

O LG G3 Beat é um modelo que carrega o nome G3, o topo de linha da empresa sul-coreana. Apesar disto, este aparelho traz grandes diferenças em relação ao modelo mais potente, funcionando de uma maneira semelhante ao que seriam os modelos "mini" de outras fabricantes: versões menores e com hardware mais leve de seus topo de linha, como acontece com o Galaxy S5 Mini e o próprio modelo da LG, o G2 Mini.
Xperia M2 Aqua |
Moto G (2014) |
G3 Beat |
Zenfone 5 |
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Processador
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Qualcomm MSM8926 quad-core 1,2 GHz | Snapdragon 400, quad-core, 1.2GHz | Snapdragon 400, quad-core, 1.2GHz | Atom Z2560, dual-core 1.2 / 1.6GHz |
GPU
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Adreno 305 | Adreno 305 | Adreno 305 | PowerVR SGX544MP2 |
Armazenamento
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8GB (interna)+ 32GB (microSD) |
8/16GB (interna) + 64GB (microSD) | 8GB (interna)+ 64GB (microSD) |
8GB (interna)+ 64GB (microSD) |
Memória RAM
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1GB | 1GB | 1GB | 2GB |
Sistema operacional
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Android 4.4 | Android 4.4.4 | Android 4.4.2 |
Android 4.4.2 |
Câmeras
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Traseira 8MP / Frontal VGA |
Traseira 8MP/ Frontal 2MP |
Traseira 8MP/ Frontal 1.3MP |
Traseira 8MP/ Frontal 2MP |
Tela
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4.8" TFT 540 x 960 |
5" IPS LCD 720 x 1280 |
5" IPS LCD 720 x 1280 |
5" IPS LCD 800 x 1280 |
Dimensões
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140 x 72 x 8.6 mm |
141.5 x 70.7 x 11 mm |
137.7 x 69.6 x 10.3 mm | 148.2 x 72.8 x 5.5~10.3 mm |
Peso
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149g | 149g | 134g | 145g |
Bateria
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Li-Ion 2300 mAh | Li-Ion 2070 mAh |
Li-Ion 2540 mAh |
Li-Ion 2110 mAh |
LTE
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NFC
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Dois chips SIM |
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Resistência
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Água e poeira |
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Preço (14/10/14) | R$ 849 | R$ 699 | R$ 840 | R$ 599 |
A cara do "pai"
A principal semelhança com o topo de linha, o G3 "convencional", é a estética. O G3 Beat é praticamente uma versão encolhida do G3, mantendo o ótimo acabamento e o design do smartphone de 5.5", mas em um bem mais confortÁvel tamanho de 5". O motivo da boa ergonomia do G3 Beat é justamente ter herdado o estilo do G3, com bordas muito finas, especialmente nas laterais, que resulta em um aparelho de 5 polegadas com a portabilidade de um aparelho de 4.5".
Apesar de um detalhe, estas bordas estreitas mudam muito a pegada do G3 Beat comparado a outros modelos também de 5 polegadas, como dÁ para perceber nesta foto com ele lado-a-lado com o Zenfone 5. Além de mais discreto, o acabamento que simula aço escovado é, ao mesmo tempo, bonito e ergonômico. Até o momento, é o melhor design nesta faixa de preço, que jÁ testamos.
Na tela, não teve como o Beat e seu preço de aparelho intermediÁrio acompanhar a tela absurda QuadHD do G3. Temos aqui mais sensatos 720 x 1280, ou seja, o tradicional HD, uma resolução de tela mais que suficiente para este tamanho de display. As cores e contrastes tem boa qualidade, mas o brilho de tela é evidentemente menos intenso que o G3. Ainda assim, estÁ bem compatível com o seu segmento de preço, e fica em uma disputa equilibrada com o Zenfone 5 e o Moto G (2014), dois aparelhos do segmento intermediÁrio que são referência de qualidade de tela. O maior defeito da tela é que, com menor qualidade, tem aquele espaço entre o display e o vidro bastante perceptível, outra perda em relação ao modelo topo de linha mas compreensível para um smartphone que precisa "economizar em algumas peças".
Assim como no G3, este modelo tem seu botão de desbloqueio da tela e de liga/desliga na parte traseira, uma excentricidade da LG que não conta como um ponto a favor ou contra, é apenas "diferente". Você acaba usando mais os dois toques na tela para travar e destravar o aparelho, porque é bem mais prÁtico. Os botões de volume também estão nesta região, o que gera um inconveniente curioso: como é possível utilizar o botão de volume para baixo para bater uma foto, sua localização é "tão péssima" para fotos que, sem dúvidas, no G3 Beat é melhor usar o botão na tela do que o botão físico, na hora das fotos.
Performance regular e boa autonomia
O G3 Beat vem com um perfil de hardware semelhante ao Moto G, inclusive com o mesmo Snapdragon 400, quad-core e operando em até 1.2GHz. Isto não chega a ser um grande defeito, jÁ que o Moto G tem ótima performance para uso cotidiano, mesma característica que vemos no Beat. Alternar entre aplicativos é rÁpido e os apps rodam sem engasgo, neste aparelho.
A performance chega a ficar ligeiramente abaixo do Moto G, em alguns momentos, enquanto o Zenfone 5 com seu processadorAtom de 1.6GHz fica em vantagem ao longo de todos os testes, tanto os de performance geral (Antutu e Basemark) quanto o focado na performance para games (3DMark). Neste aspecto temo um ponto negativo para o G3 Beat: ele custa entre 100 e 200 reais a mais que os competidores deste benchmark, o que significa que o investimento adicional neste modelo não se reflete em mais desempenho.
