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ANÁLISE: Seagate FireCuda Gaming - Um dos SSDs portáteis mais rápidos do mundo

Quem mexe com computadores certamente já ouviu falar da Seagate, empresa líder de mercado quando se trata de armazenamento de dados. A marca é muito conhecida por seus tradicionais HDs internos, mas justamente por se tratar de uma empresa referência no segmento de armazenamento de dados, não poderia deixar de fora os SSDs. Nos últimos anos, ela tem investido forte na marca FireCuda, com uma série de modelos de SSD padrão SATA e NVMe.

Outro mercado em ascensão é o de drives de armazenamento externos, os modelos portáteis, especialmente em tempos de pandemia, em que temos que ficar carregando dados de um lado para o outro entre home office e trabalho, por exemplo. Também há a demanda alta de games, ocupando cada vez mais espaço e com a promessa de aproveitarem melhor as soluções rápidas. Pensando nisso, a empresa lançou o Seagate FireCuda Gaming, um SSD portátil padrão USB 3.2 GEN2x2, a conexão USB mais rápida do mundo atualmente(o USB 4 chega em 2021).

Um dos poucos SSDs USB 3.2 GEN2x2 “20Gbps”

Esse SSD não difere muito de outros modelos em sua proposta principal: é um drive de armazenamento portátil baseado em um SSD como estrutura interna. Mas, diferente da maioria dos SSDs portáteis, ele pode tirar proveito da conexão USB 3.2 GEN2x2, a mais rápida do mercado atualmente, que alcança 20Gbps – na prática, até 2.000MB/s de leitura e escrita, o que o torna a solução comercial mais rápidas do mundo. A linha é composta por modelos com 500GB, 1TB e 2TB, todos baseados em conexão USB Tipo C, e sim, é um modelo gamer, logo, traz LED RGB.

Site oficial dos modelos Seagate FireCuda Gaming

Atualmente, e sempre devemos considerar a pandemia, o modelo com 500GB custa cerca de US$ 195 em cenário internacional na Newegg. Já o modelo analisado, de 1TB, custa cerca de US$ 270, enquanto o modelo de 2TB custa US$ 365. Esse preço pode variar para menos na medida que a pandemia for passando… Essa linha ainda não está disponível no Brasil.



Especificações

Trata-se de um modelo portátil baseado em conexão USB, que tem como principal característica alcançar até 2000MB/s de leitura e escrita, desde que conectado em uma porta USB 3.2 GEN2x2 (só existe em formato Tipo C), não existe uma conexão 3.2 Gen2x2 do tipo A.

E ai vem a pergunta: onde tem essa conexão atualmente? meu PC ou notebook tem essa conexão? Provavelmente, se o seu computador for de um modelo comprado nos últimos 2 anos, pode ter uma conexão USB Tipo C. Se ele tiver uma conexão USB 3.2 Gen2, já será um modelo muito recente e destinado ao segmento intermediário ou de alto desempenho. Mas, para ter uma 3.2 GEN2x2, vai ter que ser um bem mais recente MESMO – por enquanto, essa conexão é encontrada em placas-mãe desktop de última geração, já que mesmo modelos de placas topo de linha com chipset X570 ou laptops baseados em processadores Core de 10ª geração ainda não trazem essa conexão.

É raro um computador com conexão USB 3.2 Gen2x2

E você faz outra pergunta: mas e na prática, o que acontece se conectar um SSD baseado em conexão USB 3.2 GEN2x2 em conexão mais lenta? Acontece que você ainda vai ter um drive portátil muito rápido, mas que vai ficar com leitura/escrita limitada à conexão do seu dispositivo, na casa de 1000MB/s para uma USB 3.2 Gen2 – não mais do que isso, porque a conexão vai limita a velocidade do drive.

