas invasões estÁ ligada à questão de espionagem, muitas delas atribuídas à China”, prossegue.

Na visão de Hypponen, este é um problema muito maior, que vai além da questão da segurança. “Essa é uma geração que cresceu sem saber o que foi o período anterior à Internet. Eles pensam em formas de protesto de uma forma diferente da que pensamos”, afirma. “Para eles não hÁ diferença entre protestar em frente à sede de uma empresa ou derrubar o site dela. Claro que uma dessas ações é um ato criminoso, mas eles parecem não se importar.”

Para o executivo da F-Secure, determinados grupos jÁ se transformaram em verdadeiras marcas. “O Anonymous se parece com uma ameba, ele estÁ sempre alterando sua forma, com diferentes operações sendo executadas por diferentes pessoas no mundo, sem qualquer relação umas com as outras, mas usando uma mesma marca, assim como acontece com a Al-Qaeda”, afirma Hypponen. A Al-Qaeda é uma organização fundamentalista islâmica internacional, frequentemente relacionada a atentados, como o ataque contra as torres gêmeas em 11 de setembro de 2011 nos Estados Unidos.

Devido à estrutura desorganizada e sem hierarquia nem identificação dos Anonymous, fica difícil saber a autoria dos ataques. “Eles se transformaram em uma marca, nada mais. Qualquer um pode promover um ataque e creditar ao Anonymous e não haverÁ ninguém para contestar. Como eles mesmo dizem, ‘todos nós somos anônimos'”, explica Hypponen.

Os Anonymous ganharam visibilidade no final de 2010, quando começaram a arquitetar uma série de ataques em defesa do WikiLeaks. Mas a falta de organização reflete em confusões dentro do próprio grupo. Pessoas jÁ utilizaram a “marca” para ameaçar ataques contra o Facebook, por exemplo, iniciativa que foi negada oficialmente pelos porta-vozes do coletivo. De qualquer forma, os ciberativistas prometem realizar ataques de protesto todas as sextas-feiras, anunciados com a hashtag #FFF, sigla para “Fuck the FBI Friday”.

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