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A Honor é uma sub-marca que a Huawei tem usado para vender smartphones intermediários e de entrada na China e em outros mercados, mas tentando evitar associações negativas que muitos consumidores possuem com a marca. O topo de linha da sub-marca para 2017 é o Honor 9, que custa bem mais barato que os aparelhos high-end de 2017 e promete entregar o mesmo desempenho. Mas será que isso é verdade? E será que há algum comprometimento na experiência do dispositivo, ainda mais com a EMUI 5.1? Confira na análise completa abaixo!

Link de compra na Gearbest

Huawei Honor 9

Huawei Honor 9

OnePlus 5

OnePlus 5

Xiaomi Mi 6

Xiaomi Mi 6

LG G6

LG G6

Samsung Galaxy S8

Samsung Galaxy S8

Comparativo

Preço de Lançamento
Preço de Lançamento
US$479,00 20/06/2017
US$430,00 06/03/2017
R$3.999,00 25/04/2017
R$3.999,00 17/04/2017
Preço Atualizado
Preço Atualizado
US$479,00 02/08/2017
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US$430,00 04/07/2017
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R$1.999,00 27/10/2017
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R$2.649,00 27/10/2017
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Especificações

Sistema Operacional
Sistema Operacional Android 7.0 Android 7.0 Android 7.0 Android 7.0 Android 7.0
Update disponível para o sistema
Update disponível para o sistema Não informado Não informado Não informado
Número de núcleos
Número de núcleos 8 8 8 4 8
Memória RAM
Memória RAM 4 GB, 6 GB 6GB, 8GB 6GB 4GB 4GB
Armazenamento interno
Armazenamento interno 64 GB, 128 GB 64GB, 128GB |64GB||128GB| 32GB 64GB, 128GB
Cartão microSD
Cartão microSD 256 GB Não possui Não possui Até 256GB Até 256GB
Portas de conexão
Portas de conexão USB Tipo-C USB Tipo-C |USB Tipo-C| USB Tipo-C USB Tipo-C
Processador
Processador HiSilicon Kirin 960 Qualcomm Snapdragon 835 Qualcomm Snapdragon 835 Qualcomm Snapdragon 821 Exynos 8895 e Snapdragon 835 (EUA)
Clock
Clock 2.4 GHz 2.45 GHz 2.45 GHz 2.4 GHz 2,35 GHz
GPU
GPU Mali-G71 MP8 Adreno 540 Adreno 540 Adreno 530 Adreno 540
Bateria
Bateria 3200 mAh 3300 mAh 3350 mAh 3.300 mAh 3.000 mAh
Dimensões
Dimensões 147,3 x 70,9 x 7,5mm mm 154.2 x 74.1 x 7.25 mm 145,2 x 70,5 x 7,5mm mm 148,9 x 71,9 x 7,9 mm mm 148,9 x 68,1 x 8 mm
Peso
Peso 155 g 153 g 168 g 163g g 155 g

Recursos

LTE
LTE Sim Sim Sim Sim Sim
Tipo de cartão SIM
Tipo de cartão SIM Nano SIM Nano SIM Nano SIM Nano SIM Nano SIM
Número de cartões SIM
Número de cartões SIM 2 2 2 1 2
TV Digital
TV Digital Não Não Não Não Não
Leitor de Digital
Leitor de Digital Sim Sim Sim Sim Sim
NFC
NFC Sim Sim Sim Sim Sim
Radio
Radio Não Não Não Sim Não
GPS
GPS Sim Sim Sim Sim Sim
Bluetooth
Bluetooth 4.2 5.0 5.0 4.2 5.0
Extras
Extras EMUI 5.1 Sistema OxygenOS MI UI, resistente a respingos Câmera frontal com grande angular de 125º proteção contra água e poeria IP68 Proteção contra água e poeira IP68 display always-on

Display

Tamanho
Tamanho 5.15 polegadas 5.5 polegadas 5.1 polegadas 5.7 polegadas 5.8 polegadas
Resolução
Resolução 1080 x 1920 (428 ppi) 1080 x 1920 1080 x 1920 2880 x 1440 1440 x 2960
Tecnologia
Tecnologia IPS AMOLED IPS IPS Super AMOLED
Proteção
Proteção Corning Gorilla Glass 3 Corning Gorilla Glass 5 Corning Gorilla Glass 3 Corning Gorilla Glass 5