Então, antes de optar por um modelo de última geração como esse, busque se informar se o seu sistema tem uma conexão USB 3.2 GEN2x2, também conhecida como SuperSpeed 20Gbps. Na imagem abaixo, fica bem claro (mais ou menos né) o nome das conexões e a velocidade que cada uma delas alcança.

Para quem se pergunta qual a tecnologia dentro do FireCuda Gaming, confira abaixo uma foto tirada de uma matéria do site TweakTown, que abriu o SSD. É possível ver que a Seagate utilizou um modelo FireCuda 510, SSD NVMe que se conecta em uma conexão M.2 NVMe e alcança até 3450 MB/s de leitura e 3200MB/s de escrita, no FireCuda Gaming ficando limitado aos 2000MB/s devido a conexão USB 3.2 GEN2x2. Outros pontos importantes a se destacar, já que sabemos que ele é baseado no SSD M.2 NVMe FireCuda 510, é que seu TBW é de 1300, garantindo alta longevidade na escrita de dados. Além disso, o SSD é baseado em memórias do tipo TLC, presente em modelos NVMe de melhor qualidade, além de utilizar o controlador Phison PS5012-E12.

ANÁLISE Seagate FireCuda 510

Um detalhe importante a ser destacado, é que ele não tem compatibilidade com smartphones, ao menos não funcionou em três modelos Android que testei. Asus Zenfone 5Z, Huawei Y9 Prim 2019 e o Samsung Note20 Ultra. Também fiz análise dos modelos HyperX Savage EXO e Sandisk Extreme Portable, ambos funcionaram em smartphones. Provavelmente a limitação está relacionada a necessidade de energia necessária da conexão USB para o SSD funcionar.

Consoles Playstation 5 e XBox Series X
Não tem nenhuma garantia que SSDs rápidos como esse da análise, mas abaixo da velocidade dos SSDs integrados aos novos consoles, leia-se Playstation 5 e XBox Series X, possam usufruir de tecnologias visando aproveitar ao máximo os SSDs de alta velocidade. Só saberemos isso após testes.


Fotos

Abaixo, algumas fotos do FireCuda Gaming, que tem um formato um pouco maior que um cartão de crédito ou mesmo um SSD de 2.5 polegadas, mas mais comprido. O material utilizado é de alto acabamento e acreditem, tem também LEDs personalizáveis. Sim, você poderá escolher a cor do LED ou mesmo utilizar os tradicionais perfis nos quais pode ir alternando de cor e até ficar sincronizado com o sistema da placa-mãe caso haja compatibilidade.

Como eu já testei muitos modelos de SSD, inclusive portáteis, aproveitei para tirar algumas fotos de vários modelos juntos, incluindo alguns pen drives USB, já que, no final das contas, trata-se de um drive portátil. Confiram abaixo os diferentes tamanhos, formatos e acabamento de algumas das melhores soluções de armazenamento de dados portátil do mercado.

Ah, não posso esquecer que ele é um modelo gamer e por isso tem LED RGB. Sim, meus amigos, esse SSD portátil tem LEDs e você pode personalizar as cores. Abaixo, algumas fotos mostrando algumas das cores, que pode seguir os tradicionais perfis automáticos de troca de cores quando utilizando um software da Seagate para essa finalidade.


Sistema utilizado

Antes dos testes, segue a configuração do sistema. Vale destacar que também utilizamos uma mainboard Z490(Asus Maximus XII Extreme+10900K) para os testes em conexão USB 3.2 GEN2x2, já que a plataforma base não possui essa conexão.

