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Depois de um tempo de lado, a Motorola traz de volta o nome Maxx a seus smartphones. Da mesma forma como os modelos anteriores, este smartphone perde um pouco de portabilidade para, em troca, ganhar uma bateria de alta capacidade, algo que a empresa não fazia desde o Razr Maxx. O resultado é um aparelho com 3900 mAh, capacidade muito acima de outros modelos da categoria, e a promessa de 40 horas de autonomia sob uso contínuo.

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Vídeos Todos os smartphones topo de linha analisados no menor tempo possível



LG G3

Galaxy S5

Xperia Z3

Moto Maxx
Processador (CPU)
Snapdragon 801,
quad-core, 2.5GHz
Snapdragon 801,
quad-core, 2.5GHz
Snapdragon 801,
quad-core, 2.5GHz
Snapdragon 805,
quad-core, 2.7GHz
Chip GrÁfico (GPU)
Adreno 330 Adreno 330 Adreno 330 Adreno 420
Armazenamento
16/32GB (interna)
+ 128GB (microSD)
16/32GB (interna)
+ 128GB (microSD)
16/32GB (interna) +
128GB (microSD)
64GB (interna)
Memória RAM
2/3GB 2GB 3GB 3GB
Sistema operacional
Android 4.4.2
Android 4.4.2 Android 4.4 Android 4.4.4
Câmeras
Traseira 13MP /
Frontal 2.1MP
Traseira 16MP/
Frontal 2MP
Traseira 20.7MP /
 Frontal 2.2MP
Traseira 20.7MP /
Frontal 2MP
Tela
IPS LCD 5.5''
(1440 x 2560)
Super AMOLED 5.1″
 (1080 x 1920)
LED IPS LCD 5.2''
(1080 x 1920)
AMOLED 5.2''
 (1440 x 2560)
Dimensões
146.3 x 74.6 x 8.9 mm 142.0 x 72.5 x 8.1 mm 146 x 72 x 7.3 mm 73,3 x 143,3 x 8,3-11,2 mm
Peso
149g 145g 152g 176g
Dual-SIM
Li-Ion 3000 mAh Li-Ion 2800 mAh Li-Ion 3100 mAh Li-Po 3900 mAh
LTE
TV Digital
Resistência
À prova d'Água e poeira
À prova d'Água e poeira
Resistência à Água
Preço (06/11)
R$1.699,00 R$1.699,00 R$2.100,00 R$2.199,00

Grande e pesado

Tudo traz seu custo, e a bateria parruda do Moto Maxx não escapa disto. Este aparelho é perceptivelmente mais pesado e grosso que os outros aparelhos do segmento topo de linha com este porte de tela. Ele pesa de 20 a 30 gramas a mais que seus competidores, e é o único que passa de um centímetro de espessura.

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Felizmente, apesar do tamanho a pegada do Moto Maxx é excelente, por conta de seu formato curvado na parte traseira. Se usado por longos períodos, o seu peso adicional é sentido, mas no uso cotidiano seus graminhas a mais não serão um problema grave. O principal ponto favorÁvel, na empunhadura deste aparelho, é a traseira em tecido, um material mais Áspero que aliado ao peso maior deste modelo torna a pegada do Moto Maxx muito firme.

“Por conta de toda a bateria, ele é mais espesso e pesado que os concorrentes”

O Maxx tem quase tudo para ser um smartphone indestrutível. A traseira é feita com fibra balística e kevlar, enquanto a parte frontal vem com a proteção Corning Gorilla Glass de terceira geração. Na base, parte do corpo do aparelho é feita em um material emborrachado enquanto que nas bordas… Bom, aqui chegamos ao motivo do “quase” indestrutível. Uma borda em um plÁstico cromado contorna a tela, no estilo que remete a aparelhos anteriores da Motorola, como a linha Milestone. Não que este plÁstico seja frÁgil, seu problema é mais estético: ele descascou com uma certa facilidade, e mesmo sem derrubarmos o aparelho fizemos um lascadinho em um dos cantos. Ainda assim, este modelo tem muito potencial para dispensar o uso de uma capa, primeiro por ser muito resistente, e segundo porque isto tornaria ele ainda mais espesso e pesado.

Foi mal pela lascada, Motorola 

Falando em resistência, o Maxx fica atrÁs de concorrentes em um aspecto: a resistência à Água e poeira. Enquanto o Xperia Z3 e o Galaxy S5 implementaram o IP67, o modelo da Motorola não foi feito para ser submerso ou com alguma proteção nas portas para evitar poeira. Porém, a empresa não deixou seu aparelho totalmente desprotegido: ela aplicou uma camada protetora nos componentes internos o que torna o aparelho resistente à Água. Não chegarÁ a fazer vídeos embaixo d'Água como o Z3, mas serÁ suficiente para salvar seu smartphone de “ir para o beleléu” caso você derrame Água nele. 


