
Prazer! GTX 680 a seu dispor!
No começo deste mês participei do Nvidia Editor's Day, em São Francisco. Em pauta? A nova arquitetura de GPUs da Nvidia, codinome "Kepler". Gostaria de ter compartilhado as informações com vocês hÁ mais tempo, mas uma simples palavrinha me impediu de fazê-lo: Embargo! Como hoje o embargo caiu, finalmente posso compartilhar as informações oficiais (Chega de boatos!) sobre a nova promessa da Nvidia.
Durante o evento a ênfase ficou em dois produtos distintos, um para desktop, outro para notebooks. Para desktops, a Nvidia apresentou a Geforce GTX 680 - primeira GPU baseada na arquitetura Kepler, lançada em substituição à GTX 580 e com foco no segmento entusiasta. JÁ para notebooks, a Nvidia apresentou a Geforce GT 640M, em substituição à GT 540M e que além de equipar notebooks, irÁ equipar Ultrabooks.
Como vocês viram na tela de especificações acima, a GTX 680 teve um considerÁvel upgrade em vÁrios aspectos. São 1536 Cuda Cores, rodando em um "clock base" de 1006MHz, além de 2GB de memória GDDR 5 com uma interface de 256 bits a 6GHz, quatro saídas (2 DL-DVI, uma HDMI 1.4a e uma Display Port 1.2) e suporte ao PCI Express 3.0, tudo isso alimentado por dois conectores de 6 pinos e atingindo um TDP mÁximo de 195W. A arquitetura Kepler é ainda compatível com DirectX 11.1, que segundo John Danskin, Vice Presidente de arquitetura de GPU da Nvidia, quando indagado sobre o suporte a DirectX 11.1, respondeu: "Sim, serÁ compatível com DirectX 11.1, mas... quem se importa?"
Algumas constatações sobre as características listadas acima são de fÁcil percepção: Quatro saídas possibilitam o uso de até quatro monitores simultaneamente, três rodando jogos e um no Windows, jÁ que o Windows possui uma limitação que não permite a Display Port interagir com as demais saídas. Porém, serÁ a primeira placa a permitir a tecnologia 3D Surround em apenas uma GPU, barateando o investimento necessÁrio para se jogar em 3D com três monitores. Também serÁ pioneira a trabalhar com memórias GDDR5 rodando com 6Gbps de transferência, além de trazer dois conectores de 6 pinos, ao invés de um conector de 6 e outro de 8 pinos, como na Radeon HD 7970.
Os mais atentos devem ter reparado que mencionei que a placa terÁ um "clock base" de 1006MHz. Quando falo em clock base, me refiro ao valor padrão da VGA. Porém, a arquitetura Kepler trabalharÁ com clocks dinâmicos, que variam para cima e para baixo de acordo com a demanda do software que estÁ sendo executado. Confuso? Nem tanto! Quando estiver checando emails, trabalhando no Excel ou em diversas aplicações que não demandam alto desempenho da GPU, a tecnologia "GPU Boost" funciona de forma semelhante a tecnologia TurboCore da AMD, diminuindo o uso da GPU e, consequentemente, economizando energia.
Até aí nada de realmente novo. A grande sacada da Nvidia e que transforma a Kepler em arquitetura bastante inteligente surge quando o GPU Boost eleva os clocks acima do clock base, uma espécie de overclock dinâmico realizado sem a interação do usuÁrio. A diferença entre o consumo mínimo e o consumo mÁximo de energia é uma oportunidade de aumento de performance e a Nvidia explora essa diferença para aumentar dinamicamente a velocidade da GPU, mantendo-se sempre na meta de consumo de energia otimizando, porém, a velocidade. Dessa forma a GTX 680 utiliza a diferença entre o consumo atual (varia de acordo com o software executado) e os 195W de TDP da placa para alavancar o clock base e aumentar a performance, chegando ao valor que a Nvidia denominou de "Boost clock".
