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O AMD Ryzen Threadripper 1920X é um processador topo de linha para usuários domésticos/profissionais da AMD. Ele incorpora as tecnologias da microarquitetura Zen, mas com uma quantidade massiva de núcleos e threads, o que torna esse modelo ideal para consumidores com demandas de altíssima performance multithread, como em aplicações de renderização profissionais. 

A linha Threadripper é composta por dois dies de CPUs Ryzen (as outras duas peças presentes no modelo quando é feito o delid não têm função, segundo a AMD) chegando a até 8 núcleos em cada e um total de 16 cores e 32 threads. De acordo com a empresa, graças à tecnologia Infinity Fabric, esse arranjo possibilita alta eficiência escalonando bem a performance, mesmo com essa combinação de mais de um die em apenas um processador.

O Ryzen Threadripper 1920X desabilita parcialmente os dois dies Ryzen. Cada CCX possui um núcleos desativado, totalizando 3 núcleos por CCX, com 6 núcleos por die e um total de 12 núcleos e 24 threads em todo o processador. Apesar de ficar abaixo do 1950X, essa ainda é uma quantidade massiva de threads, ficando a frente dos 20 threads do Core i9-7900X, por exemplo.

Confira nossa análise do AMD Ryzen Threadripper 1950X
Confira nossa análise do AMD Ryzen 7 1800X
Confira nossa análise do Intel Core i9-7900X

De olho nos entusiastas, esses processadores tem um alvo claro: o Intel Core i9-7900X, atual topo de linha Skylake-X. Tanto ele quanto o 1950X custam US$ 999, porém, a AMD busca provar que seu produto é mais atrativo usando uma maior quantidade de núcleos e threads (o Core i9-7900x possui 10/20). Já o 1920X tem outro foco: mesmo custando menos (US$ 799) promete entregar um desempenho semelhante, graças a seu total de 12 núcleos e 24 threads. Será que ele consegue? Vejamos no restante da análise!

Análise: [Intel Core i9-7900X] Processador com 10 núcleos e 20 threads é muito rápido, porém caro e com limitações em overclock

AMD Ryzen Threadripper 1950X

AMD Ryzen Threadripper 1950X

AMD Ryzen Threadripper 1920X

AMD Ryzen Threadripper 1920X

Intel Core i9-7900X

Intel Core i9-7900X

AMD Ryzen 7 1800X

AMD Ryzen 7 1800X

Comparativo

Preço de Lançamento
Preço de Lançamento
US$999,00 15/07/2017
US$799,00 15/07/2017
US$999,00 30/05/2017
US$499,00 02/03/2017
Preço Atualizado
Preço Atualizado
R$5.499,00 11/05/2020
Comprar
R$4.300,00 10/08/2017
Comprar
R$1.900,00 10/08/2017
Comprar

Especificações

Codinome
Codinome Zen Zen Skylake-X Summit Ridge
Soquete
Soquete sTR4 sTR4 LGA2066 AM4
Processo de fabricação
Processo de fabricação 14nm 14nm 14nm 14nm
Instruções
Instruções 64-bit 64-bit 64-bit 64-bit
Núcleos / Cores
Núcleos / Cores 16 12 10 8
Threads
Threads 32 24 20 16
Clock
Clock 3400 MHz 3500 MHz 3300 MHz 3600 MHz
Clock (Turbo)
Clock (Turbo) 4000 MHz 4000 MHz 4300 MHz 4000 MHz
Desbloqueado
Desbloqueado Sim Sim Sim Sim
Memórias
Memórias DDR4 @ 2667MHz DDR4 DDR4-2666 DDR4
Canais de memória
Canais de memória quad-channel quad-channel quad-channel dual-channel
Cache L2 + L3
Cache L2 + L3 32 32 13.75 16
PCI Express
PCI Express 3.0 3.0 3.0 3.0
Total de canais PCI Express
Total de canais PCI Express 64 64 44 24
TDP (W)
TDP (W) 180 180 140 95

Vídeo Integrado

GPU
GPU SEM V͍DEO INTEGRADO SEM V͍DEO INTEGRADO SEM V͍DEO INTEGRADO SEM V͍DEO INTEGRADO
Clock
Clock
Nº de Cores
Nº de Cores
DirectX
DirectX

Características Gerais

Acompanha cooler?
Acompanha cooler? Não Não Não Não
Extras
Extras

A virada para a AMD

A microarquitetura Zen representa um ponto crucial de mudança para a AMD e um marco em um mercado estagnado dos processadores para PCs domésticos. Após anos com apenas evoluções gradativas em novos produtos – tanto de Intel quanto AMD, o “lado vermelho da força” traz a maior renovação para o mercado dos últimos tempos.

