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ANÁLISE: Gigabyte X399 AORUS XTREME

Com o lançamento da segunda geração de processadores AMD Ryzen Threadripper, algumas empresas aproveitaram para lançar novos modelos de placas-mãe para o soquete TR4. Vale destacar porém que elas utilizam exatamente o mesmo chipset X399 que as primeiras placas lançadas para esse soquete, o que não é necessariamente uma coisa ruim, já que não tivemos novidades em tecnologias nesse intervalo, por lógica não faria grande diferença lançar um novo chipset por parte da AMD.

Hoje iremos análise uma dessas “novas” placas, a Gigabyte X399 AORUS XTREME, o terceiro modelo lançado pela empresa com esse chipset, já analisamos os dois anteriores, sendo que esse passa a ser o topo de linha a partir de agora. Em cenário internacional ele foi lançada por US$450, a Designare EX está custando US$370 e a Gaming 7 US$340. Esse novo modelo ainda não chegou no Brasil, mas seguramente vai custar acima de R$3.000 já que a Gaming 7 custa em média R$2500+/-.

Site oficial da placa-mãe Gigabyte X399 AORUS XTREME

Análise da placa-mãe Gigabyte X399 Designare EX

Análise placa-mãe Gigabyte X399 AORUS Gaming 7

Análise AMD Ryzen Threadripper 2990WX
Análise AMD Ryzen Threadripper 2950X


Tecnologias destacadas pela fabricante


Na imagem abaixo é possível ver as principais tecnologias destacas diretamente no PCB da placa-mãe.

Muitas tecnologias com excelente acabamento e visual refinado

Temos uma série de destaques, começando por um projeto com bastante destaque a usuários que pretendem overclockar o sistema, com 10+3 controladores de fases, suporte a memórias de até 3600MHz, três conexões de rede, sendo duas Inte Gigabit e uma Aquantia de 10GbE, também está disponível wifi e bluetooth. Suporte a 4-way SLI e Crossfire também estão disponíveis, mesmo que as proprias fabricantes de chips de vídeo já não indiquem mais essa quantidade de placas. Ela ainda possui sistema de áudio com o que existe de melhor para uma mainboard, suporte a três SSDs em formato M.2, todos eles com dissipadores e é claro conexão USB Gen2 e RGB, muitos LEDs por toda a placa que é está quase toda coberta dando um acabamento muito bonito, inclusive traz backplate em quase toda a parte de baixo da placa.


Fotos


Os modelos anteriores de placas com chipset X399 da Gigabyte já eram muito bons em acabamento e tecnologias oferecidas, como já destacamos analisamos os outros dois modelos da empresa, Gaming 7 e a Designare EX, essa última foi uma das primeiras a trazer o espelho traseiro fixo, hoje bem mais comum em modelos da empresa.

A X399 AORUS XTREME é um modelo refinado com esse chipset, mas não muito diferente dos anteriores na pratica. Ela ficou mais imponente na parte visual e trouxe pequenas mudanças visando se tornar a placa topo de linha entre as três disponíveis, com acabamento acima dos modelos anteriores, mas sem muito destaques em novas tecnologias já que o chipset é o mesmo e não tivemos grandes mudanças nesse período, por exemplo, continua com o mesmo suporte a Wireless e Bluetooth das versões anteriores, mesmo com updates nessas tecnologias já disponíveis em modelos com chipset mais simples.

Como toda X399 suporte a 8 módulos de memória em quad-channel aliado a um projeto voltado a overclock do sistema, com sistema de controladores de fases 10+3(CPU+SOC) e 2 conectores de 8 pinos para o CPU, visando entregar o melhor cenário para OC do sistema. Em se tratando das memórias, suporte para modelos com frequência de até 3600MHz. Por baixo da placa também temos um backplate para maior proteção que também ajuda na dissipação.

Em se tratando de conexões para drives de armazenamento, ela dispõe de 3 conexões M.2, todas com sistema de dissipação de calor. Ainda traz 6 conexões SATA3 e a possibilidade de placas via conexãoes PCI-Express

{quote}Dissipador de SSD M.2 virou padrão
em mainboards entusiastas{/quote}

Assim como demais placas topo de linha, ela tem chip de áudio Realtek ALC 1220 + ESS 9118 SABRE HiFi DAC e capacitores de alta qualidade, padrão de mercado para esse perfil de produto.