Em alguns casos, esse upgrade dinâmico pode superar em até 10% o clock base de 1006MHz da GTX 680. O mais bacana é que, se você é um overclocker por natureza, ainda hÁ a possibilidade de overclockar o sistema e atingir um nível de performance maior, levando o clock default e o boost a valores ainda maiores. Toda a curva é afetada pelo overclocking - o clock base e boost clock.
Ainda em relação ao desempenho da placa, a Nvidia substituiu a tecnologia SM pela SMX, elevando o número de cores utilizados no controle lógico de 32 para 192 cores, com isso a placa conseguiu duplicar a performance por Watt, aumentando o desempenho e diminuindo o consumo de energia. Economia que é importante em Desktops, mas sobretudo em notebooks, pois em tempos de Ultrabooks, em que os portÁteis estão cada vez mais finos e leves, a duração da bateria se torna um ponto chave na hora de escolher um dispositivo que utilize uma placa de vídeo dedicada.
Mas nem tudo na GTX 680 é sobre força bruta. A placa não é apenas mais rÁpida, possui também grÁficos mais lisos. Graças a tecnologia proprietÁria FXAA (Fast Approximate Anti-Aliasing), a placa traz imagens muito mais suaves, sem serrilhado, e com performance 60% mais rÁpida que 4X MSAA (Multi Sampling Anti Aliasing). Nesse sentido o pulo do gato definitivo serÁ a adoção do novo algoritmo de Anti Aliasing chamado TXAA (Temporal Anti-aliasing), que a Nvidia definiu como "o próximo nível em qualidade de imagem", trazendo muito mais qualidade e performance se comparado com MSAA. Esse novo algoritmo jÁ é suportado pela família Kepler e vÁrios desenvolvedores jÁ estão trabalhando para aplicar essa tecnologia que, poderÁ ser vista em breve em games com a Unreal Engine Technology 4, games da Crytek, Borderlands 2 e muitos outros.
A introdução do "Adaptative VSync" é outra novidade na família Kepler. O VSync normalmente apresenta falhas quando o frame rate baixa de 60 FPS, em alguns casos levando-o automaticamente para 30 FPS, sem meio termo, criando um efeito "Stuttering" bastante visível. Com a tecnologia VSync adaptativo, o ajuste do frame rate é realizado dinamicamente, ligando e desligando o VSync de acordo com a performance do sistema, o que torna a variação menos evidente e cria uma experiência de jogo mais fluída.
Para todos aqueles que, como eu, são gamers por natureza, o discurso da Nvidia é positivo, com um "que" de volta as origens. Apesar de os grÁficos hoje em dia estarem inseridos em vÁrias aplicações bÁsicas e multimídia, a Nvidia deixou claro no evento que o conceito da GTX 680 é trazer um produto fantÁstico para gamers. "Um produto mais rÁpido, com grÁficos mais lisos e uma experiência mais rica", é o que promete a Nvidia. Características que, combinadas, fazem da GTX 680 um produto único. É a união de uma arquitetura poderosa e eficiente, levando desempenho e eficiência energética aos consumidores!
Marketing a parte, analisando os resultados que a placa obteve em nosso laboratório, fica claro que a Nvidia desenvolveu um produto eficiente em termos de desempenho e consumo, inteligente e com preço muito competitivo, pressionando a AMD e acirrando ainda mais a corrida por grÁficos cada vez mais ricos e reais. Quem ganha? Os consumidores, afinal, concorrência é sinônimo de evolução e preços mais atraentes. Quem perde? Os moderadores do Adrenaline, que terão muito trabalho para conter os ânimos exaltados dos nossos queridos leitores.
E você, o que achou da arquitetura Kepler e da GTX 680? Deixe seus comentÁrios na caixinha!
Não se esqueça de clicar aqui e ler a review completa que fizemos em primeira mão.
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