Artigo: AMD Bulldozer: O Bom, o Mau e o Feio

E há um bom motivo para isso: ela precisa. A última grande mudança da empresa foi a introdução dos processadores baseados na microarquitetura Bulldozer, que traziam um conceito de produtos com grandes quantidades núcleos e compartilhamento de recursos entre seus pares, o que ficou conhecido como módulo Bulldozer. Essa arquitetura não se mostrou eficiente no contexto de computação pessoal nos últimos anos. Vários aplicativos faziam um péssimo uso de múltiplos núcleos além da capacidade de cada núcleo (performance em single thread) se mostrar mais determinante em muitos momentos do que a presença de multithreads abundantes. Os softwares não evoluíram para um uso eficiente de múltiplos núcleos, e o resultado foi catastrófico: vários anos em que a AMD simplesmente abandonou o segmento high-end e até rolaram processos contra a empresa por “propaganda enganosa”.

Os microprocessadores Zen, mais que uma evolução, são uma necessidade para a AMD

Nos últimos 4 anos, e de forma discreta, a empresa “apagou o quadro” e começou do zero um novo chip. A prioridade era óbvia: precisava melhorar as instruções por clock (IPC) que seus processadores são capazes de executar, e com isso aumentar a capacidade de cada um dos núcleos. A meta era atingir um incremento impressionante de 40% comparado à geração passada, e a empresa foi capaz de exceder essa meta.  A AMD afirma que um processador baseado em Zen é em torno de 52% mais eficiente que um modelo da geração anterior.

Os estreantes da arquitetura Zen, modelos Ryzen 7 1800X7 1700X e 7 1700, mostram que além da preocupação com o IPC a empresa não abandonou o conceito de uma quantidade vasta de núcleos. Todos possuem oito núcleos, e com a introdução do Simultaneous Multithreading (SMT), uma tecnologia análoga ao Hyperthreading presente na Intel desde 2002, esses modelos são capazes de entregar um total de 16 threads (dois por núcleo) – uma quantidade bastante rara no mercado de CPUs para consumidores domésticos.

A arquitetura Zen

Os processadores Ryzen são baseados na nova microarquitetura Zen fabricada na litografia de 14nm FinFET e têm uma estrutura completamente refeita, quando comparado com o que era feito com Bulldozers e microarquiteturas baseados nela (Piledriver, Steamroller e Excavator). Na época do lançamento dos Bulldozers (2011), introduzidos com uma litografia de 32 nanômetros, havia limitações na capacidade de inserir múltiplos núcleos em um processador. Por conta dessas restrições, a AMD projetou um chip com recursos compartilhados entre os cores.

As tecnologias dos processadores Ryzen: clocks mais precisos, mais performance e capacidade de “predizer” o futuro

As coisas mudaram no Zen. Além de um conjunto dedicado para cada núcleo para “alimentar a besta” com os dados necessários de forma mais eficiente, a AMD dedicou uma área de seu die para “predizer o futuro” chamada de Neural Net Prediction. Essa área usa algoritmos que “aprendem” os padrões dos dados que trafegam nos processamento e começam a antecipar as demandas dos núcleos, colocando o próximo conjunto de dados necessários em um local apropriado para uso dos núcleos.

Mas nem só através da adivinhação a empresa pretende inundar os núcleos de processamento com os dados que precisam. Uma grande quantidade de memória cache foi introduzida, com um L2 Cache massivo de 512kb (o dobro que a concorrência) e com o L1 e L2 Cache com uma largura de banda 2x maior se comparado com a geração passada.

No Zen a AMD consegue alimentar uma quantidade massiva de dados aos núcleos de CPU

Os núcleos de processamento compartilham o L3 Cache em grupos de quatro, formando o CPU Complex (CCX). Essa memória vai aumentar sua frequência para atingir o mesmo nível de desempenho do núcleo que estiver operando em maior performance. Todos os núcleos do CCX acessam qualquer área do L3 Cache com uma latência relativamente semelhante.