Câmera

Vídeos
Vídeos 2160p 30 fps 2160p 30 fps 2160p 30 fps 2160p 30 fps 2160p 30 fps
Traseira
Traseira Dual 20 12 MP, f/2.2, autofocus, dual-LED Dual 16 MP, f/1.7, 24mm 20 MP, f/2.6, 36mm 12 12 Dual 13MP 12MP
Frontal
Frontal 8 MP, f/2.0 16 MP, f/2.0, 20mm 8 5MP 8MP

Design e Tela


Design premium e frágil

O design do Honor 9 tem duas facetas: ele é, na maior parte, um produto muito bonito. Por outro lado, porém, ele dá a impressão de ser um dos smartphones mais frágeis que já peguei nas minhas mãos nos últimos anos. Na frente, a tela de 5,15 polegadas e resolução FullHD é coberta por um vidro 2.5D com leves curvaturas nas pontas. A traseira é coberta por um vidro 3D ainda mais impressionante, que se curva nas laterais.

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O problema é que essas duas peças de vidro utilizam a antiga tecnologia Gorilla Glass 3. Ela tem menor dureza que as versões mais novas, o que significa que ela pode arranhar mais fácil com moedas e chaves no seu bolso, algo que não acontece com smartphones que usam Gorilla Glass 4 ou 5. Outro detalhe é que esses vidros são menos resistentes a quedas, apesar de que infelizmente não podemos testar até que ponto ele é mais frágil que outros aparelhos (sem destruir nossos modelos de testes, ao menos). Ao menos o quadro que fica entre as partes frontal e traseira é de metal, o que confere mais resistência quando o smartphone bate com a lateral no chão.

E o Honor 9 vai cair com frequência no chão, ao menos se você não comprar uma capinha. O dispositivo é muito mais escorregadio que o normal, e inclusive acaba deslizando se você colocá-lo numa superfície que esteja inclinada, mesmo que só um pouco. A sorte é que a companhia já coloca um bumper de plástico na caixinha do dispositivo, e eu só aconselho os mais corajosos a saírem de casa sem ele. A última crítica que eu tenho ao design envolve a posição das câmeras traseiras, que ficam muito próximas do topo do aparelho e é fácil cobri-las com a mão na hora de fotografar.

Com sua resolução 1080 x 1920, a tela do smartphone tem 428 ppi. A tecnologia é LTPS IPS LCD, o que significa que ela possui maior definição que a maior parte dos displays de cristal líquido. Mesmo assim, ela não atinge o mesmo contraste de telas OLED e não traz cores com a mesma saturação nem a mesma vivacidade. Ainda assim, é um display muito competente, suficiente para todas as tarefas diárias. Só é uma pena que o aparelho não tenha adotado a proporção de tela 18:9 de bordas finas que já está aparecendo até mesmo em aparelhos intermediários e de entrada.

O sensor de digitais fica na parte frontal do dispositivo e funciona super bem e de maneira rápida. O conector de energia já é o USB Tipo-C, que tem se tornado padrão para smartphones mais recentes. A parte inferior do smartphone ainda abriga um conector de 3,5mm para fones de ouvido e um alto-falante, bem daqueles que é fácil de cobrir com a mão quando se está jogando ou assistindo um vídeo. A mais grata surpresa, para mim, foi ver que há um sensor infravermelho que permite ao Honor 9 operar como um controle remoto universal, que opera com televisões e aparelhos de ar-condicionado, por exemplo.

Funcionalidades


Incompatibilidade com o 4G brasileiro é o maior problema

Na parte das funcionalidades é que temos o verdadeiro motivo porque é impossível de recomendar o Huawei Honor 9 para usuários brasileiros. O smartphone simplesmente não é compatível com a internet 4G (LTE) da maioria das operadoras do nosso país. Para isso, seria necessário que o aparelho suportasse a banda B7, de 2600MHz. O Honor 9 apenas suportas as bandas B1, B3, B5, B8, B38, B39, B40 e 41. Em algumas cidades do país, as operadoras já utilizam a B3 (1800MHz), então pode ser que o smartphone opere bem na sua região. Mas trata-se de uma exceção, e a regra é que ele não vai funcionar bem para a maioria dos usuários. Aqui em Santa Catarina, onde fica a sede do Adrenaline, foi um inferno ficar limitado às velocidades de internet 3G, ainda mais utilizando um smartphone tão potente. Essencialmente, é o equivalente a parar de usar uma internet de 30Mb e voltar para uma conexão de 3Mb. Não é o fim do mundo, mas é bem desagradável.