Máquina utilizada nos testes
– Mainboard Gigabyte X570 AORUS Master [análise]
– Processador AMD Ryzen 9 3900X [análise]
– Placa de vídeo NVIDIA GeForce RTX 2080[análise]
– Memórias G.Skill TridentZ RGB 16GB (2x8GB) [site oficial]
– SSD Gigabyte AORUS PCIe 4.0 2TB [site oficial]
– Fonte Thermaltake Toughpower 850W Gold [site oficial]

{quote}O SISTEMA NÃO RODA ANTI VÍRUS OU
APLICATIVOS QUE POSSAM INTERFERIR NOS TESTES{/quote}

Sistema Operacional e Drivers
– Windows 10 Pro 64 Bits

Aplicativos/Games:
– AS SSD Benchmark 2.x
– ATTO Benchmark 4.x
– Battlefield V (DX12)
– BootRacer 7.x
– CrystalDiskMark 6.x
– DiskBench


Aplicativos

Antes dos testes, vamos falar um pouco Toolkit, aplicativo de gerenciamento para drives portáteis da Seagate. Como principal função, esse tipo de software faz o trabalho de backup automático, e sincronização entre diferentes sistemas utilizados pelo usuário. Como principal diferença para outros drives externos da empresa, ao detectar que um FireCuda Gaming está conectado ao sistema, o aplicativo oferece a opção de controle do LED RGB integrado ao SSD, permitindo escolhas tradicionais de outros componentes com esse tipo de controle, como definir uma cor específica, alternar entre efeitos de cores e se for o desejo, até desligar o LED.

FIRMWARE

Uma coisa que gostei é que ele também tem função de atualização de firmware automática via Toolkit, importante para SSDs, especialmente para um com tecnologias tão recentes. Outra curiosidade, é que nós recebemos esse modelo com exclusividade no Brasil, um pouco depois de sites internacionais, o que acabou sendo bom, explico. Conferi umas 10 análises internacionais para tentar achar uma solução para um problema que estava tendo, do SSD eventualmente desconectar do Windows 10 durante cópias de muitos arquivos(pasta com quase 70GB).

Buscando informações pela internet sobre esse caso, reparei que em apenas duas reviews o SSD foi testado em uma conexão USB 3.2 GEN2x2, todas as demais, mesmo de sites grandes e respeitados, os testes foram feitos em conexão USB 3.2 Ge2, que não vai alcançar a velocidade máxima oferecida pelo drive. Isso se deve ao fato de ainda ter poucas placas-mãe com o suporte a essa conexão como destaco abaixo, mas não usando a conexão USB mais rápida, não será possível alcançar a velocidade máxima do SSD.

Enfim, após reportar os problemas, faz poucos dias saiu uma firmware que adiciona a opção (“Desempenho total”) visando resolver um dos problemas que relatei. A empresa também fez alguns artigos para esclarecer outros problemas que também relatei, todos eles, associados a configurações do Windows. Ficou evidente pra mim que o sistema operacional, e até mesmo o controlador ASMedia 3242 não estão ajudando alcançar o desempenho máximo, sendo o controlador da ASMedia por enquanto a única opção de controlador para conexões USB 3.2 GEN2x2.

Abaixo, tela do Crystal Disk Info com alguns detalhes técnicos do SSD.


USB 3.2 GEN2x2 e seus problemas

A conexão USB 3.2 GEN2x2 ainda não é muito comum, com poucos sistemas trazendo o suporte na publicação dessa análise. Para ter uma noção do quanto ela ainda é uma novidade, não existe placa com chipset X570 da AMD com suporte. Alguns novos modelos Z490/B460 (Intel Core 10ª gen) trazem a conexão, assim como alguns modelos TRX40 (AMD Threadripper 3000). Mas, mesmo assim, não é uma regra, ou seja, apenas alguns modelos tem suporte a essa velocidade. Por enquanto, todas placas placas com suporte utilizam um controlador da ASMedia, modelo ASM3242. A Gigabyte por exemplo, lançou uma placa PCI-Express dedicada com essa conexão.

