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Recebemos para análise a placa-mãe X99-Ultra Gaming da Gigabyte, novo modelo da empresa com chipset Intel X99 e, consequentemente, com suporte para processadores socket LGA2011-v3, em especial os novos Broadwell-E. A X99-Ultra Gaming traz algumas das principais tecnologias disponíveis no mercado atualmente, atualizando a plataforma de placas da Gigabyte já que os primeiros modelos de mainboards foram lançados no final de 2014.

Em cenário internacional, o custo da placa atualmente é de US$ 240 (foi lançada por US$ 280 cerca de um mês atrás, pesquisas feitas no site Newegg.com em 04-08-2016). Ela ainda não está disponível no Brasil, mas especula-se que, como toda placa deste porte, custe acima dos  R$ 2.000 – mais um exemplo de preço sem sentido do produtos que chegam ao Brasil.

Tecnologias
Sendo uma placa-mãe topo de linha, a Gigabyte X99-Ultra Gaming possui uma quantidade de recursos e tecnologias exclusivas, que contribuem para aspectos que vão desde maior durabilidade à facilidades para gamers e entusiastas de overclock. Confira:

Para conferir todas as tecnologias presentes na placa acesse o site oficial clicando aqui

Controlador Intel USB 3.1 Extreme e USB Type-C
O controlador Intel USB 3.1 usa 4 linhas PCI-Express de 3ª geração, oferecendo uma largura de banda total de 32 Gb/s. Isso possibilidade ter velocidades de até 10 Gb/s por segundo em cada uma das conexões USB 3.1. Os conectores oferecem o dobro da velocidade da geração anterior, além de possuírem retrocompatibilidade com USB 2.0 e USB 3.0. Além disso, há a conexão reversível Type-C, que oferece a mesma velocidade da conexão 3.1.


LED Ambient Surround
A placa traz personalizações em LED com cores RGB. Com um software de controle, o usuário pode sincronizar a iluminação das tiras RGB do gabinete do computador com a iluminação da sua placa-mãe. Usando o aplicativo LED Ambient, incluso no aplicativo Gigabyte Center, os usuários também são capazes de definir os modos de iluminação.


YouTube video

Killer E2400 Gaming Network e Intel Gigabit LAN
O sistema prioriza automaticamente as necessidades de rede dos games para oferecer a melhor conexão disponível. Ou seja, games online ganham prioridade. Em segundo lugar, vem o tráfego padrão da internet, como streaming de vídeo e de áudio. Por último, vem ações como navegar na internet ou serviços na nuvem. 

Sistema de áudio com chip Realtek ALC1150
O Realtek ALC1150 é um codec de áudio de alto desempenho que proporciona uma experiência de som com até 115dB SNR. Com capacitores de alta qualidade, a placa promete entregar a mais alta resolução e qualidade de som para criar efeitos sonoros mais realistas a jogadores profissionais.

Ultra Durable Memory Armor
Exclusivo da Gigabyte, o design de blindagem de aço inoxidável previne que a peça sofra distorção do PCB, além de prevenir qualquer interferência ESD (corrente eletrostática).

Conexões M.2 PCIe Gen3 x4
A Gigabyte X99-Ultra Gaming traz 2 conectores M.2 compatíveis com PCI-Express x4 de 3ª geração. Com isso, é possível conectar SSDs através do PCIe, resultando em velocidades de até 32 Gb/s de transferência de dados, trazendo inclusive suporte a RAID.

Turbo B-Clock
O Turbo B-Clock Tuning IC permite que overclockers possam mudar a frequência BCLK para o valor que desejarem. Agora há um ajuste linear, que vai de 90 MHz a 200 MHz, quebrando o usual limite com alcances de 5% que os usuários normalmente tinham.


U.2 Onboard: NVMe PCIe Gen3 x4
Os novos SSDs Intel 750 oferecem mais desempenho em relação aos drives SATA. Por isso, a porta U.2 onboard suporta as séries Intel 750 2.5″, usando o protocolo NVMe para aproveitar melhor a largura de banda do PCIe Gen3 x4.

