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ANÁLISE: Ghost Recon: Future Soldier (PC)

Ghost Recon Future Soldier é de fato um ótimo jogo. Tem seus probleminhas, principalmente na parte multiplayer com quedas de servidor, mas a Ubisoft jÁ lançou um patch corrigindo isso.

O visual é o destaque, usando cores no tom pastel e efeitos belíssimos de iluminação e de partículas. Além disso, possui uma jogabilidade clÁssica em terceira pessoa, mas com ajudas vindas da Realidade Aumentada que faz parte do game.

O modo cooperativo para ate quatro amigos jogarem toda a campanha do game também se destaca e faz com que Future Soldier tenha um fator replay enorme.

Prós

– Modo Cooperativo para quatro pessoas

– Visual renovado e seguindo tendências

– Ótima qualidade sonora

– Modo multiplayer competitivo bem interessante

Contras

– História bem clichê

– Multiplayer instÁvel com quedas de servidor

– Jogabilidade inicial fÁcil demais

– Realidade Aumentada poderia ser mais discreta


O jogador entra na pele de um novato chamado Kozak, membro do Grupo de Operações Especiais dos EUA que tem como objetivo derrotar um grupo terrorista que espalha o terror na Rússia e começa a invadir países vizinhos. Essa é a história principal do game, que ainda tem situações inusitadas como resgate de presidente sequestrado, dentre outras coisas.

Obviamente que não se pode dizer muito além disso, senão estraga a surpresa de quem for jogar. Mas hÁ momentos de tensão e até mesmo situações que lembram jogos como Splinter Cell, onde o jogador age sozinho e sorrateiramente.

A história de Future Soldier possui muitas ramificações e isso permite que o jogo seja relativamente grande se for comparado com a maioria dos jogos atuais, que possuem cerca de 6 a 8 horas de jogabilidade. Ghost Recon Future Soldier passa facilmente das 10 horas de jogo e isso jogando em um modo mais fÁcil. Em um modo mais difícil, pode passar das 15 horas caso o jogador jogue com cautela.

Mas é óbvio que a história do game não passa de um clichê jÁ manjado para esse tipo de jogo, onde o mocinho, leia-se o jogador, tem que salvar o mundo de um tirano terrorista.


Ghost Recon Future Soldier é uma nova sub-franquia de Ghost Recon. Por isso hÁ algumas pequenas modificações na jogabilidade em relação aos outros games da série, mais especificamente o Advanced Warfighter.

Em Future Soldier tudo parece ser mais simples, ou melhor, o jogo facilita muito as coisas. Por exemplo, ele indica claramente o que fazer e aonde ir. Isso acontece porque hÁ um sistema de Realidade Aumentada inserida nos óculos de cada soldado, que faz aparecer detalhes virtuais em todo cenÁrio.

Apesar de sofrer críticas por tornar o jogo fÁcil demais no começo, no decorrer da jogatina a coisa muda de figura. Essa “facilidade” faz parte do enredo de Future Soldier, tanto é que em determinado momento começa a dar problemas, o que torna as coisas mais difíceis sem essa ajuda “virtual”.

Outra característica marcante de Future Soldier, e digo marcante para o lado negativo, é o fato de não ter muita ação tÁtica. Em outros jogos lançados até então, a liberdade que o jogador tinha de escolher, por exemplo, como adentrar em um recinto era de praticamente 100%. Podia-se escolher como entrar, por onde entrar, o que usar e como usar. Até mesmo determinar como seus companheiros iriam agir.


Isso tudo acabou em Future Soldier. Agora é tudo automÁtico, e o pior: com locais marcados com círculos onde o jogador deverÁ ficar para que o “script” se inicie. A única interatividade nesses momentos é poder mirar nos inimigos, e isso com a câmera lenta.

Mas ainda hÁ a possibilidade de se determinar quem seus companheiros vão abater primeiro. Para isso o jogador pode mirar nos inimigos diretamente usando a arma em punho, ou usar o Drone e marcar cada soldado, e em seguida dar a ordem para atirar.

Outra diferença em relação aos games anteriores é o fato dos soldados possuírem camuflagens “invisíveis”, o que na prÁtica não é bem assim. Essa camuflagem é ativada automaticamente sempre que o jogador anda agachado. O problema é que o jogador não fica tão “invisível” como a ideia propõe. Ou seja, se chegar um pouco mais perto de algum inimigo ele vai saber e reagir. Na prÁtica essa função de camuflagem só serve para distancias maiores, o que não faria muita diferença em usÁ-la ou não.


GrÁficos de Ghost Recon Future Soldier é o destaque do game. Em vÁrios momentos ele usa e abusa de efeitos visuais vistos inicialmente em Battlefield 3 como, por exemplo, as partículas de sujeira na câmera que aparecem dependendo do ângulo de visão e do efeito de iluminação. Alguns efeitos visuais nos momentos de tiroteios intensos também lembram Battlefield 3.

Realmente parece que Battlefield 3 vai fazer escola nesse quesito visual. Future Soldier também usa o mesmo tom pastel, tanto elogiado no game da EA. Até então as produtoras não haviam notado que o tom das cores é o que dita o realismo das cenas, e depois de terem visto o uso do tom de cor padrão que o olho humano enxerga, parece que todas vão seguir o mesmo caminho, embora haja exceções como o “colorido” Call of Duty.


