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ANÁLISE: XFX Radeon HD 7850 Black Edition Overclocked DD

Apesar de não possuir o mesmo “apelo” que a sua irmã maior, a Radeon HD 7850 é um produto bastante interessante voltado a um nicho de mercado dos mais lucrativos para as fabricantes de GPUs, pela alta rotatividade nas vendas. E não é para menos, uma vez que a placa oferece ao usuÁrio um desempenho bastante decente, tendo como grande atrativo sobre a 7870 uma boa diferença de preço, na casa dos US$ 120 (antes da queda de preço anunciada pela AMD).

A Radeon HD 7850 segue a mesma “receita” das demais VGAs da geração Southern Islands da AMD, ou seja, promete um consistente ganho de desempenho sobre as placas da atual geração, mantendo todas as novas tecnologias presentes nos modelos mais robustos (e caros).

Se as suas “irmãs maiores” padecem do “problema” do preço salgado, os US$ 240-260 devem conferir à 7850 o status de ser uma das Radeons da nova geração mais presentes nos gabinetes dos gamemaníacos, principalmente para os mercados emergentes como o Brasil (e os seus vergonhosos impostos estratosféricos).

Assim como a 7870, a Radeon HD 7850 é equipada com o chip grÁfico codinome Pitcairn, voltado para o mercado intermediÁrio.


Posicionamento da linha Southern Islands – Radeons série HD7000)

A nova geração de GPUs Southern Islands da AMD é composta pelos seguintes chips grÁficos:

New Zealand (segmento top), que equiparÁ a futura Radeon HD 7990 (dual GPU);
Tahiti (segmento intermediÁrio de alto desempenho), formado pelas Radeons HD 7970/7950;
Pitcairn (segmento intermediÁrio), que equipa as Radeons HD 7870/7850;
Cape Verde (segmento intermediÁrio de baixo custo), formado pelas Radeons HD 7770/7750;

Vale ressaltar que ainda não hÁ muitas informações a respeito das GPUs que equiparão as Radeons de baixo custo (7600/7500).

A nova geração Southern Islands causou um grande impacto no mercado ao trazer uma série de aprimoramentos em relação às placas da geração passada, além de contar com alguns recursos inéditos, prometendo não apenas trazer mais desempenho, como também uma experiência multimídia ainda mais rica para o usuÁrio.

O primeiro grande destaque refere-se ao seu processo de fabricação. Depois de passar duas gerações em 40nm, a AMD, junto com a TSMC, finalmente refinou a litografia. Agora as novas Radeons HD 7000 contam com o moderno processo em 28nm. Esse refinamento possibilitou não apenas uma redução nos custos de fabricação, como também permitiu que as GPUs atingissem uma maior performance, seja pela possibilidade de clocks maiores, seja pelo aumento da quantidade de Stream Processors/ROPs/TMUs do chip. Outra vantagem diz respeito à redução no consumo de energia proporcional às suas especificações.

No campo dos jogos, o suporte ao DirectX 11.1 talvez seja um dos fatores que mais chamaram a atenção dos gamers. Entretanto, não hÁ muitos detalhes sobre os benefícios da nova API grÁfica da Microsoft, que só entrarÁ em cena com a chegada do Windows 8.

JÁ o ZeroCore Power Technology promete a redução significativa no consumo de energia quando a placa estÁ sendo subutilizada, como por exemplo, quando o usuÁrio estÁ navegando na Internet, ou utilizando uma suíte de escritório, por exemplo.

Outros aprimoramentos importantes são o suporte ao PCIe 3.0 (que dobra a largura de banda no trÁfego dos dados – impedindo qualquer tipo de gargalo); nova geração do Tessellator (que promete aumentar a performance em games com uso abusivo do Tessellation); Eyefinity 2.0 (que flexibiliza e melhora o uso de múltiplos monitores); HD3D (que amplia o uso da tecnologia 3D); entre outros.


(Detalhe da XFX HD7850 Black Edition Double Dissipation)

Assim como ocorreu com a anÁlise da Radeon HD 7970, a Adrenaline foi “brindada” com uma das melhores (e mais poderosas) placas existentes no mercado em seu segmento. Atendendo pelo nome de XFX HD 7850 Black Edition Overclocked Double Dissipation, trata-se do modelo mais top da XFX em se tratando de Radeon 7850.

A XFX HD 7850 Black Edition Overclocked Double Dissipation segue a mesma “receita de sucesso” de suas “irmãs maiores” analisadas pela Adrenaline, ou seja, compartilha de forma extremamente harmônica um visual elegante e simultaneamente “agressivo”, utilizando em sua construção equipamentos de primeiríssima qualidade (padrão Duratec) – além de contar com o reforço de duas onças de cobre no PCB (aumentando tanto a vida útil, quanto o potencial para overclock) – bem como um super sistema de refrigeração com tecnologia Ghost Thermal / HydroCell Thermal, entre outros destaques.

Por último, mas não por menos, como não poderia deixar de ser, pertencente à linha Black Edition e por ser um modelo Overclockado, a placa vem de fÁbrica turbinada, com GPU em 975Mhz e memória em 5.0Ghz (podendo ir muito além deste patamar), contra 860Mhz/4.8Ghz do modelo de referência.

A seguir, veremos como a Radeon HD 7850 se comporta frente às principais placas do mercado, e descobrir se de fato, a placa tem tudo para ser uma das novas “queridinhas” da atual geração.

Uma das grandes novidades (e destaques) da geração Southern Islands estÁ na utilização de uma arquitetura mais robusta e aprimorada em relação às antigas VLIW5 (Very Long Instruction Word, 5:1 ratio) e VLIW4 (Very Long Instruction Word, 4:1 ratio), presentes nas Radeons das séries 5000 e 6000.