Como já está se tornando padrão em modelos de alto desempenho e mesmo intermediários, a Gigabyte adicionou um “espelho” fixo na mainboard. Muitos podem achar isso uma perfumaria, mas o acabamento fica infinitamente superior, deixando os encaixes das conexões perfeitos.

Painel metálico fixo na placa melhora muito o acabamento

Em se tratando das conexões disponíveis, destaque para o Wifi/Bluetooth, muitas USB incluindo USB 3.0, além de duas USB 3.1 Gen2 (vermelhas). Mais um destaque está na conexões de rede, nada menos que 3, sendo uma delas de 10GbE além das outras dias de 1GbE. As conexões de áudio são todas banhadas a ouro para fechar o belo acabamento… ahhh botões de limpar a BIOS e ligar o sistema agora estão presentes no painel traseiro e não mais no PCB da placa.

Gigabytes X399 AORUS XTREME vs Designare EX
Nas fotos abaixo temos lado a lado os dois melhores modelos de placas X399 da Gigabyte. São placas com design diferentes, mas no geral entregam a mesma coisa. Além do layout, a AORUS XTREME é uma placa maior, em formado Extended ATX.

OBS.: Vale destacar que notamos que foi melhorado o processo de fixação dos parafusos tanto para abrir como fecha o soquete quando comparado a todos os demais modelos de placas-mãe TR4 que analisamos. Sempre foi bem chato especialmente fechar o soquete, os parafusos não “pegavam” tão fácil sendo necessário forçar bastante em alguns casos, com a AORUS XTREME agora basta girar com o torquímetro que eles passam a fazer seu trabalho.

BIOS


O texto aqui não muda frente ao que sempre falamos em outras análise de placas da Gigabyte, não é minha interface de BIOS preferida, mas faz seu trabalho bem. Sinto falta de perfis de overclock pré-definidos de acordo com a CPU instalado no sistema. Esse tipo de funcionalidade ajuda muito quem não tem experiência em overclock, como estamos falando de um produto que promete maiores ganhos com essa característica, nada mais comum do que facilitar a vida para o público menos experiente, ASUS e ASRock fazem isso.

Lembramos que qualquer mainboard X399 suporta todos os modelos Threadripper série 1000 ou 2000, basta estar com a BIOS atualizada. No caso da AORUS XTREME, utilizamos a última versão disponível durante a análise, a versão F4c.

Abaixo algumas telas da BIOS.

{quote}Manter a BIOS atualizada ajuda na estabilidade do sistema,
maior compatibilidade com memórias entre outros benefícios{/quote}


Sistema Utilizado


Abaixo, detalhes sobre o sistema que utilizamos em todas as análises de placas-mãe com mesma série de chipset, além de drivers e aplicações utilizadas nos testes, mas antes fotos do sistema funcionando.

Máquinas utilizadas nos testes:
Todas as placas utilizaram os mesmos hardwares para os testes:

– Processador: AMD Ryzen Threadripper 1950X [análise]
– Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 1080 Founders Edition [análise]
– Memórias: 32 GB G.Skill FlareX @ 2133/3200MHz (4x8GB) [site oficial]
– SSD: Samsung 960 Pro 512GB m.2 [site oficial]
– SSD: HyperX Savage 240GB SATA3 [site oficial]
– HD: Seagate Barracuda 2TB 7200RPM Sata 6Gb/s [site oficial]
– Cooler: Noctua NH-U12S-TR4 [site oficial]
– Fonte de energia (PSU): Thermaltake Toughpower 850W GOLD PSU [site oficial]

Sistema Operacional e Drivers:
– Windows 10 64 Bits com Updates
– GeForce 399.07

Aplicativos/Games:
– AIDA 5.xx
– CineBench R15
– CrystalDiskMark 5.x
– wPrime 1.55
– WinRAR 5.50
– 3DMark (DX11)
– Grand Theft Auto 5 (DX11)

CPU-Z
Abaixo, telas do CPU-Z mostrando detalhes da placa-mãe e parte do sistema utilizado nos testes. Sempre lembrando que adotamos dois testes, um com o sistema em modo padrão, sem modificações como de overclock ou mesmo seleção do perfil máximo do kit de memórias utilizado, e outro com o sistema overclockado e com a frequência máxima do kit desde que a mainboard suporte.

