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Conheça o que muda com a série GTX 800M da Nvidia; promessa é de até dobrar duração da bateria

Nos últimos anos, os notebooks gamers ficaram mais finos Â– e potentes. Só que a autonomia nunca foi o forte do segmento. Por isso, mesmo quando um aparelho consegue ser fino e ter um bom desempenho, ele dura pouco longe da tomada.

É aí que entram os recém-anunciados chips GeForce GTX 800M, da Nvidia, que prometem menor consumo de energia com maior performance. Parte disso vem da própria arquitetura Maxwell, que permitiu, por exemplo, que a GeForce GTX 750 Ti Â– para desktops Â– consuma apenas 60W, mesmo tendo um desempenho duas vezes melhor que o da GTX 550 Ti, que consome 116W. A outra “carta na manga” da Nvidia para cumprir a tarefa é o Battery Boost, tecnologia que busca aumentar a autonomia do notebook enquanto o usuÁrio estÁ jogando. 

Um exemplo perfeito da situação dos notebooks gamers que conseguem ser finos e potentes, mas não duram muito fora da tomada, é o MSI GS70 Stealth, que analisamos aqui. Ele é bastante fino – com 2,2 cm de espessura – e possui um ótimo desempenho – rodando qualquer franquia em qualidade alta e Full HD. Mas seu problema estÁ na autonomia: ele dura apenas 2h20min longe da tomada, e isto rodando apenas coisas leves como navegar na internet e editar textos. Rodando games, a coisa é ainda pior.

Até o dobro de duração da bateria

Mas como o Battery Boost pode resolver isso? De uma maneira bastante simples: limitando os frames por segundo renderizado nos jogos. Ou seja: a tecnologia funciona melhor quando o usuÁrio jÁ roda um game com sobras, e pode reduzir a taxa de frames deste jogo. Por padrão, quando o Battery Boost é ativado, ele limita os jogos a 30 frames do segundo. O usuÁrio também pode aumentar essa taxa até 50 frames por segundo, ou diminuí-la, até 20 frames por segundo. Pode parecer algo bobo, mas, segundo a Nvidia, isso – aliado a outras tecnologias – pode fazer a bateria do notebook durar até duas vezes mais.

É claro que não é apenas limitando os quadros por segundo que se vai economizar bateria de maneira significativa. HÁ três pilares para essa redução do consumo: o 1º é o próprio limitador de frames, o 2º é um controlador dinâmico de frequência da GPU, e o 3º é a otimização de detalhes do jogo do GeForce Experience.

Segundo a Nvidia, assim que o Battery Boost é ativado, um controlador a nível de hardware assume o comando, e opera todos os componentes do sistema buscando uma melhor eficiência. Junto dele, é ativado o 2º pilar da economia de energia, que é o controle dinâmico de frequência da GPU. O que ele faz é ajustar de maneira automÁtica e dinâmica a frequência da placa de vídeo, de acordo com a complexidade da cena. Assim, a GPU trabalha apenas o suficiente para renderizar 30 frames por segundo Â– ou o valor escolhido pelo usuÁrio Â– e nada mais. A tecnologia funciona em conjunto com o Nvidia Optimus, que ativa automaticamente a GPU quando ela é requisitada, e a desativa quando não estÁ sendo usada, deixando por conta dos grÁficos integrados – mais econômicos – o funcionamento do notebook.

O 3º e último pilar da economia de bateria é o GeForce Experience, que agora possui novas opções de configuração. Isso inclui a possibilidade de, por exemplo, criar para um determinado jogo um perfil que serÁ usado quando o notebook estÁ conectado na tomada, e outro para ser usado quando ele estÁ na bateria. “Assim você pode configurar um jogo para rodar com detalhes em 'high' quando estÁ na tomada, e em 'médio' quando estÁ na bateria, por exemplo”, explica Alexandre Ziebert, do marketing técnico da Nvidia. “Diminuindo a complexidade das cenas a frequência de GPU necessÁria para atingir os 30fps serÁ menor, proporcionando uma autonomia ainda maior”, completa.


