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ANÁLISE: Metal Gear Solid HD Collection (PS3)

A tradição da Sony em lançar coletâneas de jogos da geração passada remasterizados em alta definição também foi abraçada por outras empresas.  Foi assim com “The Ico & Shadow of The Colossus Collection” (Team Ico), “Splinter Cell Classic Trilogy HD Collection” (Ubisoft) e “Tomb Raider Trilogy” (Crystal Dynamics).

A Konami parece também ter encontrado uma mina de ouro nessas edições e recentemente lançou “Metal Gear Solid HD Collection” para Playstation 3 (usada nos testes) e Xbox 360, contendo três dos jogos mais bem quistos entre os fãs de Snake: “Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty“, “Metal Gear Solid 3: Snaket Eater” e “Metal Gear Solid: Peace Walker“.



A novidade dos jogos da coletânea não é somente reviver as clÁssicas aventuras, mas também jogÁ-las a 60 fps constantes, além de incluir suporte a troféus, conquistas virtuais liberadas quando o jogador cumpre algum requisito extra durante as partidas, que adicionam grande valor replay aos games. Ainda, “Peace Walker” traz multiplayer online e possibilita a transferência de saves entre o PSP e o PS3.

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Cada um dos games serÁ analisado individualmente, com breves descrições dos quesitos e o que realmente representam quando rejogados. As notas também serão distribuídas separadamente, ao fim de cada pÁgina. No final, serão somadas e darão origem à nota média do pacote. Agora, chega de enrolar e conheça um pouco mais das três obras-primas do japonês Hideo Kojima.

O segundo jogo da saga “Solid” estreou no Playstation 2 em 2001. No PS3, chega agora na versão “Substance” com alguns conteúdos extras que podem interessar mais aos fanÁticos pela série: as VR Missions, missões adicionais que trazem maior variedade de desafios e objetivos para cumprir em diversas condições de combate, com ou sem limite de tempo, entre outras restrições.



Sem entregar muito, a trama de acontece num momento em que uma nova versão da arma militar Metal Gear, extremamente letal e destrutiva, estÁ sendo transportada em um navio em Nova York. Solid Snake é convocado apenas para fotografar evidências para revelar ao mundo a existência do grande perigo. Mas Revolver Ocelot, um dos vilões da saga, sequestra, afunda cargueiro e rouba a grande mÁquina. É aqui que as coisas começam a esquentar – e melhorar.



Só que para não sentir-se deslocado nos acontecimentos, é essencial que se tenha jogado o primeiro “Metal Gear Solid“, lançado para Playstation 1 em 1998 (disponível também na Playstation Network), pois o enredo é sequência direta do antecessor e possui detalhes demasiados com referências bastante complexas e profundas ao universo da franquia.

Nos controles, a tradicional jogabilidade de espionagem com ação tÁtica continua intacta e funcional nessa remasterização. Mas pode causar estranheza momentânea pela “dureza” dos movimentos e combinação de alguns movimentos. Isso é comum aos estreantes na franquia e, até se acostumar com as possibilidades de interação do herói com os cenÁrios, no jeito de render os inimigos e lidar com situações de desespero, leva um tempo. Mas nada que uma boa meia hora de partida resolva.

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E nisso a história ajuda muito, pois é extremamente envolvente e bem contada, cuja narrativa impressiona pela seriedade e profundidade ao tema sobre conflitos bélicos. Além disso, alguns ângulos de câmera parecem atrapalhar a fluência da movimentação e confundir pela perspectiva de visão, forçando o jogador a usar, com freqüência, a opção de câmera em primeira pessoa (opcional). Mas é exatamente por isso que um radar que parcialmente mostra a localização dos soldados estÁ lÁ, permitindo estratégias de penetração e ataques à surdina. 

