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A Gigabyte é uma empresa que já está no mercado de mouses há muitos anos, porém, ao contrário de outras grandes empresas deste ramo, trabalhou por muito tempo fazendo remarcações de produtos de outras marcas, sem realmente “projetar” muitos de seus mouses.

Isto vem mudando nos últimos anos, e a Gigabyte está realmente procurando investir mais em periféricos para poder competir neste mercado, especialmente em suas linhas especializadas para jogos, entre elas a Aorus.

Então o Gigabyte AORUS M3 é um bom mouse? E como se sai comparado a outros mouses? É o que veremos a seguir.

Ergonomia e Construção Externa

É importante lembrar que existem formas que usuários podem manusear seus mouses, o que chamamos de pegadas. As três principais são:

O primeiro erro que pessoas cometem ao ver fotos do Gigabyte AORUS M3, é pensar que este mouse possui uma ergonomia similar ao Microsoft Intellimouse 3.0/Razer DeathAdder e tantos outros mouses que se baseiam no MS 3.0, ao que eu posso falar: não, ele não é nada parecido.




Acima: Gigabyte Aorus M3. Abaixo: Cougar Revenger

Com uma traseira extremamente larga, o ponto mais alto situado no meio e uma altura ainda maior do que estes outros mouses, a pegada do Gigabyte AORUS M3 é bastante “estranha”. Entendam, não estou falando que ela seja ruim, apenas bem diferente do que se esperava pela sua aparência.

O resultado disso, é que a pegada Palm fica boa:

A pegada Claw pode ser usada, mas a falta de apoio para a palma da mão na parte traseira não é muito confortável, por isso que muitos mouses são mais altos na parte traseira:

Enquanto a pegada Fingertip não possui problema algum com este mouse.

Pesando 100 gramas, o Gigabyte AORUS M3 é um mouse leve para o seu tamanho, mas mesmo assim conta com uma estrutura em plástico bem feita e sem nenhuma impressão de fragilidade.

O mesmo porém não pode ser dito para as borrachas laterais. Estas são borrachas de qualidade inferior ao que encontramos em mouses como o Razer DeathAdder Elite ou SteelSeries Rival 700, dão a impressão ao tato que irão desgastar e as texturas presentes nelas não são agradáveis, além de sujeiras grudarem nesta superfície.

Me lembram muito as laterais do ASUS ROG Gladius, as quais também não eram bem feitas.

Outro detalhe do mouse é o seu cabo. O Gigabyte AORUS M3 conta com um cabo de borracha fino e um tanto quanto duro, e que passa uma grande impressão de fragilidade. Sugiro para quem comprar um, que tenha os devidos cuidados para que o cabo não enrosque e nem fique raspando conta quinas de sua mesa. Se possível, compre um Mouse Bungee ou faça um.

O Gigabyte AORUS M3 conta com 7 botões, os 2 principais, o botão do scroll, dois botões para trocar a DPI e mais dois botões laterais. Sobre estes botões laterais, estes são extremamente leves, mas precisam ser empurrados um pouco para dentro até que respondam.

Nada de errado nisso, mas acho preferível que o mouse tenha botões laterais mais firmes, nem que tenha que usar switches com maior resistência para isto. Todos os outros botões possuem uma excelente resposta.

Enfim, a construção externa do Gigabyte AORUS M3 no geral é boa, é um mouse bastante leve mas mesmo assim com uma construção que passa confiança, boa resposta em seus botões principais e bom deslize, mas a qualidade das borrachas laterais realmente poderia ser melhor e o cabo mais caprichado.

Construção Interna

A Construção Interna é a principal responsável pela durabilidade de um mouse. Se forem utilizados componentes de alta qualidade, podemos dizer que o mouse foi projetado para durar. Se forem utilizados componentes de baixa qualidade, as expectativas para o mouse não serão boas.

A construção do Gigabyte AORUS M3 é boa, mas também nada excepcional. Componentes de alta qualidade onde necessários e componentes mais baratos onde podem ser usados.

O AORUS M3 utiliza o mesmo codificador de scroll da Kailh que o Logitech G203, G403 e G Pro. Porém, não acredito que ele terá os mesmos problemas de scroll que o G403, pois na verdade o problema nem é o codificador e sim o uso de uma segunda PCB frouxa, tanto que o G203 não apresenta tantos problemas quanto o G403.

Minha única crítica fica contra a utilização de switches táteis genéricos no botão do meio do mouse, esse é um botão que costuma ser usado até mais do que os laterais, e é uma pena que muitas marcas utilizam switches de qualidade inferior neste botão.

