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GTX aguenta Ray Tracing? Testamos a GTX 1080 Ti e a GTX 1060 6GB com RT ligado!

A Nvidia liberou hoje o novo driver que disponibiliza as tecnologias DXR para as placas de vídeo que não fazem parte da família de produtos RTX. Com isso, vários modelos da série 10 e também 16 passam a poder ativar a tecnologia DXR em títulos como Battlefield V, Shadow of the Tomb Raider e Metro Exodus. Mas, vale a pena tentar usar uma placa mais antiga para isso?

Chega hoje o Ray Tracing em GeForces não RTX (mas você não vai querer usar)

As placas da série RTX sofrem bastante impacto de desempenho quando o Ray Tracing é ativado, algo que já foi muito mais pesado e que veio melhorando com novas atualizações da tecnologia e principalmente com a chegada do DLSS, recurso que renderiza a imagem em uma resolução menor e usa deep learning para aumentar para a resolução final, trazendo dessa forma grande ganho de desempenho. Em diversos cenários a Nvidia afirma que o uso do DLSS é capaz de devolver o nível de performance de seus produtos para o patamar que havia antes do Ray Tracing ser ativado.

Artigo: Chegou o DLSS nas GeForce RTX: veja como ficam os gráficos e performance em FFXV

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Mas as placas que receberam o novo update não tem nada a ver com tudo isso. Elas não possuem hardware especializado em acelerar processos do Ray Tracing, no caso, os núcleos RT, enquanto o DLSS simplesmente não estará disponível nesses modelos porque não há sentido em usar essa tecnologia sem núcleos tensores, mais capazes de encarar cálculos de matrizes e por isso mais competentes para inferências e deep learning. Sem núcleos RT e sem núcleos tensores, as placas GTX 10 e 16 possuem hardware para rodar as tecnologias do Ray Tracing híbrido implementado no DXR, porém não possuem peças desenvolvidas para otimizar o traçamento de luz e nem contam com o trunfo do DLSS para ganhar performance.

Além de não possuir núcleos RT, as placas anteriores não receberão o DLSS

Para avaliar o nível de impacto que isso traz para as placas, colocamos em ação dois hardwares com níveis de performance relativamente próximos. A GeForce RTX 2080 tem basicamente o desempenho de uma GeForce GTX 1080 Ti quando falamos de aplicações que não tiram vantagem das evoluções da microarquitetura Turing, como games mais antigos. Combinamos essas placas hardware topo de linha para garantir que os chips gráficos sejam os responsáveis pelos resultados obtidos, e colocamos em ação 

Hardwares usados

Bancada de testes:

– Processador Intel Core i7-6950X – análise
– Placa-mãe Asus X99 Strix – análise
– Kit de memórias Kingston HyperX Predator DDR4 32GB 3000Hz (4x8GB)
– SSD Kingston HyperX Savage 240GB – SSHD Seagate 2TB SATA3
– Sistema de refrigeração liquida Thermaltake Water 3.0 Riing RGB 280
– Fonte de energia Thermaltake Toughpower DPS G RGB 850W Gold
– Gabinete Thermaltake Core P3

Placas testadas: 

– Nvidia GeForce RTX 2080 – análiselink de compra
– Nvidia GeForce GTX 1080 Ti – análiselink de compra
– Gigabyte GeForce GTX 1060 6GB G1 Gaming – análiselink de compra

Games testados:

– Battlefield V – DX12 – DXR para reflexos
– Shadow of the Tomb Raider – DX12 – DXR em sombras
– Metro Exodus – DX 12 – DXR em iluminação global

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Benchmarks

Colocando os três games com DXR disponível em ação, tivemos os seguintes resultados:

Sem núcleos RT, a GeForce GTX 1080 Ti entrega quase a metade do desempenho que a GeForce RTX 2080 é capaz na maioria da bateria. Essa diferença fica ainda maior se entra em ação a tecnologia DLSS, ampliando a vantagem para mais que o dobro em alguns cenários. Também fica claro nos testes que a GTX 1080 Ti não tem condições de alcançar os 60fps de média nem na resolução QuadHD usada, lembrando que sem o Ray Tracing a placa consegue atingir os 4K/Ultra/60fps em diversas franquias.

Gameplay


GTX 1080 Ti e GTX 1060 6GB

Ok, 1440p talvez tenha sido ambicioso. Mas e se formos “na maciota” e tentar uma configuração mais modesta, é viável jogar em uma GTX  com Ray Tracing? Fizemos os testes em duas placas: além da GTX 1080 Ti que já está nos comparativos, sacamos a GTX 1060 6GB, excelente modelo para esse experimento por dois motivos: ela é a placa “mais fraca” a ganhar suporte ao DXR com o novo driver, e também é muito popular e inclusive figura no nosso PC Ideal Adrenaline, ou seja, é um modelo muito visados pelos gamers. “Brigamos” nosso caminho pelas telas de configuração e o que conseguimos foi os eguinte.