Controladores híbridos
A Gigabyte equipou suas placas-mãe X99 / Z170 com dois controladores híbridos do sistema de refrigeração. Isso permite que o usuário tenha total controle sobre duas bombas de água ou dos fans. Um benefício adicional desses controladores é a opção de escolher entre calibração de tensão ou modos PWM.

Parceria Gigabyte | World os Warships
Aproveitando o lançamento das placas-mãe Gigabyte linhas X99 e Z170, a empresa de hardwares formou parceria com a Wargaming, criadora de games como World of Tanks e World of Warships. Haverá um bundle incluindo itens bônus de até US$ 30 no jogo War of Warships para usuários que comprarem placas selecionadas da Gigabyte. Foram criadas também caixas especiais para diferencias as placas-mãe que participam da promoção. 

Os novos jogadores terão um código convite disponível para que possam obter um navio de guerra Premium, o Aurora Cruiser. Além disso, os jogadores terão acesso a uma conta premium por sete dias que inclui +50% XP, Commander XP, créditos e acesso a um porto Premium. Os novos jogadores ainda terão 750.000 em créditos na moeda corrente do jogo. Os jogadores existentes deverão utilizar um código bônus e será oferecido o navio de guerra Premium Tier II Smith e mais 100 signal flags, consumíveis no jogo.

Placas-mãe que participam da promoção:
– X99-Phoenix SLI
– X99-Ultra Gaming
– X99P-SLI
– Z170XP-SLI
– H170-Gaming 3 
– H110M-S2H

Fotos


Produto gamer agora é produto com LED. Sendo assim, esse tipo de tecnologia não poderia deixar de estar presente também em placas-mãe. Na X99-Ultra Gaming a Gigabyte adicionou LEDs em uma série de locais, com destaque para um espaço que outros fabricantes não adicionaram: entre os slots das memórias. Mas além deles, há LED entre os slots PCI-Express, abaixo das carcaças dos dissipadores e proteções de componentes como o sistema de áudio.

O visual da placa é muito bonito, utilizando bastante as cores preto, branco e vermelho – essas últimas duas especialmente nas carcaças que acima da proteção servem para dar um visual mais refinado a placa, e conseguem fazer bem esse papel, porque realmente fica mais bonita. Outro detalhe legal é o acabamento metalizado dos slots PCI-Express que servem também para deixar os slots mais fortes.

Sobre tecnologias, é um projeto com bom potencial para overclock, sistema de som de boa qualidade para uma placa-mãe, chip de rede Killer E2400 e conexões do tipo U.2, M.2 e USB 3.1 Tipo A e C.

Senti falta dos botões de power e reset no PCB, mas esse recurso não é utilizado pela maioria dos usuários já que o gabinete tem os mesmos. Já o debug LED que também não está presente foi um vacilo maior da Gigabyte, ele pode ajudar bastante na hora de detectar um problema com o sistema, como em caso de um componente defeituoso.

O painel traseiro traz como destaque diversas conexões USB, em especial duas USB 3.1, uma Tipo A e outra tipo C. Também é possível notar as conexões de áudio banhadas a ouro e espaços para conexões Wifi/Bluetooth que não acompanham esse modelo, mas podem ser adicionadas através de uma placa comparada separadamente.

Abaixo, a foto do socket com e sem o processador Core i7-6950X utilizado para os testes:

BIOS
A Gigabyte mudou mais uma vez a interface de sua BIOS, ainda buscando um layout mais interessante e que possa servir como padrão para o futuro. Apesar de mais simples, melhor do que o modelo mais “incrementado” que usava antes, ainda está aquém das outras três grandes fabricantes, especialmente da Asus, empresa que ao nosso ver tem a melhor interface de bios.

Outro ponto que não gostamos é que a Gigabyte não adicionou perfis de overclock para os novos processadores Broadwell-E. Sendo uma placa-mãe lançada com apelo para uso com os novos processadores da Intel, tinha por obrigação trazer funcionalidades para esses processadores, os perfis de overclock estão entre essas funcionalidades.

Por outro lado, a placa se comportou bem no overclock, indicando que poderia ir além sem maiores problemas.