O que estÁ diferente aqui, entretanto, é o visual. Como propõe o significado da remasterização, os grÁficos agora estão em alta definição. Isso não significa contudo, que o ganho de qualidade tenha sido grande. Os serrilhados realmente desapareceram, é verdade, e os detalhes dos objetos e cut-scenes até ganharam uma definição mais elaborada. Mas não é nada que impressione e ou que pareça totalmente justificar o relançamento do game numa coletânea que diz ser renovada graficamente.



Ainda mais porque o game não tem cenÁrios com escalas grandiosas, sendo que a maioria deles é em locais fechados e bem delimitados. Até mesmo a sincronização labial com as falas é consideravelmente desatenciosa. Eu entendo que o jogo é de 2001 e que,teoricamente deve ser mais difícil (ou desafiante) readaptar o game às tendências modernas, mas uma simples repaginação não parece ter surtido efeito considerÁvel. Diferente do Áudio, por exemplo, que soa bem mais limpo, bem trabalhado, cheio de efeitos e continua tão épico quanto antes.



Assim, “Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty” definitivamente não pertence a essa geração em termos grÁficos. Mas nem isso tira o brilho do game, que satisfaz qualquer fã da série de espionagem mais famosa do mundo. Agrada pela temÁtica, pela narrativa muito bem elaborada e pelos desafios constantes. E se for correr atrÁs dos troféus, um aviso: prepare-se para penar e estender seu gameplay para mais de 45 horas, pois existem recompensas bem difíceis, que vão exigir extrema paciência e testar sua habilidade nos comandos.

NOTA: 8.5

O terceiro jogo da saga “Solid” estreou em 2004 no Playstation 2 e tornou-se o favorito de muitos fãs da saga. O game chega na versão “Subsistance” ao Playstation 3, que traz melhorias bastante significativas em comparação à edição convencional: câmera com movimentação 3D livre e acesso aos episódios “Metal Gear” e “Metal Gear 2: Solid Snake“. Os dois últimos são ótimos extras para expandir o conhecimento sobre a rica trama da série.



“Snake Eater” conta como o protagonista Naked Snake obteve a Big Boss, honraria mÁxima dos campos de batalha. Todos os eventos acontecem 40 anos antes de “Sons of Liberty“, em plena época de tensão entre Rússia e Estados Unidos na Guerra Fria. E é exatamente por isso que o título se destaca, pois traz novos elementos de espionagem numa ação tÁtica ainda mais ampla e cheia de reviravoltas.



Um dessas novidades é o sistema de camuflagem. Na maior parte do game, Snake estÁ numa selva e é ali que ele precisa encontrar maneiras para sobreviver. Para isso, nada como se disfarçar com pinturas diferentes no rosto e uniformes com colorações e texturas diferenciadas para cada situação. É através de uma porcentagem na tela que o jogador tem a noção do quão “invisível” estÁ para os inimigos, o que adiciona uma super dose de estratégia às incursões pelos ambientes.

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Além disso, é preciso buscar alimento a todo momento. Se Snake estiver com fome, seu estômago pode roncar e despertar atenções nos arredores. Se comer algo estragado ou envenenado, terÁ que buscar por soluções minimizem o estrago. Se estiver sangrando, com queimaduras ou algum osso quebrado, terÁ que procurar por medicamentos (naturais ou não) e utensílios que ajudem na recuperação da saúde. São esses tipos de interações, entre outros, que adicionam muito Á jogabilidade.

Além disso, dominar os controles do game é essencial para progredir na aventura. E, para isso, o sistema de combate CQC (Close-Quarter Combat) permite que vÁrios ataques surpresas que desarmam, derrubam, desacordam ou acabe de vez com os inimigos. Leva um tempo para aprender todas as variações e analisar o momento certo de cada um deles. Mas é um recurso extremamente recompensador que garante aos jogadores mais silenciosos a moral de passar sem ser notado, no melhor estilo espião da coisa.



