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Dead Island é um jogo de aventura, que mistura elementos de RPG e FPS com terror, suspense e comédia. Isso mesmo!. No enredo, uma ilha paradisíaca de festas e curtições, da noite para o dia, se vê infestada por zumbis, com algumas poucas unidades de sobreviventes. A partir daí, o que você vai encontrar, e o que você vai fazer, pode ser chamado de terror. Mas como você vai fazer é que é a parte divertida da coisa.

Em Dead Island, game produzido pela Techland e distribuído pela Deep Silver, a diversão é massacrar os mortos-vivos das mais variadas formas quanto você for capaz de imaginar. A ideia de suspense e medo, que passam os jogos que utilizam da mesma justificativa de pessoas infectadas com vírus que os transformam em aberrações, é um pouco desmistificada neste jogo. Isso porque a beleza da ilha fictícia de Banoi, no arquipélago de  PapuaNova Guiné e as possibilidades que você tem para matar os morinbundos de diferentes maneiras, te permitem sorrir ao dar de cara com a morte em carne e osso ao invés de temer profundamente sua investida.

Para curtir esta ilha do terror, tente relaxar, pegue seu instinto assassino, sua dose diÁria de criatividade e destrua quem quer que te olhe de revesgueio.



O CenÁrio paradisíaco dÁ um ar mais vivo à ilha, infestada pelos walkers de Dead Island

O Game

As primeiras impressões de Dead Island podem te dar uma pequena sensação de decepção. O grande falatório pré-lançamento e a excelente qualidade dos vídeos de divulgação do jogo (veja na próxima pÁgina) geraram uma expectativa enorme ao redor dele.

Porém, depois de ultrapassar as primeiras horas de jogatina, a imensidão da ilha, a enorme variedade dos elementos, as quests presentes no jogo e a diversão que ele proporciona, começam a te fazer imergir nele, tirando um pouco o ar de chatice de matar zumbis por matar que pode parecer no início.

Como não sou muito fã de jogos de suspense, jÁ fui jogÁ-lo com um pouco de pré-conceito. No início, consegui colocar meus argumentos acima dos argumentos que o jogo me dava para continuar com o controle na mão. Coisas tais como a problemÁtica da dificuldade de mirar e acertar o inimigo no tempo certo (talvez a escolha do estilo First Person Shooter não tenha sido a melhor delas, pelo menos não nas versões de consoles, jÁ que nos PCs este não foi nem de longe um problema), o confuso e difícil acesso ao inventÁrio e a capacidade de levar pilhas e mais pilhas de objetos dentro deles (leia-se mais de 10 armas diferentes – tipo remo, cano, pedaço de madeira, facas e quaisquer outras armas presentes no jogo, fora os itens). Por fim, a surpreendente falta de zelo na parte grÁfica, que deixa os personagens com expressões sem significado algum, de modo que mesmo uma pessoa que teoricamente estaria apavorada faz cara de que estÁ comendo maria mole.

Para compensar, Dead Island traz atributos que o fazem ser, sem dúvidas, um ótimo jogo. Confira nas pÁginas seguintes todos os detalhes que me levaram até esta conclusão.

“A ilha de Banoi, perto da costa de Papua Nova Guiné, é um paraíso selvagem e indomado, virtualmente intocado pela civilização moderna. Das exuberantes florestas tropicais até as praias de areia branca, passando por Áreas montanhosas. Banoi é considerada a pérola do arquipélago da Oceania. Para muitos, é um paraíso terrestre: lugar de paz e beleza primitiva onde turistas podem deixar as preocupações do trabalho para trÁs. O paraíso tornou-se o inferno e para todos que estão à beira da morte hÁ somente uma coisa a se fazer: sobreviver.”


A verdade mesmo é que além do que foi dito acima, pouco foi explicado sobre a história de Dead Island, e essa é uma das falhas do game. Especula-se, por exemplo, que ele é baseado na série televisiva The Walking Dead, atualmente em sua segunda temporada, mas não se sabe qual sua relação com ela.

Além disto, temos apenas algumas outras pistas: dois trailers divulgados antes do lançamento do jogo que mostravam cenas de uma ilha paradisíaca, com o Royal Palms Resort, de último luxo, entupido de turistas – estes que em um piscar de olhos se transformaram em zumbis e começaram a aterrorizar os poucos sobreviventes.