Sistema Utilizado


Abaixo algumas fotos do sistema utilizado. Mais abaixo, a configuração completa:

Máquinas utilizadas nos testes:
Todas os sistemas utilizaram os mesmos hardwares para os testes:

– Processador: Intel Core i7 6950X
– Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 1080 (referência)
– Memórias: 8 GB Kingston HyperX Predator 3000MHz (2x4GB) @ 2133MHz
– SSD: Kingston HyperX Savage 240GB Sata 6Gb/s
– HD: Seagate Barracuda 2TB 7200RPM Sata 6Gb/s
– Cooler: Noctua NH-U12S
– Fonte de energia (PSU): XFX ProSeries 850W PSU

Sistema Operacional e Drivers:
– Windows 10 64 Bits com Updates
– Intel INF 10.1.2.19
– GeForce 368.39

Aplicativos/Games:
– AIDA 5.xx
– AS SSD Benchmark 1.9.x
– CPU-Z Bench
– wPrime 2.10
– WinRAR 5.31

– 3DMark (DX11)
– Hitman (DX12)
– Grand Theft Auto 5 (DX11)
– Metro Last Light (DX11)

CPU-Z
Abaixo, telas do CPU-Z mostrando detalhes da placa-mãe e sistema utilizado nos testes.

Overclock
Um dos atrativos dessas plataformas topo de linha é o poder de overclock que elas trazem. Assim como as memórias, no modelo analisado com suporte a clocks de até 3600MHz (podem ir além via overclock), os processadores também podem ser bastante overclockados. Mas ao contrário do que se esperava, ao menos até a BIOS versão F4, a Gigabyte não colocou nenhum perfil pré-programado de overclock para processadores Broadwell-E. Todos os perfis são para os processadores da linha Ivybridge-E, ou seja, o overclock tem que ser obrigatoriamente manual. Dos 3.5GHz tradicionais que o 6950X trabalha, setamos ele full time em 4.2GHz, isso acabou trazendo um ganho interessante de desempenho em algumas aplicações, sem comprometer a vida útil de nenhum dos componentes já que o processador não foi tão forçado.

As memórias HyperX Predator passaram a trabalham com seu perfil XMP e consequentemente ficaram com clock de 3000MHz.

Testes

Consumo de energia
Fizemos os testes do sistema em modo ocioso e rodando o 3DMark, aplicativo que exige bastante do sistema. Começamos pelo teste com o sistema em modo ocioso (IDLE).

Reparem que devido setarmos todos os núcleos em 4.2GHz full time, o consumo sobe muito quando comparado ao overclock da X99 Strix, que utilizou um perfil pre-programado de overclock onde a Asus alterna o clock de cada núcleo. Assim que consumo é menor, próximo ao clock normal sem overclock.

Rodando o 3DMark
Quando colocamos os sistema com vídeo integrado rodando o 3DMark, temos os seguintes resultados de consumo:

Testes de desempenho
Abaixo temos uma série de testes de desempenho com o sistema, comparando a placa com outros modelos do mercado utilizando os mesmos componentes e fazendo exatamente os mesmos testes, com exceção de overclock, que é diferente em cada placa-mãe/sistema.

CPU-Z Bench
Abaixo o resultado do teste “Multi Thread” do aplicativo CPU-Z.

AIDA64 
Iniciamos os testes de desempenho em aplicações com o AIDA64 e seu teste de memórias, mostrando o resultado de latência, confiram:  

AS SSD Benchmark
Dando sequência, abaixo um teste de desempenho do mesmo SSD utilizado em todas as placas:  

WinRAR
Outro teste indicado que pode ser usado para medir o comportamento do processador é o WinRAR, que consegue fazer bom uso de todos os cores.

wPrime
Rodando o wPrime, teste que estressa todos os cores do processador, temos os resultados abaixo:  

3DMark
Começamos nossos testes com foco em vídeo com o 3DMark, mas por enquanto com a placa de vídeo dedicada.

Testes em games

Grand Theft Auto 5
O game GTA V para PC está entre os mais exigentes da atualidade, trazendo ótima qualidade gráfica. Confiram abaixo o comportamento das placas rodando o game e como fica a diferença entre os processadores:

Metro Last Light
Para finalizar, fizemos mais um teste em games com a placa de vídeo dedicada, agora com o Metro Last Light.