USB 3.2 GEN2x2 só vai existir em conexão USB Tipo C

Quando a placa-mãe não tem suporte ao USB 3.2 GEN2x2, o sistema simplesmente irá limitar a velocidade do SSD, mas continua funcionando ao menos em conexões USB 3. Vale destacar também que não vai existir uma conexão USB 3.2 GEN2x2 diferente do Tipo C, que, diga-se de passagem, vai ser a única quando o USB 4.0 chegar, finalmente padronizando por completo a conexão USB Tipo C e iniciando o processo de descontinuação da USB Tipo A, certamente a mais famosa no mundo.

Agora, diante de tudo isso, temos um outro problema com as conexões USB 3.2 GEN2x2, ao menos por enquanto. Por questão de configurações do Windows, os dispositivos podem não trabalhar em seu cenário mais rápido de velocidade. Demorei bastante para finalizar essa análise, porque tive que pesquisar muito e fazer muitos testes. Usei, ao todo, 3 sistemas com placas-mãe com a conexão USB 3.2 GEN2x2, sendo uma Asus Maximus XII Extreme (Z490), uma MSI B460 Tomahawk e uma MSI TRX40 Creator – todas elas utilizando o chip ASMedia ASM3242. Em nenhuma consegui alcançar a velocidade de 2000MB/s, e, fazendo muitas pesquisas, vi que as reviews internacionais utilizaram placas-mãe com conexão USB 3.2 Gen2, que simplesmente limita a velocidade na casa de 1000MB/s. Ou seja, metade do desempenho do SSD. Todos falam que é o SSD mais rápido que testaram, porém não testaram em uma conexão que faça uso dessa velocidade.

Um dos únicos sites que achei, o KitGuru, fala que testou usando uma placa dedicada com conexão USB 3.2 GEN2x2, até mostra testes com resultados de 2000MB/s, mas eu usei várias placas, com Windows 10 atualizado para a última versão, e mesmo assim não consegui esse resultado. Tive ainda que aplicar algumas mudanças no Windows para acabar com problemas de conexão, novamente deixando evidente que o sistema operacional precisa de otimizações desse lado para entregar a velocidade máxima de dispositivos baseados em USB 3.2 GEN2x2 como o Seagate FireCuda Gaming. Se você estiver com problema, recomendo dar uma olhada nesse artigo da EaseUS, no qual será possível descobrir como resolver alguns problemas com perda da conexão do drive – alguns deles, bem simples, basta alterar uma opção de controle de energia, como esse abaixo.

Estou com esse SSD faz algumas semanas, e trocando mensagens com a empresa, relatando os problemas que passei, eles inclusive soltaram uma atualização de firmware como destaquei acima, ajudando a evitar problemas, já que o Windows 10 ainda precisa de otimizações. Para quem quiser resolver alguns dos possíveis problemas, acesse esse link no site da Seagate, indicando as soluções.

Abaixo, os testes, que mostram que esse é sim um dos SSD portáteis mais rápidos do mercado (A WD lançou o modelo WD_Black P50 com a mesma velocidade e também baseado em USB 3.2 GEN2x2), mas que para alcançar o desempenho máximo você vai precisar de hardware compatível, e isso quer dizer alguma placa bem recente, além da boa vontade em atualizações do Windows 10, que ainda precisa melhorar nesse aspecto quando se trata do USB 3.2 GEN2x2 como já destaquei, e talvez fazer algumas configurações como a Seagate sugere.



Testes sintéticos

AS SSD Benchmark

Começamos nossos testes com o AS SSD Benchmark, software específico para testes de drives de armazenamento, seja um SSD, HD, pen drive etc.

