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O Moto 360 é o primeiro smartwatch da Motorola. O vestível vem com o sistema Android Wear e sensores de batimento cardíaco, passos e monitor ótico. Ele tem a função de ser um extensor do seu smartphone ao te mostrar as notificações do aparelho e permitir que você responda a algumas delas sem pegar o celular. Tem ainda a possibilidade de utilizar aplicativos customizados para a tela do relógio e controlar algumas funções do smartphone, como o player de músicas. Para tudo isso, é necessário que o smartwatch esteja sempre pareado via bluetooth com o aparelho. Do contrário, a maioria dos recursos do relógio não vai funcionar e ele vai ser apenas um relógio bem caro. Lançado em novembro no Brasil, ele custa R$899,00.

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Design e tela

Nós já vimos vários relógios inteligentes feios. O Moto 360 está longe de ser um deles. Ele tem um design discreto nas cores preta ou cinza e pulseira de couro legítimo. Além de bonito, tem um material bem resistente. O corpo é feito de aço inoxidável e a tela é de vidro Gorilla Glass 3. No lado direito, um botão permite desligar e ligar a tela e acessar as configurações do relógio. Para garantir a usabilidade sem se preocupar com danos causados por intempéries, ele tem certificação IP67, que indica total proteção contra poeira e que ele pode ser submerso temporariamente em água.

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A tela tem 1,5” e resolução de 320×290. É mais que suficiente para visualizar as informações de forma clara e nítida. O display é LCD e as cores não se alteram se você olhar de diferentes ângulos de visão. O vidro da tela é meio saliente, não está rente ao corpo do smartwatch, e as bordas laterais incomodam um pouco para a visualização do conteúdo naquela região. Se fosse no mesmo nível do corpo e sem essa borda, seria melhor. Outro detalhe perceptível, mas que não atrapalha no uso, é que a tela não é totalmente redonda, com o sensor de luz ocupando uma pequena área da parte de baixo. No início é estranho, mas depois o usuário acostuma. A tela responde muito bem ao toque. Porém, fica com aquelas marcas de digitais evidentes. Nada que espante muito.

Funcionalidades

O Moto 360 funciona com qualquer smartphone Android a partir da versão 4.3 Jelly Bean. Para que ambos conversem, é necessário baixar o aplicativo Android Wear no celular. Pareados via bluetooth, é só baixar para o smartphone os aplicativos que você quer utilizar no relógio. A Google Play tem uma coleção legalzinha de apps compatíveis. Mas os mais úteis para usar no pulso são os fitness, como o próprio Fit, do Google, que pode te dar um monitoramento da sua atividade física, como quilômetros percorridos, quantidade de passos dados, calorias perdidas e verificar os batimentos cardíacos.

O smartwatch é muito útil para ações simples. Se você está correndo e quer trocar a música, pode fazer isso através dele sem encostar no smartphone. Se receber um whatsapp, uma SMS, um email ou mensagem no facebook, você pode ler o conteúdo e responder em áudio para que o app transcreva e envie a resposta (ele não envia o áudio, não confunda). Utilizar esse método é eficaz quando as respostas são curtas, já que ele não reconhece pontuação. Mesmo assim, às vezes ele entende algo um pouco diferente do que você disse. Ainda falta agilidade.

E há várias outras funções que funcionam muito bem. É possível criar notas e lembretes, definir cronômetro, ver compromissos, pedir para ele te levar a determinado lugar e aí ele abre o mapa no smartphone, definir alarme, iniciar determinado aplicativo… enfim. A ideia é ter o Google Now que a gente já conhece, no pulso. Inclusive com as indicações de como está o clima, o trânsito até sua casa e quanto tempo você vai demorar para chegar. Essas informações ficaram bem legais e claras na customização para a tela do relógio.

Ao deslizar o dedo de cima para baixo, aparecem as configurações do Moto 360. Lá é possível ativar ou desativar as notificações ou só mostrar o que for prioridade. É possível também ativar o modo teatro, para que a tela só acenda quando você pressionar o botão, o modo luz solar para melhorar a legibilidade em ambientes bem claros ou na rua em um dia de sol e outras configurações do relógio.

Mas esse smartwatch mostra a hora? Sim, mostra. Ele vem com um sensor que detecta quando você faz aquele gesto com o braço para ver que horas são e ativa o display com o mostrador. Ocorre de às vezes ele não reconhecer o movimento, mas é bem raro. Aí é só encostar na tela ou apertar o botão. A Motorola dá algumas opções de mostradores para você customizar o seu relógio como achar melhor. Há algumas opções de digitais e analógicos.

Desempenho e Autonomia

O Moto 360 entrega uma experiência sem travamentos ou lentidões. A única falha de “hardware” ocorre às vezes com o sensor de batimentos cardíacos. Mesmo seguindo a recomendação de deixar o relógio bem junto do pulso, ele não consegue captar a frequência de batimentos. Junto com a falha na transcrição de voz mencionada acima, são os dois problemas mais evidentes do relógio.

Fora isso, o Moto 360 cumpre bem sua função de deixar o smartphone de lado (mas ainda próximo) para executar algumas funções, ter acesso às notificações, mensagens e respondê-las. Ele também avisa quando alguém está ligando e você pode decidir pelo smartwatch se atende ou não (ele pode atender a ligação, mas não dá para falar através dele). O Android Wear se mostra um sistema eficiente e promissor, com comandos que não são difíceis de aprender e uma interface super amigável.

A autonomia de bateria é um problema se ele for muito utilizado, mas muito mesmo. Ela tem 320mAh e, com uso moderado, durou facilmente mais de 12 horas. Já tirei o smartwatch do carregador às 8h da manhã, passei o dia inteiro com ele no pulso, recebi algumas notificações, utilizei os sensores, e às 8h da noite ainda estava com 50% de bateria. Durante o período de testes, só fiquei na mão, já no início da noite, quando ele era novidade e eu mexia bastante para ver tudo o que é capaz de fazer. No uso normal, rotineiro, autonomia não vai ser um ponto negativo. Exceto quando você precisar recarregá-lo. Ele só faz isso via indução, então não espere nada tão prático quanto uma porta usb que conecta em vários lugares. Se for passar uma noite fora, vai ter que levar junto o carregador que vem com ele. Se isso não for problema, essa forma de carregar a bateria é muito mais prática.

P.S.: A bateria do smartphone também fica comprometida já que o aparelho está pareado o tempo todo com o smartwatch e executa os aplicativos para o vestível. Dependendo do uso, ver as notificações no relógio e não precisar ligar a tela do celular para isso pode compensar o gasto.

{notas}

Prós

Bonito

Resistente

Bom desempenho

Boa autonomia para o gênero de vestíveis

Carrega por indução

Contras

Preço elevado

Vidro um pouco saliente nas bordas

 

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