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PC Games

ANÁLISE: Sharkoon SKILLER SGK1

Antes de começarmos, o Sharkoon SGK1 não foi projetado pela Sharkoon. Ele é na verdade uma versão simplificada e com menos recursos do Togran TK-556, o qual inclusive é vendido pela Gamdias como Gamdias Hermes P2, o qual também temos aqui:

Claro, ser um produto remarcado não faz o SGK1 ser um produto ruim, só é interessante para o público conhecer a real fabricante do teclado, pois a Dare-U/Togran (mesma empresa) faz alguns teclados extremamente interessantes.

Vamos então começar a análise.

Construção Externa

Como pode ser visto a quilômetros de distância, o Sharkoon SGK1 é um teclado grande. GRANDE. G R A N D E.

Medindo 45,8cm x 22 cm, não há formas de reduzir o tamanho do Sharkoon SGK1 sem abrir ele, o apoio para punho não é removível e não há o que fazer sobre a parte superior dele.

Este é o maior ponto negativo deste teclado, não é um teclado que ficará adequado em qualquer mesa/setup, embora algumas pessoas podem acabar gostando dele justamente pelo seu design diferenciado e seu tamanho, é um teclado bastante “imponente”. Já outros podem odiar ele por isso.

O Sharkoon SGK1 é um teclado com a backplate (placa de suporte) exposta, feita em alumínio com acabamento escuro, o qual é combinado a uma carcaça inferior em plástico, a qual dá a impressão de todo o acabamento ser em alumínio, quando na verdade boa parte dele não é.

O Sharkoon SGK1 possui um descanso para punho embutido, o qual não é removível. Sobre esta questão, há pessoas que não gostam de apoios, e até há estudos que indicam que eles não ajudam como se propõe. Já para pessoas que gostam de apoios para punho, infelizmente o do Sharkoon SGK1 não é muito confortável, pois é curto demais e muito baixo, então não consigo ver ele como uma vantagem sobre concorrentes.

Pontos porém para a Sharkoon por ter feito o numérico do ABNT2 corretamente, trocando a tecla “Ponto” por “Virgula” e colocando a tecla “Ponto” logo abaixo do “Mais”. Poucas marcas fazem teclados mecânicos ABNT2 desta forma:

Pessoalmente não tenho problemas com empresas que fazem o numérico ABNT2 fora do padrão (Corsair, Cougar, Redragon…), mas é legal ver essa atenção ao detalhe.

No verso do teclado encontramos pequenos buracos de drenagem (atenção, isto não torna o Sharkoon SGK1 resistente a água ou líquidos!), alguns pés de borracha para manter o teclado no lugar e também pés de ajuste emborrachados.

As keycaps do Sharkoon SGK1 são feitas em plástico ABS com impressão Laser. Para um teclado com um visual tão diferente, me surpreende e também me agrada que a fonte usada em seus caracteres tenha uma legibilidade tão boa.

Mas, algo que me fora relatado, é que houveram casos de desgaste da pintura das keycaps do Sharkoon SGK1, Sharkoon SGK3 (usam as mesmas keycaps) e Sharkoon SGK2 (apenas um caso, mas esse teclado vende menos). São poucos, há pessoas como ele há mais de um ano relatando estar em perfeito estado, enquanto outras com menos tempo de uso relatam ter tido problemas.





Fonte: https://www.facebook.com/groups/perifericoshe/permalink/2131627337077583/

Pode ser que haja um lote de keycaps que esteve menos caprichada do que outros, ou pode estar relacionado à tinta frágil e presença excessiva de acido úrico nos dedos de alguns usuários… Realmente não tenho dados o suficiente para fazer qualquer acusação…

Não vi casos parecidos nos teclados Sharkoon PureWriter. Não posso tirar uma conclusão satisfatória com apenas estas fotos e sem saber a quantia de casos em comparação aos teclados vendidos, mas também não consigo ter confiança na pintura das keycaps destes teclados.

Se possível, quero que a Sharkoon se pronuncie quanto a estes casos levantados por esta análise.

Construção Interna

Conforme já fora dito no início do texto a OEM (a real fabricante) deste teclado é a Dongguan Togran e versões diferentes deste teclado são vendidas por várias marcas, Dare-U e Gamdias sendo dois exemplos.

E a Togran já fez alguns dos piores exemplares em soldas que já vi até hoje (a Ozone que o diga). Será que teremos problemas com este?

Em primeiro lugar, é possível deixar o teclado bem menor se você abrir ele, e nem sequer é preciso usar algo embaixo do teclado, pois os próprios recortes da backplate impedem a PCB de encostar no chão.