Battlefield V usa o Ray Tracing para criar reflexos mais realistas, então sua implementação faz variar bastante o nível de estresse para o hardware dependendo do quanto da cena inclui objetos que refletem luz. A GTX 1080 Ti se saiu bem com o jogo configurado em FullHD em qualidade Ultra com o RT no ajuste médio. Dessa forma entregou mais de 60fps em nosso gameplay no mapa Roterdã a maior parte do tempo, inclusive com alguma margem, chegando aos 70fps ou mais em vários momentos. A GTX 1060 não se saiu tão bem, e em 1080p/médio com o RT no baixo oscilou bastante entre 40 a até 60fps. A placa intermediária (e agora oficialmente de entrada para RT) perde muitos quadros se há um objeto grande que reflete luz em sua frente, e encarando uma janela conseguimos derrubar os quadros para os 30fps.

GTX 1080 Ti
– 1920 x 1080
– Qualidade Ultra
– RT Médio
– Taxa de quadros entre 60 e 80fps

GTX 1060
– 1920 x 1080
– Qualidade Média
– RT Baixo
– Taxa de quadros entre 35 e 60fps

Em Shadow of the Tomb Raider temos uma das implementações mais modestas do Ray Tracing. A desenvolvedora usa a tecnologia RTX para calcular sombras realistas, algo que tem um impacto bastante discreto em muitas cenas e dá até pra passar despercebido por alguns. A GTX 1080 Ti conseguiu rodar o jogo em FullHD/Ultra com o RT no Alto mantendo uma taxa de quadros entre 50 e 60fps, e a GTX 1060 deu conta de usar o RT em qualidade média e RT no médio também, rodando próximo dos 45fps.

GTX 1080 Ti
– 1920 x 1080
– Qualidade Ultra
– RT Médio
– Taxa de quadros entre 50 e 60fps
– Sem RT a mesma configuração roda a 120fps

GTX 1060
– 1920 x 1080
– Qualidade Média
– RT Médio
– Taxa de quadros em 45fps
– Sem RT a mesma configuração roda a 60fps

Metro Exodus é o inferno de nossas placas de testes. Além de ser um jogo muito pesado por si só, ele tem uma das implementações mais desafiantes do Ray Tracing ao usar o recurso DXR para a iluminação global, demandando muito mais traçamentos de luz e “tornando a vida” de nossas placas sem núcleos RT em algo bem difícil. Foi preciso abrir mão de praticamente tudo na GTX 1080 Ti para alcançar 60fps: PhysX foi desligado, Tessalation OFF, pre-set de qualidade no médio (o menor que o jogo deixou usar) e até a resolução em um pífio HD (1280 x 720) para conseguir o RT no Alto (menor configuração disponível).

Obviamente a GTX 1060 se saiu ainda pior, e beiramos o cômico para conseguir uma performance aceitável. Colocando em 1024 x 768, no médio, PhysX e Tesselação desligados e sombras em 0.5x deu para acionar o RT no Alto e ter uma taxa de quadros na casa dos 80fps e uma imagem desoladora de um game que perdeu toda a qualidade gráfica no processo.  O resultado final é muito longe do ideal, e sem dúvidas é o pior cenário que testamos.

GTX 1080 Ti
– 1280 x 720
– Qualidade Média
– RT Alto
– Taxa de quadros em 60fps
– Sem RT a mesma configuração roda a 200fps

GTX 1060
– 1024 x 768
– Qualidade Média
– RT Alto
– Taxa de quadros em 80fps
– Sem RT a mesma configuração roda a 200fps

Conclusão

A chegada do novo driver e a compatibilidade com o DXR em placas mais antigas é um movimento correto por parte da Nvidia. Além de aumentar a base de placas compatíveis com o recurso, deixa por conta consumidor decidir se vai tentar usar os recursos em suas placas da série 10 e 16. Porém, baseado no nosso experimento, não há muito sentido em seguir por esse caminho.

É legal o DXR chegar a placas mais antigas, mas sem o hardware RTX não há muito sentido em usá-lo

A GTX 1080 Ti é o modelo “mais parrudo” sem ser RTX a receber o suporte ao Ray Tracing da empresa, e mesmo ele mostra sérias dificuldades em encarar os games que atualmente tem o recurso. É viável rodar em 1080p Shadow of the Tomb Raider e Battlefield V com uso do RT, mas é preciso abrir mão de muito da qualidade gráfica, já que essa placa conseguiria enfrentar esses games em 4K, um nível de definição da imagem muito superior. 

A GTX 1060 6GB então… essa também faz alguma coisinha aqui e ali tanto em BF V quanto SOTR, mas seu nível de desempenho quase não dá conta de manter um nível equilibrado entre qualidade e performance, e quando entra Metro Exodus, ambas as placas são praticamente “obliteradas” pelo uso bastante pesado de RT no game.

Com mais placas suportando o DXR vamos ver de qual forma as desenvolvedoras vão aproveitar para implementar seu uso. Não sei se há muita margem para limitar ainda mais o impacto de performance, já que os games lançados com RT até o momento já fazem um uso bastante “comedido” das capacidades do traçamento de luz híbrido introduzido pela Nvidia e pelo DX12. Seja lá qual for, não é mais o driver que está impedindo as desenvolvedoras de “brincar” com a tecnologia nesses hardwares mais antigos.

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