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Far Cry 4” foi lançado pela Ubisoft com a premissa de renovar a franquia e de ser um divisor de Águas na série. De fato podemos dizer que o game realmente é. Apesar de em alguns momentos se parecer demais com “Far Cry 3”, esta nova versão traz inúmeras novidades, entre elas o tão aguardado modo cooperativo online.

Além disso, hÁ a possibilidade de usar animais para atacar os inimigos. Experimente montar em um elefante e ir de encontro a uma base do exército inimigo. Ou talvez atrair ursos e tigres, para acabar com a farra dos soldados. É bem interessante e isso abre um leque de possibilidades estratégicas.

Mas o grande destaque é o local onde o game é ambientado: Kyrat. É, sem dúvida, um dos mais belos cenÁrios de jogos jÁ produzidos. Com enormes cadeias montanhosas, grandes lagos, cumes altíssimos, florestas e rios dentre outras coisas, a diversidade é tão grande que é possível passar horas apenas observando o cenÁrio.

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Ubisoft apresenta: Você Decide


Em “Far Cry 4”, o jogador encarna Ajay Ghale, um jovem que retorna à Kyrat – um país situado no Himalaia – depois de muitos anos para cumprir o último desejo da mãe: lançar as cinzas dela em sua terra natal. Chegando lÁ, Ghale é pego de surpresa por uma guerra civil onde a população luta contra o ditador local, Pagan Min.

Ao ser “sequestrado” por Pagan Min, Ghale acaba descobrindo que ele conhecia a sua mãe. A partir daí, tudo que o jogador fizer influenciarÁ diretamente nos acontecimentos do jogo. Como o objetivo principal é jogar as cinzas de sua mãe em Kyrat, que supostamente seria o final do jogo, é possível até mesmo fazer isso logo no inicio e assim o jogo teria seu “fim”.

É duvidosa a ideia de poder “zerar” o jogo logo no início, mas por outro lado, passa a impressão que o jogador tem o controle de toda a história, e que tudo que for feito – ou não – pesarÁ na missão seguinte e na conclusão do enredo.

Vale lembrar que o jogador terÁ que escolher, por vÁrias vezes, o melhor caminho pra seguir: ou faz a missão X para salvar a vida de inocentes ou faz a missão Y para fortalecer a resistência contra o ditador. É melhor salvar a vida de pessoas que estão prestes a morrer, ou juntar armamentos e suprimentos para mais tarde lutar contra Min? É um dilema, e o que o jogador fizer vai influenciar positivamente ou negativamente no trato com a população. Essa interatividade da história é bem interessante porque faz o jogo ter um fator replay imenso.




Efeitos climÁticos de encher os olhos


O visual de “Far Cry 4” é fantÁstico, mas tem seus problemas. Por vezes é excelente à ponto de encher os olhos, principalmente com os efeitos de iluminação e variação climÁtica, e em outras vezes é muito parecido com o game anterior, ficando até difícil distinguir qual é qual ao colocar um do lado do outro.

É importante dizer que se parecer com o game anterior em alguns momentos não é necessariamente ruim. “Far Cry 3” tem um visual acima da média, e “Far Cry 4” segue a mesma linha, com vÁrias novidades.

O grande destaque é o inédito efeito climÁtico. Por se passar no Himalaia, a mais alta cadeia montanhosa do planeta, a variação climÁtica é praticamente única, ou seja, a região sofre com as mais bruscas variações de clima jÁ vistas devido a altura das montanhas. Elas retém todos os ventos que vão na direção da Ásia, e são as responsÁveis direto pela criação de desertos no continente AsiÁtico.

Para ser realista era preciso recriar toda essa variação climÁtica, e “Far Cry 4” faz isso com maestria. Por vezes o céu estÁ azul com sol forte e, em questão de segundos, o clima muda e o ambiente literalmente escurece com fortes ventanias e às vezes chuvas. E do nada, as nuvens desaparecem e o sol volta a brilhar. Pode parecer coisa exagerada de videogame, mas isso realmente acontece no Himalaia. E praticamente todos os dias.


A iluminação usada no game também ajuda no realismo e beleza. Os cenÁrios mudam drasticamente sob os efeitos da luz. Seja sob um Sol escaldante ou sob a penumbra noturna, ou ainda quando o clima fica nublado com fortes ventanias.  

As texturas são em ótima qualidade, principalmente nos ornamentos dos pequenos povoados de Kyrat. Desde quadros pintados a mão, até roupas da cultura local, tudo é extremamente detalhado. Além disso, todos os personagens do game, principais ou não, possuem características próprias no visual. É possível até mesmo observar com clareza os defeitos na pele como, espinhas, sardas, cicatrizes e manchas.


Fique sempre em alerta


Como não poderia ser diferente, a fauna e a flora de “Far Cry 4” são gigantescas. HÁ uma variedade enorme de plantas e animais, talvez a maior de um game. Existem espécimes que são raríssimas, principalmente plantas, e que só aparecem em um pequeno local do mapa.

Rinocerontes, elefantes, leopardos, javalis, faisões, tigres, lobos, tartarugas, porcos, crocodilos, corvos e Águias são algumas das dezenas de espécies que perambulam pelos cenÁrios de “Far Cry 4”. E todas são fielmente recriadas, inclusive com efeitos de pelugem, que geram mais realismo em cada animal.

É sempre bom ficar em alerta o tempo todo, jÁ que alguns dos animais são extremamente perigosos, como os rinocerontes, leopardos e tigres. Eles atacam quando menos se espera, principalmente os felinos, que andam sorrateiramente prontos para o bote. Mesmo com um alto poder de fogo, é difícil matar esses animais. Nem mesmo dentro de veículos hÁ segurança: rinocerontes conseguem destruir facilmente os carros.