Fora isso, a trilha sonora é, como de costume na franquia, épica e muito bem dosada com o ritmo da aventura. O visual do game, por sua vez, é o melhor dos três jogos da coleção. O trabalho de remasterização estÁ excelente: os ambientes, muito maiores e densos, estão mais vivas, ao passo que os detalhes estão melhor realçados, os serrilhados sumiram e os objetos mais estão ressaltados. Até mesmo as expressões faciais estão mais convincentes.



Dessa forma, o processo de repaginar “Snake Eater” em alta definição justifica a compra da coleção. A aventura é absurdamente envolvente: história riquíssima, dublagens excepcionais,  batalhas com os chefes são marcantes, o som é caprichado, os feitos mais ainda e os controles, alémd e um breve período de reconhecimento, são precisos e garantem a diversão. É, por fim, extremamente indicado aos fãs.

NOTA: 9.5

Lançado para PSP em 2010, “Metal Gear Solid: Peace Walker” chega ao Playstation 3 com algumas peculiaridades que podem agradar quem jÁ acompanha a saga ou embananar ainda mais quem nunca teve contato: o game acontece três anos após “Metal Gear Solid: Portable Ops” (também do PSP) e dez anos após “Snake Eater“. Por isso, é altamente recomendado ter jogado os dois títulos antes de partir para aventura.



As grandes novidades de “Peace Walker” aqui são as melhorias da jogabilidade como um todo. Em relação ao PSP, o controle do Playstation 3 tem um analógico a mais, sendo que um deles é dedicado apenas a mirar e caminhar ao mesmo tempo, coisa rara em jogos antigos e até em alguns atuais, o que permite de ataque sem perder liberdade dos movimentos secundÁrios. Além disso, a precisão nos comandos estÁ maior, o que também colabora na dinâmica e execução dos controles.



Principalmente porque as missões do jogo são mais orientadas a incursões mais rÁpidas. “Culpa” dos cenÁrios mais modestos e originalmente ajustados à capacidade do antigo videogame de bolso da Sony. Mas isso nem de longe apaga o brilho dos momentos mais marcantes da trama, cheia de reviravoltas e revelações bombÁsticas sobre o que aconteceu com o supersoldado Big Boss.

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É bom também ressaltar que, embora “Peace Walker” não tenha o melhor visual entre os três games do pacote, é certamente o título que apresenta mais ganho grÁfico. Isso porque o jogo se apresenta de uma maneira bem mais refinada e definida quando comparado ao jogo original. As texturas não bem menos quadriculadas e pesadas e as animações também ganharam maior fluência e suavidade.



“Peace Walker” também traz um sistema de combate com doses considerÁveis de elementos de RPG, principalmente no sistema de interação com os inimigos, armamentos, gadgets de combate e espionagem no geral. Além disso, oferece a possibilidade de convocar seus próprios soldados para ajudar nas partidas. Um modo cooperativo online, inclusive, deixa tudo mais interessante: chame mais três amigos e saia com sua trupe pelos campos de batalha lotados de desafios e sua diversão serÁ garantida por muito tempo.

NOTA: 8.5

Altamente recomendado a todos os fãs da saga, “Metal Gear Solid HD Collection” não tenta, em nenhum momento, ser uma presa atrÁs de dinheiro fÁcil dos jogadores. “Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty“, “Metal Gear Solid 3: Snake Eater” e “Metal Gear Solid: Peace Walker” são absolutamente incríveis e a remasterização em alta definição é quase sempre digna da justificativa da compra da coleção.



O ajuste em alguns pontos da jogabilidade nos três títulos, a pincelada no visual e o incremento no Áudio são atrativos mais que suficientes para rejogÁ-los. Principalmente para quem é fã da franquia. Ainda mais porque agora, pelo ótima novidade de conquistar os troféus, você vai poder orgulhosamente mostrar a todo mundo que tem habilidade o suficiente para platinar todos os três games. Além, é claro, de fazer inveja a muitos outros que nunca serão tão capazes. ;p

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