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Fora isso, sabemos apenas o que nos mostram as primeiras cutscenes do jogo, onde vemos uma festa regada a muita bebida e todo mundo ainda parecendo estar “normal” – no sentido de não-infectado e não de sóbrio – e então vemos o primeiro ataque zumbi. O personagem principal parece não racionar o ocorrido e vai dormir, quando acorda, é você quem o controla.

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É claro que temos todo o desenrolar do jogo, que te faz entender muito mais sobre a trama. Mas a falha que mencionei no início remete ao fato de que não dÁ para entender em momento nenhum como houve essa infestação, o porquê de acontecer naquela ilha específica, por que apenas algumas pessoas viram zumbis e outras morrem quando atacadas e por que o sangue não contamina quem entra em contato direto com ele enquanto os mata (como acontece com outros vírus) e assim por diante.

Pode parecer que não, mas as respostas para estas perguntas criariam uma atmosfera muito mais empolgante para o jogador, tal qual acontece com Resident Evil.

A não ser, claro, que estas icógnitas sejam parte da estratégia da Techland, numa investida de, quem sabe, fazer continuações do jogo com explicações mais detalhadas ou, como sugerem fortes especulações, que o jogo ganhe uma adaptação aos cinemas. Mas, por enquanto, não temos muitas informações sobre a endemia de zumbis especificamente.

Assim como o enredo do jogo, pouco sabemos sobre os quatro personagens principais: “Eles vieram a Banoi de todos os lugares do planeta, cada um com uma motivação diferente. Eles não têm nada em comum além de erros, arrependimentos e oportunidades perdidas que marcaram suas vidas. Se quiserem sobreviver, estes heróis improvÁveis terão que se unir em uma jornada ao centro da escuridão de Banoi”. Veja abaixo uma descrição mais detalhada deles:




Logan: Polivalente
É um famoso ex-jogador de futebol americano mimado pela boa vida que seu status de estrela proporcionou. Logan teve a carreia interrupida abruptamente ao fraturar o joelho e matar uma jovem em um racha de carros nas ruas, fato que o fez ir para Banoi para tentar escapar dos demônios que o perseguem. Por ser ex-atleta, é capaz de arremessar qualquer coisa muito mais longe do que os outros.
Habilidade de fúria: Bullseye (Na mosca) – Se transforma em um monstro do arremesso, eliminando vÁrios alvos de uma vez.
Especialidade: Armas de arremesso


Sam B: O Tanque

É uma estrela raper de uma música só. Sam B foi contratado pelo Resort para cantar sua famosa música “Who do You Voodoo?” em uma festa VIP no hotel. Antes orgulhoso econfiante, Sam teve um passado turbulento e um histórico de uso excessivo de Álcool e drogas, e sua vida particular tornou-se uma nuvem de falsos amigos e maus conselhos. Dentre os personagens é o que possui mais resistência.
Habilidade de fúria: Haymaker (nocauteador) – perde o controle e destrói tudo com seu soco inglês.
Especialidade: Armas Cegas


Xian Mei: A Assassina
É funcionÁria do Royal Palms Resort. Nascida e criada na China, ela escolheu uma profissão que possibilitou que saísse de seu país para descobrir pessoas e culturas diferentes. Ela aprende rÁpido, é inteligente e Ágil, traço que adquiriu devido à sua paixão por praticar esportes. Por ser recém-chegada na ilha, Xian era responsÁvel por inúmeras tarefas servis antes de trabalhar como recepcionista. É a mais fraca de todas, porém, quando o assunto é lâmina Xian Mei é a melhor, não queira enfurecê-la enquanto ela segurar uma faca ou espada.
Habilidade de fúria: Bloodrage (sanguinolenta) – utiliza seu treinamento em artes marciais e lida com inimigos com precisão letal.
Especialidade: Sharp Weapons

