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O N53Jq busca unir dois elementos conflitantes: alto poder de processamento e portabilidade. Faz parte dos notebooks que rivalizam com desktops de alto desempenho, para aqueles que precisam da mobilidade de um PC para por na mochila, mas também não dispensam o uso de softwares mais pesados ou rodar games.

Vendo superficialmente, o hardware não decepciona com a dupla formada pelo processador Intel Core i7 720QM e a placa de vídeo para portÁteis de segmento médio, a NVIDIA GeForce GT 425. Outros itens importantes também estão presentes, como o USB 3.0 assim como um sistema especial de som, o Bang & Olufsen ICEpower.  Bluetooth e Blu-ray também estão inclusos, tornando o notebook um aparelho bastante completo.

Como se espera de notebooks desta categoria, o peso e a autonomia não são empolgantes, custo a se pagar pelo hardware mais robusto. Vejamos no restante da review até onde vai o N53Jq.

Especificações técnicas
Processador – Intel Core i7 720QM
Chipset – Intel HM55 Express
Memória – DDR3 1066 MHz SDRAM,4 x SO-DIMM (expansível para 16 GB SDRAM)
Display – 15.6″ 16:9 HD (1366×768)
Placa de vídeo – NVIDIA GeForce GT 425M com 1GB DDR3 VRAM
HD – 2.5″ SATA 500 GB (5400RPM)
Driver óptico – Blu-Ray DVD Combo
Leitor de cartão – 5 -in-1 card reader (SD/ MS/ MS Pro/ MS Duo)
Câmera – 2.0 Mega Pixel web camera
Teclado – ABNT2
Dimensões – 39.1 x 26.6 x 3.05 ~4.05 cm (largura x profundidade x altura)
Peso – 2.90 kg

Entradas
Bluetooth: Bluetooth V2.1+EDR
Áudio – Conector para microfone/fone de ouvido
Saída de vídeo – uma porta VGA e uma mini HDMI
USB – duas portas USB 2.0 e uma 3.0
LAN – 10/100/1000 Base T, RJ45 LAN Jack
WLAN – WiFi B/G/N
HDD – E-SATA (USB2.0 Combo) Ports

Chave para deligar/ligar wireless
Áudio Bang & Olufsen ICEpower
SonicMaster
Bateria – seis células de 440 mAh 47 Whrs

Adaptador de energia
Saída : 19 V DC, 4.74 A, 90 W
Entrada : 100 -240 V AC, 50/60 Hz universal


O adjetivo robusto, que serviu para descrever o hardware, também se encaixa bem para o design. Pena que isso não é um elogio. As medidas e o peso do notebook da Asus não são nada discretos, algo dentro do esperado para um notebook desta categoria. O peso beira a casa dos 3 Kg, o que faz o seu dono precisar “juntar coragem” para sair com ele na mochila, algo que, ao menos para uma pessoa com tamanho mediano, é complicado para se carregar no cotidiano.

As dimensões também trazem problemas para o transporte, jÁ que os quase 40 cm de largura não cabem em qualquer mochila ou case. As dimensões maiores trazem, naturalmente, uma tela com um tamanho um pouco maior, com 15,6 polegadas. A tela, por sinal, é um pouco frustrante. No uso cotidiano, ela é excessivamente reflexiva, tornando o uso bastante ruim em locais muito claros. A resolução também decepciona, pois com uma unidade leitora de Blu-ray, e um hardware que roda sem problemas alta definição, o único que não acompanhou “o ritmo FullHD” é a resolução da tela, que parou nos 1366×768, suficiente apenas para um HD (720p).

O teclado é “meio que do tipo full”, com o teclado numérico à direita, mas com uma fusão entre as setas tradicionais e outros elementos do teclado, ficando a seta “para a direita” invadindo o espaço do botão “zero”. É um teclado confortÁvel, com botões amplos, porém esta disposição das setas demanda uma adaptação. Como o teclado que recebemos veio no padrão americano, não pudemos ver como estão distribuídas todas as teclas, jÁ que no Brasil ele é comercializado com teclado ABNT2.

Touchpad é uma questão de gosto, fica difícil descrever o conforto (ou a falta de conforto) de uso. De interessante, este modelo tem possibilidade de comandos multitoque, com os movimentos clÁssicos de pinça para “zoom in” e “zoom out”, por exemplo. Depois de um tempo, me adaptei ao uso, e achei regular a qualidade do touchpad.

O desenho em si é muito bem feito, com linhas suaves e um visual bastante sóbrio e elegante, com o metal escovado compondo a maioria do corpo do notebook. É uma opção interessante para quem quer um notebook com hardware para games, mas não quer um visual muito chamativo, com “luzes verde limão” ou logos agressivos no estilo “chamas e dragões”. Falando em hardware, vamos dar um investigada no que estÁ “embaixo do capô” do Asus N53Jq.

