ANÁLISE: Just Dance 2014

Produzido pela Ubisoft, “Just Dance 2014” marca o retorno da franquia de dança que mais vende no mundo atualmente. O game traz um total de 50 músicas inéditas de gêneros que vão do pop, passam pelo rock, raggae, hip-hop, r&b e terminam no eletrônico. A grande novidade para o público brasileiro estÁ na música “Dançando”, de Ivete Sangalo. Essa é, inclusive, a primeira vez que algum artista nacional aparece na série. Alguns dos vÁrios outros hits inclusos são “Get Lucky” (Daft Punk), “I Kissed A Girl” (Katy Perry), “Could You Be Loved” (Bob Marley), “Applause” (Lady Gaga), “Where Have You Been” (Rihanna), “YMCA” (Village People) e “Gentleman” (Psy).

Da mesma forma como aconteceu nas edições anteriores, “Just Dance 2014” é o jogo ideal para chamar mais três amigos (ou mais cinco, num total de seis, na versão para os novos consoles) e se divertir com até quatro pessoas juntas. Também vale se você estiver num encontro de família ou no fim de expediente dos eu trabalho (como nós fizemos por aqui). A diversão e as risadas são mais que garantidas e todos têm chances iguais de competir pelos melhores placares, jÁ que cada um é avaliado pelos sensores do Kinect de forma individual e depende apenas da vontade do participante de imitar com precisão os movimentos mostrados na tela, no tempo certo, para pontuar cada vez mais. Tudo fica mais interessante com a variação da dificuldade das músicas, que vão do fÁcil ao difícil. Serve para todos os perfis de jogador. 

O legal é que, agora, as letras das canções que aparecem no canto inferior esquerdo da tela finalmente vão servir para alguma coisa. O Kinect reconhece o seu canto e, se você cantar enquanto dança, vai não só ajudando na sua pontuação total, mas também convertendo suas habilidades vocais em Mojo Points, fundamentais para comprar variações das músicas em modalidades do tipo Battle, Party e Mash-Up! Essas opções trazem doses bem generosas de longevidade ao game, que praticamente nunca se torna repetitivo ou chato. JÁ a função Autodance estÁ de volta e continua gravando e compilando os melhores – e mais bizarros – momentos da dançaria no final de cada apresentação. Com montagem e edição próprios, com direito a alguns efeitos opcionais de imagem escolhidos pelo jogador, os resultados são sempre engraçados e muito divertidos. Se quiser, ainda é possível compartilhar o conteúdos no Facebook ou no Twitter, por exemplo.

Além disso, essa é a primeira vez que um game da série recebe um modo online. Chamada de “World Dance Floor“, aqui os jogadores entram numa disputa sem limite de participantes, votam na música em que querem competir e disputam pelos melhores placares. Ao final dos rounds, são dispostos rankings de acordo com o desempenho de cada um, com as respectivas bonificações pelos melhores (ou piores) placares. Essas premiações são pontuações de nível que evoluem o perfil online do jogador e vai destravando mais opções de jogo, novas músicas e suas variações de modos e tipos de desafios, através do ganho de Mojo Points, exatamente como acontece na parte offline. 

Um ponto fraco de “Just Dance 2014” é a falta de novidades realmente marcantes. A frequência de lançamentos (anuais) dos games na série tem realmente mostrado seu lado menos legal: a temÁtica estÁ ficando, de fato, cansada e nem mesmo 50 músicas novas e um inédito modo multiplayer online são capazes de tirar a sensação de velharia e de que o jogo poderia ter sido lançado apenas como uma expansão do episódio anterior. Claro que hÁ algumas reciclagens na interface, deixando-a mais Ágil, dinâmica e fÁcil de navegar, sendo que a reposta da captura dos movimentos de seleção dos menus pelo Kinect estão bem melhores que a última versão. Mas é preciso trazer inovações mais substanciais para que os próximos games da franquia não se torne “apenas mais um” e caia no modismo do lucro fÁcil em detrimento da qualidade, ainda que sejam sempre fontes infinitas de diversão descompromissada.