Purna: A líder
É uma ex-policial de SidneyAustrÁlia.  Afastada do emprego por matar um pedófilo rico e poderoso, Purna passou a ser guarda-costas de pessoas VIPs em locais perigosos por todo o mundo. Embora seja a pior nos combates corpo a corpo, Purna é excelente utilizando de armas de fogo.
Habilidade de fúria: Guardian (guardiã) – reage diante de situações impossíveis, dando a si e seus aliados a habilidade de se regenerar, e um incremento para reparar qualquer dano e outros atributos. A habilidade também faz com que Purna possa usar sua arma pessoal mesmo que não possua uma pistola ou munição.
Especialidade: Armas de fogo

Isso é tudo que o jogo nos diz sobre os personagens selecionÁveis. Essa falta de maiores informações sobre a história de cada um dificulta a falta de identificação com eles, tirando um pouco da relação que o jogador tem com o enredo geral.

Mas, se temos poucas informações das vidas de cada um dos personagens, o mesmo não podemos dizer das skills deles. Mais ou menos como em um RPG, podemos ir acumulando experiência ao exterminar os zumbis para subirmos o level do personagem, e isto cria uma diferenciação absurda entre cada jogador. Mesmo que no modo multiplayer você esteja jogando com o mesmo personagem que seu amigo, a variedade das skills faz com que o seu seja completamente diferente do dele. O melhor é que dÁ pra montar sua Árvore de habilidades de acordo com as características de Logan, Sam, Xian e Purna.


Uma coisa que poucos sabem sobre a vida dos protagonistas de Dead Island é que a Marvel, em parceria com a Techland, criou antes do lançamento do jogo uma História em Quadrinhos contando um pouco mais sobre os personagens, confira no próprio site da empresa clicando aqui ou nas fotos abaixo:


Este é o quesito CHAVE de Dead Island. A Techland conseguiu em apenas um item avaliativo de um jogo, ir do céu ao inferno (ou do inferno ao céu dependendo do que seja mais importante para você).

Dead Island tem um dos melhores grÁficos de todos os jogos que eu jÁ vi na vida.
Dead Island tem um dos piores grÁficos de todos os jogos que jÁ eu vi na vida.

Esta não é uma prova de múltipla escolha em que você vai ter que escolher qual das duas afirmativas acima estÁ correta. Sabe por quê? Porque ambas estão corretas sob meu ponto de vista.

A ilha fictícia de Banoi foi criada com um capricho fora do normal, é um cenÁrio excepcionalmente muito bonito, como eu nunca vi em qualquer jogo. Cada detalhe nesta imensa ilha foi pensado cuidadosamente, criando elementos indescritíveis que te fazem imergir de uma maneira tal que você para o que estÁ fazendo para contemplar a paisagem e esquece que tem meia dúzia de canibais logo atrÁs de você.

Quando eu falo gigante eu não estou exagerando. Na ilha inteira você tem uma grande extensão de praia, o próprio Resort e sua dezenas de piscinas, vÁrios quiosques, lojas, banheiros, postos de primeiro socorros e um milhão de itens que o compõe. O “problema” é que até agora eu só mencionei a parte litorânea de Banoi. O que quero dizer é que você ainda conta no mapa algumas selvas e uma cidade, com igrejas, postos de gasolina, mais lojas, postos policiais, enfim, tudo que uma cidade tem direito. Confie em mim, o cenÁrio é megalomaniacamente riquíssimo em detalhes.

Estes detalhes não ficam por conta somente dos itens que compõe cenÁrio, mas também da ambientação dele. Exemplos disso são as roupagens dos zumbis, que variam de acordo com sua posição no mapa – sendo subistituídos ora por sungas, biquinis e demais roupas casuais de praias, ora por roupas do dia-a-dia de uma cidade, como uniformes de trabalho e roupas cotidianas.

A variedade também pode ser vista nos tipos de mortos-vivos presentes no jogo. Loiros, morenos, negros, ruivos, grandes, médios, pequenos, rÁpidos, lentos, gordos, magros, “bonitos” e feios são apenas algumas das características que variam de acordo com cada lazarento que aparece na sua frente. Ainda podemos citar as grandes possibilidades de dilaceração das partes do animal irracional, com camadas de peles, carnes, ossos e sangue criadas para dar mais vida aos esquartejamentos deliberados.

