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A versão para Playstation 3 de uma das grandes promessas e maiores games de 2011 acaba de aterrisar na redação. Após muita expectativa, imagens em altíssima definição e trailers arrasadores, “Battlefield 3” finalmente foi lançado mundialmente. (UEBA!)

 


O que logo posso adiantar é: para você, que esperou sentado por meses a fio, ficava marcando no calendÁrio dos dias que se passavam e colecionava de tudo o que saia do game, a espera certamente valeu a pena e o seu dinheiro, arrecadado durante todo esse tempo, vale cada centavo investido.

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E olha que isso não é nem um pouco de exagero. Principalmente quando se fala de multiplayer online. Afinal, não é todos os dias que uma superprodução desse porte chega ao mercado. Mas vamos parar de enrolar. Acesse logo as próximas pÁginas e descubra por que o jogo é um dos mais bem avaliados do ano em todas as plataformas em que foi lançado. 

Agradecemos à Warner Games pelo envio da versão PS3 do game para anÁlise

Guerra Moderna. Lendo assim, parece até alusão a uma outra série de FPS superpopular conhecida por aí. Mas o que a produtora DICE quis fazer aqui foi elevar o padrão do gênero e brigar pela recuperação do mercado, perdida em outras ocasiões passadas, com sua própria franquia. E como poderia tentar fazer isso?

Com a premissa mais bÁsica de qualquer jogo eletrônico: o envolvimento (in) consciente do jogador do que acontece na tela. E nisso, o trabalho da produtora não merece quase nenhum elogio e figura, sem exageros, o único ponto negativo do game. A começar que a campanha solo tem cerca de 6 horas de duração, possui vÁrios clichês e carece de momentos que fazem o jogador ficar interessado no que pode vir mais adiante ou ficar de olhos arregalados.


A trama acontece em 2014. O Sargento Henry Blackburn lidera um grupo de 5 membros do United States Marine Corps. Seu objetivo é, além de garantir a sobrevivência dos soldados a seu comando, encontrar e investigar um perigoso local que armazena armas químicas numa região da Ásia em que ficam as fronteiras de Irã e Iraque, dois países em guerra constante.

Controlado por uma facção militar hostil, o lugar armazena as piores combinações de produtos altamente explosivos, além de ser casa de armas com potencial de destruição incomparÁvel. O que Blackburn e seus aliados não esperavam é que essa “invasão” despertaria a fúria da região propriamente dita, que é afetada por um imenso terremoto e acaba desandando com as operações.


Todos esses acontecimentos são contados de maneira bastante clara no enredo, é, verdade, sem muitas enrolações ou detalhes voluptuosos demais. E é até bom que seja assim, jÁ que não estamos falando de um RPG; mas de um FPS, onde apertar o gatilho e fuzilar crânios virtuais é o que realmente importa.

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Mas nem por isso, contudo, a história é empolgante. Longe disso, não traz nada de muito emocionante ou inovador: conversas entediantes antecipam o início de cada missão e passam a falsa sensação de que algo muito grandioso irÁ acontecer na sequência. Quando os tiroteios recomeçam, nem a décima parte da sua expectativa é suprida, o que gera bastante desinteresse e frustração de quem joga.


Por isso, logo recomendo: se estiver procurando por um single player bom de verdade, é melhor procurar em outras freguesias, pois esta é grande decepção de “Battlefield 3”. E para quem ainda não entendeu meu recado, digo que basta apenas você aceitar o moderno terceiro “chamado do dever” que irÁ se divertir muito mais.

Um dos pontos mais altos do game, os controles de “Battlefield 3” são absurdamente responsivos e fÁceis de manejar. Para qualquer veterano no gênero, em menos de 2 minutos é possível estar familiarizado com todas as possibilidades. Pegar o jeitão da coisa é muito fÁcil. Nem mesmo os novatos terão algum problema de adaptação.

