O Brasil sempre foi um país em que as paixões afloram. Somos apaixonados por futebol, carnaval e exaltar nossa cultura. A miscigenação brasileira nos possibilita criar estruturas e vivências únicas, só vistas por aqui. E o nosso envolvimento com games é uma dessas expressões que tomaram uma forma única e possibilitou diversas interações que só podem ser vividas por aqui. E os eventos voltados para a comunidade gamer é um dos momentos onde você pode presenciar toda essa pluralidade que o Brasil pode gerar.
No último sábado (28), no Centro Universitário Senac – Santo Amaro, em São Paulo, aconteceu o Festival Retro Games Brasil (Fest RGB), um evento focado nos fãs de consoles, arcades, periféricos e jogos antigos. Eu compareci ao evento e vou contar um pouco do que rolou nesse encontro fantástico entre fãs de videogames.
O que rolou no Festival Retro Games Brasil
O Fest RGB estava instalado no Centro de Convenções do Senac, que é um espaço agradável e ainda contava com um auditório – onde rolaram palestras durante todo o evento. Não havia muitos expositores, mas todos os que estavam lá atendiam o público apaixonado pelos jogos retro. E ver essa parcela da comunidade de jogos se encontrando depois de um momento tão delicado quanto foi esses dois últimos anos de pandemia é revigorante. E não digo isso pelo simples fato da reunião em si, mas pelo o que ela representa: o resgate da interação entre gerações.
Colecionadores, entusiastas de retrogames, preservadores de software e hardware, desenvolvedores independentes, pais e filhos, todos no mesmo espaço, jogando, trocando figurinha e vivendo uma experiência compartilhada.
Expositores trouxeram diversos consoles antigos e raridades, entre Dreamcast, Atari, Jaguar, Odyssey, TVs de tubos customizadas, Nintendinhos, Sega Saturn, Neo Geo, Sega CD e Arcades espalhados por todo o espaço. Quem circulou pelo evento podia comprar diversas dessas raridades, realizar trocas – havia um lugarzinho no evento dedicado a isso -, participar de campeonatos de jogos clássicos e assistir palestras com desenvolvedores, representantes de publishers e celebridades do cenário de retrogames, como Arnaud de Sousa, head de marketing da Dotemu, Bob Neal, do canal RetroRGB, e Túlio Adriano, do estúdio 2Dream.
O espaço estava tomado por pessoas de diversas idades; descobrindo ou revistando diferentes momentos da história dos videogames. Esse compartilhamento de experiências entre gerações – tanto de consoles quanto de pessoas -, criou um ambiente de diversão durante todo o evento.
Além dessa sinergia que rolou durante o Fest RGB, quem compareceu por lá também pôde curtir outras atrações. Se destacam entre elas:
- Os participantes puderam experimentar em primeira mão na América Latina, o futuro lançamento da Dotemu, TMNT: SHREDDER’S REVENGE. O aclamado beat ‘em up das Tartarugas Ninjas retorna para delírio dos fãs do gênero e, pelo o que eu pude experimentar no evento, vai agradar demais todos aqueles que estão aguardando o jogo;
- Punhos do Repúdio, da desenvolvedora brasileira Braindead Broccoli, foi outro jogo que marcou presença. Outro beat ‘em up com arte e jogabilidade de encher os olhos, o jogo – além de extremamente divertido – é uma crítica a gestão do governo federal durante a pandemia de coronavírus. Sua demo está disponível na Steam, caso deseje experimentar;
- Ronius Tale, desenvolvido pela Mega Cat Studios, é um jogo financiado pelo KickStarter e que faz parte de um novo movimento de um certo nicho de desenvolvedores que lançam jogos novos para consoles antigos. O jogo será lançado para Nintendinho e você pode adquirir o cartucho do game e se divertir com ele em seu console antigo;
- Pocket Bravery, dos brasileiros do Statera Studio (Guns N’ Runs), foi outro jogo que marcou presença e que chamou muita atenção. O jogo de luta traz diversos personagens, com visual chibi e combate com combos intensos. Fãs de fighting games, fiquem atentos a este lançamento e lembre-se de baixar a demo na Steam;
- Torneios de Windjammers 2 (outro lançamento recente da Dotemu) e California Games, clássico do Master System rolaram durante o evento;
- As palestras que aconteceram no festival ainda podem ser assistidas, caso você tenha interesse, elas estarão disponíveis no canal do Fest RGB no YouTube;
- Também era possível experimentar a plataforma de retorgaming, Jam.gg com criadores de conteúdo convidados.
Todas as atrações, palestras, torneios e personalidades que estavam no evento eram muito acessíveis; não havia filas gigantescas para experimentar os jogos e nem aglomerações, que são comuns em eventos do gênero. Quem foi, podia esbarrar com Danilo Dias e Thais Weiller (Joy Masher), Fabits (16 Bits da Depressão), Tulio Adriano (2Dream), Eidy Tasaka (Jogo Véio), entre tantos outros convidados que circularam pelo evento ou participaram de alguma atividade; todos acessíveis e extremamente receptivos para trocar figurinha com todos que compareceram por lá.
Existem eventos que buscam públicos gigantescos, com centenas de milhares de pessoas por dia e que acabam trazendo aspectos mais gerais dos jogos para seu público. Mas existem eventos, como o Festival Retro Games Brasil, que focam em um nicho específico, e com isso podem proporcionar uma experiência muito mais intimista e satisfatória.
Que mais eventos como o Fest RGB apareçam, não só em São Paulo, mas em todo Brasil e que eles possam atender as demandas dos apaixonados pelas diversas vertentes que os videogames podem oferecer.
- Categorias
- Tags
Participe do grupo de ofertas do Adrenaline
Confira as principais ofertas de hardware, componentes e outros eletrônicos que encontramos pela internet. Placa de vídeo, placa-mãe, memória RAM e tudo que você precisa para montar o seu PC. Ao participar do nosso grupo, você recebe promoções diariamente e tem acesso antecipado a cupons de desconto.
Entre no grupo e aproveite as promoções