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O Dell G7 15 é um notebook de médio porte para consumidores que buscam alto desempenho. Equipado com processadores Intel Core de 8ª geração, codinome Coffee Lake, eles pegam o benefício trazido por essa nova série de CPUs que subiu da configuração quad-core presente na geração anterior para os hexa-core usados agora em modelos Core i5 e i7.

Site oficial do produto

Recebemos a versão mais parruda do G7, com processador Core i7-8750H, 16GB de memória RAM e uma placa de vídeo Nvidia GeForce GTX 1060 6GB Max-Q Design. Em versões mais modestas desse modelo é possível encontrar CPUs Core i5 e chips gráficos GeForce GTX 1050.

Principais especificações do modelo testado:

– Placa de vídeo NvidiaGeForce GTX 1060 6GB GDDR5 Max-Q Design
– Intel Core i7-8750H
– 16GB de memória RAM DDR4 2666MHz
– Tela de 15,6″ FullHD IPS
– Bateria:56 Wh e 4 células
– Dimensões: 38,9 x 27,4 x 2,49 cm
– 128GB SSD + 1TB HD
– Peso: 2,86 kg
– Preço: de R$ 5.4 mil a até R$ 7 mil, variando de acordo com a configuração

Design


Discreto, mas um tanto pesado

O Dell G7 15 é um daqueles notebooks que são gamers, mas trazem um design muito discreto e que facilmente assumem o papel de uma máquina para trabalho. Com uma carcaça na cor preta e linhas bastante neutras. O único elemento mais “arrojado” são as saídas de ar na traseira, com uma grade angulada e com as cores azuis.

A tela possui a resolução FullHD, suficiente para o display de 15 polegadas, e conta com a tecnologia IPS, o que garante baixa distorção na imagem mesmo variando o ângulo em relação a tela. O acabamento fosco também atua reduzindo a quantidade de reflexos na tela. Porém é em torno do display que começamos a principal crítica ao modelo.

Análise: Samsung Odyssey (Core i7)
Análise: Acer Aspire Nitro 5 (GTX 1050 e 1050 Ti)

O G7 é um notebook grandalhão. Com 2.8 kg, ele é um pouco mais pesado que outros rivais como o Odyssey com 2,5kg, ou o Acer Nitro com 2,7kg. Apesar de 100 ou 300 gramas não parecer uma grande diferença, mas para quem pretende carregar com frequência seu notebook, quanto mais leve, melhor. Nenhum dos modelos desse segmento intermediário se destaca nessa característica, mas o G7 acaba sendo o pior. Isso acaba também representando um retrocesso comparado ao seu antecessor, o Novo 15 Gaming, que pesava 2,63kg.

Um ponto positivo do design do Del G7 15 foi mantido em relação ao seu antecessor. Ainda é bastante fácil ter acesso a upgrades nessa máquina, sendo necessário tirar apenas um parafuso para remover a tampa inferior. Só tem um detalhe: ela é recheada daqueles “dentinhos plásticos” que, se você não for MUITO cuidados, irá partir. Mesmo sendo cuidadoso, uma dessas peças partiu quando fizemos a abertura, porém não chega a ser um problema já que são tantas que as restantes são mais que suficiente para garantir bastante firmeza no encaixe. Após aberto, temos fácil acesso para upgrade de RAM, troca de HD, troca da bateria, chip wireless do combo WiFi/Bluetooth e também um slot M.2 para SSD.

Desempenho


Notebook se sai bem em aplicações profissionais

Começando nossa bateria de testes pelos softwares mais sintéticos, fica evidente o quanto a nova geração de CPUs da Intel apresenta claras vantagens sobre os modelos anteriores. O modelo da análise e o G1550 Fox, ambos com modelos Core i7 da oitava geração, abrem vantagem quando o assunto é processamento com múltiplos núcleos, situações que mostram potencial para atividades profissionais como renderização de vídeos e fotos além de modelagem em 3D. Se está de olho em um notebook pra trabalhar com esse tipo de software, é bom ficar de olho e dar preferência para notebooks com a nova geração Intel Core, o que é o caso desse modelo da análise.

