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PC Games

ANÁLISE: The Deadly Tower of Monsters

The Deadly Tower of Monsters” é definitivamente uma grata surpresa, principalmente para os fãs de ficção científica dos anos 60. Tudo é muito bem realizado, e nos mínimos detalhes. Claro que há alguns bugs que às vezes atrapalham, como de colisão, mas que não impedem o jogador de se divertir.

A produtora ACE Team usou tudo que de mais marcante nos clássicos filmes de Sci-Fi, e porque não dizer toscos mesmo. Desde animações Stop-Motion, até sons característicos e em mono, além de uma narração bisonha. Tudo feito propositalmente para passar a sensação de algo antigo e mal feito.

“The Deadly Tower of Monsters” é um jogo de plataforma vertiginoso, ou seja, a ideia é simplesmente ir subindo e, às vezes, se jogar lá de cima. É complicado de explicar, mas a mecânica funciona perfeitamente. A cada etapa o jogador sobe a Torre dos Monstros, e por vezes é preciso descer para pegar algum objeto especifico ou acessar alguma área que antes era bloqueada.

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No Melhor estilo “B”

A história do jogo é típica dos antigos filmes: O jogador encarna inicialmente o explorador espacial Dick Starspeed que após um acidente pousa em um planeta misterioso chamado Gravoria. Com o foguete danificado e o seu robô perdido, ele sai para explorar o planeta e se depara com seus perigosos habitantes.

No meio de uma guerra entre facções de homens-macacos, Dick encontra Scarlet Nova, herdeira do tirânico imperador do planeta. Para convencer Dick a segui-la, Scarlet então conta as atrocidades do Imperador. Após saber de tudo, ele concorda em ajudar a derrubar o regime cruel do pai de Scarlet. Depois de encontrar as peças e conseguir remontar o seu robô, o trio embarca em uma missão para derrubar a maior ameaça de Gravoria e restaurar a paz do planeta.

Vale lembrar que tudo isso é um “filme B” de ficção científica, de baixíssimo orçamento, rodado nos anos 70 por um diretor chamado Dan Smith, que comenta toda a trama de forma extremamente caricata e engraçada. A narração não pára um segundo se quer, nem mesmo nos menus. Quando o jogo é iniciado, antes mesmo de aparecer o menu principal, o diretor já começa com as suas pérolas. É realmente engraçado e uma ótima sacada!


Animação tosca, e isso é bom!

O visual é bem caprichado. O mais interessante é o uso da “tecnologia” Stop-Motion que, para quem não sabe, é uma técnica usada em filmes antigos onde são tiradas fotografias diferentes de um mesmo objeto fixo, apenas alterando milimetricamente um braço ou uma perna, ou outra coisa qualquer, afim de simular uma animação. Estas imagens são conhecidas como quadros, e quando colocadas em sequência, passam a sensação de que o objeto se movimenta. A única diferença no jogo é o fato dele usar “massinha” ao invés de fotos. Essa técnica de “massinha” é mais conhecida por filmes cult como os do Simbad dos anos 50/60, dentre outros, além de alguns desenhos animados atuais do Cartoon Network.

Esta tecnologia cai como uma luva no jogo porque passa a sensação de coisa bastante antiga, principalmente por usar uma quantidade de frames bem baixa, parecendo algo “mal feito” cheio de erros, e até mesmo caseiro. Na verdade, é para ser assim mesmo, já que quanto mais antigo são os filmes de stop motion, mais “toscos” ele são. Vale lembrar que tosco não quer dizer necessariamente ruim.

Além do Stop-Motion, o jogo utiliza outra técnica bem antiga chamada Rotoscoping. Criada em 1917, ela permite que se possa inserir quadros de imagens em outros quadros através de um aparelho chamado Rotoscope. A técnica ficou famosa após a Disney usá-la em desenhos clássicos como “A Bela Adormecida” e “Branca de Neve e os Sete Anões”. Vale lembrar que hoje ela é raramente utilizada, sendo substituída pela Chroma Key e a Captura de Movimentos usando computadores.

