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Anunciado na BlizzCon 2014, “Overwatch” marca dois momentos históricos para a Blizzard. Esta é uma franquia inédita criada em quase 20 anos e é também o primeiro game com mecânicas de tiro em primeira pessoa da empresa. Será que estamos diante de um novo clássico instantâneo criado por uma das produtoras mais renomadas da indústria de games? 

Site oficial de Overwatch

É isso o que você vai descobrir na análise abaixo de “Overwatch”, baseada na versão para PC do game. O título também está disponível para Playstation 4 e Xbox One.

Jogabilidade


Combates frenéticos e heróis equilibrados

“Overwatch” não tem história. Quer dizer, até tem, mas está em outras mídias (animações e quadrinhos gratuitos). Por isso, passamos direto para a jogabilidade, que é o que existe de melhor na experiência do game. Totalmente online, o jogo prioriza confrontos que misturam mecânicas de tiro e combates frenéticos em primeira pessoa. Tudo acontece entre dois times com 6 jogadores cada. Ao todo, são 21 heróis e 12 mapas para jogar, conteúdo que até pode parecer insuficiente num primeiro momento, mas que garante a diversão com por bastante tempo.

O grande trunfo da jogabilidade está na acessibilidade. Jogadores novatos e experientes no gênero podem igualmente se divertir e competir com mecânicas extremamente simples, responsivas e de rápida adaptação. O que dá respaldo a essas características são os personagens. Divididos em 4 classes (Ataque, Defensivo, Tanque, Suporte), cada um tem suas habilidades únicas, armas exclusivas, ataques especiais e pontos críticos em relação aos outros combatentes. 

A dinâmica das partidas é bem balanceada e coerente com as suas forças e fraquezas, situação ideal para possibilitar várias estratégias. Tudo depende, é claro, da equipe em que você está participando. Um time inteiro composto por apenas jogadores da mesma classe, ainda que com personagens distintos, não faz muito sentido. Por isso, “Overwatch” mostra todo o seu potencial só quando se está jogando com um grupo fechado de jogadores que conhecem não apenas as nuances de cada herói, mas também uns aos outros, sabendo explorar seus pontos mais fortes ao mesmo tempo em que define táticas para explorar erros dos adversários.

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“Overwatch” tem 4 modos de jogo: Ataque, Escolta, Controle e Ataque/Escolta. O primeiro é o ataque a um ponto de captura enquanto outro time tenta defender. O segundo exige levar uma carga até um ponto específico do mapa, enquanto outro grupo tenta barrar. O terceiro é um revezamento de captura e controle de pontos aleatórios. O quarto, por fim, é uma combinação dos dois primeiros. Todos colocam o jogador em confronto direito com os inimigos, criando combates intensos e épicos, gerando boas doses de adrenalina e uma sensação bastante agradável de conquista, mesmo que o resultado da partida seja a derrota.

O problema é que, ainda que tenha personagens variados e modos para manter o jogador entretido, o título carece de um sistema de evolução com desbloqueios que incentivem a continuar jogando. Não existem recompensas ao jogador enquanto adquire mais experiência. Existem itens estéticos que em absolutamente nada influenciam na mecânica. Por um lado, essa escolha de design é válida, já que todos os jogadores se enfrentam em uma mesmo padrão de igualdade de equipamentos. Por outro, anula qualquer novidade na mecânica que poderia dar a “Overwatch” uma vida muito mais douradora. 

Ainda mais levando em conta que o game também não tem um modo campanha, algo que faz bastante falta na experiência para justificar o preço de lançamento (R$160). Fora isso, ainda existe um impedimento extra: a obrigatoriedade online para poder jogar. Experiências totalmente online têm se tornado cada vez mais frequentes na indústria dos games e, para uma certa quantidade de jogadores que por qualquer motivo não podem se conectar à internet, não aproveitar “Overwatch” significa deixar de jogar um dos títulos mais divertidos já lançados neste ano.   

Gráficos


Animações em movimento: design dos personagens é destaque

 “Overwatch” faz bonito nos gráficos. O visual se distancia do realismo das superproduções para mostrar algo que se aproxima das animações mais modernas. O destaque fica para o design caprichado dos personagens: criativos, nada clichês e com cores vibrantes, mas sem exageros, são extremamente convidativos a testes na jogabilidade apenas pela sua rápida visualização. As animações de movimento de cada um deles também estão bem dinâmicas e convincentes. 

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Outro ponto forte são os cenários: bem variados, com traçados únicos e recheados de detalhes bem contextualizados com os lugares onde foram baseados. É possível reconhecer as características de cultura, vegetação, mobilidade urbana e os pontos turísticos de países como Inglaterra, México, Estados Unidos, Rússia, Japão, entre outros. O único problema é que, como as arenas não são muito amplas (isso não quer dizer que sejam pequenas), logo já se está familiarizado com o design de cada uma delas, podendo enjoar antes do esperado.    

Áudio


Padrão Blizzard de qualidade altíssima

“Overwatch” esbanja capricho absurdo no áudio. O ritmo das composições da trilha sonora combina batidas eletrônicas com sons futuristas para fazer com que o acesso dos menus, os combates e os resultados após as partidas nunca deixem de ser cativantes e empolgantes. Os efeitos sonoros seguem esse mesmo vigor: não existe um som sequer que pareça descontextualizado com o que é mostrado na tela. Existe uma infinidade de recursos sonoros que se encaixam perfeitamente com os movimentos, as armas, os equipamentos e os ataques especiais de todos personagens.

Mas o cuidado maior está na dublagem brasileira. Sem exageros, esta é uma das melhores de todos os tempos já vistas em algum jogo lançado no país. A variedade de vozes, tons e efeitos mixados para encontrar a identidade perfeita para os personagens é tão bem executada que faz jus ao conhecido e altíssimo padrão Blizzard de qualidade. O trabalho empregado é realmente sensacional: raríssimas são as empresas que buscam e alcançam este nível de esmero, tanto em termos de tradução quanto de adaptação para cada trecho falado no jogo. 

{notas}

Prós

Jogabilidade sem falhas é extremamente prazerosa

Acessível a novatos e experientes em tiro em primeira pessoa

Partidas frenéticas: ação ininterrupta em todos os combates 

Heróis e vilões são exemplos de carisma e design

Habilidades, armas e equipamentos únicos são grandes diferenciais

Dublagens impecáveis

Contras

Modo campanha faz falta

Obrigatoriedade online para jogar

Sistema de níveis com recompensas apenas estéticas

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