Superficialmente falando, o design VLIW era composto por unidades de Stream Processors (também chamados de ALUs), preparadas para lidar com o processamento dos shaders. No padrão VLIW5, a AMD dividiu a arquitetura em quatro unidades para lidar com shaders do tipo simples e um do tipo complexo. No VLIW4 (Radeons 6900), extinguiu-se a divisão entre shaders simples e complexos, ficando “apenas” quatro Stream Processors para lidar com shaders de complexidade mediana.


Arquitetura VLIW5


Arquitetura VLIW4

Com a chegada da nova geração de GPUs, a AMD resolveu dar um passo à frente em termos de arquitetura, ao desenvolver um design que não ficasse limitado apenas ao processamento grÁfico, como ocorreu com o VLIW.

Chamado pela companhia de Graphics Core Next – GCN (Novo Core GrÁfico), a nova arquitetura possui significativas mudanças em seu design, de forma a remover algumas ineficiências presentes no VLIW.

O GCN é a base de uma GPU que tem um bom desempenho tanto em tarefas grÁficas, quanto de computação geral. Para lidar com o processamento de tarefas de uso geral, foi introduzida uma nova unidade modelo de computação na arquitetura. Essa nova unidade foi projetada para melhorar o aproveitamento, elevar a capacidade de processamento e de multitarefa do chip grÁfico.


(Arquitetura GCN – Compute Unit)

Assim, a base do novo cluster de shaders da arquitetura Graphics Core Next – chamada pela AMD de Compute Unit (CU) é composta dos seguintes elementos:
• 16 Unidades SIMD de largura;
• 64 KB nos registradores por Unidade SIMD.
Vale ressaltar que cada Compute Unit possui na realidade quatro Unidades SIMD, totalizando assim 64 shaders processors/stream processors. A versão XT do chip grÁfico Pitcairn possui um total de 20 CUs. Assim, a Radeon HD 7870 tem um total de 1.280 stream processors (64 SIMDs x 20 CUs).

Seguindo a velha receita das fabricantes de GPU, a AMD utilizou o artifício de desabilitar algumas unidades computacionais, resultando assim na redução de algumas de suas macro especificações. Assim, ao invés de 20 CUs, a Radeon HD 7850 conta com 16 Compute Units, resultando assim em 1.024 stream processors (64 SIMDs x 16 CUs).

A redução na quantidade de CUs impactou ainda no total de unidades de texturas, uma vez que cada unidade computacional estÁ associado a 4 TMUs. Assim, a Radeon 7850 possui um total de 64 unidades de texturas (16 CUs x 4 TMUs), contra 80 TMUs (20 CUs x 4 TMUs) da 7870.

É importante ainda destacar que a nova geração Southern Islands é composta ainda das seguintes características:

• Engine com design de Geometria Dupla / motores de Computação Assíncrono;
• 8 render backends / mÁximo de 32 ROPs do tipo Color por ciclo de clock/ 128 ROPs do tipo Z/Stencil por clock;
• Engine composta por 768KB R/W de cache L2 /(512KB R/W na linha 7800).

A unidade computacional presente na arquitetura GCN possui praticamente a mesma força em termos de processamento de ponto flutuante por clock que as GPUs da geração anterior. O mesmo vale para a quantidade do tamanho dos registradores (para unidades de vetores). Cada CU possui seus próprios registradores e dados locais compartilhados.


(Arquitetura GCN – Hierarquia de Cache)

Embora tanto as Radeons 6000 quanto as 7000 possuam a capacidade de processar 64 operações em paralelo, pesa em favor da Southern Islands o fato de contar com apenas quatro processadores de vetores com 16 elementos, contra 16 processadores de vetores com quatro elementos. Outra vantagem para a arquitetura GCN é que esta possui ainda um processador escalar.

Outro importante aprimoramento implementado pela AMD na nova arquitetura diz respeito ao fato de a Graphics Core Next não necessitar de paralelismo de nível de instrução, ou seja, cada uma das quatro unidades de vetor de largura 16 SIMD executa um diferente conjunto de processos, sendo todo o conjunto de envergadura 64, necessitando de apenas quatro ciclos.


Arquitetura GCN – Diagrama do bloco

Ainda que o poder computacional de ponto flutuante tenha permanecido quase idêntico por CU, a arquitetura GCN é mais eficiente que a anterior, na medida em que, ao dispensar o paralelismo de nível de instrução, o resultado da compilação das instruções também se torna muito mais simples, traduzindo em mais eficiência e, portanto, melhor desempenho.

De certa forma, o GCN é muito semelhante à arquitetura MIMD (Múltiplas Instruções, Múltiplos Dados) presente na geração Fermi da NVIDIA, ou seja, trata-se de um chip focado no conceito da computação de uso geral – GPGPU, podendo ser utilizado tanto para o processamento grÁfico, quanto para realizar tarefas que atualmente são tratadas pelo processador.

A nova arquitetura Graphics Core Next recebeu importantes melhorias e aprimoramentos em se tratando dos motores de processamento de geometria de forma a aumentar a eficiência e rendimento.

Mais próxima à Cayman (6900) que a Cape Verde (7700), a Pitcairn possui dois motores de processamento primÁrio e geométrico distintos que são acessados através de um Processador de Comando comum, que cuida do balanceamento de carga e de escalonamento, permitindo ao chip atingir níveis mais elevados de geometria com dois motores que trabalham em paralelo.


Arquitetura GCN – EstÁgios de Função Fixa

Os estÁgios de função fixa são divididos em dois motores que funcionam em paralelo e contêm o que a AMD chama de sua nona geração de tessellators. Juntamente com outras pequenas mudanças, essas novas unidades de Tessellation ainda apresentam buffer (espaço de armazenamento de dados) externo ao chip, o que permite que os dados de geometria de cargas de trabalho que passaram pelos tessellators possam ser armazenadas na DRAM, se o cache da GPU estiver sobrecarregado.