A cada nova geração que traz reduções na litografia utilizada no processo de fabricação, há saltos diretos na eficiência energética. Os Ryzen são 3.7x mais eficientes por watt consumido! Mas há outros elementos envolvidos na evolução da eficiência energética do Zen, sendo que a nova litografia responde por um incremento de 1.7x, a nova arquitetura atende por 1.3x e o design físico do chip mais eficiente atendem por 2.29x.

Os microprocessadores Ryzen entregam 3.7x mais performance por watt consumido

O die Zen vem equipado com 48 monitores de consumo de alta velocidade (atualizados a cada milissegundo) e 20 monitores de temperatura, com um total de sensores que ultrapassa os 1000 por CCX. Isso possibilita outra tecnologia importante para sua eficiência: o Pure Power, que atende por os 1.4x restantes da evolução na relação performance por watt consumido.

Graças à sua alta precisão no monitoramento do die, com mais de mil sensores por núcleo, um microchip Zen consegue reagir de forma mais eficiente à demandas e pode alterar o funcionamento de seus núcleos de forma precisa. A frequência, por exemplo, pode ser alterada em incrementos de 25MHz, ao invés dos quatro estágios gerenciados pelo sistema operacional, como é feito em muitas CPUs hoje. Assim um microchip Zen pode atingir qualquer nível que achar o mais adequado para desempenhar a função que tem pela frente.

Com esse controle preciso, os microchips Zen também podem regular suas frequências para o nível ideal através do Precision Boost, ou inclusive exceder suas frequências padrão: o Extended Frequence Range (XFR) pode levar até dois núcleos para patamares acima do que o chip foi programado no modo Turbo, monitorando fatores como consumo e aquecimento para evitar que o chip ultrapasse níveis pré-programados. Assim o Ryzen 7 1800X pode levar sua frequência a 4.1GHz em dois núcleos, mesmo com seu clock em Turbo Core sendo 4.0GHz. Quanto mais eficiente o sistema de resfriamento, mais longe o processador conseguirá chegar.

Todos os processadores Ryzen estão desbloqueados para overclock, o que significa que dá para levá-los além do Turbo Core ou mesmo o XFR. Mas para quem não pretende ficar mexendo em frequências e tensões elétricas, o XFR está disponível em todos os modelos e irá automaticamente fazer um uso do sistema de resfriamento, caso seja mais eficiente e entregue temperaturas mais baixas.

O Ryzen Threadripper

A essência dos processadores reside na tecnologia Infinity Fabric, uma tecnologia da AMD que possibilita a empresa conectar diferentes recursos computacionais em uma interface coerente. É através desse recurso que a AMD consegue implementar múltiplos CCXs em diversos dies e integrá-los para ganhar escalabilidade de forma eficiente. O chip Threadripper é composto por dois dies com microarquitetura Zen semelhantes aos que operam no Ryzen 7 1700/1800, com um total de dois CCXs por die e quatro núcleos por CCXs, o que resulta no impressionante valor de 16 núcleos e 32 threads totais presentes no Ryzen Threadripper 1950X, o modelo topo de linha com todos os núcleos ativados.

Além das tecnologias inerentes da microarquitetura Zen, como o Precision Boost, o Pure Power e o Neural Net Prediction, a AMD deu mais poder de controle no gerenciamento da DRAM aos donos de processadores Threadripper por julgá-los um nicho que deve ter mais acesso a recursos e customizações “ao nível do silício”. Por isso, os processadores dessa linha dão possibilidade ao consumidor de alterar o modo de acesso às memórias RAM por parte do processador, podendo ser feito através dos modos “distribuído” e “local”.

Explicando de forma resumida, os dois modos alternam entre o Uniform Memory Acess (UMA), que prioriza uma distribuição homogênea dos dados através de todos os canais de memória, e o Non-Uniform Memory Acess (NUMA) que aloca os dados no módulo de memória mais próximo disponível no momento. O primeiro modo traz performance mais consistente na largura de banda e costuma trazer benefícios em aplicações profissionais e de renderização intensa, enquanto o segundo traz benefício em softwares que tiram mais vantagem de memórias mais rápidas do que de uma maior largura de banda total, caso de muitos games. 

Alternar entre os modos é um tanto inconveniente, já que força a reinicialização do sistema, processo semelhante ao necessário para desabilitar o SMT. Por padrão, o “Modo Distribuído” estará ativado, obtendo melhor desempenho em aplicações intensas profissionais. O “Modo Local” traz ganhos em alguns games, porém não há muito porque se preocupar em ativá-lo: de acordo com estimativas da AMD, em alguns títulos há ganhos de performance, em outros, queda no desempenho. As variações não são muito altas, e na média há um ganho em torno  de 5% em games. Ou seja, se você não quiser se preocupar com esse ajuste, dificilmente estará perdendo muito desempenho nessa plataforma.

