Felipe Gugelmin 
A Riot Games ameaçou cancelar a temporada de eSports norte-americana de League of Legends caso jogadores profissionais representados pela LCSPA não abandonem uma greve iniciada há alguns dias. Segundo a empresa, as demandas feitas a ela “não são sustentáveis” e o calendário atual de competições da LCS pode ser abandonado caso um acordo não seja firmado dentro das duas próximas semanas.
A greve foi decidida em votação pelos membros da LCSPA, que afirmam que as decisões recentes da empresa envolvendo a North American Challenger’s League (NACL) são bastante prejudiciais. A Riot decidiu mudar de 16 para 7 os times participantes da liga, algo que pode fazer com que até 70 pessoas, entre atletas e treinadores, percam seus empregos.
A criadora de League of Legends afirma que a decisão foi necessária para que o torneio seja economicamente viável. Em uma declaração, ela chegou a afirmar que outras ligas de Categoria 2 ao redor do mundo conseguem sobreviver por conta própria e que acredita que a NACL pode fazer o mesmo.
Riot diz que jogadores de League of Legend grevistas não serão punidos
Em seu comunicado, a Riot afirmou que qualquer adiamento além das duas semanas propostas por ela tornaria “quase impossível fazer uma competição legítima”. No entanto, ela explica que está preparada para cancelar toda a temporada de verão da LCS se for necessário, eliminando todos os times participantes da chance de concorrer a uma vaga para o 2023 Worlds.
“Quero ser clara: esse não é um resultado que queremos, mas é uma realidade infeliz de garantir que gerenciamos um sistema competitivo global e justo”. A criadora de League of Legends afirma que não vai punir nenhum atleta que entrou em greve, mas espera que o intervalo de tempo determinado por ela produza “diálogos produtivos” entre equipes, a LCSPA e a liga para que as competições sejam reiniciadas.
Ao mesmo tempo, a desenvolvedora não se pronunciou sobre os rumores de que “jogadores fura-greve” poderiam ser usados para reiniciar a LCS de verão. Até o momento, a LCSPA ainda não se pronunciou oficialmente sobre os comentários da Riot e se está disposta a abrir mão de suas exigências, mas afirmou que vai discutir seus próximos passos junto aos jogadores, técnicos e outros profissionais que representa.
Fonte: Kotaku
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