A nova geração Southern Islands não trouxe “apenas” mais desempenho. As Radeons 7000 possuem ainda uma série de novos recursos e o aprimoramento de outros jÁ presentes nas gerações passadas, de forma a agregar ainda mais valor tangível e intangível ao usuÁrio.

Tessellation Gen 9
Para quem ainda não sabe, o Tessellation (tess), tem sido provavelmente uma das grandes “estrelas” presentes no DirectX 11. Sua função é a de melhorar consideravelmente a qualidade de uma cena, ao acrescentar uma imensa quantidade de detalhes geométricos (chamados de mosaicos) às imagens. Entretanto, tal recurso gerou um grande esforço computacional extra às GPUs, resultando, em muitos casos, no comprometimento do desempenho.

Talvez essa tenha sido a principal crítica feita às Radeons das gerações 5000 e 6000, uma vez que elas não estavam devidamente preparadas para lidar com um grande fluxo de trabalho gerado pelo tess. Ainda que a linha 6000 tenha dado um importante salto em relação à 5000 nesse quesito, as placas da geração passada ainda estavam distantes de suas rivais em matéria de Tessellation.

A AMD implementou ainda na arquitetura GCN uma nova geração de Tesselator (Gen 9) em sua Engine de Geometria, que trouxe as seguintes otimizações:

• Reutilização de vértice ampliado;
• Melhorias no buffer de memória fora do chip;
• Ampliação nos caches de parâmetro.

Assim, as Radeons HD 7000 tiveram um aumento de desempenho nos fatores de Tessellation na ordem de até 500% em relação às Radeons 6000.

DirectX 11.1

Em matéria de marketing, um dos maiores apelos das novas Radeons HD 7000 serÁ a compatibilidade com a nova versão da API grÁfica da Microsoft, o DirectX 11.1. Entretanto, até o Windows 8 chegar, tal recurso ficarÁ apenas no papel. Ainda assim, as principais novidades do DX11.1 serão:

• Rasterização independente de objeto;
• Interoperabilidade flexível entre computação grÁfica e vídeo;
• Suporte nativo ao Stereo 3D.

ZeroCore Power Technology
Trata-se de um recurso bastante interessante para o usuÁrio (e para o meio ambiente), ainda que não traga nenhum tipo de ganho. Embora este recurso não traga nenhum aumento na performance ou melhoria na qualidade da imagem, o ZeroCore Power Technology possibilita uma economia bastante interessante na conta de luz no final do mês.

Com as preocupações em torno de um mundo mais “verde” e ambientalmente correto, a AMD fez um verdadeiro “golaço” ao disponibilizar um consumo de energia virtualmente zero para as Radeons da geração Southern Islands quando subutilizadas, como, por exemplo, ao surfar na web, mandar e-mails, utilizar suíte de escritório, entre outras tarefas rotineiras do dia-a-dia.

Na realidade, a companhia vem, nas últimas gerações, aumentando a sua preocupação no que diz respeito ao – digamos – consumo passivo de suas placas. Para se ter ideia da evolução obtida, em 2008, quando as Radeons tinham litografia em 55nm, o consumo em idle (em modo ocioso) era de até 90W! Essa patamar mudou consideravelmente com as VGAs em 40nm, caindo para até 20W.

Contudo, o que parecia jÁ muito bom, ficou ainda melhor. Com a nova geração, a AMD conseguiu reduzir o TDP para apenas 2,7W, quando a GPU é demandada em menos de 95% de seu “poder de fogo”. A eficiência (e confiança) no ZeroCore Power Technology é tão grande, que até mesmo a ventoinha da GPU é desligada! Algo que seria insano de se imaginar hÁ alguns anos.

Eyefinity 2.0
Embora a tecnologia de uso simultâneo de múltiplos monitores ainda seja algo para poucos (principalmente em mercados emergentes como é o caso do Brasil) , é inegÁvel que o Eyefinity trouxe uma verdadeira revolução para o mercado ao permitir o uso de até seis telas por VGA (a depender do tipo de Radeon utilizada).

Conforme pode ser visto abaixo, as possibilidades para a tecnologia são inúmeras, permitindo o uso de imagens independentes, simultâneas ou um misto das duas. É possível, por exemplo, o uso de três monitores para formar uma única imagem panorâmica, com o quarto independente, quatro telas simultâneas formando um grande painel e mais duas independes da primeira e entre si. E por aí vai.

A nova geração Southern Islands trouxe como novidade o Eyefinity 2.0, que flexibiliza o uso dos múltiplos monitores. Agora, com as Radeons HD 7000, o usuÁrio não necessita ter os mesmos monitores com as mesmas resoluções. Assim, em caso de três telas de tamanhos diferentes, é possível ajustar as resoluções independentemente, e utilizar simultaneamente os monitores.

Por falar em ajustes de resolução, com a introdução do driver Catalyst 12.2, a AMD permitirÁ que o usuÁrio configure a resolução do monitor como bem entender, permitindo, por exemplo, 3072×768, ou 5040×1050, entre outras.

Outra novidade presente no Eyefinity 2.0 foi a ampliação da largura de banda de sinal do monitor. Com isso, o usuÁrio pode agora utilizar resoluções de 16k x 16k! É possível, por exemplo, configurar cinco telas em modo Paisagem 5.1, com resolução de 2560×1600 pixels. Ou seja, um imenso painel de 12800×1600 pixels, em uma resolução de 20MPixels.

YouTube video

HD3D (Stereo 3D)
Apesar de ter ficado “inerte” por vÁrias gerações em se tratando do recurso 3D, a AMD não apenas recupera o tempo perdido, como fez importantes aprimoramentos no HD3D (tecnologia estereoscópica 3D).

A primeira delas – e a mais natural – é a de expandir o HD3D para o Eyefinity. Assim, com a chegada do driver que habilite esta função, o usuÁrio passarÁ a poder utilizar o 3D em mais de um monitor.

