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SSD Cardea II da Team Group entrega alto desempenho com preço abaixo de concorrentes

A linha Cardea da Team Group tem os melhores SSDs da empresa, que buscam alcançar o máximo de desempenho. Hoje, iremos analisar o Cardea II de 1TB, SSD PCIe 3.0 com controlador Phison E12 e memórias do tipo 64L TLC que alcança velocidade sequencial de leitura de 3.400 MB/s e escrita de 3.000 MB/s. Além disso, ele conta com 800TBW, número que garante longevidade na sua vida útil.

Outro atrativo é que essa linha busca se diferenciar por trazer dissipadores que prometem manter o SSD em temperaturas mais baixas do que modelos sem dissipador, que vale especialmente em situações mais adversas e sistemas mais compactos.

O modelo NVMe de melhor desempenho da empresa baseado em PCIe 3.0

Por se tratar de um modelo com alto desempenho baseado em conexão M.2 NVMe PCIe 3.0, naturalmente seu custo é acima de modelos intermediários. Em cenário internacional, a versão de 512GB desse mesmo modelo está custando na faixa de US$80 dólares – um pouco acima do modelo MP34 da própria Team Group, que custa algo próximo dos $65 dólares em mesma capacidade. Por aqui, o SSD de 512GB está custando na casa dos R$500, um valor atrativo frente aos concorrentes e brigando de igual pra igual com alguns modelos da XPG.

Site oficial dos SSDs Team Group T-Force Cardea II
Links com modelos Cardea II na Pichau


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Especificações

Abaixo, uma tabela mostrando as principais especificações do Cardea II, alcançando 3.400MB/s em leitura sequencia e 3.000MB/s em escrita, como já destacado acima. Já quando se trata de leitura e escrita aleatória, os números são de 450K e 400K – dentro da média dos modelos de alto desempenho baseados em PCIe 3.0 nessa capacidade.

Como acontece em várias linhas, existem algumas mudanças nas especificações dependendo a capacidade do SSD. Nesse caso, não é diferente, sendo o modelo analisado (de 1TB) o mais rápido entre todos da linha.

Sempre é importante destacar componentes como o controlador, nesse caso um Phison PS5012-E12 (mesmo utilizado no MP34) acompanhado de memórias Toshiba 64 layers do tipo TLC. O TBW de 800 também é muito bom e garante longevidade de escrita de dados aliado aos 5 anos de garantia.

Confira o artigo sobre SSDs no Mundo Conectado


Comparativo

Abaixo tabela comparativa entre o SSD analisado e alguns outros modelos do mercado:


Memórias SLC, MLC, TLC e QLC

As memórias instaladas no SSD são importantes, pois elas afetam a velocidade e o tempo de vida dos dados armazenados.

Atualmente, temos quatro tipos comuns de memórias NAND utilizadas em SSDs, sendo as memórias TLC e QLC as mais recentes. As duas, em especial essa última, tem possibilitado a popularização dos SSDs por permitir que a indústria coloque modelos com alta capacidade no mercado a preços mais competitivos.

SLC (Single-Level Cell): as primeiras memórias armazenando um único bit de dados por célula, sendo uma memória muito rápida e de alta duração. Porém, por não ser muito densa em quantidade de dados, é uma solução mais cara.

MLC (Multi-Layer Cell): surgiram em seguida como uma alternativa mais densa e visando um preço mais atrativo, porém são mais lentas. Como alternativa para os SSDs continuarem com desempenho, algumas empresas adicionam pequenos cache  atuando como buffers de gravação em memórias SLC. As memórias MLC estão caindo em desuso com a chegada das TLC por questão de preço.

TLC (Triple-Level Cell): estão presentes em uma série de SSDs. Conseguem ser ainda mais densas e com preços mais atrativos, mas pecam novamente na velocidade. Para se tornarem opções que justifiquem seu uso, precisam de buffers a fim de trazer ganhos práticos sobre os HDs. Esse tipo de memória é suficiente para quem usa o computador em situações rotineiras, como aplicações de trabalho e navegar na internet. Não é uma solução recomendada apenas se o uso for para aplicações profissionais com grande trafego de dados (as soluções MLC são as mais recomendadas para esse perfil de usuário).