Desempenho

O Gigabyte AORUS M3 utiliza o sensor Pixart ADNS-3988, o mesmo sensor que é utilizado no Razer DeathAdder 2013 (também conhecido como DeathAdder 4G):

A única diferença é que esta parece ser uma nova revisão onde o sensor é montado no lado inverso da PCB, similar ao que é feito nos sensores Pixart PMW 3330/3336/3360/3361/3389.

Começando, todos os testes foram realizados utilizando um mousepad Rise M4A1, o qual possui estampas e tem um nível de qualidade similar ao Razer Goliathus Speed.

Primeiro, temos o teste de consistência de rastreio. Basicamente, ele testa o que o nome diz, mostrando se por acaso há distorções no rastreio do mouse. Para realizar ele, é usado uma ferramenta chamada MouseTester.

YouTube video

E estes foram os resultados mousepad RISE M4A1, em 1000 Hz:

Um pouco estranho ver contagens fora das médias, mas está dentro do aceitável e pode ser apenas uma poeira na lente do mouse. Agora, vamos para os testes de aceleração:

O ideal sempre é que: se o mouse for movido rapidamente 10cm para a direita, ele tenha o mesmo resultado que teria se fosse deslocado lentamente a mesma distância. 

Caso o mouse for mais longe do que o necessário no movimento rápido, é dito que o mesmo tem aceleração positiva. Caso a distância que ele percorreu seja menor no movimento rápido, ele tem aceleração negativa.

YouTube video

E se o mouse parou no mesmo lugar que antes, ele não tem aceleração nenhuma, o que caracteriza um resultado perfeito.

Sendo que este foi o resultado do Gigabyte AORUS M3 usando o mousepad RISE M4A1, em 1000 Hz:

Resultados perfeitos, embora seja bastante difícil deixar este mouse “reto” para fazer este teste.

Agora, chegando ao software do mouse:

Não vou adentrar muito pois este é exatamente o mesmo software que o Gigabyte Aorus K7 que já analisei, mas deixo aqui a lista de pontos positivos e negativos deste software:

Pontos Positivos:
– Capaz de capturar a movimentação do mouse, algo que poucos softwares fazem
– Leve e não requer registro e login

Pontos Negativos:
– Interface com baixa legibilidade e confusa
– Interface não escala adequadamente de acordo com a resolução do usuário, gerando inclusive alguns bugs
– Software do teclado/mouse é o mesmo que o das placas de vídeo, e sobrepõe as configurações de outros softwares ao ser aberto

A base do software do AORUS M3 é muito boa, mas a interface é simplesmente uma das piores que já vi no mercado e o fato do software de um teclado/mouse afetar as configurações da placa de vídeo é um problema sério e a Gigabyte precisa urgentemente refazer a interface gráfica e também adicionar a opção para desligar os recursos relacionados à placa de vídeo, caso o usuário preferir usar outro software (ex: MSI Afterburner).

No geral o Gigabyte AORUS M3 é um bom mouse, com uma ótima construção interna, um excelente sensor e um preço adequado na faixa de R$ 160~180, embora em ocasiões alcance valores de R$ 200~300, o que ele sinceramente não vale.

O problema porém, é que ele não possui grandes diferencias contra concorrentes desta faixa de preço, alguns os quais possuem um acabamento mais caprichado e/ou um melhor software.

Em termos de qualidade este mouse apanha feio do Razer DeathAdder Elite, e embora não pareça que terá problemas de scroll igual o Logitech G403, em outros aspectos ele é inferior.

Já contra o Cougar Revenger que mostramos aqui na análise, embora eles sejam muito diferentes em termos de pegada/peso, a qualidade do Revenger é superior, enquanto o HyperX Pulsefire FPS pode ter menos recursos, mas é mais caprichado por fora. Só não comento sobre o CM MasterMouse MM530 pois não possuo um, mas suspeito que também seja mais caprichado que o Gigabyte AORUS M3.

Há algumas questões que poderiam ter sido diferentes para agradar um maior público. As laterais de borracha poderiam ter sido mais caprichadas ou nem precisavam ser emborrachadas, o formato do MS 3.0 poderia ter sido mantido, o cabo deveria ser mais caprichado, enquanto a interface do software AORUS precisa ser completamente refeita.

{notas}

Prós

Acompanha um par de pés adicionais

Boa construção externa

Excelente precisão graças ao sensor Pixart ADNS-3988

Ótima construção interna

Contras

Acabamento emborrachado das laterais poderia ser mais caprichado

Interface gráfica extremamente mal feita

Software sobrepõe as configurações da placa de vídeo

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