Índice do Artigo

ANÁLISE: Memory One Interlagos GT SSD

HÁ alguns dias recebemos em primeira mão uma versão de 60GB do Interlagos GT, SSD da marca Memory One que promete competir com qualidade comparÁvel à de marcas conceituadas no mercado, mas com o diferencial de ter um preço mais competitivo, iniciando um processo de popularização desse tipo de produto.


Memory One Interlagos GT 60GB SSD
A Memory One projetou o Interlagos GT Series para atender a altas expectativas com taxas de leitura e escrita sequenciais e aleatórias que levam a produtividade e velocidade do seu notebook ou PC a um novo patamar com 4KB de escrita aleatória a até 10.000 IOPS, oferecendo alta performance em Solid State Drives. Usando a mais nova tecnologia dos controladores SandForce, o Interlagos GT Series oferece um sistema mais rÁpido com menores tempos de resposta, além de melhor refrigeração, menor ruído e maior eficiência elétrica comparado aos tradicionais HDs mecânicos.

O Memory One Interlagos GT Series foi projetado para aqueles que procuram velocidade, confiabilidade e eficiência. Compatível com SATA 3GB/s, o Interlagos GT Series integra todas as plataformas portÁteis e desktop com TRIM support para otimização da performance e aumento da vida útil do SSD.

O SSD Memory One Interlagos GT series é assegurado por três anos de garantia e duas milhões de horas MTBF para maior comodidade.

– Vel. Leitura: até 285 MB/s
– Vel. Escrita: até 275 MB/s
– Escrita contínua:  até 250 MB/s
– Leitura aleatória 4KB (alinhada): 10.000 IOPS
– Capacidade: 60GB(modelo cadastrado na biblioteca), 120 GB, 180GB e 240 GB

•    Suporte Nativo TRIM
•    Tempo de procura: 0.1ms
•    Design 2.5”
•    99.8 x 69.63 x 9.3 MM
•    Peso: 77g
•    Temperatura operacional: 0°C ~ 70°C
•    Temperatura de storage -45°C ~ +85°C
•    Baixo consumo: 2W em operação e 0.5W em repouso
•    Resistente a choque até 1500G
•    Suporte RAID
•    AdaptÁvel para 3.5” para PCs
•    Compatível com Windows XP, Vista, 7, Mac OS X e Linux
•    MTBF: 2 milhões de horas
•    3 anos de garantia

O solid-state drive (SSD) é um disco de armazenamento de dados que utiliza módulos de memória NAND Flash (microchips) onde são mantidas as informações. Diferente dos hard disk drives (HDD) que utilizam discos magnéticos e cabeçotes para leitura/escrita, os SSD não possuem peças móveis para o processo de leitura, gravação e armazenamento dos dados.


Imagem ampliada do SSD. Fonte: How It Works

Os dados são armazenados em chips, na mesma lógica do HDD, no padrão de zeros e uns. Cada bit é alocado em um transistor microscópico, mil vezes mais fino que um fio de cabelo. Quando “em branco”, todos os transistores estarão sem carga, o que representa o valor “1”. Para gravar o valor “0”, o transistor é carregado com elétrons (e-), ficando com com carga negativa em um extremo, e tornando-se positivamente carregado no outro extremo (B).


(A) Base do microchip, (B) extremo carregado positivamente e (C) extremo carregado negativamente. Imagem ampliada 110 mil vezes. Fonte: How It Works

A leitura é feita lançando uma corrente elétrica através da base do chip (A). Onde não houver carga, a corrente circularÁ livremente e retornarÁ o valor “1”. JÁ nas partes que foram carregadas com elétrons, a corrente não conseguirÁ passar, e serÁ registrado o valor “0”.

Para gravar dados, é preciso lançar elétrons em um transistor na frequência específica de 20 volts. Só assim os elétrons mudam de posição e altera-se o valor do bit. Essa estabilidade é o motivo que garante menos perdas de dados em caso de choque, e também diminui o consumo de energia para manter os dados. A leitura por corrente elétrica também é muito mais Ágil que a leitura por cabeçotes dos HDDs, pois não necessita da aceleração do giro do disco, e também é praticamente irrelevante a localização do bit no espaço físico do driver de armazenamento.

Temos algumas diferenças “gritantes” entre SSD e HD. Vamos falar um pouco mais de três que julgamos estar entre as principais. Fica difícil determinar qual é mais relevante, sendo que em todas elas temos uma disparidade muito grande na performance. Dessa forma, abordaremos um pouco cada uma das principais diferenças.


Barulho
A diferença é simples, o HD faz o barulho clÁssico das agulhas procurando os dados nos discos, jÁ o SSD faz …… ops, ele não faz barulho, isso mesmo, nenhum SSD emite ruído algum, característica muito importante para muitos usuÁrios. Mesmo que um HD não seja um dos componentes mais barulhentos de um computador, se ele fizer pouco barulho (ou nenhum, como no caso de um SSD), melhor.