QLC (Quad-Level Cell): são as memórias mais recentes lançadas na indústria. O conceito sempre segue a mesma lógica: maior densidade para armazenar mais dados em menor espaço físico, tornando o preço por MB menor, e sempre tentando entregar um desempenho satisfatório através de alguma solução que contorne a perda de desempenho (quase sempre com cache dinâmico via SLC). Os modelos com alta capacidade mais baratos do mercado tem usado esse tipo de memória e eles tendem a ganhar cada vez mais espaço, já que entregam o benefício de um SSD com preço mais atrativo do que as demais soluções.

Empresas como WD e Toshiba já trabalham em uma nova geração de memórias NAND chamada PLC, seguindo o mesmo conceito das citadas acima – mais densas e consequentemente mais lentas, provavelmente usando memórias cache dinâmico SLC para acelerar e, no final, ficando mais baratas que as QLC.


Tecnologias NVMe, SATA, PCIe 3.0 e 4.0

NVMe
Os SSDs mais recentes usam muito o termo NVMe em seu nome, materiais de marketing, caixas etc., porque esse é o protocolo utilizado pelos modelos atuais. Essa “tecnologia”, combinada com outras características técnicas, possibilita que os SSDs alcancem velocidades de leitura e escrita bem mais rápidas que protocolos anteriores, como o SATA.

Mas, tem um porém: computadores mais antigos (e não estou falando de modelos de 5 ou 6 anos atrás, mas até mesmo de 1 ou 2 anos) podem não suportar essa tecnologia. Então, é importante verificar antes se a sua placa-mãe ou notebook tem o suporte para esse padrão. Lembro ainda que SSDs NVMe podem ser baseados em dois tipos de formatos: M.2 (esses bem pequenos e finos) ou através de uma placa dedicada PCI-Express (modelo Corsair Neutron NX500 de nossos testes).

PCIe 3.0 e 4.0
Outra especificação importante em SSDs mais recentes é a velocidade do barramento PCI-Express – a grosso modo, a “estrada” por onde os dados trafegam. Até o primeiro semestre de 2019, os modelos mais rápidos eram baseados em PCIe 3.0, mas, com o lançamento dos processadores Ryzen 3000 e placas-mãe com chipset X570 da AMD, tivemos a chegada do PCIe 4.0, que permitia velocidades de 5.000 MB/s já em seus primeiros modelos.

Para resumir, quanto mais rápido for o barramento PCI-Express, maior será a velocidade de tráfego disponível. Mas para isso, além do barramento, o produto conectado também precisa ter suporte a tecnologia.


O que é TBW?

TBW, leia-se “terabytes gravados“, é a medida utilizada para gerar uma estimativa de tempo de vida do SSD. Quanto maior o TBW, mais quantidade de dados gravados ele vai suportar. Em estimativas médias e genéricas, um SSD com 150TBW pode durar cerca de 10 anos quando se trata de leitura/gravação.

Esse dado depende e varia bastante entre modelos e marcas de SSDs, além de ser diretamente relacionado ao tipo de memória utilizada (ex.: TLC ou QLC). Dessa forma, é importante ficar de olho para ver se ele atende o que você busca.

Um SSD com 100TBW permitirá gravar, em média, pouco mais de 50GB por dia durante 5 anos – o que é mais do que suficiente para usuários comuns. Outro detalhe é que não é raro drives com capacidade maior possuírem TBW mais alto, já que a tendência de quem busca maior capacidade é trabalhar com maior número de dados.

Os aplicativos fornecidos pelos fabricantes normalmente informam como está o estado atual do TBW do SSD, mas existem outros software que fazem isso independente da marca, dando vários detalhes dos drives do sistema. Um desse softwares é o CrystalDiskMark, que pode ser baixado clicando aqui.


Fotos

Os SSDs da linha Cardea II são baseados em formato M.2 de tamanho 2280 (22mm de largura e 80mm de comprimento), trazendo um dissipador sobre o PCB (corpo). Esse dissipador promete, logicamente, melhorar a dissipação do calor, que muda principalmente devido local onde o SSD está instalado na placa-mãe. Vale lembrar que é possível instalar esse modelo em notebooks, porém será necessário remover o dissipador.

Nas fotos abaixo colocamos SSD analisado ao lado do seu “irmão” MP34 e de um WD Black SN750 com dissipador integrado.


Sistema utilizado

Antes dos testes, aqui está a configuração do sistema utilizado, além de uma foto do SSD instalado na plataforma de testes. Optamos por esse conector por ser uma posição tradicional e que está disponível em muitos modelos, inclusive em Mini-ITX. Sendo assim, é um cenário mais comum para tomar como base o teste de temperatura.

