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Recebemos por intermédio da AMD uma solução BGA (Ball Grid Array) baseada na APU A6-5200, codinome “Kabini”, que além do seu CPU de 2.0GHz quad core, vem com vídeo Radeon HD 8400 integrado. De acordo com informações, solução muito próxima do que veremos nos novos consoles Microsoft Xbox One e Sony Playstation 4.

Apenas esclarecendo, a um grosso modo, o conceito BGA. Trata-se do APU soldado na placa-mãe, e não encaixado sobre um socket como acontece com os processadores FX, da própria AMD, por exemplo. Para quem quiser saber mais a respeito, recomendamos ver nosso vídeocast sobre o assunto

O modelo que recebemos é baseado na placa-mãe ASRock FT3-4C e, estarÁ disponível no mercado nos próximos dias, junto com produtos semelhantes de marcas concorrentes como Asus, ECS, MSi e Sapphire, sempre em formato reduzido.

A APU “Kabini” A6-5200
A AMD atualizou a sua linha de unidades de processamento acelerado (APU) – termo para designar uma CPU e GPU em um mesmo die de silício – com o lançamento da geração Kabini. Tais APUs contam com dois grandes destaques: núcleos de processamento geral (x86) – baseados na arquitetura “Jaguar” (usada nos consoles next-gen) – e GPU classe Radeon HD 8000 (arquitetura Graphic Core Next – GCN). 

A linha estÁ dividida em duas séries: A e E. Enquanto que a primeira é voltada para notebooks de entrada e PCs compactos (como é o caso dos HTPCs), a segunda tem como foco prioritÁrio os subnotebooks e dispositivos híbridos. 

Para quem não vem acompanhando as notícias dos novos consoles da Microsoft e Sony, a APU Kabini é a responsÁvel por equipar o Xbox One e PlayStation 4. Contudo, a AMD projetou versões personalizadas do processador acelerado para os futuros vídeo games. Embora os detalhes sobre tais APUs sejam guardadas a “7 chaves”, sabe-se, por exemplo, que elas possuem 8 núcleos x86, contra 4 núcleos de processamento geral das APUs para PC série A, e 2 da série E.

As unidades de processamento acelerado da geração Kabini gozam ainda do status de serem as primeiras APUs da AMD a contar com as funções do chipset (codinome Yangtze) integradas ao die, sendo, portanto, uma solução SoC (termo para designar que um chip contempla as principais funções de um computador) genuína, aproximando-se do conceito conhecido como Arquitetura de Sistema Heterogênea (HSA). Além disso, a geração Kabini é o primeiro SoC x86 do mercado de 28nm a trazer 4 núcleos de processamento geral.

A AMD disponibilizou inúmeros aprimoramentos nas novas APUs com o intuito de melhorar a relação entre desempenho e consumo de energia, como foi o caso da inclusão de novas instruções x86 (SSE4.1, SSE4.2, AES, CLMUL, MOVBE, AXV, XSAVE/XSAVEOPT, F16C e BMI1); IPC mais robusto (melhorias na execução de inteiros; nas unidades de ponto flutuante; no cache de dados; na interface L2; e na unidade de cache compartilhado); adição do modo de estado de energia CC6 e clock gating.

Apesar de ostentarem nomenclaturas diferentes, tanto o A4-5000, quanto o A6-5200 são muito semelhantes em termos de núcleos x86. Ambos são quad-core com 2MB de cache e suporte a memórias DDR3L-1600Mhz. Entretanto, enquanto que o primeiro tem núcleos trabalhando em 1.5Ghz, seu “irmão maior” tem clock em 2.0Ghz, fato que explica em grande parte a diferença na dissipação térmica entre as duas APUs (25W contra 15W).


A segunda grande “estrela” do Kabini é a presença de uma GPU integrada Radeon HD 8000 com arquitetura Graphic Core Next (presente nas VGAs Radeons HD 7000). Desta forma, tais processadores acelerados passam a contar com o suporte das mais recentes tecnologias do mercado, como é o caso das APIs grÁficas DirectX 11.1, OpenGL 4.3 e OpenGL ES 3.0, além das APIs computacionais OpenGL 1.2, DirectCompute e C++ AMP.