Mesmo sendo uma versão internacional do aparelho, ele é incompatível com o LTE brasileiro


Versão de Assassin's Creed Unity para smartrphones está na lista de bloatware que vem com o Honor 9

Não sou o maior fã da EMUI, interface da Huawei que tenta até demais imitar o iOS. Por padrão, o smartphone não vem nem com a gaveta de aplicativos habilitada, mas é fácil corrigir isso nas configurações. O smartphone veio com uma boa quantidade de bloatware, que comicamente foram organizados numa pasta chamada “aplicativos top”. O menu de configurações ficou meio bagunçado e definitivamente leva um tempo para se acostumar. Nem todas as customizações são ruins. Há um recurso que melhora a visibilidade do smartphone sob a luz do Sol. Ela faz com que a tela do Honor 9, que está longe de ser a mais luminosa do mercado, seja uma das melhores para visualização externa. A empresa ainda implementou ferramentas de captura de tela, otimizações para fones de ouvido e de duplicar aplicativos, o que deixa você logar com duas contas diferentes em apps que não trazem este recurso como nativo.

Performance


Processador de última geração, GPU de geração passada

Diferentemente de praticamente todos os smartphones que já testamos aqui, o Honor 9 utiliza um chipset próprio da Huawei, o Kirin 960. Apesar do SoC ter o design e produção da companhia chinesa, a CPU octa-core inclusa é bastante conhecida pela gente. Afinal, ela utiliza 4 núcleos Cortex-A73 de alto desempenho rodando a 2.4GHz e 4 núcleos de baixo desempenho Cortex-A53 rodando a 1.8GHz. No final das contas, é muito parecido com o que o Snapdragon 835 traz. A GPU, a Mali-G71, também já foi utilizada em outros aparelhos, de empresas como Oppo, Gionee e Samsung. Apesar disso, a configuração MP8 (8 núcleos gráficos) só é utilizada pela Huawei, e não é tão potente quanto a MP20 (20 núcleos) encontrada no Galaxy S8, por exemplo.

O que todos esses números representam é que a experiência de uso diário é absurdamente rápida, como em qualquer topo de linha hoje em dia. O desempenho em games também é excepcional, mas está uma geração atrás dos SoCs da Qualcomm. Ou seja, o Kirin 960 do Honor 9 roda games de maneira similar ao LG G6, que utiliza o Snapdragon 821. O modelo que avaliamos tem 4GB de memória RAM, o que é mais do que suficiente para o Android hoje e deve se sair bem nas próximas atualizações de sistema. Combinado com 64GB e suporte a cartões microSD de até 256GB, ele certamente está dentro do que se espera de um aparelho premium em 2017.

Bateria


Autonomia abaixo da média do segmento

Para uma bateria de 3.200 mAh e uma tela Full HD (1080p) de tamanho relativamente pequeno para os padrões de hoje, de 5,15 polegadas, nós esperávamos maior autonomia. No teste misto do PCMark de bateria, o Honor 9 durou 7 horas e 40 minutos. São apenas 7 minutos a menos que o Galaxy S8, só que o aparelho da Samsung tem tela Quad HD (1440p) de 5,8 polegadas e bateria menor (3000 mAh).

Isso resulta num tempo entre 3h30 e 4h30 de tela, dependendo do quão pesados forem os aplicativos que você rodar. As modificações pesadas que a EMUI 5.1 traz sobre o Android 7.0 só pioram o maior problema, que é a fraca eficiência energética do SoC Kirin 960. Para uso leve e moderado até dá para chegar no fim do dia com uma carga, mas se você exigir um pouco mais do aparelho vai ser necessária uma recarga extra durante o dia. O lado positivo é que o smartphone é compatível com carregamento rápido de 18W, chegando a 100% em apenas 1h30 ou a 40% em meia hora.

