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Produzido pela parceria entre a Rebellion Developments e a 505 Games, “Sniper Elite V2” é, na verdade, um remake do jogo original de 2005. Através de mecânicas do gênero tiro tÁtico em terceira pessoa, seu papel aqui é assumir o controle de um atirador de elite durante alguns eventos marcantes da Segunda Guerra Mundial. E, acredite, você poderÁ até mesmo mudar alguns deles e desferir um novo rumo à história mundial. Acompanhe a anÁlise do jogo nas próximas pÁginas.

Agradecemos à 505 Games pelo envio do jogo para anÁlise

O palco é a Segunda Guerra Mundial. Você é Karl Fairebone, um atirador de elite da American Office of Strategic Services que, isolado da companhia do seu batalhão, precisa impedir que cientistas alemães finalizem o projeto nuclear V2 Rocket e acabem disparando-o nos países adversÁrios. Como um exército-de-um-homem-só, serÁ preciso cumprir seus objetivos primÁrios, como assassinar vilões, armar emboscadas, garantir que tropas não avancem para o seu lado e até mesmo destruir tanques de guerra.

De uma maneira mais direta, o enredo dÁ conta de justificar a temÁtica de tiro em terceira pessoa com enfoque na classe sniper. É claro que poderia ser melhor desenvolvido (motivos contextualizados dos acontecimentos), mais elaborado (não chega a prender o jogador pela falta de ganchos substanciais) e dinamicamente apresentÁvel (não somente a leitura de textos por um narrador qualquer antes do início de cada missão). Mas o que realmente importa aqui é fuzilar crânios, principalmente os que estão à distância mÁxima que os cenÁrios permitem. No final das contas, você nem darÁ muita importância ao que acontece na tela, ao passo que se esteja no controle de uma poderosa arma de longo alcance. E, nisso, a jogabilidade simula muito bem a solitÁria jornada de um atirador de elite.  

Primeiramente, os comandos são muitos e é preciso se familiarizar com a diversidade para cada situação de combate. Felizmente, a configuração de todos os botões no controle não dificulta o aprendizado e logo você se acostuma com as opções, que incluem não só correr, atirar e mirar, mas a focar no seu inimigo, se agachar, rolar, lançar granadas, selecionar armas secundÁrias, usar cobertura e se mover sorrateiramente entre duas posições diferentes. Mas o grande diferencial do jogo, aqui, é o sistema de miras.

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Para acertar seus alvos e dar continuidade à aventura, o game leva em conta três características bÁsicas no processo de mirar/atirar: distância, vento e a influência da gravidade na cadência da bala (munição) jÁ disparada. É através desses três elementos que o jogo calcula e aponta em que parte do corpo do inimigo seu disparo irÁ acertar. A ação, contudo, não para. Tudo é feito de acordo com uma barra de tempo chamada “Focus”, que o desacelera por alguns instantes (cerca de 7 segundos, dependendo do quanto estiver preenchida) e permite a escolha exata da direção e de onde o tiro irÁ atingir o adversÁrio. O mais legal é que, na maior dificuldade, esse tempo diminui (a barra gasta mais rÁpido) e se torna mais difícil mirar com precisão, pois todas as marcações de auxílio desaparecem, o que obriga o jogador a mirar mais estrategicamente, ainda que precise ser mais Ágil para efetuar as incursões e obter sucesso.

Além disso, uma vez feito o disparo, o game aciona uma câmera dinâmica que acompanha todo o trajeto percorrido pela bala e, assim que se aproxima do inimigo, automaticamente aciona uma visão raio-x que mostra o interior do adversÁrio com todos os órgãos que são acertados. Às vezes, dependendo de onde acerta, sente-se uma certa agonia de pensar que ossos se quebram e membranas de revestimento se rasgam pelo caminho, sendo que o órgão atingido fica completamente dilacerado. Pior ainda se pega nas “partes mais baixas”, se é que você me entende. Nada, contudo, fica à mostra (ainda bem!) ou preza pela violência sanguinÁria da ocasião, não descontextualizando a proposta central do jogo. 