Outra importante melhoria diz respeito à expansão na especificação HDMI 1.4a, que passa agora a suportar empacotamento de quadro para Stereo 3D, permitindo uma ampliação nos framerates. As Radeons da série 7900 são as primeiras VGAs a suportar HDMI de 3GHz com empacotamento de quadro para Stereo 3D. Entretanto, o recurso estÁ limitado às restrições da especificação HDMI 1.4a. Assim, as maiores configurações para jogos 3D são: 720p60 ou 1080p24.

Por último, mas não por menos, o usuÁrio poderÁ agora sobre o HDMI, configurar a resolução da tela em 1080P, obtendo assim 60Hz por olho (120Hz no total). Até então tal recurso não era possível, uma vez que, com o HDMI, era possível obter apenas 24/30Hz para cada olho.

UVD3 – Unified Video Decoder
A tecnologia Decodificação de Vídeo Universal (UVD) da AMD jÁ estÁ no mercado hÁ bastante tempo, sendo considerada uma das plataformas mais eficientes no processamento de vídeos, e que de tempos em tempos recebe melhorias por parte da companhia.

Com a chegada da geração Southern Islands, a AMD fez pequenos, mas importantes aprimoramentos, como é o caso do suporte, via hardware,  da decodificação de vídeos usando a codificação MVC (Multi-View Codec), MPEG-4 e DiVX . A AMD adicionou ainda um pequeno recurso chamado Dual Stream HD+HD.

PCIe Gen 3
À medida que novas gerações de placas chegavam ao mercado, gerou um temor nos analistas de que o padrão de interface de comunicação PCI Express chegaria a um ponto em que não conseguiria dar mais vazão ao fluxo de dados com a intensidade necessÁria, gerando assim um verdadeiro gargalo para o desempenho da VGA.

Este temor, contudo, se diluiu, com o recente anúncio da geração 3 do PCIe, que dobrou a taxa de transferência em relação ao PCIe Gen 2, garantindo assim tranquilidade para as futuras placas 3D.

Com o novo patamar de desempenho advindo da Southern Islands, a AMD garantiu o suporte ao PCI Express 3.0 nas novas Radeons HD 7000, encerrando assim qualquer tipo de temor em relação a gargalo de desempenho.

Com o PCIe Gen 3, a largura de banda saltou de 16GB/s para 32GB/. JÁ nas placas acessórias instaladas, o ganho saiu de 500MB/s para 1GB/s por pista/linha. Assim, os dispositivos que utilizam a configuração x16 podem utilizar de 16GB/s, ou 128Gbps. Vale ressaltar, contudo, que para se beneficiar do PCI Express 3.0, o usuÁrio deverÁ ter um sistema totalmente preparado e compatível com tal recurso. Assim, além de uma VGA PCIe Gen 3.0, tanto a placa-mãe quanto o processador deverão suportar a novidade.

VCE
O VCE – Video Codec Engine (Motor de Codec de Vídeo), é um encoder de hardware multi-stream hardware padrão H.264 que representa, potencialmente, resposta da AMD à tecnologia Quick Sync da Intel de sincronização rÁpida.

MLAA 2.0
Uma das grandes apostas da AMD para a geração Radeon HD 6000 foi a introdução do novo filtro antisserilhamento Morphological Anti-Aliasing (MAA ou antialiasing morfológico), que basicamente é um anti-aliasing de tela cheia (fullscreen) que proporciona uma qualidade de imagem comparÁvel ao filtro Super Sample AA, sem limitações de bordas de polígonos ou superfícies alfas, trazendo ainda como vantagem, o fato de necessitar de apenas uma fração dos recursos do SSAA.

O filtro procura por bordas de altos contrastes com padrões de pixels que são comuns quando hÁ serrilhamento, e em seguida calcula o comprimento e o ângulo da borda ideal, para então misturar as cores para cada pixel circunjacente para a criação de uma imagem mais suave. Por necessitar de amostragem e reamostragem de dados semelhantes, AMD usa os compartilhamentos de dados locais da GPU para melhorar o desempenho do processo.

Com a chegada da nova geração Southern Islands, a AMD aprimorou o antialiasing morfológico – que passa a ser chamado de MLAA 2.0 – garantindo que o filtro estÁ agora mais veloz, produzindo de quebra, imagens de melhor qualidade.

Vale ressaltar que o MLAA 2.0 estÁ disponível dos usuÁrios a partir do driver Catalyst 12.4 WHQL (disponível em abril).

Pelo visto, trata-se de mais um “campo de batalha” entre AMD e NVIDIA, uma vez que sua rival garante que os seus filtros FXAA/TXAA são os mais rÁpidos e que produzem as melhores imagens do mercado. Só quem tem a ganhar com essa disputa, claro, é a comunidade.


Confiram os principais recursos presentes na Radeon HD 7850:

• 2,8 bilhão de transistores;
• Litografia em 28nm;
• 1024 Stream Processors;
• 32 ROPs;
• 64 TMUs;
• GPU: 860Mhz (975Mhz na XFX HD 7850 Black Edition Double Dissipation);
• VRAM: 4.8Ghz (5.0Ghz na XFX HD 7850 Black Edition Double Dissipation) ;
• 2 GB de memória GDDR5;
• Bus de 256 bits;
• Suporte às tecnologias: DirectX 11.1; Eyefinity 2.0; Accelerated Video Transcoding (AVT); AMD Accelerated Parallel Processing (APP) para DirectCompute 5.1, OpenGL 4.2 e OpenCL 1.2; programação Microsoft C++ AMP; CrossFireX; HD3D; Unified Video Decoder 3 (UVD3); Morphological Anti-Aliasing 2.0; VCE; HDMI 1.4a; Dolby TrueHD e DTSHD Master Audio;
• ZeroCore Power Technology
• Suporte ao PCI Express Gen 3

Chip grÁfico Pitcairn

Assim como ocorreu com a sua 7870, os números por trÁs da Radeon HD 7850 podem causar uma falsa impressão sobre a placa, principalmente se comparados com os da sua “irmã mais velha”, a 6850.