O aplicativo faz uma série de testes em diversas situações de leitura e escrita e, no final, gera uma pontuação com a média entre todos os testes. Confiram abaixo:

ATTO Disk Benchmark

Outro famoso aplicativo para teste de desempenho de unidades de armazenamento é o ATTO. Vejam abaixo o comportamento dos modelos comparados:

CrystalDiskMark

Com o aplicativo CrystalDiskMark versão 6, outro muito famoso para testes de drives, optamos por utilizar dois resultados indicados pelos próprios desenvolvedores: o teste “SeqQ32T1” e o “4KiB Q32T1“. Abaixo, os scores em modo leitura e escrita:


Testes práticos

Carregando um game (Battlefield V)

Outro teste interessante é o carregamento de um game. Para isso, utilizamos o Battlefield V, com teste em cima do mesmo mapa que utilizamos em boa parte das nossas reviews de placas de vídeo. O conceito foi simples: medir o tempo que levou da hora que clicamos até a hora em que o gameplay começa. Porém, executamos o teste e depois carregamos novamente o mesmo mapa na sequência para ver como é o comportamento após o sistema já ter o mapa “pré-carregado” na memória.

{quote}A segunda vez que se carrega um mesmo mapa
demora o mesmo tempo em um SSD ou em um HD{/quote}

Tempo de BOOT (Windows 10 Pro 64 bits)

Com o software BootRacer, medimos o tempo necessário para inicializar o sistema operacional, um dos principais atrativos de drives SSD.

O teste consiste no melhor resultado após três boots seguidos do sistema, considerando o tempo total até finalizar na área de trabalho com o score informado pelo aplicativo. Por isso, é mais lento do que o boot até mostrar a tela da área de trabalho.


Cópia de arquivo – SSD NVMe

Abaixo, os testes de desempenho em cópia utilizando um SSD padrão NVMe de alto desempenho para enviar e também receber. Sendo assim, tiramos o fator limitador de velocidade de um drive mais lento, como aconteceria com um HD padrão Sata3, já que o SSD utilizado é um modelo PCIe 4.0 com velocidade de leitura de até 5.000 MB/s e escrita de 4.400MB/s.

O teste utiliza o aplicativo DiskBench para o processo.

Para o cenário ideal em cópia, ambos os drives precisam ser rápidos

Drive analisado para SSD PCIe 4.0 (leitura)

Neste teste, copiamos os arquivos do drive analisado para um SSD NVMe de alto desempenho. Este seria o teste de leitura, já que ele não escreve nada no drive analisado.

SSD PCIe 4.0 para drive analisado (escrita)

Invertendo o processo, agora copiamos os arquivos do AORUS Gen4 para o drive analisado, consistindo em um teste prático de escrita, já que os dados estão sendo gravados no drive. 


Conclusão

Ficou evidente que estamos falando de um SSD muito rápido – o mais rápido que testamos, os gráficos de desempenho deixam bem claro. Ele é baseado em conexão USB Tipo C, que, apesar de não ser a padrão de mercado ainda, vai virar com certeza, até porque o USB 4.0 chega em 2021 e será exclusivamente nesse formato.

E falando em conexão tipo C, temos alguns pontos bem importantes relacionado a esse formato. Primeiro que o FireCuda Gaming é um SSD que promete alcançar até 2000MB/s de leitura e escrita, mas que está a frente do que os sistemas precisam para alcançar essa velocidade, já que é necessário uma conexão USB 3.2 Gen2x2, e essa conexão é suportada por um único chip controlador presente em poucas placas-mãe (ASMedia 3242). Para tornar ainda mais complicado, o Windows 10 e drivers não ajudam em nada. Como mostrei nos testes, fiz muitas pesquisas, entrei em contato com vários especialistas, usei três sistemas diferentes (Intel Z490 e B460, além de AMD TRX40) – mesmo assim, com problemas e limitações, deixando claro que é um hardware a frente do software. Certamente isso será corrigido, até porque, além do Seagate Firecuda Gaming, marcas concorrentes anunciaram drives com a mesma velocidade, todos baseados na mesma conexão USB 3.2 GEN 2×2, e, na medida que os produtos ganham popularidade, também ganham mais atenção para funcionar como devem.