Isso sem falar nas especificações que definem os pobres sangue-sugas, que podem denominÁ-los Walkers, Infecteds, Thugs, Suiciders, Floaters, Butchers e Rams, veja-os na pÁgina seguinte.

Para um melhor entendimento linear da review, a aba “Tipo de Zumbis” foi colocada entre os pontos positivos e negativos dos grÁficos, veja abaixo:

Walkers (Andarilhos)
São os zumbis mais comuns do jogo, a grande maioria dos que você vai enfrentar. São lentos e em geral só são perigosos quando encontrados em grupos ou em combinação com outros.


Infecteds (Infectados)
São mais Ágeis, rÁpidos e agressivos que os convencionais, contudo, bem mais fracos. O contrÁrio dos normais, você não poderÁ fugir deles, uma vez que ao te verem, soltam um grunido ameaçador e correm feito loucos na sua direção.


Thugs (Assassinos)
Os Thugs são uma espécie de variação dos walkers com mais força e mais vida, ou morte, como queiram. São os mais lentos do jogo, porém, se eles te acertam você voa longe e cai sentado, cuidado.


Suiciders (Suicidas)
Este é o tipo de zumbi mais feio, e mais burro. Se você chegar perto eles irão explodir. A melhor maneira de matÁ-los é com armas de fogo, ou simplesmente atiçÁ-los e correr, deixando que explodam sozinho. Em geral só são perigosos em lugares apertados, jÁ que dificultarão sua fuga.


Floaters (Balões)
É um tipo ligeiramente comum em jogos do gênero. Seus corpos inchados e parcialmente decompostos criam uma gosma que pode causar dano, prender ou desorientar. A melhor forma de acabar com eles é atirando de longe para evitar seu vômito, que tiram bastante life.


Butchers (Carniceiros)
São uma versão mais poderosa dos infecteds, mais rÁpidos e fortes. Para matÁ-lo, opte por atirar de longe ou chutÁ-lo e depois atirar. Soltam um gÁs venenoso que te impede de ficar por perto por algum tempo.


Rams (Aríetes)
Estes são os zumbis mais fortes que você irÁ encontrar no jogo. Eles usam uma espécie de camisa de força e são gigantes. Devido a isso, seus chutes e empurrões são fatais. Mate-os de longe, de preferência.


E olha que em determinados momentos do jogo você ainda vai enfrentar humanos mesmo, que ficaram loucos com a apocalipse zumbi ou aproveitaram a oportunidade para saquear a ilha e assim por diante.

Por causa dessa imensidão de detalhes e variedades nos zumbis e cenÁrio, vistos na pÁgina anterior, a produtora acabou deixando um pouco de lado a modelagem dos personagens. Mesmo os principais, não têm nem de longe uma aparência aceitÁvel, com expressão e olhares simplesmente ridículos, sem interação alguma com o que estÁ acontecendo na trama.

É impressionante como este aspecto estÁ mal acabado no jogo. Tudo bem que os mortos-vivos não tenham que ter expressões características de humanos, mas também fazer isso com os não-infectados é demais, faz parecer um jogo feito por amadores, de verdade. Especialmente as cutscenes, a falta de expressões dos personagens e a falta de qualquer coisa que possa dar qualquer tipo de emoção ou ligação entre o que estÁ acontecendo e o que a “pessoa” estÁ sentindo, é no mínimo lastimÁvel.  Gostaria de criar aqui um manifesto contra a produtora por cuidar melhor de zumbis do que de pessoas. Direitos Humanos neles, jÁ!

Veja os vídeos abaixo e tire suas conclusões: (ATENÇÃO – SPOILERS ABAIXO)

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Outro problema recorrente em Dead Island na parte grÁfica, é o fato de que, em alguns momentos na jogatina online, algumas texturas do jogo demoram a carregar ou simplesmente ficam pretas. Provavelmente isso acontece devido à sobrecarga da banda do organizador da partida, uma vez que as texturas são muitas, criadas em tempo real e enviadas para até quatro jogadores simultaneamente. São poucas destas falhas e por pouco tempo, mas elas existem, embora não representem sequer 1% do tempo que você jogararÁ no modo multiplayer.