De início, analisando a quantidade de Stream Processors, houve um aumento de 6,7%, passando assim de 960 para 1024 SPs. JÁ a quantidade de unidades rasterizadoras permaneceram inalteradas em 32 ROPs. Em compensação, as unidades de texturização receberam um significativo upgrade de 33%, passando de 48 para 64 TMUs.

Ao passar de 775Mhz (Radeon 6850) para 860Mhz (Radeon 7850) – incremento de 11%, junto com o aumento na quantidade de TMUs e ROPs, a AMD conferiu um aumento nas taxas de preenchimentos de texturas e pixels respectivamente de 48% e 11%, aumentando consideravelmente a eficiência no processamento grÁfico da Radeon 7850.

Outra importante melhoria frente à sua “irmã mais velha” diz respeito ao upgrade na frequência de operação das memórias, passando de 4.0Ghz para 4.8Ghz (ganho de 20%), resultando em uma largura de banda de 153,6 GB/s, contra 128 GB/s da 6850.

A permanência do bus de 256 bits é bastante compreensível para uma VGA do segmento intermediÁrio, uma vez que ajuda a reduzir o custo final do produto, além de economizar recursos, e assim manter o chip relativamente pequeno e com consumo de energia controlado.

Falando em consumo, o TDP da Radeon HD 7850 é de 130W, 3W a mais do que a 6850. Trata-se de um patamar excelente em se tratando de um chip com 65% mais transistores que o da geração anterior, além do aumento nas demais especificações. O grande “segredo” na manutenção do patamar da dissipação térmica é o refinamento no processo de fabricação da GPU, que saiu dos 40nm, passando para uma litografia moderna em 28nm.

Vale ressaltar que a XFX foi generosa com a XFX HD 7850 Black Edition Overclocked Double Dissipation, ao elevar os clocks da GPU e VRAM respectivamente para 975 Ghz e 5,0 Ghz, aumentando assim a eficiência no processamento dos pixels e texturas, além da vazão do fluxo dos dados que transita pela memória.

Conforme jÁ mencionado no tópico anterior, a nova geração Southern Islands conta com o suporte para o PCI Express 3.0, dobrando a largura de banda no trÁfego de dados para 32GB/s. AliÁs, a linha Radeon HD 7000 é inovadora em muitos sentidos. Além de ser a primeira VGA compatível com o PCIe Gen 3, é ainda a primeira a contar com litografia High-K em 28nm e suporte para o DirectX 11.1.

Em relação ao poder computacional, a arquitetura Graphics Core Next é mais previsível em termos de performance atualmente usÁvel, enquanto nas gerações anteriores baseadas nas arquiteturas VLIW-5 e VLIW-4, a performance atual depende muito de diversos fatores, como interdependência entre operações e distribuição das operações pelo compilador.

Tal fato resulta, em alguns casos, em baixos níveis de aproveitamento das ALUs (unidades lógicas de aritmética em tradução livre). Na nova arquitetura GCN, a GPU lida bem tanto com algoritmos seriais como mais paralelizados, garantindo performance muito mais consistente em computação pela GPU.

A XFX manteve atenção especial na seleção de componentes da placa, desde o PCB até a FAN (ventoinha) usada na refrigeração. A VGA usa capacitores sólidos, circuito impresso construído com duas onças de cobre (cerca de 28,36 gramas) e Ferrite Core Chokes que usam 25% menos energia com menor ruído e filtragem de frequências mais altas que os Ferrite Chokes comuns. O PCB especial proporciona temperaturas de 5% a 10% mais baixas na GPU, melhora a capacidade de overclocking entre 10% e 30%, com impedância duas vezes menor, e melhor eficiência energética. Falando em overclocking, até mesmo o BRACKET usado foi pensado nisso, com frestas mais largas para melhorar o fluxo de ar.

As GPUs que equipam a série Black Edition são escolhidas por um processo especial que, segundo a XFX, identifica as melhores GPUs (estimadas em 1%) que podem alcançar frequências de operação mais altas. As placas da série oferecem alta performance ao usar clocks mais altos que o modelos de referência, mantendo o consumo de energia similar devido ao uso dos componentes especiais que compõem a série.

O cooler usa o chamado Ghost Thermal Technology, uma nova solução de refrigeração da XFX que melhora o fluxo de ar entre o PCB e os componentes bÁsicos, eliminando o acúmulo de calor dentro da caixa de resfriamento encontrado em outras soluções e que é resolvido com o aumento da rotação da FAN. A nova tecnologia usa alumínio, que além de ser leve e melhorar a dissipação de calor, confere um visual mais bacana à placa comparado ao plÁstico usado normalmente.

A versão analisada, Double Dissipation, como indica o nome, conta com duas FANs, o que garante excelente fluxo de ar com baixo nível de ruído, privilegiando o silêncio ao mesmo tempo em que mantém a placa inteira refrigerada. Segundo a XFX, essa solução gera fluxo de ar até três vezes maior, resultando em temperaturas até 7ºC mais baixas e com nível de ruído até 13dBa menor.

Vale destacar ainda que o cooler da XFX utiliza tecnologia HydroCell, baseada na tecnologia de Câmara de Vapor (Vapor Chamber Technology – VCT).

O VCT foi usado inicialmente na Radeon HD 5970 e o príncipio do HydroCell é o mesmo: o calor emanado pela GPU aquece o fluido dentro da zona de vaporização, fazendo-o evaporar. O vapor do fluido se move através do vÁcuo até que se choque com a zona de condensação. Nesse estÁgio, o vapor se condensa, voltando ao seu estÁgio inicial líquido (liberando o calor no processo). O fluido é então absorvido pela zona de transporte (por meio do processo de capilaridade), onde é então levado de volta para o ponto inicial do processo, a zona de vaporização, fechando o ciclo para então ser repetido.