Isso porque todos os comandos logo ficam impregnados na cabeça e a configuração dos botões permite agilidade na hora de pressionÁ-los de acordo com o que acontece na tela, seja num tiroteio desesperador ou durante um QTE (Quick-Time Event), cenas em que botões específicos devem ser apertados para completar uma ação.


Uma das novidades no quesito é que agora é possível agachar completamente, encostar no chão e seguir rastejando pelo game. Diferente dos últimos games da franquia, essa possibilidade ajuda muito na hora da exposição do jogador a fortes rajadas de balas dos inimigos, protegendo de maneira bem menos vulnerÁvel . Ainda, ajuda na estabilização da pontaria para alvos estÁticos, principalmente aqueles vistos ao longe.


Mas é impossível também falar da jogabilidade do game sem falar dos equipamentos. Existem aos montes (entre armas, acessórios de suporte e granadas), dos mais diversos tipos, características e especificidades. Cada um deles serve para uma determinada ocasião e por vezes é melhor procurar recursos de auxílio pelos ambientes do que enfrentar fogo direto com altas chances de ser fuzilado. Vai mais da preferência do jogador por um estilo específico de armamento e de combate. 

Ah, os transportes! Assim como acontece em qualquer “Battlefield”, existem diversos tipos de transportes para controlar, sejam eles terrestres ou aéreos: carros de locomoção, carros de suporte, tanques, blindados marítimos e helicópteros. A novidade por aqui, entretanto, são os caças de guerra. Altamente poderosos, podem facilmente decidir o rumo de uma batalha, tamanho o poderio de fogo.

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O interessante é que todos possuem controles próprios e, até se acostumar com a dinâmica de peso (o “feeling”) e resposta dos comandos de cada um deles, você se sentirÁ desafiado e impulsionado a querer experimentÁ-los cada vez mais. Espere só chegar o momento em que jÁ estiver devidamente familiarizado e começar a fazer a diferença no campo de batalha. A sensação de soldado invencível vai tomar conta das veias dos seus dedos! 

Só é uma pena que o modo campanha não foque muito no uso destes veículos durante a história. Além de apenas algumas rÁpidas incursões – um tanto sem graça, mas ainda assim altamente destrutíveis –, o tempo de duração desses momentos não deixa o jogador ser feliz. Bem que a produtora DICE poderia ter caprichado um pouquinho mais nessa parte. 


Além disso, é recomendÁvel tentar se ajustar à sensibilidade de giro da câmera através do analógico direito do controle do Playstation 3. Isso porque, por vezes, a curva de deslocamento para mudar a posição a câmera é maior do que outros FPS do mercado. Por isso, basta entrar em Options e arrumar a sensibilidade conforme seu gosto. O mesmo vale para o multiplayer online.

Um dos pontos mais fortes do game, os grÁficos de “Battlefield 3” para o console da Sony são belíssimos. Principalmente em efeitos visuais como iluminação, partículas suspensas, sistema de física, movimentação corporal e destruição de cenÁrios. E nisso, a produtora sueca DICE merece todos os créditos, pois consegui criar um dos ambientes de guerra moderna mais bem feitos, interativos e realistas no gênero.


Mas todo esse vigor grÁfico só foi possível com a Frostbite 2, atualização mais recente da engine desenvolvida especificamente para a nova geração de games da Electronic Arts. Sem enrolar demais, ela é a responsÁvel por todos os recursos grÁficos que o jogador vê na tela. E eles não são poucos.

A começar pela animação dos personagens. Desde a forma como se controla o seu soldado, a maneira como ele se movimenta, trespassa barreiras, agacha-se, caminha, corre, responde a explosões ao redor e a tiros recebidos, tudo é feito com realismo bastante aguçado, o que deixa a aventura muito mais interessante e pessoal, tamanha a identificação do jogador com o comportamento deles em combate.