Captura de tela do GeForce Experience

ShadowPlay, notebooks mais finos e desempenho

Com as GPUs GeForce GTX 800M, também chegam as tecnologias que jÁ foram vistas nas placas de vídeo para desktop com arquitetura Kepler. E o melhor é que elas não serão exclusivas da série 800M, mas também estarão disponíveis para quem possui GPUs da série 700M e GTX 680M, 675MX, 670MX e 660M. Isso inclui as tecnologias ShadowPlay Â– que permite gravar jogos em tempo real, com pequena perda em desempenho Â– e GameStream Â– que deixa os jogadores transmitirem jogos de um PC para o Nvidia Shield.

As últimas gerações de GPUs para notebooks também vêm trazendo outra mudança, que fica mais evidente com fotos como a que se vê abaixo. Em 2011, a principal placa de vídeo para notebooks da Nvidia era a GTX 580M, que resultava em notebooks mais grossos e pesados, com algo próximo a 55 mm de espessura. JÁ com a GTX 850M, a empresa diz que é possível ter notebooks mais leves e com 21 mm de espessura, mas que ainda rodem os games de maneira satisfatória.

Finalmente, chegamos ao desempenho. A Nvidia promete que as novas GPUs terão desempenho até 60% melhor que a geração anterior. Esse número, aliÁs, representa a impressionante diferença entre a GTX 850M e a GTX 750M. JÁ a GTX 860M é 40% mais rÁpida que sua antecessora, a GTX 760M. Quando chegamos às GPUs mais poderosas, as diferenças vão ficando uma pouco menores. Enquanto a GTX 870M é 30% mais poderosa que a GTX 770M , a GTX 880M é 15% mais veloz que a placa da geração passada, GTX 780M.

O desempenho das GPUs são dados fornecidos pela própria Nvidia, baseados nos jogos Skyrim, Far Cry 3 e Tomb Raider. Nos mesmos testes, a empresa conclui que a GTX 850M é, em média, 70% mais rÁpida que a GTX 840M. Enquanto isso, a GTX 850M é 20% menos poderosa que a GTX 860M que, por sua vez, tem desempenho 35% menor que o da GTX 870M. Por último, hÁ a GTX 880M, que é, em média, 20% mais rÁpida que a GTX 870M.

AliÁs quando falamos da GTX 860M, é necessÁrio trazer uma explicação junto. Isso porque existem duas GTX 860M distintas, uma que utiliza a arquitetura Maxwell, e outra que utiliza Kepler. A versão Kepler é, de fato mais rÁpida, jÁ que possui um número maior de núcleos CUDA. Porém, a diferença não é muito grande, jÁ que o barramento de memória de 128 bits lhe traz algumas limitações. O que realmente irÁ diferenciar as versões é o seu uso: enquanto a GTX 860M Maxwell deverÁ ser usada para notebooks ultrafinos, a Kepler deverÁ ficar com os modelos mais tradicionais, por causa de seu maior consumo.

Confira uma tabela comparando as placas abaixo:

Um futuro promissor

Com o que vimos, dÁ para perceber que a nova série de GPUs para notebooks da Nvidia promete bastante. A possibilidade de termos placas de vídeo de alto desempenho, que consumam bem menos bateria e ainda permitam que os notebooks sejam mais finos e leves é bastante promissora. De acordo com as estimativas da empresa, o Battery Boost é capaz de, em determinadas situações, até dobrar a duração da bateria. Essa melhoria, por si só, jÁ seria uma grande novidade, mas ainda hÁ a promessa de significativa melhora no desempenho das placas.

Só que para sabermos o que a nova série de placas de vídeos é capaz de fazer, temos que esperar a sua chegada ao mercado. Avell e MSI confirmaram que incluirão as GPUs da série 800M em seus notebooks jÁ nas próximas semanas. Enquanto isso, fique ligado aqui no Adrenaline, que deveremos receber notebooks com estas placas de vídeo para anÁlise em breve.

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