Câmera


Sistema dual-câmera de qualidade e com um software bem decente

Os aparelhos da sub-marca Honor não trazem as câmeras feitas em parceira com a Leica que os dispositivos high-end da Huawei costumam ter. Ainda assim, o Honor 9 tem uma configuração de câmera dupla traseira que é praticamente a mesma do Huawei P10, com exceção de alguns detalhes. O dispositivo da série Honor não tem estabilização óptica (OIS), auto-foco laser e nem a marca Leica. De resto, as configurações são bem parecidas, com um sensor colorido de 12MP e outro monocromático de 20MP, ambos com lentes de abertura máxima f/2.2 e distância focal de 27mm.

O resultado é bem decente para um aparelho desta faixa de preço, especialmente para tirar fotos em condições boas e até medianas de luz. Nessas situações, as imagens ficam bem resolvidas, com uma boa quantidade de detalhes e buscando cores mais naturais e menos saturadas do que costumamos ver em smartphones recentes. Isso às vezes resulta em fotos mais lavadas e menos chamativas, mas que ainda são boas o suficiente para um aparelho do tipo.

O software é cheio de recursos e faz excelente uso do sistema dual-camera. Se você ativar o modo de “abertura ampla”, o dispositivo passa a usar as duas câmeras em conjunto. Isso permite que o usuário escolha se o primeiro ou o segundo plano estará em foco e até o quão desfocado estará o resto da foto. O sistema geralmente funciona muito bem, ainda mais se você não utilizar um desfoque muito agressivo. Porém, como é algo feito por software, há casos em que ele falha, e a imagem fica parecendo uma foto editada em Photoshop. Há ainda um recurso de zoom híbrido de 2 vezes, que corta a imagem de 20MP do sensor monocromático e a colore com as informações do sensor colorido de 12MP. Ele promete ser um sistema sem perda de qualidade. Apesar de ser melhor que usar zoom digital, ele ainda resulta num aumento de ruídos.

Em baixa luz, a situação muda e as coisas ficam menos favoráveis para o Honor 9. O dispositivo não possui estabilização óptica, recurso que é praticamente obrigatória para se tirar boas fotos em condições desfavoráveis de iluminação. A Huawei tentou implementar ferramentas e recursos para compensar isto através de seu software, mas não obteve muito sucesso. É comum as fotos em baixa luz ficarem borradas. Algo que nos agrada é que, quando este tipo de fotografia dá certo, o software da Huawei não tem medo de aumentar o ISO e deixar algum ruído na foto. Isso pode deixar a imagem muito texturizada, mas também garante a captura de mais detalhes, algo que é raro de se ver em smartphones hoje em dia. A câmera frontal é de 8MP, tem abertura f/2.0 e nada de muito especial. Ela cumpre o seu papel, mas não vai tirar as selfies mais sensacionais do mundo.

Comparativo de fotos
Fotos em boa luz

Fotos em baixa luz

Fotos com flash

A Huawei cumpriu muitas coisas com o Honor 9. Dá para dizer que a empresa deu uma de OnePlus e fez um topo de linha com preço de intermediário. Ele tem um design premium com vidro na frente e na traseira, apesar de usar o menos robusto Gorilla Glass 3. O desempenho do SoC Kirin 960 é excelente, mesmo que não seja muito eficiente e a duração de bateria sofrer com isso.

Link de compra na Gearbest

O sistema de câmera dupla tem boa qualidade e consegue fazer ótimas imagens com efeitos avançados de desfoque. Ele só fica devendo estabilização óptica, mas talvez seja pedir demais pelo seu preço. Só é uma pena que um aparelho tão competente não seja compatível com a principal banda do 4G brasileiro, a B7 de 2600MHz. Com isso, fica difícil de recomendá-lo para qualquer um que more aqui no país.

Impossível recomendar um aparelho que não opera com o 4G nacional

{notas}

Prós

Bom desempenho

Preço de intermediário com chipset topo de linha

Configuração de duas câmeras competente

Design diferenciado

Contras

Não é compatível com o 4G brasileiro

Design frágil

Autonomia abaixo da média

Não possui estabilização óptica na câmera

Bloatware excessivo

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