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JÁ o senso de escala é colossal. Basta ter uma mira com scope de maior alcance para conferir os detalhes nas paisagens ao longe. E o cuidado da DICE nessa parte é um primor: são objetos por todos os cantos, casas e prédios destruídos, poças de Água, folhas passeando com o vento, variados tipos de vegetação e florestas, carros de todos os tipos, pedregulhos, focos de incêndio, riachos e entulhos são apenas algumas dos objetos presentes.

Destruição dos cenÁrios também é um dos destaques de “Battlefield 3”. Algum inimigo se esconde atrÁs de uma coluna (muro, sacada ou parede) e fica atirando em intervalos? Simples: jogue uma granada ou fuzile a estrutura até não sobrar nada do outro lado. Essa tÁtica é essencial para sobreviver nos campos de batalha, principalmente nas dificuldades mais difíceis.

 


E se ela vale a favor do jogador, também vale contra. Ou seja, dotados de inteligência artificial rebuscada, também na dificuldade mais tensa, tropas inimigas fazem questão de jogar cooperativamente e fazer de tudo para derrubar o protagonista. Sendo assim, é bom saber que muitas estruturas não ficam ali para sempre, podem desmoronar na sua frente e colocÁ-lo na mira de um tanque, um caça ou de uma bazuca sem segundos. Atirar com agilidade e precisão e contabilizar vÁrios headshots seguidos é o segredo para se dar bem.

Outro ponto fortíssimo no jogo, o Áudio de “Battlefield 3” é absurdamente bem feito. E não digo isso nem pelas músicas das partidas, que na maioria das vezes passam despercebidas e nem chamam muito a atenção dos ouvidos (com exceção pelo tema de abertura – ouça abaixo), mas principalmente pelos efeitos sonoros incríveis.

A variedade de sons referentes a diversos tipos de objetos, situações de ação, tiroteios e momentos é gigantesca e colabora, com intensidade inigualÁvel, no realismo das partidas. Primeiro que cada uma das armas possuem sons diferentes quando emitem tiros, bem como no recarregamento de munição e vÁcuo deixado pelo recuo de movimento dos disparos.


“Tema Principal” (Jogo:Battlefield 3 | Multi | 2011)

 

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Outra porque o mesmo acontece com equipamentos secundÁrios, os de suporte, veículos (carros de combate, helicópteros e aviões de caça), o que agrega ainda mais à imersão do jogador na trama do game. Só é uma pena que os diÁlogos não correspondem à altura e afetam o interesse durante as partidas.

Isso porque as conversas são sempre bastante monótonas e, embora a dublagem e a personificação dos personagens com a voz seja muito bem feita e não mostrem qualquer tipo de atraso, não empolgam , não trazem momentos glórios e nem mesmo duram o suficiente para deixar o jogador captar a mensagem e se deixar levar pelas situações como espectador.

 

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Mas não é só isso: outros efeitos relacionados aos ambientes também impressionam. É muito envolvente escutar pÁssaros ao fundo, bombardeios ao longe, sussurros e passos rastejantes nas entrelinhas dos matagais, florestas balançando conforme o vento, blindados nas estradas mais próximas ou aviões caças em rasantes sobre seu personagem. São momentos que marcam e ajudam a campanha solo a não ser um desastre total.

O multiplayer online de “Battlefield 3” é o quesito que faz a compra do game ser obrigatória para qualquer jogador de FPS. Se a campanha não agrada, todas as suas vontades como soldado virtual serão atendidas aqui com muito gosto e serÁ testada ao limite das suas habilidades com em nenhum outro jogo da atualidade.

Curto e grosso: aqui estÁ o melhor exemplo de 2011 de como deve ser feita uma interação online entre jogadores simultâneos em mapas gigantescos. Embora a versão do Playstation 3 possibilite somente até 24 soldados de uma vez e os mapas (9 no total) sejam reduzidos (locais de ataque e defesa mais próximos uns dos outros), toda a voracidade dos combates em rede do PC estÁ aqui (todos os veículos estão presentes).