Temperatura
HDs mais recentes, por possuírem maior velocidade e capacidade, se tornaram bastante compactos internamente, gerando mais calor. Com isso, ajudam a aumentar a temperatura interna de um gabinete, principalmente em notebooks, onde existe pouco espaço e a dissipação do calor é precÁria.

Na comparação com um HD, o SSD tem uma temperatura menor em…… ops, SSD não esquenta! E quando dizemos que não esquenta, não é que ele “esquenta menos” ou “pouco”, ele não esquenta mesmo, fica totalmente frio. Para nível de comparação, ao usarmos um termômetro a laser, a diferença da temperatura dele desligado para a alcançada durante os testes de performance foi de menos de 0,5 graus.

Velocidade
Completando as três principais características temos a velocidade. Mesmo com a significativa diferença dos dois primeiros pontos acima, a velocidade é um dos aspectos que mais atraem os usuÁrios, justamente porque, no caso específico desse tipo de produto, vai impactar diretamente o tempo das ações, tornando a mÁquina mais rÁpida seja para carregar o sistema operacional e alguns aplicativos, seja na transferência de dados.

Para muitos, esse ganho de velocidade não representa muita coisa. JÁ para outros, faz toda a diferença.

Enquanto nos discos magnéticos a velocidade é medida em RPMs (rotações por minuto), ou seja, uma velocidade angular, nos SSDs o desempenho é mensurado normalmente em MB/s, valor da taxa de transferência dos dados, seja de escrita ou leitura. Dessa forma, não é possível fazer uma comparação direta de desempenho entre um SSD e HD apenas pela “leitura” de suas especificações. É preciso partir para testes de desempenho.

Vale destacar também que opções na BIOS e no sistema operacional fazem toda a diferença no uso de um SSD, como ativar a opção AHCI nas opções de modo SATA. Fazendo isso seu sistema trabalharÁ de forma mais rÁpida com o drive SSD. Vale ressaltar que isso pode impactar no sistema operacional. Caso dê algum problema, basta retornar ao modo anterior. O ideal é fazer essa mudança antes da instalação do sistema. Dizem que utilizar modo RAID mesmo tendo apenas um HD também é uma boa alternativa, jÁ que o sistema automaticamente direcionaria o modo ideal, desde que se faça a alteração antes de instalar o sistema operacional.

Outras diferenças
Além das três diferenças citadas acima, temos outras também muito importantes. Primeiro o tamanho, jÁ que o padrão de drives SSD é 2.5, diferente de HDs que é 3.5. Também temos o fator peso, muito menor em um SSD. Os componentes utilizados em um SSD são bem mais leves que em um HD, isso que dizer que mesmo um SSD com tamanho de 3.5 seria mais leve que um HD de mesmo tamanho.

Entre outros fatores favorÁveis ao SSD, temos o consumo de energia menor. Além disso, vale ressaltar a durabilidade em impactos, tornando um SSD bem mais resistente. Isso porque ele não possui as famosas “agulhas” e “discos” onde os dados são gravados, mas, como vimos, pequenas “memórias”.

Com todos esses benefícios, é de se esperar mais uma grande diferença entre um SSD e um HD: PREÇO. Mesmo jÁ no mercado hÁ alguns anos, a queda de preço dos SSD vem sendo lenta, mantendo-os ainda bem caros, um dos motivos de ainda não terem se popularizado. Para terem ideia, um modelo de 120GB de marcas como Corsair e OCZ custa cerca de R$ 750,00 aqui no país, valor que daria para comprar cerca de quatro HDs de 1TB, espaço superior em mais de 33 vezes sobre o modelo que estamos analisando. No entanto, existem modelos de SSD mais baratos, como é o caso do que nós estamos analisando.

Abaixo imagens e uma foto do SSD Interlagos GT de 60GB da Memory One.

Como recebemos uma versão do SSD em primeira mão, que ainda nem estÁ nas lojas, estamos colocando algumas fotos oficiais da Memory One, jÁ que o modelo que recebemos não possui nenhum “adesivo” contendo informações do produto ou da marca, diferente das imagems abaixo, mostrando como ele serÁ para o consumidor.


Abaixo uma foto que tiramos após abrir o SSD, mostrando que esse modelo da Memory One utiliza tecnologia desenvolvida pela OCZ, o que logicamente é um ponto a favor, jÁ que a empresa é líder nesse segmento.