Como dito lÁ na introdução, o hardware tem como ponto forte a dupla processador-VGA, formada pelo Intel Core i7 720QM e a placa grÁfica dedicada NVIDIA GeForce GT 425M. Vamos esmiuçar um pouco cada uma delas.

O processador Intel Core i7 720QM é um processador quad-core (quatro núcleos), podendo chegar a 8 threads e com frequência de operação mÁxima de 1.6 GHz. Com a tecnologia Max Turbo, o processador chega a até 2.8 GHz de operação. É um processador lançado no terceiro trimestre de 2009, e tem como principal característica, hoje, de ser um modelo com desempenho mais alto mas com preço mais acessível, se inserindo assim em um segmento de entrada dos notebooks de alta performance.


Tem uma característica que influencia em dois pontos importantes deste notebook: consumo de energia e dissipação de calor. Gastando até 45 Watts, é um processador que tem um consumo alto, se considerado o segmento de processadores para notebooks. Também produz bastante calor, tornando-se viÁvel apenas em modelos com um sistema mais eficiente de resfriamento. Isto pode ser notado no design do N53Jq, que possui uma grande saída de ar à direita, e na bateria, que em atividades mais pesadas não “segura o tranco” por muito tempo.

Formando a dupla com o i7, a placa grÁfica GeForce GT 425M vem no mesmo embalo, sendo uma placa “bÁsica” do segmento de alto desempenho, com um preço acessível mas com todas as vantagens de uma placa grÁfica dedicada, capaz de deixar o processador “livre e solto” para se preocupar apenas com atividades específicas.


Saída de ar à esquerda no notebook

No restante, o hardware não decepciona, com todos os recursos recentes e importantes, como Bluetooth, drive óptico de Blu-ray, conectividade WiFi B/G/N e USB 3.0. Todo os elementos do hardware fazem com que o N53Jq rode “lisinho” nas atividades cotidianas, sem dever nenhum recurso. Mas claro que quem adquire este notebook jÁ estÁ de olho em outra coisa, e é para isto que vamos agora: testes em jogos!

Antes de irmos para os testes prÁticos, vamos passar pelos testes mais “sintéticos”, como os do PCMark 07 e do WinRAR. Começamos pelo score do próprio Windows 7.

Com este resultado, vemos que o N53Jq rivaliza com vÁrios desktops intermediÁrios, sempre levando em conta que estes testes não demonstram com clareza o possível desempenho da mÁquina em atividades como games.

Com o WinRAR, mais um desempenho dentro do esperado marcando 2.318 pontos, mostrando o potencial do N53Jq como um substituto de um desktop intermediÁrio, assim como o alcançado no PCMark 7, chegando ao bom resultado de 2.135 pontos.


Resultado completo do PCMark 7

Na primeira bateria de teste com jogos começamos com “Aliens vs. Predators”. Aqui o N53Jq não impressiona, sendo possível  rodar o game nele, mas com restrições nos filtros e recursos ativados. Poucas resoluções puderam ser testadas, jÁ que a tela é um limitador considerÁvel, parando nos 1366×768. De qualquer forma, os FPS indicaram que, mesmo que possível, subir mais a resolução não seria algo produtivo.

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Subindo a resolução para 1280×720, voltamos a repetir os testes. O resultado é semelhante ao anterior, mostrando que o gameplay só é fluído, neste jogo, em configurações intermediÁrias, e sem ativar alguns filtros.

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No segundo game testado, o desempenho do N53Jq se mostrou mais uma vez suficiente para jogar o game com filtros e qualidades grÁficas menores, só fica devendo mesmo para aqueles que desejam rodar os jogos com qualidade alta. Em todos os testes o PhysX foi desativado, pois no teste em 1280×720, com todos os filtros desabilitados e apenas o PhysX “on”, o FPS médio foi de 18.4, mostrando que não havia muito sentido em testar com outras configurações.

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No game de corrida da Codemasters tivemos os resultados mais empolgantes do notebook da Asus, se saindo com bom FPS mesmo com configurações mais avançadas. Novamente, paramos os testes em na resolução de 1366×768, o limite que a tela suporta. Com o desempenho melhor, foi possível forçar um pouco mais. A experiência de jogo fica ruim apenas com todos os filtros ativados e configurações no limite.

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Assim como no combo GPU e CPU, o restante dos recursos no N53Jq não decepcionam. O drive óptico suporta os principais formatos de mídias (do Blu-ray ao DVD), possui conexão USB 3.0 e algumas tecnologias diferenciadas, como o sistema de som e um sistema operacional extra.