Bom, no geral o visual de Future Soldier segue a linha dos grandes games atuais onde mescla excelentes momentos com uso de texturas em alta definição e momentos pobres com cenÁrios quadrados e texturas borradas. A impressão que passa é que alguns locais foram feitos por outra equipe de produtores, o que tira um pouco o brilho do visual do game.

É importante que se diga que o game possui suporte nativo para DirectX 11, e confesso que não vi diferença no visual até porque todos os efeitos visuais do game podem ser ativados mesmo com a função DX11 desativada. A diferença realmente fica na performance, que dependendo da mÁquina do jogador, é enorme.


Em jogos de guerra não hÁ muito que se comentar sobre o Áudio. Hoje em dia as produtoras jÁ sabem que o Áudio em um jogo de tiro é peça fundamental para que o game seja um sucesso, e não é diferente em Ghost Recon Future Soldier.

O som é impecÁvel, com barulhos das explosões, impacto dos tiros, barulho da ação do vento, e até mesmo o “som do silêncio” é de altíssima qualidade. Para quem não sabe, som do silêncio é bem característico de games de guerra onde em determinados momentos só se ouve som de algum inseto, ou do vento, o que gera uma tensão enorme e uma ambientação realista. Esse tipo de efeito começou a ser usado no cinema em filmes de guerra como, por exemplo, “O Resgate do Soldado Ryan”.

As dublagens não ficam muito atrÁs. Embora às vezes a voz parece não encaixar no personagem, seja ele qual for, a qualidade da gravação supera qualquer coisa. Dependendo do ambiente a voz muda completamente, tanto do personagem principal quanto dos inimigos.


As musicas incidentais são características de filmes. Servem para informar ao telespectador que algo vai acontecer, ou que aquela cena é de suspense, ou que a cena é mais leve do que parece. Se colocar um ator em uma sala sentado em uma cadeira e imóvel, a escolha da música dita o sentimento do personagem. Ele pode estar com medo, feliz, triste, alegre, etc. Bastando apenas mudar a trilha sonora.

Isso também acontece nos jogos mais recentes, e em Ghost Recon ocorre inúmeras vezes. Isso mostra que as escolhas das musicas são acertadas, principalmente quando o jogador não percebe que uma música estÁ tocando, mas sente que o clima da cena é de tensão, por exemplo. Isso é gerado pela música. Um teste que pode ser feito é jogar sem som. O jogo fica sem tensão alguma, sem sentimento.

É importante saber diferenciar musicas incidentais e trilha sonora. A trilha sonora do game é apenas razoÁvel, sem destaque. Serve apenas para marcar presença.


Ghost Recon Future Soldier traz o modo Multiplayer que mais faz sucesso entre os jogadores. Trata-se do modo Cooperativo para até quatro jogadores, podendo jogar todo o modo história do game com mais três amigos.

De fato isso traz uma sobrevida ao game, até porque tudo muda quando se joga com humanos, e não bots.

Além desse modo, hÁ outros. No modo competitivo hÁ diferentes tipos de jogos que são: Isca, onde a equipe que ataca tem três objetivos sendo que apenas um deles é o principal. Se completar esse objetivo principal, aparece o objetivo final; Conflito, onde aparecem objetivos aleatórios e a equipe que fizer mais, ganha; Sabotagem, onde hÁ uma bomba em um local central, e a equipe que conseguir detonar essa bomba na base inimiga, vence; e por último, Cerco, onde uma equipe defende um local da outra equipe.


Por fim hÁ outro modo Multiplayer chamado Guerrilha, onde o jogador escolhe um mapa dentre vÁrios e tem que sobreviver nesse local enquanto hordas de inimigos aparecem de tempos em tempos. Esse modo pode ser jogado cooperativo com até quatro pessoas, ou sozinho.

Todos os modos de jogo Multiplayer de Ghost Recon Future Soldier são elogiÁveis e interessantes, mas óbvio que o grande destaque é os dois modos Cooperativos.

Durante os testes ocorreram alguns problemas de cair servidor no meio do jogo. Em determinada hora isso chegou a ser irritante por acontecer a cada dez minutos, o que impedia de completar uma partida.

A Ubisoft jÁ disponibilizou vÁrios patchs e aparentemente corrigiu o problema.


Ghost Recon Future Soldier marca o início de uma nova sub-franquia da série Ghost Recon. Claro que focando mais no futuro, com parafernÁlias futurísticas, o game pode não agradar aqueles fãs mais hardcores que gostam de desafios mais elaborados, sem muita ajuda e uma liberdade total durante a jogabilidade. Embora haja essa liberdade em alguns momentos, o foco do jogo é a Realidade Aumentada que agiliza mais a jogabilidade mostrando o que tem que fazer e aonde ir com sinais até mesmo exagerados.

No geral, Future Soldier é um excelente jogo. Com ação na medida certa, vÁrias maneiras de jogar, um robusto modo cooperativo, um visual acima da média na maioria das vezes e um som impecÁvel, o game tem tudo para ser o início de uma promissora sub-franquia.  Além disso, Ghost Recon Future Soldier é um jogo relativamente grande se for comparado com games atuais e isso conta muitos pontos. Imperdível.


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