O interessante é que se pode usar estes animais selvagens contra os inimigos. Para isso basta ter alguma isca e jogar – de longe, claro – perto dos inimigos. Isso atrais os animais, que começam a atacar todo mundo, inclusive o próprio jogador, caso esteja à vista de algum deles.



Jogabilidade mantém a velha fórmula


O controle de “Far Cry 4” precisa de ajustes no setup do game, principalmente ao usar o teclado e mouse. O padrão vem setado para uso com controle, que torna a jogabilidade mais “dura”. Por isso é necessÁrio o ajuste minucioso para deixar o jogo mais Ágil e dinâmico para o uso do mouse como mira. Não é nada grave, mas por ser um jogo de PC, típico para uso de mouse/teclado, o padrão deveria ser ao contrÁrio.

A jogabilidade continua a mesma de “Far Cry 3”. Praticamente idêntica, e isso quer dizer que o jogo tem os mesmos “problemas” de dirigibilidade dos veículos. Eles continuam desengonçados a ponto de ser fÁcil capotar ao fazer uma curva, e difícil mantê-los na estrada, principalmente porque o cenÁrio é cheio de ondulações.

Para compensar esse problema dos carros, o jogador pode optar por usar um pequeno helicóptero, chamado de Buzzer. Como os terrenos são extremamente montanhosos, ele se torna o melhor meio de transporte. Além de rÁpido e fÁcil de pilotar, ainda pode ser usada armas para atirar do alto nos inimigos ou até mesmo caçar.

Além disso, é possível até usar o Buzzer para pousar no topo das torres de controle para desativar as rÁdios e assim habilitar a visualização da região. Obviamente que fica fÁcil demais usar o helicóptero, o que tira toda a graça de ir por terra, derrotar os soldados inimigos e ainda escalar as torres.


Dublagem brasileira é bem-vinda


Pela primeira vez um game da franquia “Far Cry” vem “totalmente” dublado em português do Brasil. Isso ajuda bastante para o entendimento perfeito da história e das missões jÁ que as falas são adaptadas para os jargões brasileiros. Por outro lado, ainda existe o velho problema, jÁ recorrente, das dublagens dos games da Ubisoft: vÁrias conversas em paralelo, ou seja, aquelas entre pessoas das aldeias e transeuntes que não acrescentam nada à história, continuam em inglês. Pra piorar, essas falas não apresentam legendas, mesmo com elas habilitadas. 

A qualidade sonora da dublagem é ótima, mas algumas vozes não combinam muito, principalmente a do personagem principal, Ghale. A voz dele, além de parecer infantil demais, soa sempre no mesmo tom, sem emoção. Às vezes fica bastante esquisito uma cena de a ação e ele falando calmamente como se tivesse lendo um texto.



Multiplayer cooperativo é a grande novidade


O multiplayer de “Far Cry 4” é bem interessante. Pela primeira vez hÁ um modo totalmente cooperativo que fica habilitado à partir de um determinado ponto da história. Ele permite que a história seja jogada com um amigo, inclusive vÁrias missões exigem duas pessoas para que seja completada.

Para jogar o cooperativo é necessÁrio iniciar a história em modo Online, para que fique ativada a aba Cooperativo e, assim, permitir que alguém entre em seu jogo, ou vice-versa. O lado bom é que o Savegame é o mesmo do modo single, então o jogador sempre que continuar o jogo salvo, poderÁ escolher se quer jogar sozinho ou permitir que alguém jogue com ele.

Por outro lado, se perder a conexão com a Internet, mesmo que ninguém tenha entrado em seu jogo, o jogo aborta e volta para o menu principal, perdendo todo o progresso até o último savegame.

O modo competitivo é chamado de Batalhas de Kyrat e possui 10 mapas: Cultivo Comercial, Geada, FÁbrica, Complexo, Destilaria, Hospital, Madeireira, Instituição, Beira-Rio e Plantação. Os tipos de jogo são sempre em equipes de 5 contra 5, variando de Posto Avançado, MÁscara Demoníaca e Propaganda.

O jogo ainda traz um interessante editor, onde é possível criar mapas para o modo de desafios e ainda compartilhar suas criações com a comunidade. A versatilidade é tão grande que hÁ mapas de ataque de elefantes e até da Segunda Guerra Mundial. Uma pena que os mapas não sejam multiplayer.

Conclusão

{notas}

“Far Cry 4” é um dos melhores jogos de mundo aberto. Isso porque o cenÁrio do game é um dos mais dinâmicos, além de ter um visual incrível e uma variação climÁtica exemplar. Mesmo que jogando vÁrias vezes, dificilmente o jogador verÁ um acontecimento repetido. Isso gera um fator replay enorme, e é possível ficar horas passeando pelo Himalaia assistindo à movimentação das pessoas e dos animais.

O modo cooperativo pode ser considerado “a cereja do bolo”. É difícil achar um jogo de mundo aberto realista que possa ser jogado junto com um amigo, onde cada um pode fazer o que quiser e ainda avançar na história.

“Far Cry 4” é um jogo imperdível, um dos melhores do ano e fundamental para quem gosta de um bom FPS com possibilidades praticamente infinitas.

Prós

Himalaia como cenÁrio

Modo Cooperativo

Dublagem brasileira

Efeitos climÁticos de tirar o fôlego

CenÁrio lotado de extras

Muitas side-quests

Montar em elefantes

Multiplayer interessante e divertido

Editor de mapas em tempo real

Diferente de outros jogos da Ubisoft, este é bem otimizado

Contras

I.A. ainda tem alguns problemas

Editor não cria mapas multiplayer

Algumas vozes da dublagem não combinam com o personagem

Personagens sem carisma

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