Outro ajuste possível é o “Legacy Mode”, algo que em tradução livre ficaria “modo legado”, e é uma curiosa opção que os modelos Threadrippers trazem para contornar o problema de terem… ahm… muitos núcleos. Alguns games apresentam menor estabilidade quando rodados em uma CPU com mais de 20 threads, e como consequência há ganhos de desempenho ao se ativar esse modo que desabilita um die do processador. Como resultado, um 1950X passa a ter 8 núcleos e 16 threads (virando basicamente um Ryzen 7 1800X) e o 1920X passa a operar com 6 núcleos e 12 threads (na prática, um Ryzen 5 1600X). Isso traz ganhos de desempenho de em torno de 4% na média, com ganhos que chegam a 12% nos games que mais se beneficiaram da mudança. Assim como a mudança no modo de acesso das memórias, é preciso reiniciar o computador para aplicar a alteração.


Fotos


Começamos pelo kit exclusivíssimo que a AMD enviou à imprensa. Não se trata de um kit normal, aliás, vale lembrar que o kit que a empresa entregou no anuncio do Ryzen 7 já era um kit sensacional, mas a AMD foi além e elevou em muito a qualidade final de todo o “pacote”, colocando dois processadores e uma série de hardwares de altíssima qualidade/desempenho. Abaixo, as fotos e lista de todos os hardwares.

O kit dos Threadripper enviado pela AMD é composto de:
– Processador AMD Ryzen Threadripper 1950X
– Processador AMD Ryzen Threadripper 1920X
– Placa-mãe ASUS Zenith Extreme (X399)
– Kit de memórias G.Skill TrindentZ RGB 32GB (4x8GB) 3200MHz DDR4 (com certificado para mainboards AMD)
– SSD Samsung NVMe 960 Pro M.2 512GB
– Cooler Thermaltake Floe Riing 360 TT Premium Edition
– Fonte de energia Thermaltake Toughpower Grand 1200W

{quote}Recebemos o cooler e a fonte depois
que já tínhamos feito o unboxing que publicamos{/quote}

YouTube video

Exatamente como acontece com o 1950X, o que chama a atenção de início foi o cuidado da empresa com a caixa dos CPUs. Não é uma caixa de papel tradicional, é uma bela caixa pra deixar bem aparente na estante de casa ou trabalho. Enfim, é quase uma peça de decoração. Abrindo ela, mais novidades: internamente toda embalagem é muito bem acabada passando a sensação de um projeto minucioso nos detalhes. Para muitos, isso pouco importa, mas vale a pena destacar já que é algo diferente em comparação ao que sempre vimos até hoje (aquele plastico bem básico que envolve o CPU).

Junto com a CPU, vêm dois “acessórios” importantes: um deles é uma chave que será indispensável para fixar a CPU na placa-mãe, já que o novo socket TR4 requer uma chave para abrir e fechar o sistema de encaixe da CPU. Porém destacamos que as fabricantes de mainboards têm enviado junto com as placas essa chave também, mas a da AMD por se tratar de um Torquímetro tem um sistema que ao atingir a pressão exata da um “aviso”. Já o outro acessório é um bracket para liquid cooler compatível com alguns modelos existente no mercado, como os da Thermaltake. Vale destacar que uma série de outros modelos de liquid coolers não são compatíveis com esse bracket, como modelos de marcas como a Cooler Master e Corsair.

Sobre a CPU, a primeira coisa que chama muito a atenção é seu tamanho: muito grande, bem maior que a maioria das CPUs de desktop conhecidas até hoje. Outro detalhe é uma carcaça plástica que envolve a CPU, desenvolvida para fazer o trabalho de encaixe no soquete.

Threadripper vs Core i9 vs Ryzen 7
Para ter uma ideia da diferença de tamanho, um Core-X socket LGA 2066 da Intel possui 2066 pinos, já as CPUs da linha Threadripper possuem nada menos que 4094 pinos. Enquanto isso, CPUs soquete AM4 possuem 1331 pinos. Abaixo temos uma série de fotos onde é possível ver bem a diferença entre eles. Outro detalhe é que os TR não possuem mais pinos na CPU, que passaram para as mainboards, assim como acontece com as plataforma da Intel.