O Z3 não parece impressionado com a resistência à Água do Maxx

A tela é um dos atributos mais impressionantes do Moto Maxx. Com resolução QuadHD (1440 x 2560), é praticamente impossível conseguir ver os pixels na tela, e mesmo os menores elementos da interface possuem uma definição impressionante. As cores trazem aquela característica comum das telas AMOLED: cores bastante saturadas e constrastes bastante evidentes, com amplo ângulo de visão e baixa distorção da imagem. O exagero na saturação das cores virou um padrão da indústria, no segmento topo de linha, e esta característica traz uma vantagem: na hora de ver vídeos e fotos, a imagem fica chamativa e interessante. A longo prazo, porém, para navegar na internet e ficar utilizando apps, esta saturação é incômoda. 

O Moto Maxx conta com alguns recursos que não são amplamente utilizados, mas ainda assim não deixam de ser adições bem-vindas. Entre esses recursos estÁ o carregamento por indução, algo presente apenas no G3, entre os concorrentes diretos. Um recurso muito comum, porém, ficou de fora: por algum motivo a Motorola não incluiu televisão digital e, ainda mais trivial, rÁdio FM. A TV não chega a ser uma obrigatoriedade, apesar de ser um recurso interessante considerando a ótima tela do aparelho, porém o FM parece uma ausência boba – é o único dos aparelhos do comparativo que não possui o recurso.

Sempre atento e Android puro

A Motorola é possivelmente a fabricante de aparelhos Android que mais tem acertado nas modificações do sistema, muito possivelmente resultado de seu período como “A Google Company” (uma empresa da Google, em tradução bastante livre). As adições no sistema Android são mínimas, mantendo a experiência com o sistema próxima ao do Android Puro – o que significa updates rÁpidos do sistema quando chegam novidades.

Nos momentos que a empresa decidiu atuar, ela acertou a mão. A mudança mais importante do Moto Maxx é algo jÁ presente desde o Moto X: o sensor sempre ativo e a alta reatividade do smartphone. Por conta de um chip de baixo consumo dedicado a sempre “prestar atenção” nos sensores, o Moto Maxx (assim como os Moto X de primeira e segunda geração) são aparelhos incrivelmente responsivos, e isto é perceptível em vÁrias situações.

“O uso dos sensores fazem do Moto X e Maxx os Androids mais responsivos e eficientes do mercado”

Ao menor movimento, seja balançar a mão na frente do aparelho ou mesmo mover o próprio Moto Maxx minimamente, ele jÁ mostra na tela as horas e notificações recentes, recurso chamado pela empresa de Moto Tela. Dessa tela de notificações jÁ é possível ver uma prévia do conteúdo da mensagem recebida, e pular diretamente para a mensagem completa.

O Moto Maxx pode ser configurado com dezenas de ações baseadas neste uso do sensor. É possível silenciar notificações assim que você move o aparelho ou acena para ele, desativar a chamada assim que o aparelho é virado com a tela para baixo e, um de seus principais destaques, os comandos por voz.

O Moto Voz possibilita dar diversas instruções ao aparelho, como pedir instruções para ir a algum lugar, fazer buscas na web, criar compromissos na agenda e inclusive instruções personalizadas. Uma destas instruções é o “Boa noite” e “Bom dia”, onde aplicar a regra de etiqueta a um objeto inanimado – além de fazer você parecer esquizofrênico – traz um benefício: desativar os sons de notificação durante a noite, e ao acordar reativar o smartphone e ao mesmo tempo receber um pequeno relatório dos compromissos do dia.

Muita performance, muita autonomia

Não é só na bateria e na tela que o Moto Maxx é “parrudão”. Ele vem equipado com o processador Qualcomm Snapdragon 805, chip grÁfico Adreno 420, 3GB de memória RAM e 64GB de armazenamento interno, o que significa que temos aqui um dos perfis mais potentes de hardware disponível para smartphone, o que reflete nos excelentes resultados em benchmarks abaixo: 

O Moto Maxx é atualmente o smartphone Android mais poderoso que jÁ testamos, e só não supera o tablet da Nvidia equipado com o chip Tegra K1, em termos de performance no mundo Android. 

Onde o Moto Maxx impressiona mais é na grande promessa da Motorola: a autonomia. Os 3.900 mAh de bateria são uma quantidade expressiva, batendo até mesmo aparelhos maiores como phablets. Com mais carga disponível, o Moto Maxx consegue ficar muito tempo longe da tomada. Sob uso intenso, brilho de tela no mÁximo, sensores ativos constantemente e uso abusivo do 3G, inclusive para streaming de Áudios, o smartphone fechou o dia com 10%, após 17h20min de uso nessas condições. Assim tiramos duas conclusões: acabar com a bateria deste aparelho é uma missão dificílima e o analista deste produto deveria dedicar mais horas para o sono. Em um uso mais ponderado, usando o 3G de forma mais pontual e dando preferência ao streaming de conteúdos apenas no WiFi e menos tempo de navegação, o aparelho entregou 32 horas de autonomia. Maneirando mais, com certeza dÁ para chegar às 40 horas longe da tomada, prometidos pela Motorola.