Com mais núcleos no CPU, o G7 é uma boa pedida para aplicações profissionais

No primeiro testes gráfico com o 3DMark já temos menos novidades. Notebooks com GTX 1060 acabaram praticamente empatando, mostrando que é o chip gráfico o principal fator da pontuação final. Curiosamente o G1550 Fox, que tem uma GTX 1070, fica na mesma “balada” que os demais notebooks, mesmo equipados com um chip gráfico menos potente. Isso é a “punição” que ele sofre por ter um chassi muito compacto, que força esse modelo a reduzir a performance da GTX 1070 para ser compatível com os níveis de dissipação de calor e alimentação de energia que consegue oferecer em menos de 2 centímetros de espessura.

Teste em games


Performance para jogar tudo

GTA V
Grand Theft Auto V está entre os maiores sucessos dos últimos anos, trazendo entre seus destaques boa qualidade gráfica. Ele é um dos games que mais faz uso do CPU, sendo um ótimo teste para ver o comportamento e diferença entre esse componente. Confiram abaixo os resultados nesse game:

The Division – DX12
O game da Ubisoft é uma proposta bastante ambiciosa de criar uma Nova Iorque “viva” em partidas com multiplayer totalmente online. The Division usa um motor gráfico próprio desenvolvido pela Ubisoft Massive, e precisa lidar com cenários complexos e grandes quantidades de partículas na tela, com destaque para a neve que ocasionalmente cai em alguns momentos. Ele é nosso escolhido para o teste sobre a API DX12.

The Witcher 3
The Witcher 3 foi lançado como referência em qualidade gráfica para PC, sendo um dos games mais interessantes da atualidade para medir desempenho de placas de vídeo e processador. Nesse teste temos um cenário diferente do que usamos em análises de placas de vídeo, visando forçar mais o processador. Abaixo os resultados dos sistemas comparados:

 

Assassin´s Creed Odyssey
O game da Ubisoft baseado na tecnologia DirectX 11 é uma referência de software que demanda alto desempenho tanto do chip gráfico quanto do processador resultado do mapa amplo e complexo recriando a região da Grécia Antiga.

Counter Strike: Global Ofensive
Game competitivo é baseado em DirectX 9 e apesar das baixas exigências de performance na parte da placa de vídeo, por se tratar de um eSport, o ideal é alcançar altíssimas taxas de quadros, algo que traz alta carga tanto a CPU quanto GPU.

DoTA 2
Também baseado em DirectX 9, DoTA 2 é um game competitivo que exige alta taxa de quadros, algo que traz uma carga de trabalho difícil de ser lidada especialmente para o processador.

Falando em games, temos alguns resultados bem interessantes com o G7. O chip GTX 1060 em notebooks em geral não tem desempenho para “cravar” 60fps no Ultra, porém mantém algo entre 45fps a 55fps. Apesar de ser aceitável, é melhor reduzir um pouco a qualidade gráfica para atingir uma taxa de quadros constante em 60fps, algo que até mesmo recomendamos dada a pouca vantagem em jogar com as configurações no Ultra comparado ao melhor balanço de um pre-set de qualidade Alto.

Vale a pena jogar no Ultra? A diferença de qualidade
e performance quando se joga “no talo”

Nesse contexto, o G7 15 atende bem um gameplay em 1080p com configuração no alto, mesmo em jogos muito pesados. Até o “tenebroso” Assassin’s Creed Odyssey roda acima dos 60fps na média na configuração intermediária, então tem muita margem aqui para achar um bom balanço entre qualidade e fluidez.

O Dell G7 roda qualquer game em uma alta qualidade gráfica

Para games mais leves, especialmente os eSports, o Core i7 de oitava geração mostra a que veio. Ele empurra as taxas de quadros mais elevadas que já medimos em um notebook rodando DoTA 2, e também “vai longe” em Counter Strike, atingindo um nível de desempenho indicado para esses games competitivos, onde o ideal é jogar com uma produção bastante alta de quadros por segundo.