A sonoplastia de Dead Island é algo digno de elogio. Depois de matar algumas dezenas de zumbis, você provavelmente começarÁ a selecionar um pouco mais a sua rota, quantos e quais filhos-do-capeta você vai querer mandar para casa. O problema é que entre fugidas e espreitadas (sim, eu fujo de vÁrios) você pode ter a infelicidade de ouvir grunhidos e gemidos, e isso não significa nada mais além de que alguém te viu, e você tÁ ferrado. Corra o mais rÁpido possível ou equipe-se com o primeiro pedaço de Deus-nos-acuda que você encontrar.

A Techland foi excelente na ambientação do game com relação aos sons emitidos por qualquer que seja o elemento do game, seja pela agonia dos pobres morimbundos em decomposição ou pelo barulho de uma navalha dilacerando suas carnes pútrefes, enquanto esguicham chorume de zumbi.

Porém, como uma nova característica da produtora que estamos conhecendo, sempre tem algo faltando. A dublagem de todos os personagens, em todas as cutscenes é simplesmente horrível, fora do tempo e sem a mixagem perfeita. Péssimo mesmo. Além disso, pelo menos na minha opinião, a trilha sonora do jogo não te induz tanto à imersão como poderia, comparando com outros jogos do gênero, que as vezes não precisam muito mais do que um violino e um piano para te fazer ligar imediatamente para a sua mãe pedindo socorro. A minha , por exemplo, nunca entendeu muito bem o que tem a ver o fato de um tal de Alan acordar e eu ligar dizendo que a amo às 2 da manhã.

A jogabilidade de Dead Island varia conforme a plataforma utilizada. Não que o jogo seja muito diferente de uma para a outra, mas a dificuldade de controle na mira do personagem em consoles fica ainda mais evidenciada neste jogo do que em outros jogos FPSs. Isso acontece porque Dead Island não é um Fisrt Person Shooter comum. Nele, na maior parte do tempo, você não estarÁ utilizando armas de fogo, e sim pedaços de madeira, tacos, machados etc, como jÁ explicado anteriormente.

Devido à essa peculiaridade, ao invés de você mirar no inimigo e atirar onde a mira estÁ apontada, você terÁ que esperar a chegada do zumbi perto o suficiente para que você o acerte, mas longe o bastante para que ele não te alcance. O resultado disso é um problema de timing de porrada, que te faz bater muito antes ou muito depois do necessÁrio, além de em certas ocasiões te deixar meio tonto, perdido entre qual zumbi massacrar e de onde vem aquele dano que o seu personagem estÁ sentindo.

Um problema parecido acontece quando você tem que dirigir algum automóvel no jogo. A esperteza dos criadores fez com que eles mantivessem a visão em primeira pessoa para controlar os carros, o resultado disso é uma dificuldade extrema para conseguir aprender o mecanismo e começar a controlar bem o veículo.

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Felizmente depois de algum tempo de gameplay você começa a se acostumar, pega o tempo certo e começa a se sair melhor, sem que haja maiores prejuízos no desenrolar do jogo.

Sinceramente, a minha opinião, e obviamente que pode haver quem não concorde, é a de que a escolha de fazer o jogo em primeira pessoa não foi uma das melhores. Imagino que se tivessem optado pro fazê-lo em terceira, ou com uma mixagem delas como ocorre em Deus-Ex, quem sabe a jogabilidade teria saído melhorada, pelo menos para as versões dos videogames, uma vez que não hÁ muitos problemas para quem curtiu o jogo nos PCs.

A evolução ao estilo RPG e a possibilidade de manufaturar tipos diferentes de armas foram boas sacadas da produtora, o que criou inúmeras possibilidades de customização. Além, claro, de deixar muito mais divertido. Você pode, por exemplo, adicionar eletricidade a uma espada, veneno, fogo ou até pregos em um bastão de baseball, as possibilidades são enormes.


O modo Multiplayer é uma das virtudes deste jogo. Nele você pode se juntar com mais três amigos de níveis semelhantes e continuar a campanha de quem estÁ como servidor do jogo. Os outros três acompanhantes ganham experiência, dinheiro e o que mais achar pelo caminho, além, claro, de contribuir para a finalização do jogo de seus amigos.