Como é óbvio, um chip menos potente faz com que o G3 Beat não consiga manter o ritmo do G3 convencional. Como resultado, hÁ momentos em que a diferença entre os aparelhos fica evidente, como em games de alta qualidade grÁfica e, principalmente, no uso do QSlide, algo que comentamos lÁ embaixo em "Alguns extras da LG".
Na autonomia, temos um bom resultado com este aparelho, que com alguns miliamperes a mais na bateria consegui se sair melhor que outros concorrentes. Com uso constante, todos os sensores ativos, tela com brilho no mÁximo e 3G e WiFi sempre ligados, ele conseguiu chegar ao final do dia com 17% de carga. Segurando mais a onda, ele pode chegar a dois dias antes de precisar recarregar.
Câmera Ágil
Outro recurso em que as fabricantes costumam economizar na hora de fazer os modelos intermediÁrios é a câmera. Como esperado, o G3 Beat não acompanha a qualidade das fotos do G3, granulando bastante em cenas com menos iluminação e borrando bastante em cenas com muito movimento, uma característica próxima ao que vemos em outros aparelhos do segmento intermediÁrio.
O ponto alto deste aparelho é o foco automÁtico. Também equipado com um laser para acelerar o cÁlculo, assim como acontece no G3, vemos uma performance próxima aos aparelhos topo de linha, tanto em agilidade na hora de bater as fotos quanto em precisão, acertando na maioria dos casos.
Alguns extras da LG
Assim como no G3, a versão Mini Beat do aparelho traz alguns softwares da LG inclusos. Entre eles estão o Quick Remote, que aproveita o infravermelho para usar o smartphone como um controle remoto, e operar eletrodomésticos como televisores e ar-condicionados. O QSlide possibilita um multitarefa com alguns aplicativos selecionados, como executar um vídeo, ler um e-mail ou deixar uma janela do navegador utilizando uma porção da tela. Este aplicativo é bem menos interessante no Beat do que no G3 original por dois motivos: com uma tela menor, não temos muito espaço disponível para gerenciar dois apps ao mesmo tempo e a performance menor deste aparelho resulta em uma péssima experiência, com lentidão para abrir o segundo app e uma evidente queda de desempenho no aparelho.
Além de algumas mudanças estéticas no Android, a outra mudança que a sul-coreana implementou neste sistema, e a mais interessante em minha opinião, é o Knock Code. Batendo em um padrão pré-programado, é possível destravar a tela e o aparelho ao mesmo tempo. Em uma tacada, você consegue ligar o aparelho e liberÁ-lo para uso, conseguindo incluir uma segurança no acesso ao aparelho sem precisar realizar a ação em duas etapas, como costuma acontecer em outros dispositivos.
Conclusão
O G3 Beat traz a essência do G3, cortando bastante dos "excessos", como a tela de resolução QuadHD, câmera da alta qualidade ou os chips de alta performance. Desta forma, ele atende melhor usuÁrios menos entusiastas que não explorariam estas especificações topo de linha. Apesar dos cortes, ele ainda mantém os elementos mais importantes para a experiência com o aparelho, como uma performance satisfatória para operar o Android, uma tela de boa qualidade e, seu ponto forte, o design compacto e bonito semelhante ao do modelo mais caro.
Em termos gerais, ele se assemelha muito ao Moto G em quesitos como performance, autonomia e qualidade da câmera, o que é um problema para este aparelho, pois custa 200 reais a mais. O dinheiro adicional investido fica evidentemente em um aspecto: o design. Com o preço na casa dos mil reais, também é bom ficar atento para modelos da geração passada, como o Nexus 4 e o Galaxy S4, que podem aparecer por um valor bem próximo ao deste aparelho e podem ser uma aquisição mais interessante.
Apesar de muitas vezes atribuído com um sentido supérfulo e quase depreciativo, o design superior do Beat traz efeitos positivos até mesmo para os mais pragmÁticos - me enquadro neste grupo. Ele é muito mais confortÁvel e ergonômico que outros aparelhos do segmento intermediÁrio, como o Moto G e especialmente o grandalhão Zenfone 5. Suas bordas em torno da tela bastante finas, especialmente nas laterais, fazem com que outros dispositivos na casa das 5 polegadas pareçam trambolhos quando colocados ao lado deste modelo.
Por conta desta característica, não acho injustificado gastar a mais para ter este formato mais eficiente. Em termos de "custo vs benefício", ele fica atrÁs do Moto G e do Zenfone, que são as opções ideias para os mais pragmÁticos, mas quem puder desembolsar um pouco a mais terÁ um modelo mais compacto e com design superior. Outro ponto positivo são as adições da LG no Android que, em minha opinião, são as melhores do mercado, com aplicativos pontuais mas muito úteis.
G3 Beat fica abaixo de concorrentes em "custo vs benefício", mas compensa o investimento extra por conta de seu excelente design
PRÓS |
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Ótimo design |
Tela com boa qualidade |
Desempenho fluído com o Android |
Câmera Ágil no foco |
Adicionais interessantes da LG no sistema |
CONTRAS |
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Mais caro que concorrentes semelhantes ou melhores em performance |
Espaço perceptível entre display e vidro |