Threadripper vs Core i9 vs Ryzen 7

Threadripper vs Ryzen 7

Threadripper vs Core i9

Instalação


O processo de instalação é um pouco diferente do tradicional, requer um pouco mais de atenção, especialmente quando comparado aos modelos da linha Ryzen tradicional. Como já destacamos, é necessário abrir o soquete com uma chave que acompanha as CPUs -também com alguns modelos de placas-mãe, como acontece com a X399 Gaming 7 da Gigabyte.

Por se tratar de um soquete novo, é necessário um novo padrão de encaixe. Sendo assim, como comentamos, vários coolers sequer terão suporte aos novos processadores, já outros passam a ter suporte com um novo bracket. A AMD tentou facilitar um pouco a vida nesses casos e colocou junto um bracket para alguns liquid coolers, os da Thermaltake por exemplo podem ser fixados sem problemas.

Abaixo mostramos um video com o processo de instalação dos processadores Threadripper.

YouTube video


Sistema utilizado
Dando sequência, abaixo detalhes sobre o sistema utilizado para os testes, antes uma foto do kit completo enviado pela AMD. Vale lembrar que utilizamos outro liquid cooler nos testes, já que esse cooler do kit veio depois e não junto com os demais componentes:

Máquinas utilizadas nos testes:
Todas os sistemas utilizaram os mesmos hardwares para os testes:

– Placa-mãe Asus Zenith Extreme (0502)
– Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 1080 Founders Edition (benchmaks review)
– Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 1080 Founders Edition (vídeos)
– Memórias: 32GB G.Skill TrindentZ RGB 3200MHz (4x8GB)
– SSD: Kingston HyperX Savage 240GB Sata 6Gb/s
– HD: Seagate Barracuda 2TB 7200RPM Sata 6Gb/s
– Cooler: Noctua NH-U12S em TODOS os sistemas menos nos TR
– Cooler: Thermaltake Water 3.0 Riing RGB 240 nos TR

– Fonte de energia (PSU): Thermaltake Toughpower 850W PSU

Sistema Operacional e Drivers:
– Windows 10 64 Bits com Updates
– GeForce 385.12

ADICIONAMOS NOVOS TESTES E TESTES ANTIGOS FORAM REFEITOS
COM NOVAS CONFIGURAÇÕES QUE SERÃO PADRÃO A PARTIR DE AGORA (NÃO DEVEM SER COMPARADOS)

Aplicativos/Games:
– Blender [site oficial]
– V-Ray Benchmark [site oficial]
– CineBench R15 [site oficial]
– x264 Full HD Benchmark [download]
– HWBot x265 Benchmark [site oficial]
– wPrime 1.55 [site oficial]
– WinRAR 5.40 [site oficial]

– 3DMark (DX11)
– Battlefield 1 (DX11)
– Grand Theft Auto V (DX11)
– The Division (DX12)
– The Witcher 3 (DX11)

CPU-Z / AIDA64
Através do CPU-Z e AIDA64 é possível ver algumas informações técnicas, como modelo, memória cache, clocks, número de núcleos e threads etc, além de informações do sistema, como placa-mãe, quantidade e frequência das memórias. Confiram abaixo:

​Overclock


Assim como fizemos com o Threadripper 1950X, no 1920X também utilizamos o perfil que a própria Asus criou para um overclock de 4GHz, colocando TODOS os núcleos nesse clock. Não fizemos nenhuma alteração de tensão. O sistema de comportou bem, inclusive com temperaturas abaixo de quando usando o CPU em modo default, isso deve ter acontecido pelo perfil da Asus fazer alguma modificação no modo com o sistema se comporta com clocks mais altos, ou mesmo o Temperature Control da AMD detectar e gerenciar o cooler de uma forma mais eficiente.

OBSERVAÇÃO: Estávamos utilizando DADOS do tCTL, sendo que a AMD informa que ao usar esse dado é necessário subtrair 27º graus(20º no caso dos Ryzen 7). Recomendou usar a temperatura do Tdie, sendo essa a correta para comparar com os CPUs da Intel. Todos os gráficos já utilizam dados desse sensor.

Por ser uma CPU com tamanho bastante grande para coolers já existentes no mercado, pode ser interessante esperar modelos mais indicados para os CPUs TR, com um block maior, que naturalmente tendem a dissipar melhor a temperatura, apesar dos resultados muito bons com o cooler utilizado.

