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Enfim o Android Wear torna os smartwatches em algo que faz sentido

Pouca coisa consegue levantar mais o meu ceticismo do que os smartwatches. Acho que só as televisões curvas ou os smartphones com tela 4K conseguem parecer mais desnecessÁrios e despertar menos do meu interesse. Mas hoje estes relógios inteligentes saíram do status “coisa inútil que estão tentando te convencer a comprar jÁ que você jÁ tem um smartphone” para “coisa relativamente útil para você comprar porque tem dinheiro sobrando”.

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Este level up aconteceu com o lançamento do Android Wear, um sistema operacional pensado para os dispositivos vestíveis e que enfim resolve o problema destes aparelhos. Nós temos a tecnologia necessÁria para criar um relógio com o poder de processamento de um smartphone, e as empresas jÁ saíram fazendo isto sem pensar no “para quê?”. Não adianta simplesmente fazer o hardware do gadget, e jÁ temos até exemplos de como isto não dÁ certo. Saíram muitos tablets com Windows até a Apple fazer o iPad, onde enfim a coisa deu certo porque temos nele um sistema pensado para funcionar no contexto de um tablet: com apps prÁticos de serem instalados e uma interação simplificadas baseadas nas características (e limitações) do gadget.

Pois o Android Wear é finalmente isto. É um sistema que realmente entende as capacidades de um smartwatch. E olha que não são muitas, por conta de sua tela pequena e que é um saco ficar com o pulso erguido por muito tempo. Neste cenÁrio, não consigo pensar em uma interação mais inteligente que a implementada pela Google: gestos curtos, informações pontuais e de rÁpida leitura e, principalmente: úteis. Não preciso deste gadget para sair batendo foto e filmar coisas por aí, pois prefiro o Facebook para stalkear as pessoas, Samsung.

YouTube video

Outro vídeo da série “se funcionar como nesta propaganda, compro 5” 

Além de uma simples extensão de seu smartphone, se limitando a coisas como te avisar de novas notificações, o Android Wear usa as capacidades do Google Now para entregar informações contextuais úteis, como o trânsito até o trabalho, mudanças no tempo e alertas em geral. Isto jÁ funcionava muito bem nos smartphones mas eu quase nunca via. O motivo: preguiça de tirar o smartphone do bolso e destravar a tela para ver só isto.

Pois acho que nos smartwatches enfim o Google Now vai estar no seu local ideal: visível a toda hora de forma Ágil. Diferente do que acontece no smartphones, você nem irÁ interagir, ou irÁ interagir muito pouco com estes alertas, algo que não é um problema. O Google Now que precisa “se virar” e descobrir o que devia estar te mostrando na tela. Dados sobre nossa vida para conseguir isto não faltam, para a Google.

E este para mim é o ponto crucial do Android Wear: o Google Now precisa ser funcional. Ele jÁ traz algumas coisas interessantes, mas precisa ser extremamente eficiente para não se tornar algo chato. O smartwatch deve saber que notificiações e informações são realmente úteis, senão vão só te irritar com alertas excessivos e podem cair em situações como a minha. Depois de vÁrios dias insistindo em me dizer o trÁfego para o trabalho, e o atraso que o trânsito iria causar, precisei marcar para não me mostrar este tipo de informação. Ela não é muito útil para alguém que pedala para o trabalho.

Errando na mão, ele pode se tornar um gadget irritante tentando ganhar nossa atenção sem necessidade, algo que jÁ me fez desabilitar praticamente todas as notificações possíveis do app do Facebook, pois ele passava o dia todo apitando. Em compensação, se implementada corretamente, pode ser um gadget fantÁstico, afinal o mundo de informações que a Google tem disponível possibilita muita coisa. O Google Now me surpreendeu quando aprendeu onde ficava minha casa e meu trabalho, e também minha rotina de deslocamento, sem eu nunca ter configurado nada.

Outro ponto importante é a estética. Estamos falando de uma peça de vestuÁrio, e as aparências vão contar ainda mais. Aparentemente as empresas não estão mal nisto, pois me agradou muito o Motorola 360, os aparelhos conceito do vídeo da própria Google também não se saem muito mal e temos a Fossil, designer e fabricante de relógios e jóias, que estÁ na lista das empresas que irão embarcar neste projeto. Tenho impressão que os aparelhos vão ser acessórios interessantes do ponto de vista estético, mas não prestem atenção no que digo, pois senso estético não é meu forte.

Para assinar o cheque, ou melhor, digitar o número de cartão de crédito e comprar estes aparelhos, ainda fica faltando saber quanto vai ser a dolorosa. Pelo preço que temos visto os smartwatches, ainda falta muito para este acessório se popularizar. O jeito é esperar passar a primeira e segunda onda dos vestíveis, até aparecer os primeiros produtos com margens menores e menos absurdas, algum equivalente ao Moto G e o Lumia 520 dos smartwatches.

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