Máquina utilizada nos testes
– Mainboard Gigabyte X570 AORUS Master [análise]
– Processador AMD Ryzen 9 3900X [análise]
– Placa de vídeo NVIDIA GeForce RTX 2080[análise]
– Memórias G.Skill TridentZ RGB 16GB (2x8GB) [site oficial]
– SSD Gigabyte AORUS PCIe 4.0 1TB [site oficial]
– Fonte Thermaltake Toughpower 850W Gold [site oficial]

{quote}O SISTEMA NÃO RODA NENHUM ANTI VÍRUS OU
APLICATIVO QUE POSSA INTERFERIR NOS TESTES{/quote}

Sistema Operacional e Drivers
– Windows 10 Pro 64 Bits

Aplicativos/Games:
– AS SSD Benchmark 2.x
– ATTO Benchmark 4.x
– Battlefield V (DX12)
– BootRacer 7.x
– CrystalDiskMark 6.x
– DiskBench


Firmware

Abaixo, algumas imagens do aplicativo da Team Group para gerenciar seus SSDs. Para download da versão mais atual, clique aqui.

Como a maioria dos aplicativos semelhantes, ele é responsável pelo gerenciamento do SSD. O app passa detalhes do SSD e até uma opção para migrar os dados entre diferentes drives – e vale para os demais modelos de SSD da empresa.

Mais uma print, agora do aplicativo Crystal Disk Info, que mostra alguns detalhes técnicos do SSD analisado como o tempo de vida restante e quanto ele já foi utilizado, em seguida gráficos comparativos.


Temperatura

Lembram que, em reviews de SSD baseados em conexão Sata, os mesmos praticamente não geram calor, com o SSD aumentando pouco a temperatura quando em uso forçado? Em SSDs de conexão M.2 isso pode mudar bastante, não sendo nenhum absurdo que modelos alcancem 60º, 70º quando em operação, apesar dos modelos mais recentes ficarem com temperaturas abaixo de 60º graus em média.

A temperatura vai depender do controlador, memórias e especialmente onde o SSD ficará instalado – se direto na mainboard ou em uma placa dedicada vertical, se embaixo de uma placa de vídeo ou sobre um dissipador.

{quote}Trocar a conexão M.2 do drive na placa-mãe
pode resultar em mudança superior a 10º{/quote}

É importante destacar que em nossos testes não utilizamos nenhum dissipador ou solução que possa interferir a favor do SSD no quesito temperatura se isso não vier com o SSD. Com isso, visamos ter um cenário real para quem compra.

Das três conexões M.2 existente na mainboard que utilizamos, colocamos ele na conexão acima da placa de vídeo e próxima ao processar, por se tratar de um local comum em vários modelos que trazem apenas uma conexão, inclusive placas em formato Mini-ITX.


Testes sintéticos

AS SSD Benchmark

Começamos nossos testes com o AS SSD Benchmark, software específico para testes de drives SSD, HD etc.

O aplicativo faz uma série de testes em diversas situações de leitura e escrita e, no final, gera uma pontuação com a média entre todos os testes. Confiram abaixo:

ATTO Disk Benchmark

Outro famoso aplicativo para teste de desempenho de unidades de armazenamento é o ATTO. Vejam abaixo o comportamento dos modelos comparados:

CrystalDiskMark

Com o aplicativo CrystalDiskMark versão 6, outro muito famoso para testes de drives, optamos por utilizar dois resultados indicados pelos próprios desenvolvedores: o teste “SeqQ32T1” e o “4KiB Q32T1“. Abaixo, os scores em modo leitura e escrita:


Testes práticos

Carregando um game (Battlefield V)

Outro teste interessante é o carregamento de um game. Para isso, utilizamos o Battlefield V com teste em cima do mesmo mapa que utilizamos em boa parte das nossas reviews de placas de vídeo. O conceito foi simples: medir o tempo que levou da hora que clicamos até a hora em que o gameplay começa. Porém, executamos o teste e depois carregamos novamente o mesmo mapa na sequência para ver como é o comportamento após o sistema já ter o mapa “pré-carregado” na memória.

{quote}A segunda vez que se carrega um mesmo mapa
demora o mesmo tempo em um SSD ou em um HD{/quote}

Tempo de BOOT (Windows 10 Pro 64 bits)
Com o software BootRacer, medimos o tempo necessário para inicializar o sistema operacional, um dos principais atrativos de drives SSD.