Mas, fazer isto viola a garantia, além de deixar uma marca bem feia no adesivo acima do numérico. Talvez se você aquecer ele, ele saia com maior facilidade e sem ficar desta forma.

Chegando finalmente no interior do teclado, o que temos para ver aqui não é muito bonito:

Algumas soldas retrabalhadas, muito resíduo de limpeza e alguns respingos de solda. Mas embora a PCB esteja meio feia, as soldas estão bem feitas, com o brilho característico de uma solda bem feita e não consegui encontrar nada que represente risco, pelo menos na minha unidade. Também, até o momento não fui informado de nenhum caso de teclados SGK1, SGK2 ou SGK3 apresentando algum problema devido às soldas.



No coração do teclado encontramos uma MCU Vision VS11K08L, a mesma que é usada em teclados como o Drevo Gramr 84. Não achei informações mais detalhadas sobre a controladora e todos os outros teclados que utilizam ela, também não possuem software.

Nos switches, temos aqui os switches Kailh Brown, os quais no passado já foram considerados ruins, e hoje são alguns dos melhores clones Cherry MX do mercado. Em termos de resposta, ele é mais acentuado que a MX Brown, o feedback tátil é mais forte e isto acaba tornando a resposta até melhor na minha opinião. São ótimos switches.

Enfim, a construção interna do Sharkoon SGK1 é complicada. Ela não é caprichada, mas não aparenta ter problemas muito graves e também até o momento não soube de teclados SGK1, SGK2 ou SGK3 apresentando defeitos por suas soldas. A única coisa que posso recomendar, é que a Sharkoon abra bem o olho e fiscalize com frequência o trabalho da Togran para que não ocorra com ela o que aconteceu com a Ozone.

Recursos e Extras

Para um teclado com apenas a cor branca e configurações exclusivamente via hardware, o Sharkoon SGK1 possui uma quantia respeitável de recursos. Claro, não chega ao mesmo nível que o Corsair K63 que analisamos recentemente, mas a iluminação dele não é tão simples quanto a maioria dos teclados single-color.

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Diversos efeitos diferentes, teclas multimídia via FN fáceis de usar por estarem próximas do WASD ao invés de estarem nas teclas de funções, e alguns perfis para iluminar apenas as teclas que você selecionar. Não é muito, mas também não pode-se exigir muito de um teclado de sua faixa de preço.

Conclusão

{notas}

Ao contrário do que parece, o Sharkoon SGK1 é um teclado simples, e sua simplicidade é refletida em seu preço de R$ 250, podendo alcançar valores menores em promoções. Acima disso, ele já deixa de valer à pena.

Tendo uma construção razoável, LEDs na cor banca, layout ABNT2, switches de boa qualidade da Kailh, ele é apenas um teclado simples e bem feito, diferente do que os seus recortes possam fazer com que ele pareça.

Mas, isto não quer dizer que não tenha concorrência, o maior sendo na minha opinião o Gigabyte K83, que possui switches Cherry, mas não é iluminado e nem ABNT2. Há alguns outros concorrentes, mas os casos de double-click em teclados Outemu neste último ano me assustam.

Seu maior ponto negativo é seu tamanho devido ao apoio para punho não ser removível e ao topo do teclado ser estendido. Pessoalmente não gosto de teclados assim, mas há mercado para teclados com visual “diferente” e ele pode agradar algumas pessoas devido a isto, mas só compre se você tiver espaço suficiente na sua mesa.

O que vejo, é que muitas pessoas acabam preferindo seu irmão Sharkoon SGK3, já que possui RGB, software, não tem um tamanho absurdo e custa apenas um pouco mais.

Se você se importa com estas diferenças, optar pelo SGK3 acaba sendo mais vantagem. Se não, o Sharkoon SGK1 atende muito bem, desde que você tenha espaço para ele.

A única coisa que me preocupa, é a questão de desgaste das keycaps de teclados SGK1, SGK2 e SGK3.

Há relatos de pessoas com estes teclados há mais de um ano sem problemas, mas ao mesmo tempo há pessoas com menos tempo de uso com teclas como WASD desgastadas. Isto não é normal em um teclado mecânico e não é aceitável. Se possível, queremos que a Sharkoon se pronuncie quanto a estes problemas, explique a razão para alguns teclados terem tido isto e quais serão as ações tomadas para evitar isto no futuro.

Prós

ABNT2

Bom Custo x Benefício

Switches de ótima qualidade da Kailh

Ótima gama de recursos e funções via hardware para seu preço

Contras

Devido ao seu tamanho gigantesco, não é adequado para qualquer mesa

Há relatos de desgastes das keycaps

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