A tecnologia VCT é utilizada também em outras soluções de resfriamento de placas da AMD como as HD 6900 e também da NVIDIA, a partir da GTX 580.

A XFX foi minuciosa na seleção dos componentes do cooler, até mesmo a FAN usada foi especialmente projetada para operação por até dez mil horas, graças a ventoinha Duratec IP-5X, que é à prova de poeira.

O sistema de refrigeração empregado na XFX HD 7850 BE OC DD gerou resultados excelentes, como poderÁ ser visto na seção de teste.

As fotos abaixo mostram o belo acabamento da XFX Radeon HD 7850 Black Edition Overclocked Double Dissipation, placa que traz uma série de diferenciais também na parte visual na comparação com o modelo referência da AMD.

Temos o sistema de cooler GHOST THERMAL TECHNOLOGY totalmente estilizado com duas FANs, e uma faixa de ponta a ponta em uma das laterais com o modelo do chip, assim como nome do sistema de cooler mencionado.

Reparem que a placa possui dois conectores de força de seis pinos, diferente do modelo referência, que possui apenas um conector. Provavelmente, a XFX, antecipando o que veremos nesta review, viu que adicionar maior poder de overclock à placa daria chance para ela se equiparar a uma 7870. Como falamos durante a primeira parte da review, a diferença de preço é de U$ 100 dólares, consideravelmente alta, tornando esse modelo um dos melhores custo/benefício do mercado.


Abaixo, fotos comparando a HD 7850 com a HD 7870, mostrando que ambas as placas são quase idênticas. Destacamos novamente, o modelo referência da 7850 possui apenas um conector de força de seis pinos, ao contrÁrio desse modelo da XFX que possui dois conectores.

Utilizamos uma mÁquina TOP de linha baseada em um processador Intel Core i7 3960X overclockado para 4.6GHz.

As placas utilizadas nos comparativos foram – além da VGA analisada – por parte da AMD: XFX Radeon HD 7950, 7870 e 7770 BE DD, XFX Radeon HD 6970, 6950 e 6870 e 6850. JÁ os modelos com chip NVIDIA foram: GeForce GTX 580, 570 e 560 Ti e 560.

Abaixo, fotos do sistema montado com a XFX Radeon HD 7850 BE OC DD.

A seguir, os detalhes da mÁquina, sistema operacional, drivers, configurações de drivers e softwares/games utilizados nos testes.

MÁquina utilizada nos testes:
– Mainboard MSI Big Bang XPower II
– Processador Intel Core i7 3960X @ 4.6GHz
– Memórias 16 GB DDR3-1600MHz Corsair
– HD 1TB Sata2 Western Digital Black
– Fonte XFX ProSeries 1000W
Cooler Master Hyper 212 EVO

Sistema Operacional e Drivers
– Windows 7 64 Bits 
– Intel INF 9.2.0.1030
– Catalyst 12.3 WHQL: Placas AMD
– GeForce 296.10 WHQL: Placas Nvidia

Configurações de Drivers
3DMark 
– Anisotropic filtering: OFF 
– Antialiasing – mode: OFF 
– Vertical sync: OFF 
– Demais opções em Default

Games: 
– Anisotropic filtering: Variado através do game testado 
– Antialiasing – mode: Variado através do game testado 
– Texture filtering: High-Quality 
– Vertical sync: OFF 
– Demais opções em Default 

Aplicativos/Games
– 3DMark 11 1.0.3 (DX11) 
– Unigine HEAVEN Benchmark 3.0 (DX11)

– Aliens vs Predator (DX11) 
– Batman Arkham City (DX11)
– Crysis Warhead (DX10) 
– Crysis 2 (DX11)
– DiRT 3 (DX11) 
– HAWK 2 (DX11)
– Just Cause 2 (DX10.1) 
– Mafia II (DX9) 
– Metro 2033 (DX11) 

Reparem abaixo na tela principal do GPU-Z as características técnicas desse modelo da XFX, com do GPU em 975MHz e das memórias a 1250MHz, 5.0GHz efetivos (1250 x 4).


Temperatura
Iniciamos nossa bateria de testes com um bench bastante importante: a temperatura do chip, tanto em modo ocioso como em uso contínuo.

Em modo ocioso (idle), a 7850 Black Edition consegue uma temperatura baixa, mesmo que 4°C acima da obtida pela 7870 DirectCU II. A placa conseguiu uma boa diminuição de temperatura em relação à geração anterior, a linha 6800, ficando com 4°C a menos que a 6850 e 9°C abaixo da 6870. Como a NVIDIA ainda não lançou um modelo equivalente na geração atual, vamos comparar com a mais parecida da geração passada, a GeForce GTX 570. Quando comparada com a GTX 570, ela consegue um resultado ainda melhor: 12°C.

Medimos o pico de temperatura durante os testes do 3DMark 11 rodando em modo contínuo e, nesse teste, o desempenho da 7850 Black Edition se destaca, com o segundo menor aumento de temperatura em relação ao modo ocioso. Assim, a placa ficou com 8°C a menos que a 7870 DirectCU II, 10°C abaixo da 6870, 13°C da 6850 e 19°C da GeForce GTX 570.

Fizemos testes de consumo de energia das placas utilizando o mesmo sistema, dessa forma o consumo tanto em modo idle como rodando o 3DMark 11 diz respeito ao consumo de toda a mÁquina, e não apenas da placa de vídeo.

A 7850 Black Edition se comporta muito bem em modo ocioso, com consumo mÁximo de 143 Watts, empatada com a 7870 DirectCU II, e bem menos que a linha 6800, geração anterior da Radeon. Ela obteve um consumo de 9 Watts a menos que a 6850 e de 11 Watts a menos que a 6870. Comparada com a GeForce GTX 570, o desempenho é ainda melhor, com 19 Watts a menos que a rival.