 

É muito difícil encontrar um modelo de baixa qualidade quando se trata de placas-mãe com chipset X99. Isso porque a plataforma é voltada para usuários entusiastas, A Gigabyte X99-Ultra Gaming é mais um exemplo desse tipo de produto, trazendo algumas das principais tecnologias do mercado, aliando bom acabamento e componentes de alta qualidade. Como todo produto que visa conquistar o público gamer atualmente, não faltam LEDs na placa, encontrados ao lado dos slots PCI-Express, dentro das carcaças dos dissipadores e demais acabamento de proteção que compõe o visual da placa. Mas agora a iluminação está chegando aos slots das memórias. A tendência de LEDs faz as empresas buscarem os locais mais inusitados para aplicação desse tipo de “tecnologia”. Para quem pretende fazer casemod, é um recurso bastante interessante. Já para quem não gosta, basta desativar via software – que possibilita uma série de efeitos, desde a alternância das cores ao modo como elas são apresentadas.

Com o lançamento dos novos processadores Brodwell-E da Intel, praticamente todas as fabricantes de placas-mãe aproveitaram para lançar modelos novos de suas placas com chipset X99. Mas é bom lembrar que praticamente todos os modelos lançados em 2014 também suportam esses processadores. Basta uma atualização de BIOS, inclusive o funcionamento tende a ser idêntico, tirando o fato das placas lançadas agora, como essa X99-Ultra Gaming, trazerem suporte a tecnologias mais recentes, como é o caso das conexões U.2 e de já vir adotando o conceito LED que o mercado está colocando em tudo.

O conceito de todas as empresas agora é associar produtos gamers a muitos LEDs

Além da conexão U.2 e dos LEDs, a placa se comporta bem em overclock, trazendo inclusive suporte a memória de até 3600MHz nativamente, podendo ir além em overclocks manuais. O porém é que a Gigabyte não adicionou nenhum perfil pré-programado de overclock para os novos processadores Broadwell-E, algo que consideramos bem importante, já que a placa foi lançada para aproveitar o lançamentos desses processadores. Outros pontos em que ela deixou a desejar é que a Gigabyte continua sem achar uma interface de BIOS boa. A nova BIOS continua aquém do que uma empresa como a Gigabyte pode desenvolver, não é um grande problema, mas esperamos que ela desenvolva uma interface mais interessante. Felizmente, tanto a interface como o caso dos perfis pode ser resolvido facilmente com uma nova atualização, especialmente os perfis que é mais simples. Além disso, sentimos falta do Debug LED. Inclusive, descobrimos que um módulo de memórias que estávamos utilizando tinha problema. Se houvesse o LED, poderia ter informado isso via código. Por fim, ela não traz os botões de power e reset no PCB, não é um problema para a maioria, mas sentimos falta.

O lado positivo é que em cenário internacional ela está custando US$ 240 dólares, um valor muito interessante por se tratar de um modelo lançamento e destinada a uma plataforma de alto desempenho, especialmente por todos seus recursos. Para base de comparação, o modelo X99-Designare EX que traz um visual semelhante com alguns recursos extras como o suporte a WiFi/Bluetooth custa cerca de US$ 180 a mais,. Na prática, tirando as tecnologias destacadas, trazem os mesmos recursos.

Uma placa-mãe com bons recursos e preço para uma máquina gamer entusiasta

No Brasil as placas-mãe X99 costumam ter preços absurdos, então não estranhem se ela chegar por aqui acima dos R$ 2.000. É uma conversão que não tem sentido pelos US$ 240 cobrados nos EUA, por exemplo, especialmente porque uma GTX 1060 que custa mais do que isso chega custando menos. Vai entender!

{galeria::gigabyte x99-ultra gaming,Galeria da análise da Gigabyte X99-Ultra Gaming}

Conclusão

{notas}

Prós

Bom acabamento e visual gamer

Componentes de alta qualidade

Suporte a Crossfire e SLI

Bom comportamento em overclock

Suporte a memórias de 3600MHz

Conexões M.2, U.2 e USB 3.1

Preço bastante competitivo para a plataforma

Contras

Não traz grandes novidades sobre modelos anteriores com chipset X99

Por que tiraram o WiFi encontrado em outros modelos? E o Debug LED? :O

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