Além do clock de 4GHz, mantivemos as memórias com 32GB em 3200MHz e quad-channel, com objetivo de atingir o melhor cenário da plataforma.

Nas telas abaixo temos o CPU-Z e AIDA mostrando os overclocks aplicados:


Consumo e Temperatura


Fizemos os testes de consumo de energia do sistema em modo ocioso e rodando o 3DMark, aplicativo que exige bastante do sistema.

É importante destacar que o consumo de energia depende bastante da placa-mãe e pode variar consideravelmente de um sistema para outro com configurações semelhantes. Alguns modelos da Asus como da série Strix já aplicam overclock automaticamente no sistema, entregando mais desempenho e mais consumo de energia por tabela.

IDLE (Sistema ocioso)
Começamos pelo teste com o sistema em modo ocioso.

Rodando o 3DMark
Quando colocamos os sistemas rodando o 3DMark, temos os consumos abaixo:

Temperatura
Começamos pelos testes de temperatura, como o sistema em modo ocioso e rodando o wPrime, aplicativo que “estressa” todos os núcleos dos processadores.

Gráficos de temperatura atualizados, agora com dados do sensor “tdie” em AMD

IDLE (Sistema ocioso)
Começamos pelo teste com o sistema em modo ocioso, com o Windows em espera sem estar executando nenhuma tarefa além das tradicionais do sistema.

Rodando o wPrime
Quando colocamos os sistema rodando o aplicativo wPrime, que faz todos os núcleos trabalhem em modo full, temos os consumos abaixo. Reparem que pelos resultados o Temperature Controle da AMD ou mesmo o sistema de gerenciamento de temperatura da placa-mãe ou cooler acaba que fazendo a temperatura ficar mais baixa em overclock do que em situação normal. Outro detalhe é que no caso de overclock o CPU fica com todos os núcleos em 4GHz, já com default ele chega a superar esse clock em determinadas situações, isso pode estar fazendo alguma diferença nesse caso também.

Testes de desempenho
Abaixo temos uma série de testes de desempenho com o sistema, comparando o processador analisado com outros modelos do mercado e fazendo exatamente os mesmos testes.

{quote}É importante deixar bem claro que alguns testes podem tirar maior proveito de processadores
com clocks mais altos, independente da arquitetura e do número de núcleos/threads,
já outros podem tirar mais proveito de mais núcleos{/quote}

Blender
O aplicativo Blender é voltado a profissionais de edição de filmes e para manipulação de objetos 3D, sendo um bom teste real de como o sistema se comporta nesse tipo de cenário.

V-Ray Benchmark
O teste do V-Ray Benchmark utilizado consiste no resultado de renderização do CPU, quanto menor for, melhor é o desempenho.

CineBENCH R15
O CineBench está entre os mais famosos testes de benchmarks para processadores, baseado em um teste convertendo uma imagem. Fizemos teste em Single e Multi Core também:

x264 Full HD Benchmark
Em um teste de conversão de vídeo Full HD, temos os seguintes resultados:

HWBot x265 Benchmark
Com o aplicativo de benchmark de renderização do HWBot, temos um teste renderizando com codec x265, tanto em FullHD como em 4K:

WinRAR
Outro bom teste para medir o comportamento do processador é o WinRAR, que consegue fazer bom uso de todos os cores. Fizemos esse teste uma série de vezes, trocando mainboard e memórias, o resultado é esse mesmo, por algum motivo o 1920X fica a frente do 1950X, vai entender. Outro detalhe é que ambos ficam bem atrás do Core i9-7900X.

Winrar é um problema para a AMD, o 1920X chega a ser superior ao 1950X

Como já se tornou padrão com testes envolvendo os Ryzen, mesmo passado alguns meses e a plataforma já mais madura, ainda temos um desempenho bastante aquém das CPUs da AMD.

wPrime
Rodando o wPrime, teste que estressa todos os cores do processador, temos os resultados abaixo:

3DMark
Começamos nossos testes com foco em vídeo com o 3DMark, mas por enquanto com a placa de vídeo dedicada.

Teste em games


Agora vamos para os games, selecionamos alguns dos principais títulos do mercado para mostrar como os processadores se comportam utilizando configurações semelhantes, sendo sempre a mesma placa de vídeo, uma GTX 1080 referência, lembramos que nos vídeo comparativos é utilizada outra GTX 1080 e os resultados capturados com ela.