Com o 3DMark 11 rodando, a 7850 Black Edition consegue manter um baixo consumo, com apenas 2 Watts a mais que a 6870 e 3 Watts a menos que a 6850, da geração passada da Radeon, e 51 Watts a menos que a GeForce GTX 570.

Com o 3DMark 11, versão mais recente do aplicativo para testes de desempenho de placas de vídeo mais famoso do mundo, a 7850 Black Edition deixou para trÁs a geração anterior equivalente, tanto da própria AMD quanto da NVIDIA, com uma performance 64,55% melhor que a 6850, 37,16% melhor que a 6870 e 1,16% melhor que a GeForce GTX 570.


Unigine HEAVEN 3.0 – DirectX 11
Trata-se de um dos testes sintéticos mais “descolados” do momento, pois tem como objetivo mensurar a capacidade das placas 3D em suportar os principais recursos da API grÁfica DirectX 11, como é o caso do Tessellation.

O teste foi dividido em duas partes: uma sem e outra com o uso do Tessellation, ambas a 1920×1080 com o filtro de antialiasing em 8x e anisotropic em 16X.

No primeiro teste, com o tessellation desativado, ela consegue novamente bons resultados comparados aos da geração passada. Performance 51,35% maior que a da 6850, 25,33% melhor que a 6870 e 14,62% acima da GeForce GTX 570. No entanto, em relação à 7870 DirectCU II, a 7850 Black Edition fica bem atrÁs, com desempenho 15,98% menor.

Usando o tessellation ativado em modo normal, a superioridade em relação à linha 6800 fica ainda maior, com performance 64,76% maior que a 6850 e 36,67% acima da 6870, perdendo um pouco de força em relação à GeForce GTX 570, um desempenho melhor em 13,65%. Comparada à 7870 DirectCU II, não hÁ muita diferença, com um resultado 16,13% menor.

Chegamos finalmente ao ponto alto da review: os testes em jogos!

Nada melhor do que começar por “Aliens vs Predator”, game que traz o suporte ao DX11 e que foi muito bem recebido pelo público e crítica.

Aqui, a 7850 Black Edition conseguiu novamente superar a geração anterior nas duas resoluções, com performance média superior em 32% da 6850, 21% da GeForce GTX 560 Ti, 9% da 6870 e 1% da GeForce GTX 570. Comparada à 7870 DirectCU II, o desempenho é 16,4% inferior na média.

Lançado no final de 2011, a sequência “Batman: Arkham City” é um dos games mais elogiados de 2011, mesmo com alguns problemas relativos à API DirectX 11 na versão para PC. Utilizamos a versão atualizada que corrige o problema.

Em Arkham City, a 7850 Black Edition consegue resultados curiosos, superando a 7870 DirectCU II em ambas as resoluções, com média 8% melhor. No entanto, é superada pela 6870 não overclockada da XFX, empatando em 1680×1050 e performance 6,38% inferior. Ela também é superada pela GeForce GTX 570, com média de desempenho 12% menor que a rival.

O FPS futurístico da Crytek fez muito barulho por trazer uma qualidade grÁfica bem superior a dos concorrentes e por ser considerado por muito tempo como um dos games que mais exigia recursos do computador, principalmente das placas 3D. Assim, nada melhor do que submeter as VGAs da review pelo crivo de “Crysis Warhead”.

A situação aqui normaliza novamente, com a 7850 Black Edition sendo superada apenas pela GeForce GTX 570 da geração passada, por cerca de apenas 0,60%, e desempenho muito superior à linha 6800, 57% em média acima do 6850 e 35% melhor que o 6870. Ela também não fica tão atrÁs da 7870 DirectCU II, com performance cerca de 10,7% menor.

Para os testes com o Crysis 2, utilizamos a ferramenta Adrenaline Crysis 2 Benchmark Tool, que lançamos no ano passado e é utilizada por praticamente todos os websites internacionais para benchmarks com o Crysis 2. O game, como todos sabem, é referência em qualidade de imagem, e no mês de junho 2011 finalmente ganhou seu patch com suporte ao DirectX 11, jÁ que originalmente o game vinha apenas em DX9.

Aqui, a 7850 Black Edition mantém a média de desempenho 10% inferior à 7870 DirectCU II, superando toda as placas equivalentes da geração passada, com superioridade média de 61,9% em relação à 6850, 38% da 6870, 29% da GeForce GTX 560 Ti e 4% da GeForce GTX 570.

“DiRT 3” é o game mais recente de uma das séries de corrida off-road de maior sucesso da história da indústria dos jogos eletrônicos. Lançado em junho de 2011, o game traz o que existe de melhor em tecnologia da API DirectX 11. Os testes com o game foram feitos utilizando a ferramenta Adrenaline Racing Benchmark Tool.

Em DiRT 3, a 7870 DirectCU II aumenta a superioridade para 20% na média das duas resoluções, e a 7850 Black Edition perde terreno para a GeForce GTX 570 e a GeForce GTX 560 Ti, com um desempenho 14,7% inferior em relação à primeira e sendo superada em 0,69% pela segunda na resolução de 1920×1080. Apesar de tudo, consegue se manter superior à linha 6800.

Agora é a vez da NVIDIA. Em “HAWX 2”, simulador aéreo da Ubisoft, a empresa tem grande vantagem sobre os modelos da AMD.

Assim, a performance da 7850 Black Edition fica na média de 8% inferior à da GeForce GTX 570, mas ainda cerca de 10% acima da GeForce GTX 560 Ti. Além disso, ela consegue se aproximar bastante da performance da 7870 DirectCU II, ficando abaixo por apenas 5%, e mantém a distância da linha 6800.

Para fazer o “contra peso”, as placas da série Radeon dominam em todos os segmentos rodando “Just Cause 2”, curiosamente apoiado pela NVIDIA.

