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ANÁLISE: Borderlands: The Pre-Sequel

Desenvolvido pela Gearbox Software em parceria com a 2K Australia, “Borderlands: The Pre-Sequel” é o novo título da saga dos Vault Hunters que vem para preencher os furos entre a cronologia dos dois títulos da série principal.

O game apresenta quatro novos anti-heróis que acompanham toda a mudança de personalidade que levou Jack, funcionÁrio da Hyperion Corporation, a se tornar Handsome Jack, o cruel (e carismÁtico) vilão de “Borderlands 2.

Entretanto, nem tudo é exatamente como antes e o jogo aposta na inclusão de novos elementos para trazer nova dinâmica ao jogo. E serÁ que dÁ certo? Acompanhe a anÁlise de “Borderlands: The Pre-Sequel” abaixo, baseada na versão para PC.

História: Animações, personagens interativos e… ritmo sonolento

Uma das mudanças mais notÁveis em Borderlands: The Pre-Sequel é a interatividade. Quem acompanhou os títulos anteriores sentia que o personagem selecionado não possuía uma personalidade muito explorada no decorrer da história. Para resolver isso, a 2K inseriu respostas exclusivas para cada anti-herói (ou herói?) escolhido, aparecendo em diÁlogos com os NPCs durante o jogo.

Outro passo desse novo foco para a história é a inclusão de cutscenes envolvendo os personagens. Nos jogos anteriores da série, as cenas especiais se resumiam a jeitos (muitas vezes engraçados) de apresentar os bosses do game. Além dessas tomadas visuais, Borderlands: The Pre-Sequel possui animações onde o personagem selecionado responde de maneira própria, relacionados a outros eventos in-game, como em conclusão de quests e mudanças de cenÁrio.

Embora essas mudanças menores sejam avanços no storytelling do jogo, é justamente sua história principal que possui algumas falhas. Temos um começo e um final bem definidos, porém a trama no meio se arrasta, com uma sensação de progresso muito lenta. E outro ponto que talvez possa incomodar alguns jogadores é a narrativa apresentada pelos personagens: jogar como lacaio de Jack faz você se sentir um coadjuvante, sem muita influência na trama.

GrÁficos: Nada de novo no front lunar

A arte da série Borderlands é característica pelo seu visual cel shading cartunesco de traços grosseiros e ambiente futurista, e nenhum destes elementos estÁ em falta nesta edição. Elpis, a lua de Pandora onde The Pre-Sequel é ambientado, é cheia de crateras, cavernas, lava, irregularidades no terreno e fraturas de oxigênio. Com uma boa olhada para o céu aberto, é possível encontrar estrelas, e a estação de Hyperion na órbita do satélite, o que ajuda muito na hora de construir a ambientação característica.  

Jogabilidade: Armas laser, criaturas novas e… não muito mais que isso

Uma das maiores diversões da franquia Borderlands é sua dinâmica de combate, frenética e exagerada. Nesse caso, existem alguns elementos que melhoram um pouco este aspecto do game. Por ser baseado na lua, a física do jogo muda um pouco, com movimentação mais lenta e pulos maiores (e mais devagares). Mas isso não atrapalha em nada os jogadores, pois hÁ uma nova ferramenta, os O2 Kits, que afetam a movimentação através de pulos duplos, planagem e até causar impactos no chão. Esse aspecto do jogo possui uma barra própria, assim como os escudos e a vida do jogador, e também é alterÁvel através de equipamentos.

Ainda no quesito do combate, Borderlands: The Pre-Sequel acrescentou duas novas variedades para as batalhas. Primeiro entra a inclusão de armas laser, que naturalmente disparam projéteis elementais (com exceção do explosivo). Além destes equipamentos, um novo elemento entra em cena: o Cryo. Seu efeito é de reduzir a velocidade e até congelar os inimigos e, assim, tornÁ-los vulnerÁveis à golpes físicos.

Os novos personagens do jogo na verdade se tratam de antigos NPCs da franquia, e assim como nos títulos anteriores, cada um possui uma dinâmica própria baseada na sua Árvore de habilidades.