O teste consiste no melhor resultado após três boots seguidos do sistema, considerando o tempo total até finalizar na área de trabalho com o score informado pelo aplicativo. Por isso, é mais lento do que o boot até mostrar a tela da área de trabalho.


Cópia de arquivo – SSD NVMe
Abaixo, os testes de desempenho em cópia utilizando um SSD padrão NVMe de alto desempenho para enviar e também receber. Sendo assim, tiramos o fator limitador de velocidade de um drive mais lento, como aconteceria com um HD padrão Sata3, já que o SSD utilizado, um Gigabyte AORUS PCIe 4.0, tem velocidade de leitura de até 5.000 MB/s e escrita de 4.400MB/s.

O teste utiliza o aplicativo DiskBench para o processo.

Para o cenário ideal em cópia, ambos os drives precisam ser rápidos

Drive analisado para SSD Gigabyte AORUS PCIe 4.0 NVMe M.2 1TB (leitura)
Neste teste, copiamos os arquivos do drive analisado para um SSD NVMe de alto desempenho. Este seria o teste de leitura, já que ele não escreve nada no drive analisado.

Gigabyte AORUS PCIe 4.0 NVMe M.2 1TB para drive analisado (escrita)
Invertendo o processo, agora copiamos os arquivos do AORUS Gen4 para o drive analisado, consistindo em um teste prático de escrita, já que os dados estão sendo gravados no drive. 


Conclusão

O atual cenário de SSDs em formato M.2 possui uma grande variedade de opções, com velocidades e preços bem distintos. Existem modelos com tecnologia SATA, os mais lentos, e os novos NVMe mais rápidos, como o modelo Cardea II Team Group. Quem possui um sistema com suporte aos SSDs NVMe e procura um modelo com boas velocidades e preço atrativo, vai gostar dessa linha. Ela tem desempenho muito bom, além de durabilidade acima da média, mas com preço brigando com os modelos mais baratos.

Entre as melhores opções do mercado para quem quer velocidade sem torrar dinheiro a toa

Testamos o modelo de 1TB, o mais rápido da linha, porém o modelo de 512GB já é um excelente SSD e tem preços bem competitivos também. O que chama a atenção no modelo de 1TB frente aos demais é a diferença maior no tempo de escrita e aleatória, além é claro do TBW de 1665 que quase sempre é maior nos modelos de maior capacidade, garantindo assim uma durabilidade maior quando se trata de escrita de dados no SSD.

Não vejo muito sentido em optar por modelos PCIe 4.0 se os mesmos forem bem mais caros do que um SSD PCIe 3.0 de alta velocidade, e esse é um bom exemplo. É possível encontrar o modelo de 512GB por preços pouco acima de R$500, e o modelo de 1TB na casa de R$900, mas um modelo PCIe 4.0 de 1TB por exemplo gira na casa de R$1.500 pra cima, e na prática a diferença vai justificar para poucos usuários já que um modelo como esse Cardea II ou semelhante oferece um cenário excelente de velocidade. Destaco ainda o que sempre falo em reviews de SSD, o mais importante é você ter um SSD, independente do tipo de conexão e velocidades, ja que em grande parte dos cenários o resultado será muito próximo, e lembre-se sempre, para alcançar o máximo em desempenho de um SSD rápido ele não pode ter um modelo mais lento envolvido, caso contrario as velocidades do SSD ou HD mais lentos irão limitar o desempenho do processo.

Links com os modelos Cardea II na Pichau

Em cenário internacional o modelo de 500GB custa $80 dólares, por aqui na casa de R$520 na Pichau, loja que está vendendo com exclusividade os modelos. O modelo analisado de 1TB custa R$930, preço bom e que coloca ele em briga com os modelos XPG Gammix S11 Pro, com características semelhantes. O que favorece esse modelo é o TBW especialmente, enquanto o XPG Gammix S11 Pro de 1TB tem TBW de 640, o Cardea II de 1TB tem TBW de 1.665, ou seja, mais do que o dobro e isso quer dizer maior durabilidade de escrita que vai refletir diretamente no tempo de vida do SSD.

Prós

Tempos de leitura e escrita quase no limite dos modelos PCIe 3.0

TBW acima de boa parte dos concorrentes garantindo alta longevidade

Preço abaixo de modelos concorrentes com especificações semelhantes

5 anos de garantia

Contras

N/A

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