Utilizamos uma mÁquina TOP de linha baseada em uma mainboard LGA 1366 com um Core i7 980X. Abaixo, detalhes completos:

MÁquina utilizada nos testes:
– Mainboard Asus Rampage III Formula
– Processador Intel Core i7 980X
– Placa de vídeo XFX Radeon HD 6970
– Memórias 4 GB DDR3-1600MHz Corsair Vengeance
– Fonte Thermaltake TR2 RX-450
– Cooler Cooler Master V6

Sistema Operacional e Drivers:
– Windows 7 64 Bits
– Intel INF 9.1.1.1025
– ATI Catalyst 11.2 WHQL

Aplicativos:
– SiSoftware Sandra 2011
– PCMark Vantage
– HD Tune Pro (Trial) 4.60
– ATTO Disk Benchmark 2.46

Temperatura
Como comentamos anteriormente, um dos grandes trunfos de um SSD frente a um HD estÁ associado à temperatura, jÁ que o SSD não gera calor algum, dessa forma ele ficarÁ em temperatura ambiente.

É importante destacar que, como o SSD não gera calor, melhora consideravelmente o “ambiente” onde ele estiver, pois não demanda um sistema de resfriamento adicional, seja em um gabinete, notebook ou case externo.

Fizemos alguns testes de performance com aplicativos específicos para benchmarks. Vale destacar que o modelo da Memory One é de 60GB, portanto, pode existir alguma diferença na comparação com modelos de 120GB em certos testes.

SiSoftware Sandra 2011
O Sandra possui dois testes interessantes para SSD, um chamado File Systems e outro Physical Disks.

Como podemos ver abaixo, no primeiro teste o Interlagos GT ficou consideravelmente atrÁs do Agility 2, segundo colocado na tabela.

{benchmark::1717}

JÁ no teste Physical Disk, o SSD da Memory One se recupera e fica empatado tecnicamente com os dois demais modelos de SSD, inclusice pouco à frente na tabela.

{benchmark::1718}

PCMark Vantage
Com o PCMark Vantage o desempenho do Interlagos GT foi bastante bom frente aos demais modelos. Mesmo na terceira posição, tem um score bom, ficando 10% atrÁs do Agility 2 da OCZ.

{benchmark::1719}

Também utilizamos o benchmark em modo “leitura (read)” do HD Tune Pro, um dos mais reconhecidos do mercado.

Abaixo podemos ver resultados bastante curiosos com o HD Tune, mostrando que o Interlagos GT consegue competir de igual para igual com os demais modelos nos testes em vÁrias situações.

Todos ficaram empatados tecnicamente na taxa de transferência mÁxima.

Em “average” o Interlagos GT ficou em primeiro lugar, graças ao seu score no tempo de acesso, que pesa mais no calculo final. Quando falamos de transferência mínima, novamente hÁ um empate técnico com o Agility 2, com o Force Series F120 na dianteira.

{benchmark::1720}

Abaixo, as telas originais dos testes, que mostram também o tempo de leitura de cada um dos modelos.

ATTO Benchmark
Para finalizar os testes, abaixo temos o comportamento de todos os SSDs em cima do ATTO Benchmark, outro conceituado utilitÁrio que testa performance desse tipo de produto.

Podemos ver que mesmo com bom desempenho, o Interlagos GT ficou abaixo dos modelos da Corsair e OCZ, diferente de outros testes nos quais ele se comportava praticamente igual.


SSD é o sonho de consumo de muita gente, mas a maioria deixa de comprar quando vê o preço que esse tipo de produto tem. A idéia da Memory One é começar a popularizar o produto no Brasil, sem que para isso o usuÁrio tenha que optar por um produto de baixa qualidade. Possuindo parceria tecnologica com Patriot e OCZ, a empresa lança a linha Interlagos GT, com qualidade equipada a modelos de marcas jÁ conceituadas, normalmente destinadas ao público entusiasta.

Como vimos nos testes, o modelo de 60GB testado se saiu muito bem, conseguindo brigar de igual para igual com o Force Series F120 da Corsair e com o Agility 2 da OCZ, ambos modelos custando acima de R$ 750 reais em média. Para termos uma comparação de preço, o modelo de 120GB da série Interlagos GT deve custar na casa de R$ 600 reais, jÁ o modelo que testamos (de 60GB), em média deve sair por R$ 400 reais, até menos em alguns sites de acordo com a empresa. Ainda de acordo com a Memory One, a série Interlagos GT vem para disputar mercado com modelos de Kingston e Intel, com preço parecido, mas com desempenho semelhante a modelos destinados ao segmento entusiasta.

É caro? Sim, SSDs ainda são caros, mas o fato de ter novas marcas procurando seu espaço sem deixar de lado a qualidade, obriga as demais marcas a diminuirem seus preços. Isso, consequentemente, torna viÁvel a compra desse tipo de produto, hoje ainda muito questionado na comparação com HDs, principalmente pelo custo benefício e do espaço disponível na comparação entre eles.

Participe do grupo de ofertas do Adrenaline

Participe do grupo de ofertas do Adrenaline

Confira as principais ofertas de hardware, componentes e outros eletrônicos que encontramos pela internet. Placa de vídeo, placa-mãe, memória RAM e tudo que você precisa para montar o seu PC. Ao participar do nosso grupo, você recebe promoções diariamente e tem acesso antecipado a cupons de desconto.

Entre no grupo e aproveite as promoções