Entre essas tecnologias, estÁ a Power4Gear, um software de gerenciamento de bateria que jÁ vem instalado. Ele configura os recursos de hardware para diferentes perfis de consumo de energia, com os modos “High Performance”, “Entertainment”, “Quiet Office” e “Battery Saving”. No geral, hÁ pouca diferença entre este sistema e o nativo do Windows 7, sistema operacional do N53Jq. De interessante, temos uma interface mais bem desenhada, incluindo alguns widgets legais de monitoramento do computador. A grande vantagem é mostrar mais que dois perfis de consumo, o grande problema do gerenciador nativo do Windows 7.

O sistema de som notebook também é diferenciado, usando a tecnologia Bang & Olufsen ICEpower. Nos testes aqui na redação, a intensidade e a qualidade do som foram acima da média da maioria dos notebooks, não chegando a ser excepcional nos tons mais graves, algo esperado para este tipo de sistema de som. Mas o ganho de intensidade foi considerÁvel, sem ficar com “cara de rÁdio de pilha”.

JÁ emendamos com o teste de som um “teste de estresse” para a bateria. Rodando um vídeo em FullHD, com o som no limite, com o N53Jq em perfil de “High Performance”, e a autonomia foi de 55 minutos (ou seja, “morreu” bem no meio do filme). Dentro do esperado para um notebook de alto desempenho, em que não se espera muita autonomia. No modo economia, com atividades cotidianas com acessar a web, ele pode aguentar em torno de duas horas. Nada que empolgue, mas dentro do esperado para o perfil do notebook.

Fechando a sequência de tecnologias “extra”, temos um sistema operacional adicional, o Express Gate. A Asus vem equipando vÁrios de seus modelos de notebooks/netbooks com este OS adicional, mais leve e de boot rÁpido (o intervalo entre apertar o botão e usar o sistema é menor que 20 segundos).

Baseado em kernel Linux, consegue acessar a internet (com direito a flash e tudo mais), algumas aplicações mais leves e até jogos bem modestos. A função dele é iniciar de forma mais Ágil, para quem quer apenas abrir um e-mail ou ver uma informação rapidamente na internet. Se decidir ir para o bom e velho Windows, hÁ um botão “entrar OS” na base do sistema, mostrando que o Express Gate tem problemas em se auto-afirmar como um sistema. Um ponto interessante no design é que este OS (sim, Express Gate, você também é um sistema operacional) ganhou um botão para ligar dedicado à esquerda, para quem quer iniciar com ele, algo presente em vÁrios modelos da Asus recentemente.

O Asus N53Jq é um notebook de alto desempenho, com dois problemas intrínsecos de aparelhos desta categoria: tamanho e baixa autonomia. É para aqueles que precisam de alguma mobilidade, mesmo que um tanto limitada, combinada com o hardware potente. É um prato cheio para aqueles que participam de Lan Parties, ou simplesmente não conseguem se acostumar mais com desktops, fazem questão em ter um notebook, mas também não abrem mão de um hardware potente.

A Intel anunciou a vinda dos ultrabooks, classe de netbooks com hardware com maior desempenho que poderão se tornar uma opção para quem quer unir alta performance e mobilidade. Até lÁ, modelos como o N53Jq continuarão como a melhor opção, sem contar que ainda não se sabe até onde chegarÁ o desempenho destes novos aparelhos. Para aqueles que quer um hardware com perfil para games, não vale a pena esperar, jÁ que é pouco provÁvel que os ultrabooks “cheguem a tanto”.


No geral, o notebook se mostrou muito completo, não devendo nenhum recurso recente. Talvez o 3D estereoscópico faça falta para alguém, mas não creio que sejam muitos os que fazem questão disso em seus notebooks. Seu preço não representa nada a favor ou contra, jÁ que estÁ dentro do visto em outros aparelhos com hardware semelhante. É um notebook de entrada no segmento de alto desempenho, com componentes de boa performance e preço acessível. Na jogatina, não decepcionou nem um pouco em uma sessão de “Left4Dead 2” ou “Team Fortress 2”, que apesar de não serem jogos que cobram muito do hardware, mostram que o N53Jq não vai te deixar na mão no “happy hour” com amigos.

Tudo dentro dos conformes, se tornando uma boa opção. Só na tela, dona Asus, que faltou um pouco de capricho. Com custo na faixa dos quase 4.000 reais, o preço deste notebook não justifica esse tipo de “ponta solta”.

Prós

Hardware robusto

Bom sistema de Áudio

Completo. Com USB 3.0, Bluetooth e Blu-ray

Design bonito e elegante

Contras

Tela muito reflexiva e de baixa resolução

Grande, pesado e com pouca autonomia (características deste segmento)

Insuficiente para quem quer games com configurações mais altas

 

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