De acordo com a AMD, as novas unidades aceleradas suportam saídas Ultra HD (2160p) via HDMI e DisplayPort, certificação Miracast Wi-Fi, DisplayPort com auto-refresh para reduzir o consumo de energia em monitores compatíveis, taxas de atualização dinâmica para economizar energia quando as atualizações de tela não são necessÁrias e Eyefinity para tela dupla.

A companhia criou dois modelos de GPU integrada para a série A: Radoen HD 8400 (A6-5200) e HD 8330 (A4-5000). Ambas possuem 128 Stream Processors (processadores grÁficos), 16 TMUs e 16 ROPs. O que diferencia um modelo do outro estÁ unicamente na frequência de operação da unidade grÁfica: 600Mhz na HD 8400, contra 500Mhz na HD 8330. Essa diferença no clock é outra explicação para a impossibilidade de um mesmo TDP entre os modelos.

A o migrar do processo de fabricação com litografia de 32nm para 28nm, a AMD conseguiu reduzir a Área dos núcleos x86. Enquanto que um core Bobcat tem Área de 4,9 mm2, um core Jaguar tem Área de 3.1mm2. Assim, além de aumentar a eficiência energética, a companhia conseguiu reduzir o custo de produção da APU.

Fotos
Abaixo algumas fotos da placa-mãe ASRock FT3-4C com o A6-5200 integrado à placa. Como podemos ver, é uma solução Mini-ITX(17x17cm), a que nos parece mais interessante para esse tipo de produto, jÁ que visa conquistar quem procura algo com tudo integrado que tenha desempenho suficiente para rodar bem aplicações cotidianas, inclusive algumas que possam exigir mais do vídeo.

Nas fotos abaixo, temos o “Kabini” com a ASRock FT3-4C com o A6-5200 ao lado de “Zacate” através de uma ECS HDC-I, produto com conceito bastante semelhante, mas de geração anterior, baseado no processador E-350 com uma Radeon HD 6310 integrada.

Por fim, retiramos o cooler sobre a APU para mostrar como funciona esse conceito onde a mesma é soldada no PCB da placa, conhecido como BGA.

Abaixo detalhes sobre os sistemas comparados, drivers e aplicações utilizadas nos testes. Mas antes, fotos da placa com a APU analisada e os demais componentes do sistema:

MÁquinas utilizadas nos testes:
– AMD A6-5200 (2.0GHz) + ASRock FT3-4C
– AMD FX-8350 (3.6GHz) + MSI 990FXA-GD80
– AMD A10-6800K (4.1GHz) + ASUS F2A85-V PRO
– AMD A8-3870K (3.0GHz) + ASUS F1A85-V PRO
– Intel Pentium G870 (3.1GHz) + Gigabyte B75M-D3H

Todas os sistemas utilizaram os mesmos hardwares para os testes:
– Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 680 referência
– Memórias: 8 GB G.Skill Trident 2400MHz @ 1600MHz (2x4GB)
– SSD: Corsair Force GT 240GB Sata III
– HD: Seagate ST31000528AS 1TB SATA II 7200RPM
– Fonte de energia (PSU): XFX ProSeries 850W PSU

Sistema Operacional e Drivers:
– Windows 7 64 Bits com updates
– AMD Catalyst 13.6
– NVIDIA GeForce 320.18

Aplicativos/Games:
– CineBENCH 11.5
– MaxxMEM
– x264 FHD Benchmark 1.0.1
– wPrime 2.09

– 3DMark 11 (DX11)
– Aliens vs Predator (DX11)
– Tomb Raider (DX11)

CPU-Z, GPU-Z
Abaixo, telas do CPU-Z e GPU-Z mostrando detalhes do processador, placa-mãe e vídeo integrado. 


Temperatura
Nos grÁficos abaixo, temos as temperaturas em modo ocioso e rodando o 3DMark 11, que exige bastante do sistema.

Consumo de energia
Além de teste em modo ocioso, criamos duas situações de testes de consumo de energia com o sistema sendo exigido: uma apenas dos modelos com vídeo integrado rodando o 3DMark 11 e outra com os sistemas usando uma placa de video NVIDIA GeForce GTX 680 referência, também rodando o 3DMark 11, teste que poderÁ ser visto mais adiante na anÁlise.

Vale destacar que alguns processadores não suportam DX11 e consequentemente não conseguem rodar o 3DMark 11 com o vídeo integrado, dessa forma não possuem esse teste.

IDLE (Sistema ocioso)
Começamos pelo teste com o sistema em modo ocioso.