O Seagate FireCuda Gaming é o SSD portátil mais rápido que testamos

Quem comprar um Seagate FireCuda Gaming vai ter o que existe de mais rápido em drive externo, mas pode não alcançar a velocidade esperada, ao menos por enquanto, porque é um dispositivo que ainda precisa que o ecossistema amadureça, e isso quer dizer os softwares. Se você não tiver um sistema com conexão USB 3.2 GEN2x2, ainda terá um SSD externo muito rápido, mas com velocidade limitada por sua conexão USB. Se for uma 3.2 Gen2, por exemplo, em cerca de 1000MB/s.

Em se tratando do acabamento, o SSD é impecável, com material refinado, bastante pesado, que necessita de cuidado, já que uma queda pode trazer problemas maiores do que um drive mais leve. Outro detalhe: esse SSD tem LEDs. Sim, ele traz LED RGB personalizável, com vários efeitos assim como outros componentes de PC – modo raibow que alterna as cores, modo fixo com uma cor específica, ou mesmo desligado, fica por seu gosto. Como falamos mais acima, internamente, o FireCuda Gaming tem um SSD da linha FireCuda 510, modelo que alcança 3450MB/s de leitura e 3200MB/s de escrita, bem acima dos 2000MB/s que ele alcança quando está em uma conexão USB 3.2 GEN2x2 através desse modelo, mas é o máximo que a conexão suporta. Vale ainda informar que as memórias são do tipo TLC e o modelo do FireCuda 510 de 1TB tem 1300TBW, uma boa medida de durabilidade, já que um SSD com 100TBW suporta 50GB+ de transferência diária por 5 anos sem apresentar problemas. Esse seguramente não vai incomodar.

Conexão USB 3.2 GEN2x2 ainda é rara em computadores

A Seagate envia junto com o SSD apenas um cabo USB Tipo C para USB Tipo C, ou seja, sem outro cabo ou adaptador, não tem como utilizar ele em um dispositivo que não tenha suporte a USB Tipo C. O motivo da empresa ter enviado apenas esse cabo é que o USB 3.2 GEN2x2 só é suportado pela conexão Tipo C. Porém, apesar de entender, penso que deveriam enviar um cabo com USB Tipo A, já que essa ainda é a conexão padrão e única disponível em muitos dispositivos, e possibilita o uso em uma quantidade bem maior de computadores. Ahhh, como coloquei acima, não funcionou em smartphone, sequer no recém lançado Galaxy Note20 Ultra.

Vale lembrar também que não ficou claro por parte dos anúncios da Microsoft e Sony a respeito de seus novos consoles, se de alguma forma drives USB atuais terão alguma limitação com games desenvolvidos para os novos consoles.

O preço? Nos EUA, o modelo de 1TB do FireCuda Gaming está na casa de US$ 270, já o modelo com 2TB custa US$ 485 (pesquisa feita dia 04/10/2020). São valores altos, mas inflados pela pandemia. A WD lançou a linha Black P50 com as mesmas velocidades, porém com modelos mais barato, e sem LEDs… O preço ficou US$ 30 mais baixo no modelo de 1TB.

Todo drive baseado em USB 3.2 GEN2x2 vai ser caro, com o adendo de oferecer na prática o que se promete para pouca gente, já que, além do hardware necessário, leia-se um dispositivo com conexão USB 3.2 GEN2x2, ainda vai depender da boa vontade do Windows funcionar bem, ou que você faça algumas modificações de configuração para que isso aconteça.

Espero em breve testar modelos concorrentes para concluir se isso é uma regra para todos. Ao que me parece, sim, ao menos até o Windows 10 e os drivers dessa conexão ficarem mais amadurecidos. Atualizarei a review caso encontre resultados que comprovem que exista alguma limitação por parte do SSD.

Prós

O SSD portátil mais rápido que já testamos

5 anos de garantia

Ótimo acabamento e com LED RGB

Contras

Valor muito alto

Conexão USB 3.2 GEN2x2 e Windows 10 ainda não estão 100%

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