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São quatro classes de soldados disponíveis para seleção:

– Assault: foca em armamentos de assalto para combates a curtas e médias distâncias, ao mesmo tempo em que carrega em equipamentos de cura, essenciais para os outros aliados;

– Support: foca em armas do tipo LMG, reposição de munição e chama reforços como artilharias aéreas;

– Engineer: foca no uso de lança-mísseis, reparador de blindagens de todos os veículos, além do uso de rifles de grosso calibre;

– Recon: foca no uso de armas de longo alcance, perfeita para os snipers de plantão que adoram contabilizar vÁrios “Killstreak” sem nem sair do lugar. Além disso, podem ajudar no reconhecimento de campo, alardeando a posição inimiga pelos mapas.


Alguns dos modos disponíveis de jogo em rede são Conquest, Rush (e a variação Squad Rush), Squad Deathmatch (e a variação Team Deathmtch). A diferença entre eles são notadas pelos objetivos bÁsicos de cada um: o primeiro exige que um time defenda e conquiste Áreas da outra equipe (captura de bandeiras), ao passo que o segundo requer a defesa dos atacantes (e vice-versa). O último é o tradicional mata-mata, individual ou por equipes, sendo que o que somar mais pontos vence a rodada.

Além disso, agora é possível jogar cooperativamente, tanto online quanto offline. O interessante é que as missões progridem em dificuldade e diferem em objetivos dos da campanha principal, o que ressalta a vontade da produtora DICE em expandir o valor replay do seu jogo. E prepare-se, se quiser fechar o game com 100% de aproveitamento (troféus!), é melhor ir treinando a pontaria, jÁ que não serÁ moleza completar tudo.

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Por fim, é imprescindível falar do Battlelog. Na onda das redes sociais, a Electronic Arts não quis perder tempo e criou uma específica para todo o universo de “Battlefield 3”. De fÁcil acesso e muito propícia para troca de informações e dicas entre usuÁrios, é perfeita para acompanhar os status do seu soldado, comparÁ-lo com a de outros jogadores e saber tudo o que acontece em torno no game.

O mais legal é que tudo é atualizado em tempo real na tela de início das sessões do menu principal do game. Uma vez registrado no serviço, basta acessar a janela multiplayer para receber o “feed” com as última novidades, como os resultados mais recentes das partidas, obtenções de emblemas (awards e ribbons), destrave de equipamentos (unlocks) e outras estatísticas mais específicas.

Um dos jogos mais comentados e bem avaliados do ano chegou ao Playstation 3 mostrando porque possui toda a frenesi que evoca dos jogadores. O motivo disso se chama multiplayer online, certamente o melhor da plataforma no ano. Só a atração jÁ justifica investir seu suado dinheiro na compra do título, pois serão muitas horas “perdidas” se quiser buscar os 100%.


Só é uma pena que a campanha solo seja uma grande decepção e quase não agrade: carece de momentos envolventes e de situações mais emocionantes. Algumas incursões são apenas normais e acontecem de forma tão roteirizada e robótica que acabam não fazendo falta. Na verdade, frustram e não valem à pena perder tempo.

Ainda bem que os grÁficos (excelente iluminação e sistema de destruição), o Áudio (efeitos sonoros incríveis e absurdamente realistas) e a jogabilidade (extremamente responsiva e confiÁvel) colaboram para o inverso acontecer, tamanho o capricho na produção de cada um desses itens.


Por essas e outras é que “Battlefield 3” é um dos maiores lançamentos do ano e, você, como jogador, deve se dar ao trabalho de pelo menos testar o game. Você corre o risco de não largÁ-lo mais pelos próximos meses. Ou, em casos mais extremos, até que “Battlefield 4” seja lançado. E olha que a Electronic Arts jÁ confirmou o desenvolvimento da continuação!

Créditos de imagem: GameSpot

Prós

Multiplayer viciante

GrÁficos animalescos

Efeitos sonoros incríveis

Contras

Campanha solo curta e chata

Adeus vida social!


 

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