Um dos aspectos que mais chama atenção nos grÁficos de “Sniper Elite V2” é o nível de detalhes dos ambientes deformados pelas batalhas da Segunda Guerra Mundial. HÁ prédios, casas, casebres, igrejas, blocos de condomínio e outros tipos de construções total ou parcialmente destruídos, com vÁrias composições de tijolos, poeira, metais e entulhos, que colaboram muito com o envolvimento do jogador com o que acontece na tela. Ainda hÁ alguns tipos de carros da época e veículos de combate (tanques e de suporte) que aparecem em cena e enfatizam ainda mais os acontecimentos.

Uma pena que, com o passar dos estÁgios, você involuntariamente começa e se cansar do visual de destruição, que não apresenta muitas variações de design entre os próprios tipos de construção dos cenÁrios. Se repetem aos montes, inclusive na maneira como são interconectados, e as passagens entre um andar e outro por entre as estruturas quebradas e jÁ despedaçadas. A ordem segue basicamente essa: não se exponha muito, procure um atalho por entre as casas, ache um ponto de ataque, acabe com todos. Saia e procure um novo local de ataque. Sempre tentando se esconder e procurar abrigo entre os escombros, que também não são muito diferentes de meros rochedos ou carangas jÁ destruídas. Fora isso, o design dos soldados (inclusive os modelos) são repetitivos e as expressões faciais não convencem.

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No Áudio, o jogo tem grande destaque nos efeitos sonoros. Cada uma das armas empolga pelo barulho que emitem durante os disparos. E o som da bala penetrando no corpo do inimigo, agora durante a visão de raio-x, chega a causar desconfortos e, em alguns momentos, agonia passageira pelo rompimento de ossos (agora expostos) e à penetração da munição nos membros, órgãos e seus respectivos revestimentos. JÁ a trilha sonora, por sua vez, até tem seu valor, principalmente a música da tela principal. E bastante empolgante e encaixa devidamente com a temÁtica militar. Mas acontece que, além dela, apenas umas outras três melodias, no mÁximo, tocadas durante as missões em momentos distintos (calmaria, suspeita de invasão e alarme) é que acompanharão o ritmo de jogo. No restante, mais nenhuma tem potencial relevante. Nem mesmo as dublagens empolgam muito: são apenas comuns.  

Sniper Elite V2” é uma ótima opção para quem procura por um jogo de tiro em terceira pessoa com enfoque na classe sniper (atirador de elite), uma das mais badaladas em jogos de tiro em primeira pessoa. Além disso, para quem jÁ estava com saudades da temÁtica da Segunda Guerra Mundial pode, então, unir o útil ao agradÁvel, pois o jogo é, desafiante e, acima de tudo, divertido.

É vÁlido mencionar também que o game também traz interações online através de um multiplayer cooperativo. O modo é dividido em algumas missões diferentes, como assassinato, recolhimento de peças para escapar de um bombardeio em um avião de caça e infiltração com seu parceiro. Até dois jogadores simultâneos podem participar das ações, e é bastante gratificante agir conjuntamente e passar por cada um dos obstÁculos.

Sniper Elite V2” vale, pelo menos, um aluguel de fim de semana e ser experimentado com mais afinco.

Prós

Foco na classe sniper

Configuração de botões muito precisa e funcional

Ótimo sistema de mira com visão raio-x

Campanha solo nem curta e nem longa

CenÁrios com muitos detalhes de destruição

Co-op online bastante gratificante e intuitivo

Contras

Enredo não chega a prender ou a empolgar muito

Objetivos às vezes muito parecidos

Falta essência na trilha sonora

Repetição no design dos cenÁrios e soldados

Não é muito fÁcil achar partidas online

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