  • Athena, the Gladiator (Borderlands 1 – DLC The Secret Armory of General Knoxx), possui um escudo que a protege de balas e pode ser arremessado nos inimigos;
  • Trisha, the Lawbringer (Borderlands 2) consegue travar a mira automaticamente nos adversÁrios;
  • Wilhelm, the Enforcer (Borderlands 2) evoca drones que o auxiliam em combate;
  • Claptrap, the Flagtrap (Todos os Borderlands) é uma reprogramação do famoso robô para modo de combate, com um malware que funciona aleatoriamente e afeta todo o grupo com aspectos positivos e negativos.

A dimensão do mapa – e suas devidas horas necessÁrias para exploração – é algo que fica entre o primeiro e o segundo game, o que significa bastante coisa a ser explorada

 

Embora o design visual seja muito similar ao título anterior da série, uma das poucas coisas que justifica o jogo não ser um “DLC” de Borderlands 2 é o seu tamanho. A dimensão do mapa – e suas devidas horas necessÁrias para exploração – é algo que fica entre o primeiro e o segundo game, o que significa bastante coisa a ser explorada. E o deslocamento no cenÁrio pode ser feito à pé ou com novos veículos, sendo um buggy lunar e uma moto flutuante chamada Stingray.

A única ressalva existente é que todos esses elementos são acréscimos minoritÁrios ao jogo. Ao jogar, você não sente nenhuma grande diferença entre “The Pre-Sequel” e “Borderlands 2”. Por um lado é positivo, pois fãs da mesma fórmula não se decepcionarão com o game, enquanto aqueles que esperavam por algo a mais podem não achar estes novos aspectos suficientes.


Áudio: “Bem-vindo à Elpis, mate

O jogo é conhecido por apresentar trilhas de abertura que grudam na cabeça do jogador, levando-o a associar a música com o jogo. Neste caso não é diferente. À parte disso, a trilha é bem aplicada nos momentos certos – hÁ música de fundo na hora do combate e nas cutscenes. Os efeitos sonoros, desde os tiros ao som de deslocamento dos personagens, também são muito bem aplicados. Talvez o único ponto a se reparar nos diÁlogos (cuja atuação é boa, à exemplo do Handsome Jack em “Borderlands 2”) seja o sotaque australiano dos personagens, o que não chega a ser um problema, mate.


Conclusão

{notas}

“Borderlands: The Pre-Sequel” é como sushi de salmão: quem provou e gostou antes, vai gostar agora também. Ainda que a receita não tenha muitas diferenças, os elementos bÁsicos que dão o gosto do prato estão presentes e não decepcionam. Os fãs da série poderão encontrar tudo o que faz da franquia um FPS dinâmico, com elementos de RPG que recompensam a chacina contra os monstros e o progresso nas quests. 

Ainda que a receita não tenha muitas diferenças, os elementos bÁsicos que dão o gosto do prato estão presentes e não decepcionam

 

Porém, nem mesmo as novas armas, monstros, a possibilidade de jogar como ClapTrap e ambientação na lua fazem do jogo um destaque na franquia. A sensação de “deja-vu”, de estar jogando “Borderlands 2 com alguns ajustes é forte, e os novos personagens contando os eventos por uma nova perspectiva não conseguem apagar essa impressão. O pacote adicional, que inclui um clone de Handsome Jack, também não acrescenta muito à essa dinâmica.

O jogo fica como recomendação para todos os que: 1) gostam da série e realmente tem curiosidade para entender mais dos fatos presentes em toda a franquia; e 2) apreciam os combates do game. Para aqueles que nunca tiveram a experiência de desbravar Pandora em busca de tesouros ancestrais, é melhor conhecer a franquia pelos dois jogos anteriores.

Prós

Novas armas

Inclusão de equipamentos e elementos novos

Combates fluidos, divertidos e dinâmicos

Cutscenes com personagens e interação

Trilha sonora continua muito envolvente

Contras

Poucas mudanças na fórmula

História demora para envolver jogador

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