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ANÁLISE: Novas screenshots de DC Universe Online

Everybody`s Gone To The Rapture” é a nova produção independente do estúdio britânico The Chinese Room. E exatamente como havia acontecido com a obra anterior da produtora, “Dear Esther“, o game apresenta uma mecânica pouco comum ao que se costuma ver nos jogos eletrônicos, apoiando toda a sua estrutura em primeira pessoa na lenta exploração de cenários para desenvolver uma trama misteriosa que aborda uma variedade de temas.

Abaixo você confere a análise de “Everybody's Gone To The Rapture”, disponível exclusivamente no Playstation 4.


A astro-física que extrapolou os limites da existência humana

“Everybody's Gone To The Rapture” coloca o jogador num pacato vilarejo em que todos os moradores sumiram, ainda que suas casas, carros e pertences estejam lá. De repente, um ponto de luz aparece mais adiante, bastando usar o sensor de movimento do controle para o lado correspondente cuja indicação aparece na tela para interagir com ele e ativar uma cena especial.

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Mais luzes, ora arredondadas, ora em ondulações e ora em formato de pessoas aparecem e, junto com elas, os primeiros diálogos dos primeiros personagens, que demonstram bastante preocupação com algo que aparentemente deu muito errado por ali. Não se passaram nem 10 minutos de aventura, mas já foi tempo suficiente para criar uma conexão com o jogador e um gancho intrigante que mantém a curiosidade em alta.

Esse é um dos maiores trunfos do enredo de “Everybody's Gone To The Rapture” e que, felizmente, se conserva durante as cerca de 6h de gameplay. Para saber o que vem dali em diante, é preciso explorar muito, visitar todos os pontos dos mapas, ativar novos pontos de luz espalhados pelos cenários e juntar pistas que adicionem mais ao grande quebra-cabeça da narrativa.

Nesse meio termo, as histórias de vários personagens são conhecidas aos poucos, ressaltando o ótimo trabalho da The Chinese Room em criar diálogos com desdobramentos reveladores ao mesmo tempo que conservam alguns mistérios para não deixar o interesse cair. Pela relação entre esses personagens, descobre-se que você está em Yaghton, uma pequena vila de Shropshire, uma região bucólica localizada no oeste da Inglaterra.

O lugar abriga habitantes comuns com rotinas e empregos convencionais. Todos são vizinhos do Observatório, um local onde uma anomalia que altera o tempo e a vida das pessoas surgiu e nem os cientistas que lá trabalham estão conseguindo entender sua origem, propósito ou influência no cotidiano.

Daqui em diante, questões da moral e da conduta humana, do instinto de sobrevivência, leis da física quântica e noções da religiosidade pela fé se unem a um conjunto de ideologias que também abordam a possível existência do sobrenatural e de vida extraterrestre, abrindo um leque de conclusões sobre ao que a tal Ruptura que dá nome ao título se refere. 


Devagar, quase parando…

O maior problema de “Everybody's Gone To The Rapture” é a lentidão excessiva de movimentação do personagem. De modo geral, esse ritmo devagar de deslocamento pelos cenários combina com a mecânica de exploração e com a descoberta evolutiva dos acontecimentos da história e dos dilemas dos personagens. Mas tem momentos que chega a ficar cansativo e até mesmo irritar em alguns trechos.

O fato dos cenários serem bem pouco interativos denuncia ainda mais esse deslize, porque você chega a percorrer grandes áreas que, às vezes, não compensam o tempo que você gasta nelas ou leva para ir até elas. As paisagens durante esses percursos são lindíssimas, é verdade, mas é inevitável sentir que perdeu tempo à toa.

Só que nem tudo está perdido. Apenas no meu terceiro playthrough descobri, por um comunicado oficial da produtora na semana após o lançamento, que é possível caminhar um pouco mais rápido no game pressionando continuamente botão R2. Realmente fica mais funcional e a dinâmica de jogo ganha mais fluidez, praticamente consertando tudo o que descrevi acima.

Mas aqui também surgem dois novos problemas: o jogo em nenhum momento avisa que existe um comando para caminhar mais rapidamente. Nem nas configurações de controle. Nada está explícito ou descrito que essa função sequer existe. Além disso, o ato de caminhar rapidamente só funciona quando o botão é pressionado a partir, pelo menos, dos 6 segundos. Ou seja, de que maneira o jogador vai descobrir que algo assim existe se a resposta do comando não é instantânea? Simplesmente não vai.


CryEngine 3 nos gráficos e trilha sonora marcante

“Everybody's Gone To The Rapture” também faz bonito nos aspectos técnicos. Desenvolvidos com a CryEngine 3, os gráficos são lindíssimos, trazendo um aspecto bem realista nas texturas e na iluminação. Dependendo da área do mapa de jogo em que você estiver, o período do dia muda, trazendo mais ou menos incidência da luz solar, resultando em cores vibrantes num inesquecível por do sol.

Às vezes ainda dá até aquela vontade de ficar parado por alguns segundos só observando as belas paisagens bucólicas do game. Quando a noite chega, nos momentos finais da aventua, o céu estrelado fecha com maestria o vigor da imagens com grandes grupos de constelações num colorido espacial característico que ressalta aos olhos.

O áudio segue esse mesmo alto padrão de qualidade. A trilha sonora é incrível, trazendo melodias que combinam perfeitamente com a proposta de mistério e uma temática mais sobrenatural, indo do épico ao lírico cantado, mas nunca que de forma descuidada ou exagerada.

As sequências de sons transparecem constantemente que foram escolhidas com o propósito de ressaltar a importância de cada momento da narrativa, trazendo passagens marcantes cheias de significado e envolvimento onipresente. Fora isso, as dublagens em português brasileiro estão ótimas, ajudando bastante na imersão dos jogadores que não dominam outros idiomas.

“Everybody's Gone To The Rapture” acerta com uma trama misteriosa que reúne temas familiares, científicos, religiosos e sobrenaturais para envolver o jogador, que precisa explorar muito para saber o que está por trás do desaparecimento das pessoas naquele universo. E isso tudo vem através de uma movimentação bastante lenta e que permite pouca interação com os cenários.

{notas}

 

Prós

Narrativa misteriosa envolve e intriga pela curiosidade sobre o desconhecido

Jogabilidade de exploração não-linerar

Personagens bem definidos expõem temas complexos e polêmicos do cotidiano 

Gráficos muito bonitos e ricos em detalhes 

Trilha sonora emocionante

Contras

Lentidão exagerada na movimentação

Pouquíssima interação com os cenários

Bugs que impedem o progresso

Quedas ocasionais de frames

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