Com a companhia de mais personagens, o jogo ganha em todos os aspectos, fica mais divertido, mais rÁpido, mais interativo e mais fÁcil, embora o último item citado possa ser considerado por alguns como um defeito jÁ que, com a inclusão de novos jogadores, o jogo não balanceia os níveis de dificuldade para adequar-se ao número de combatentes. Por exemplo, suponhamos que em determinado momento da campanha surjam 15 zumbis no singleplayer, caso você entre no multiplayer com mais um amigo, o mesmo lugar terÁ os mesmo 15 mortos-vivos, facilitando o trabalho. Até aí tudo bem. O problema é você ir para o mesmo lugar em quatro pessoas, o que vai dividir os 15 morimbundos em menos de 4 para cada. Muito mais fÁcil, mas não deixa de ser um pequeno detalhe em meio a uma grande diversão online.


Uma das melhores coisas em jogar Dead Island online é o fato de que, com a diversificação de personagens sua habilidades específicas e a variedade nas Árvores de skills, cada um dos quatro companheiros que estão jogando ao mesmo tempo vão ter características totalmente distintas, melhorando a experiência e facilitando o uso de estratégias diferentes. Além de tudo, explorar a ilha e fazer mais quests dão uma sensação de diversão muito maior do que no modo forever alone.


Diversão
Este é o único ponto que não hÁ pontos negativos  – mesmo que pequenos – no jogo. Com Dead Island nas mãos pode ter a certeza de que a diversão estÁ garantida. Massacrar os zumbis, vasculhar a ilha a procura de itens raros e únicos, fazer quests, jogar online, curtir a beleza da ilha, enfim. Com tempo e o mínimo de criatividade você se perderÁ nas horas enquanto se diverte com o mundo criado pela Techland. Se você não ligar o despertador mais próximo é capaz de esquecer que precisa comer para continuar vivo. Lembre-se que a imunidade é muito importante para não deixar os vírus tomarem conta de seu organismo.

Uma anÁlise crítica de Dead Island pode dar uma falsa impressão de que o jogo não é bom. EstÁ claro que o jogo tem uma série de pequenos defeitos, resultado de uma falta de capricho da produtora, porém, isso não significa de maneira nenhuma que o jogo não é divertido ou que não valha a pena. Pelo contrÁrio. Este é sem dúvida um exemplar de um ótimo passatempo, apenas com alguns poréns.

O que nos deixa triste (nós amantes de games) é o fato de que os pequenos problemas existentes no jogo, analisados criteriosamente nas pÁginas anteriores, são fruto de falta de zelo, cuidado, pressa ou o que seja, mas comprometem uma anÁlise geral dele. O que acaba por ser responsÁvel por diminuir tanto a nota que temos que dar nas reviews, quanto a relevância dele no mundo dos games, em comparação com jogos menos divertidos mas que não têm grandes defeitos assinalÁveis. O resultado disso tudo é um jogo bom mas com pontos muito extremos. Tudo em Dead Island ou é muito bom ou é muito ruim, isso estraga um pouco sua conceituação.

Mas, caso você ainda esteja na dúvida se compra o jogo ou não, preste bem atenção às palavras seguintes. Se você gosta do estilo (jogos com zumbis) e queria algo inovador, compre de olhos fechados que a diversão estÁ mais do que garantida. Todavia, se você é daqueles mais perfeccionistas, que acham que alguns pequenos defeitos comprometem a diversão geral ou que não são muito chegados a essa onda de apocalipse zumbi, esqueça e procure outra review para achar seu próximo game da prateleira.

Prós

– Multiplayer divertido

– GrÁficos da ilha fantÁsticos

– Mapa gigantesco e rico em detalhes

– VÁrios tipos de zumbis

– Sonoplastia realista

– Inúmeras quests

– Gameplay longo, com cerca de 70 horas

– Mundo aberto

–  Diversão garantida

Contras

– Enredo mal explicado e pouco explorado. Poucas explicações

– Jogabilidade meio confusa no início

– Modelagem dos personagens ridícula. Expressões faciais pífias

– Cutscenes com qualidade questionÁvel

– Bugs no multiplayer

– Dublagem péssima

– Modo singleplayer um pouco cansativo

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