Rodando o 3DMark 11
Quando colocamos os sistemas com vídeo integrado rodando o 3DMark 11, temos os consumos abaixo:

CineBENCH 11.5
Iniciamos os testes de desempenho em aplicações com o CineBench, que testa o processador convertendo uma imagem. 

x264 Full HD Benchmark
Em um teste de conversão de vídeo Full HD, temos os seguintes resultados:

wPrime
Rodando o wPrime, teste que estressa todos os cores do processador, temos os resultados abaixo:

Conversão de vídeo
Através do software CyberLink MediaEspresso, fizemos testes de conversão de vídeo com os processadores com vídeo integrado.

Agora vamos aos testes com o vídeo integrado do A6-5200 Kabini, uma Radeon HD 8400.

3DMark 11
Começamos nossos testes com o 3DMark 11.

Aliens vs Predator
Em teste de games começamos com o “Aliens vs Predator”.

Tomb Raider
Além de testar o desempenho com o “Tomb Raider”.

Além dos testes com o vídeo integrado, fizemos alguns testes com os sistemas rodando em conjunto com uma NVIDIA GeForce GTX 680 referência. Confiram abaixo os resultados:

Consumo de Energia
Quando colocamos a GeForce GTX 680 nos sistemas rodando o 3DMark 11, temos os consumos abaixo:

3DMark 11
Começamos os testes de desempenho pelo 3DMark 11:

Aliens vs Predator
Damos sequência com o game “Aliens vs Predator”:

Tomb Raider
Por fim, abaixo os resultados com o “Tomb Raider”.

Como vimos, a plataforma dessa solução BGA da AMD é bem interessante no que diz respeito a tecnologias, com suporte a Sata 3, USB 3.0 além de outras presentes nas demais linhas de APUs da AMD. Outro grande destaque estÁ em seu consumo, entre os mais baixos do mercado e comparado a soluções móveis utilizadas em notebooks.

O porém, que jÁ era esperado, ficou pela limitação de desempenho em algumas aplicações comparadas às APUs tradicionais encaixadas nas placas-mãe. Por outro lado, o ganho sobre a geração anterior é gritante. Como demonstramos em nossos testes, o A6-5200 (Kabini), APU quad core, chegou a ser quase 500% mais rÁpido que o E-350 (Zacate) no teste prÁtico de conversão de vídeo. A média geral foi de 1 a 2 vezes mais rÁpido, demonstrando um bom aumento. No vídeo integrado o ganho foi mais modesto, mas ainda assim bom.

Apesar desse ganho, como destacamos, ainda estÁ longe das soluções tradicionais de APUs e isso torna essa solução interessante para quem precisa de um sistema integrado sem grande desempenho, e apesar de não termos nenhuma noção de preço, provavelmente venha a ser bem mais barato do que montar um sistema parecido comprando a placa-mãe e a APU de forma separada.

{galeria::amd_a6-5200,Galeria da anÁlise AMD A6-5200 (Kabini)}

Quando adicionamos uma GTX 680 ao sistema, em alguns testes, o desempenho foi próximo a soluções bem mais robustas. JÁ em outros, onde o processador é mais exigido, ficou clara a limitação dessa plataforma. É importante destacar também, que apesar do desempenho ter ficado próximo, em alguns benchs, eles medem o FPS, mas o tempo para carregar o game, por exemplo, fica bem acima nesse tipo de solução.

O modelo da mobo que recebemos é da ASRock, empresa conceituada no ramo de placas-mãe, atualmente a terceira maior do segmento, atrÁs apenas de Asus e Gigabyte. De acordo com a AMD Brasil, nos próximos dias o mercado vai conhecer mais produtos semelhantes de marcas como Asus, ECS, MSI e Sapphire, alguns deles fabricados no Brasil.

Ainda de acordo com a AMD Brasil, teremos modelos baseados nas APUs de série E (dual core) e A (quad core), como esse analisado, o topo de linha diga-se de passagem. 

AVISO: Ainda não existe uma definição oficial do preço desse produto, dessa forma vamos esperar o mesmo ser liberado para dar nossa nota final.

Prós

Suporte a tecnologias como Sata 3, USB 3.0, etc

Produto compacto

Baixo consumo de energia

Ótimo ganho de desempenho sobre geração anterior

Contras

Baixo desempenho em algumas aplicações

Não possibilita upgrade de processador

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