O CPU potente ajuda a entregar altas taxa de quadros em games competitivos

Gameplay em vídeo

 

Aquecimento e ruído


Bom sistema de resfriamento tornam ele silencioso

Nossa bateria de testes de aquecimento envolve rodar aplicações bastante pesadas em CPU e GPU para ver até que temperatura o sistema chega a bater. É bom destacar que esses cenários são extremos, então é muito possível que um cenário real de uso cotidiano esses valores raramente são alcançados.

Com CPU não temos nenhuma novidade. Como acontece na maioria dos processadores Intel Core de alto desempenho, a realidade é entre 90 a 100ºC em alta carga. Apesar de parecer alarmante, os chips foram projetados para operar dentro dessa margem, e mesmo os 99ºC medidos no G7 não devem ser considerados um problema. 

Com todos os seis núcleos em alta carga, o Dell G7 manteve as frequências de todos os cores na casa dos 2.7GHz, o que não é muita coisa acima dos 2.2GHz, mas ainda assim representa um bom desempenho dentro da situação extrema de alta carga para todos os seis núcleos e os 12 threads ao mesmo tempo por um longo período.

Em games vemos como os chips GeForce se saem bem melhores que os processadores da Intel. Mesmo passando pela alta carga de trabalho do Fire Strike, a temperatura mais  alta medida no G7 foi de 67ºC, um resultado excelente.

 

Autonomia


Apesar do peso não ser um bom fator para a portabilidade, em contrapartida o espaço adicional para uma bateria mais parruda trouxe seus benefícios no quesito autonomia. Em nosso teste ele foi capaz de segurar 3 horas e 34 minutos em um uso moderado com brilho de tela no mínimo e em modo economia de energia. Esse resultado fica bem acima da média, como fica evidente no comparativo abaixo com outros modelos com perfil gamer. 

O Dell G7 15 se sai bem em diversos aspectos. Mesmo com o modelo testado trazendo a configuração mais potente disponível para esse modelo, ele se saiu bem nos quesitos aquecimento, produção de ruído e duração de bateria, o que nos leva a creer que as demais versões “mais modestas” tendem a se sair ainda melhor nessas características. O design tem como ponto alto um visual atraente e discreto, com linhas arrojadas em alguns detalhes, mas em geral é um notebook com estética que agradou a maioria aqui na redação do Adrenaline.

Mas quando levantamos ele, surge um problema. Ao ultrapassar os 2,8kg, ele se torna um modelo pesado dentro de um segmento que tem muitos notebooks que não são leves. Ele é perceptivelmente pesado, e isso impacta negativamente na sua portabilidade. Ainda é possível colocá-lo em uma mochila, mas tem rivais com quase meio quilo a menos, e 500 gramas a menos em uma mochila que possivelmente já está pesada com outras coisas faz toda a diferença.

Falando do preço, ele não é dos notebooks mais baratos do segmento, frente a modelo Odyssey da Samsung ou o Nitro da Acer, mas é importante destacar que seu preço está em par com outros modelos que já se atualizaram para a oitava geração de processadores Intel. Apesar de não impactar necessariamente em todos os jogos, os quad-core começaram a sofrem em alguns games com mapas mais amplos e complexos, recheados de outros jogadores no multiplayer ou NPCs, por exemplo, então se você tem esse tipo de franquia em mente, partir para um notebook com um processador codinome Coffee Lake é algo a se cogitar, já que tanto o Core i5 quanto o Core i7 dessa geração passaram a ter a configuração com mais threads, e ficam portanto “menos estrangulados” nesses tipos de games.

O Dell G7 15 acerta em vários aspectos, mas peca no peso

Por fim o Dell G7 15 é um bom notebook em diversos aspectos, mandando bem em performance, seu belo e discreto design e o eficiente sistema de resfriamento que produz pouco ruído. Porém seu peso excessivo torna ele um produto recomendável só para quem está disposto a encarar algumas gramas a mais de peso no cotidiano.

Prós

Boa performance de processador

Roda qualquer game em FullHD/Alta

Silencioso

Design neutro e clean

Tela IPS com antirreflexo

Boa autonomia

Contras

Mais pesado que rivais

Bordas grandes em torno da tela

CPUs de oitava geração encarecem o produto

Conclusão

 

{notas}

 

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