Rodando o game em 1680×1050, a 7850 Black Edition se iguala a 6970, placa top da geração passada da AMD, ainda fica a frente da GTX 580, placa top da Nvidia da geração passada.

Em 1920×1080, a 7850 fica atrÁs da 6970 e da GTX 580. Mesmo com essa pequena queda, ainda tem bom desempenho. 

“Mafia II” trouxe a continuação do aclamado game de ação em terceira pessoa ambientado no obscuro mundo da mÁfia italiana dos anos 40 e 50, nos EUA.

Aqui a 7850 Black Edition se recupera novamente em relação à 7870 DirectCU II, com uma performance apenas 16% inferior na média das duas resoluções, mas também perde pra GeForce GTX 570 por cerca de 2,70%. Como sempre, mantém grande diferença para a geração anterior da Radeon, com melhora de 42,5% do desempenho da 6870 e 20% da 6870.

Trata-se de um FPS da 4A Games baseado em um romance homônimo russo, que conta a saga dos sobreviventes de uma guerra nuclear ocorrida em 2013 que se refugiam nas estações de metrô. O game, que faz uso intensivo da técnica de Tessellation e demais recursos do DirectX 11, desbancou de Crysis o título de jogo mais pesado. Sendo assim, nada melhor do que observar como se comportam as VGAs sob este intenso teste.

No último game testado, a 7850 Black Edition consegue se redimir e ultrapassar novamente os resultados da GeForce GTX 570, com uma performance 9,5% superior na média das duas resoluções, superando também as outras placas equivalentes da geração passada por 56% em relação à 6850, 35% em relação à 6970 e 33% em relação à GeForce GTX 560 Ti . Em relação à 7870 DirectCU II, consegue um desempenho inferior de 12,8%.

Como toda a nova geração da AMD, o potencial de overclock da 7850 é muito bom, sendo que colocamos esse modelo jÁ overclockado de 860MHz a 975MHz trabalhando a 1050MHz, sem aumento de voltagem, o que demonstra o belo potencial da placa.

Resta saber se o resultado prÁtico serÁ bom também. Se, ao menos, chegar perto da 7870, vai tornar essa placa uma das melhores opção da geração 7000 para os usuÁrios que procuram um produto com boa performance, mas com custo consideravelmente abaixo dos modelos TOP de linha.


Temperatura
A temperatura da 7850 Black Edition, quando overclockada a 1050 MHz, se comporta muito bem, subindo apenas 4°C em relação ao clock base.

3DMark 11
A placa consegue um aumento de 7,38% em relação ao clock base, diminuindo a diferença para a 7870 DirectCU II de 15,23% para 8,98%.

Além do 3DMark 11, fizemos testes com a placa overclockada na resolução de 1920×1080 em alguns games. Vamos acompanhar abaixo como a placa se comportou.

Aliens vs Predator
Com o overclock sobre a placa jÁ overclockada, no AvP ela superou a 6950 e ficou bastante próxima da GTX 580, diminuindo de 20% para 6% a diferença para com a 7870 overclockada da Asus.

Crysis 2
Aqui a placa consegue uma melhora de 7,77% de performance, encostando na 7870 DirectCU II com um desempenho apenas 2,77% inferior.


Metro 2033
Nesse game, o aumento de performance em relação ao clock base é de 7,14%, diminuindo a inferioridade em relação à 7870 DirectCU II de 13,58% para 7,41%

 

Conforme ficou evidenciado em nossa anÁlise, a XFX HD 7850 Black Edition Overclocked Double Dissipation mostrou ser uma das placas mais interessantes da atual geração, ao aliar uma ótima relação de custo vs. benefício.

Apesar de custar cerca de US$ 15-20 a mais do que uma Radeon HD 7850 comum, essa diferença de preço mais do que se paga pelos diferenciais da placa, como é o caso do projeto diferenciado com a utilização de componentes de primeiríssima qualidade e sistema de refrigeração de alto padrão, sem esquecer, é claro, do ganho extra de desempenho, em virtude dos clocks turbinados de fÁbrica.

Falando ainda sobre  o preço, a 7850 é uma das poucas Radeons de nova geração Southern Islands que não sofreram um substancial aumento no preço em relação à sua “irmã” da geração anterior. Somando-se isto ao fato de que a placa apresentou um desempenho muito bom para a categoria – chegando em alguns casos a ser mais do que 60% mais poderosa que a 6850, e mesmo a incomodar a 6870 – a Radeon HD 7850 possui todos os elementos para se tornar um dos sonhos de consumo dos gamemaníacos.

No ponto de vista das tecnologias, a linha 7800 herda o mesmo “DNA” da linha Southern Islands, oferecendo litografia moderna em 28nm (apesar do consumo ser apenas relativamente baixo – se comparado, por exemplo, com a 6970 – mas elevado em relação à GTX 680), suporte ao DirectX 11.1, PCI Express 3.0, filtro MSAA 2.0, entre outros “mimos”.

Fechando esta anÁlise, a XFX HD 7850 Black Edition Overclocked Double Dissipation apresentou um ótimo resultado em se tratando de overclock. Mais uma vez, isso só foi possível graças ao esmero da XFX em projetar uma placa realmente diferenciada da grande maioria da concorrência, inclusive com um alimentador de seis pinos extra que, na prÁtica, dÁ mais poder de fogo em overclock.

Prós

Overclockada de fÁbrica (GPU/Memória em 975MHz/5,0Ghz contra 860Mhz/4,8Ghz);

Sistema de refrigeração Ghost Thermal Technology bastante eficiente;

Componentes de primeiríssima qualidade, padrão DURATEC;

Excelente acabamento;

Bastante silenciosa;

Suporte a inúmeras tecnologias de ponta, como DX11.1, PCIe 3.0, Eyefinity 2.0, HD3D multimonitor, ZeroCore Power, filtro MLAA 2.0…

Contras

Apesar do potencial, o overclock poderia ter sido mais generoso

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