Aparelho em alto consumo (esquerda) e baixo consumo (direita)

“Acabar com a bateria do Moto Maxx em um dia é uma missão dificílima”

Se por acaso você conseguir dar um jeito de ficar sem bateria, a Motorola trouxe uma solução bem interessante: o Motorola Turbo Carregador. Alimentando 15W – ao invés dos tradicionais 6W da maioria carregadores – ele é capaz de recarregar o suficiente para 6 horas de uso em apenas 15 minutos, de acordo com a fabricante. Em nosso teste, ele carregou quase 20% da bateria em 15 minutos, o que deve sobrar para cobrir as 6 horas prometidas. Este recurso de carregamento rÁpido com certeza é bem-vindo: smartphones jÁ costumam demorar para recarregar, e por conta de sua bateria maior, o Moto Maxx leva “uma eternidade e meia” para carregar se você usar um carregador normal (ou ainda mais, se inventar de deixar carregando em uma porta USB).

Fotos no nível dos topo de linha 

As câmeras nunca foram um destaque da Motorola, entre as demais fabricantes de smartphones. O Moto X jÁ vinha mostrando uma evolução, neste aspecto, e com o Moto Maxx temos o melhor desempenho da empresa até o momento. 


Boa iluminação: Moto Maxx, Xperia Z3 e Lumia 930


Pouca iluminação: Moto Maxx, Xperia Z3 e Lumia 930


Macro: Moto Maxx, Xperia Z3 e Lumia 930

Pela primeira vez temos em um aparelho da Motorola uma câmera capaz de brigar de igual para igual com as melhores câmeras disponíveis em smartphones. Com 21MP, a câmera captura detalhes próximo do nível de aparelhos como o Xperia Z3 e o Lumia 930. O Moto Maxx só fica atrÁs em alguns detalhes: a captura em cenas com pouca luz ainda é um campo onde os Lumias ficam em vantagem.

Um recurso presente em alguns modelos estÁ ausente no Moto Maxx: o OIS. A estabilização óptica de imagem (OIS) é um recurso útil para fotos e bastante importante para vídeos, pois evita que a imagem fique muito tremida, compensando as oscilações com um movimento das lentes. Apesar da falta deste recurso, o Moto Maxx se sai bem em vídeos, e a possibilidade de gravar em resolução 4K abre margem para aplicar uma estabilização digital, posteriormente. Outro recurso bacana da câmera é a capacidade de gravar com uma alta taxa de quadros, onde temos a mesma perda que acontece em outros modelos: você abre mão da alta resolução para conseguir mais quadros por segundo.

“Câmera briga de igual para igual com concorrentes do segmento topo de linha”

 

Conclusão

{notas}


A Motorola volta ao segmento topo de linha com estilo. O Moto Maxx é um aparelho robusto, com especificações poderosas, uma tela de altíssima resolução e muitas funções adicionais úteis colocadas pela Motorola. 

Enfim uma empresa parece ter focado no problema da autonomia dos smartphones, e o Moto Maxx fica com o mérito de ser o melhor smartphone que jÁ testamos, neste aspecto. A bateria de 3900 mAh aliado a alta velocidade de recarga através do carregador Turbo prometem solucionar de vez os problemas de falta de bateria dos donos de smartphone.

O design do Maxx tem um bom diferencial e outro não tão bom: ao usar kevlar e fibra balística, temos neste modelo um visual bastante diferente da concorrência, uma ergonomia bastante firme e um dos aparelhos mais resistentes que jÁ testamos. Em contrapartida, colocar tanta bateria trouxe um custo para a portabilidade do Moto Maxx, o que torna ele um dos modelos mais pesados e espessos desta categoria.

Se suas preocupações são com a bateria e com a resistência de seu smartphone, e estÁ pronto para encarar o preço salgado comum dos Androids mais potentes do mercado brasileiro, o Moto Maxx é uma compra certa. Nos outros aspectos, ele não fica devendo nada aos concorrentes do segmento topo de linha, e é hoje um dos melhores smartphones disponíveis.

Prós

Design resistente

Tela de altíssima resolução

Hardware potente

Câmera eficiente e de alta resolução

Comandos por gestos e voz

Preço sugerido abaixo da concorrência

Muita autonomia

Contras

Maior e mais pesado que concorrentes

Sistema de som Mono

Sem rÁdio FM


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