Battlefield 1


Como um dos games com a melhor qualidade gráfica já lançados, agora o Battlefield 1 faz parte de nossa bateria de testes. Abaixo o comportamento dos sistemas rodando o game da DICE.


GTA V


Grand Theft Auto V está entre os maiores sucessos dos últimos anos, trazendo entre seus destaques boa qualidade gráfica. Ele é um dos games que mais faz uso do CPU, sendo um ótimo teste para ver o comportamento e diferença entre esse componente. Confiram abaixo os resultados nesse game:


The Division – DX12


O game da Ubisoft é uma proposta bastante ambiciosa de criar uma Nova Iorque “viva” em partidas com multiplayer totalmente online. The Division usa um motor gráfico próprio desenvolvido pela Ubisoft Massive, e precisa lidar com cenários complexos e grandes quantidades de partículas na tela, com destaque para a neve que ocasionalmente cai em alguns momentos. Ele é nosso escolhido para o teste sobre a API DX12.


The Witcher 3


The Witcher 3 foi lançado como referência em qualidade gráfica para PC, sendo um dos games mais interessantes da atualidade para medir desempenho de placas de vídeo e processador. Nesse teste temos um cenário diferente do que usamos em análises de placas de vídeo, visando forçar mais o processador. Abaixo os resultados dos sistemas comparados:

Análise do percentil

O Ryzen Threadripper trouxe novamente a AMD ao jogo do segmento de alto desempenho, e o Threadripper 1920X é uma excelente opção para esse perfil de mercado. No exterior, a diferença de custo entre ele e os modelos 1950X e Core i9 é de 200 dólares aproximadamente, enquanto no Brasil vemos essa diferença chegar a R$ 1 mil no comparativo com o 1950X, e em torno de 500 reais mais barato comparado ao Core i9-7900X. Essa diferença de preço é interessante se considerarmos que o 1920X fica em torno de 10 a 20% abaixo do 1950X, com possibilidade de ter essa diferença reduzida através do overclock.

Falando em overclock, como vimos em alguns casos, ao overclockar o CPU, o mesmo chegou próximo ao 1950X, com ganhos interessantes. Como os TR se comportam muito bem em relação a temperatura, podem ter um ganho representativo em overclock. Destacamos ai as mainboards da Asus que trazem perfil pre-definido na BIOS, que facilitam bastante a vida de usuários sem conhecimento nessa prática, basta selecionar o perfil e pronto.

Quando colocamos a disputa com a Intel, mesmo custando menos, o 1920X conseguiu entregar uma performance bastante próxima em aplicações de uso de múltiplos núcleos, como o Blender e o CineBENCH, mostrando um bom potencial para os “prosumers” – consumidores domésticos que possuem uma demanda por máquinas potente para trabalho com aplicações pesadas. Nos momentos que a performance por thread se torna mais importante que o número deles a Intel segue com a vantagem, mas as margens não são muito grandes e raramente superam os 15%. 

Nesses casos, a derrota para o Core i9 não tem muito significado. Nesse segmento de quantidades enormes de núcleos, a performance single-core não é algo relevante já que, se é para usar aplicações limitadas nesse aspecto, os processadores mainstream são muito mais baratos e entregam resultados semelhantes. Isso invalida qualquer possibilidade de cogitar esse processador para jogos se você está preocupado com a relação entre custo e benefício, por exemplo. Para jogar, um Ryzen 7 ou um Core i7 vão entregar resultados semelhantes por um custo muito inferior.

Mesmo com restrições em números de núcleos, um ponto forte do 1920X e de todo o line-up Threadripper é que não são cortados recursos, o que significa que esse modelo tem todas as capacidades do 1950X, como ser desbloqueado para overclock, XFR para aumento de frequências, memórias em quad-channel e 64 linhas PCIe. Isso torna esse processador muito atrativo, pois mesmo custando consideravelmente menos, não fica devendo capacidades comparado ao topo de linha da AMD, e tem plenas condições de fazer frente ao Core i9.

Prós

Alto desempenho em multi-thread

Grande quantidade de núcleos e threads

Suporte ao Quad-channel e 64 linhas PCIe

Retorno da concorrência ao segmento HEDT

Baixas temperaturas

Custo inferior ao de concorrentes diretos

Contras

Alto custo

Dependência do quad-channel em jogos

Sem ganho em games comparado a CPUs muito mais baratas

Conclusão

{notas}

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