O curioso é que o game é leve e roda facilmente a 60 frames por segundo, sendo que as animações dos monstros feitas em stop motion são, provavelmente, em 15 ou 16 frames, a mesma usada nos tais filmes clássicos.


Nada se cria, tudo se “baseia”

Falando em monstros, o jogo traz personagens e inimigos claramente baseados em filmes famosos como o clássico “King Kong“, “O Dia em que a Terra Parou“, “Perdidos no Espaço”, “Planeta dos Macacos“, “O Planeta Proibido”, “Invasão das Aranhas Gigantes”, até alguns mais recentes como “Marte Ataca” e “Ataque dos Vermes Malditos”, dentre outros. A variação é enorme, desde formigas, aranhas gigantes, macacos-robôs, robôs, polvos, dinossauros, múmias de samurais, e até mesmo os temidos Sleeztacks do seriado “O Elo Perdido”.

Ainda há um detalhe bacana no visual do jogo: a possibilidade de “sujar” a imagem selecionando qualidade VHS no menu de opções gráficas. Selecionada, essa opção deixa a tela com artefatos, sujeiras (aparecem até mesmo fios de cabelo!) e falhas no rolo do filme, dentre outras coisas que aconteciam com as antigas salas de projeção.

O som segue a mesma linha dos gráficos, com sons característicos de ficção científica, principalmente do seriado clássico “Perdido no Espaço”. Há uma variação enorme de sons que são imediatamente reconhecidos por fãs de ficção científica, desde o disparo de uma arma laser, até mesmo o som dos passos do Robô, ou as musicas incidentais. Além disso, há a possibilidade de colocar o som também com qualidade VHS, onde tudo fica “piorado” passando de estéreo para mono e com qualidade sonora de rádios da década de 50.


Jogabilidade no estilo Plataforma

A jogabilidade é típica de games de plataformas 3D, em que o jogador pode pular, correr, atirar, rolar, subir em algum local e/ou descer. Dependendo da missão e de onde o personagem estiver, a câmera muda de angulo passando de um plano mais vertical para algo mais isométrico com visão de cima.

O jogo possui dezoito armas no total sendo dez de tiro e oito brancas, que são armas de curta distancia. A variação também é baseada nos temas antigos de ficção científica: pistola laser, pistola de raios, lança chamas, lança foguetes, Tesla, metralhadora laser, dentre outras. Já as brancas variam de chicote laser, espada, arpão, facão, um sabre, dentre outras coisas.

É importante frisar que todas as armas possuem diversos upgrades que dão mais poder a cada uma delas. Para fazer upgrade é necessário juntar alguns itens como roldanas cinzas e douradas e ate mesmo dinheiro que são encontrados em objetos destruídos e inimigos mortos.

Além disso, o jogo possui um sistema de skill onde o jogador pode fazer upgrade no personagem, e nesse ponto o jogo é mais estratégico já que não há como ativar todos os skills, mas apenas um por etapa. Nesse caso o jogador tem que escolher o que mais de adapta a sua maneira de jogar, se ele prefere combate corpo a corpo, combate à distancia, poderes especiais, dentre outros.

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Prós

Narração extremamente divertida

Visual “tosco” com qualidade

Enorme variação de inimigos

Dezenas de citações de filmes Sci-Fi dos anos 50/60/70

Efeito VHS é demais

Apenas 28 reais

Contras

Fácil demais

Alguns bugs de colisão

Sem legendas em português

Quem gosta de um game descompromissado, divertido, engraçado e inusitado, “The Deadly Tower of Monsters” é um prato cheio. Extremamente caprichado, com “defeitos” propositais e com qualidade “duvidosa”, os fãs de ficção científica vão se deliciar, principalmente aqueles jogadores com mais de 30 anos, já que o jogo possui dezenas de citações que remetem a infância, tanto visual quanto sonora. Mas o melhor de tudo é o preço: o jogo custa apenas R$28 no Steam. A versão para Playstation 4 também possui a mesma faixa de preço.

Conclusão

{notas}


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