Overclock


Como nas análises anteriores de mainboards X399 utilizamos o processador AMD Ryzen Threadripper 1950X para os testes, em breve iremos atualizar para o 2990WZ. Ele tem clock de 3.4GHz em modo normal, chegando a 4GHz em modo turbo. Assim como os Ryzen para socket AM4, ele não poderá ir muito além disso em overclocks “normais”, sem envolver modificações mais complexas de tensão com uso de resfriamento via nitrogênio líquido ou mesmo overclockando apenas alguns núcleos e não todos como costumamos fazer. Como nossos overclocks tentam alcançar o limite em situações sem muitas modificações, ou mesmo um overclock para uso constante, forçamos até onde o sistema aguenta com esse conceito.

A XTREME tem um projeto bastante diferenciado e se saiu muito bem. Para o overclock simplesmente definimos o multiplicador do CPU para 40x definindo o clock de todos os núcleos do 1950X em 4GHz, a tensão subimos para 1.4v.  Também setamos a frequência das memórias para seu máximo, 3200MHz.

{quote}Procure sempre manter a BIOS atualizada
para a versão mais recente disponível{/quote}

“Faça overclock no sistema por sua conta e risco. Dependendo do modo como aplica o overclock pode gerar problemas irreparáveis em componentes do sistema.”


Testes

Consumo de energia
Fizemos os testes do sistema em modo ocioso e rodando o 3DMark, aplicativo que exige bastante do sistema. Começamos pelo teste com o sistema em modo ocioso (IDLE).

Rodando o 3DMark
Quando colocamos os sistema com vídeo integrado rodando o 3DMark, temos os seguintes resultados de consumo:

Testes de desempenho
Abaixo temos uma série de testes de desempenho com o sistema, comparando a placa com outros modelos do mercado utilizando os mesmos componentes e fazendo exatamente os mesmos testes; com exceção de overclock, que é diferente em cada placa-mãe/sistema.

AIDA64 
Iniciamos os testes de desempenho em aplicações com o AIDA64 e seu teste de memórias, mostrando o resultado de leitura, escrita, cópia e latência:

Crystal Disk Mark – SSD
Dando sequência, abaixo um teste de desempenho do mesmo SSD utilizado em todos os sistemas comparados. Diferente de outras plataformas, nessa utilizamos um dos drives SSDs mais rápidos do mundo, o Samsung EVO 960 Pro.

Em se tratando dos testes, a placa da Gigabyte atingiu resultado consideravelmente acima no teste de leitura, algo que pode estar associado a alguma coisa da BIOS ou mesmo drivers. Porém salientamos que ambas utilizaram as mesmas versões em tudo.

Crystal Disk Mark – USB 3.1
Mais um testes com o Crystal Disk Mark, mas agora com um pen drive USB 3.1 na conexão USB mais rápida da placa. Para esse teste estamos utilizando um dos Flash Drives mais rápidos do mercado, o SanDisk Extreme PRO USB 3.1 de 256GB. Ele tem velocidades altíssimas para um drive USB, com 420 MB/s de leitura e 380 MB/s de escrita.

{quote}É importante instalar os drivers do controlador USB da placa
para atingir o cenário ideal{/quote}

Destacamos ainda que o drive utilizado é padrão USB 3.1 Gen1, futuramente em nova versão Gen2 ele atingirá velocidades ainda maiores, já que as placas trazem essa nova conexão. Abaixo os resultados, que mostram que as placas se alternando entre as velocidades de leitura e escrita, curiosamente, ambas ultrapassaram a velocidade máxima de escrita do drive. indecision

CineBench
Vamos para um teste de conversão de imagem utilizando os múltiplos cores:

WinRAR
Outro teste indicado que pode ser usado para medir o comportamento do processador é o WinRAR, que consegue fazer bom uso de todos os cores.

wPrime
Rodando o wPrime, teste que estressa todos os cores do processador, temos os resultados abaixo:  

3DMark
Começamos nossos testes com foco em vídeo com o 3DMark, mas por enquanto com a placa de vídeo dedicada.

Grand Theft Auto 5
GTA 5 está entre os mais exigentes da atualidade, trazendo ótima qualidade gráfica. Confiram abaixo o comportamento das placas rodando o game e como fica a diferença entre os processadores:


Diferente do que a Intel costuma fazer a AMD não lançou uma nova série de chipset com a chegada dos processadores AMD Ryzen Threadripper 2000, leia-se modelos como o 2990WZ e o 2950X. Isso não é uma coisa ruim, até porque nenhuma grande novidade em tecnologias foi lançada, sendo assim manter o mesmo chipset tem sentido nesse caso. Porém estamos falando de uma placa-mãe nova, e como sempre acontece ela chegou custando mais que modelos já existentes no mercado, até porque a proposta desse modelo é se posicionar acima das anteriores da empresa.

A X399 AORUS XTREME é hoje a melhor placa-mãe da Gigabyte para processadores soquete TR4(Threadripper 1000/2000), porém como destacamos em alguns momento na análise, ela não traz nenhuma grande novidade sobre os modelos anteriores, já considerados muito bons. A principal mudança frente aos demais modelos está em um projeto um pouco melhor em overclock com 10+3 controladores de fases(CPU+SoC) e principalmente na questão de acabamento e visual, sendo ela mais refinada e com mais detalhes em leds.

{quote}Mainboard com excelente acabamento e
recheada de tecnologias{/quote}

Em se tratando das tecnologias, destacamos o suporte a 4 placas de vídeo, mesmo que tanto AMD como NVIDIA não indicam recomendam mais de 2 placas, o suporte a memórias de até 3600MHz em quad-channel, suporte para até 3 SSDs em formato M.2, todos eles cobertos por dissipadores de calor, Wifi e Bluetooth, que infelizmente não estão nos padrões mais novos como Wifi Wave2 e Bluetooth 5.0. 

Também merece destaque as 3 conexões de rede disponíveis na placa, foi a primeira que passou pela nossa redação com esse número de conexão, que na prática é algo de utilidade para pouquíssimos usuário. Dentre as três conexões, 2 são com chiposet Intel Gigabit e uma com chip Aquantia 10GbE. Em se tratando do sistema de som, o tradicional chipo Realtek ALC 1220 + ESS 9118 SABRE HiFi DAC.

Por fim o painel traseiro implementado inicialmente pela ASUS está sendo adotado em massa nos produtos intermediários e de alto desempenho da Gigabyte, uma coisa que parece detalhe bobo para muitos é algo muito interessante na pratica, entregando principalmente os encaixes melhores das conexões e a garantia de sempre encaixar certinho.

Muitas tecnologias e visual imponente e refinado

Usamos o mesmo Threadripper 1950X que tínhamos utilizado nos modelos anteriores, como sempre acontece em mainboards a diferença de desempenho é mínima, se acontece é devido alguma atualização das aplicações utilizadas ou do overclock feito no sistema. Falando em overclock, ela se comportou muito bem, como sempre evitamos forçar de mais o CPU para cenários não recomendados para uso contínuo, sendo assim evitamos inclusive de sumir muito a tensão, nesse caso colocamos em 1.4v com todos os 16 núcleos em 4GHz, o sistema ficou normal com temperatura não fora do esperado entregando um ganho bom em vários testes.

Entre as placas-mãe mais bonitas que já analisamos

O preço no lançamento da placa em cenário internacional é de US$450, já a Designare EX atualmente custa US$370 e a Gaming 7 US$340, todas elas com propostas bem parecidas e entregando praticamente a mesma coisa, então mesmo a AORUS XTREME sendo o melhor modelo, não tem muito sentido pela grande diferença de preço, são US$110 entre a XTREME e a Gaming 7. Essa diferença de valor da seguramente para comprar um bom SSD M.2 de 240GB e um HD de 2TB por exemplo, dois componentes que são imprescindíveis para uso em um sistema, ou mesmo separar para o CPU já que eles são mais bem mais caros que os da plataforma AM4.

No Brasil ela ainda não está à venda, mas naturalmente não vai aparecer por valores inferiores a R$3.000 quando chegar, especialmente porque uma Gaming 7 já fica na casa de R$2.500+/- e a conversão de US$110 dólares costuma ser em média o dobro do normal.

{galeria::gigabyte x399 aorus xtreme,Galeria da análise da Gigabyte X399 AORUS XTREME}

Conclusão

{notas}

Prós

Componentes de alta qualidade

Suporte a múltiplas placas de vídeo

Excelente acabamento e visual

Bom projeto para overclock

Bom sistema de som onboard

Ótimo pacote de tecnologias

Contras

Preço

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