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ANÁLISE: Corsair Force Series F120 SSD

Em novembro do ano passado fizemos nossa primeira anÁlise de um SSD, modelo OCZ Agility 2 SSD 120GB. Agora trazemos uma nova review, de um modelo que concorre diretamente com o analisado anteriormente, mas da marca Corsair que, assim como a OCZ, tem grande respeito pela qualidade de seus produtos.

Diferente da primeira review, evitaremos fazer comparações de SSD vs HD no que diz respeito aos testes, apesar de mantermos os resultados de um HD para base de comparação, importante principalmente para quem não conhece esse tipo de hardware e não sabe das diferenças.

Corsair Force Series F120 SSD
Como podemos ver, seu tamanho é idêntico ao da maioria dos SSDs, no formato padrão 2.5, utilizado em praticamente todos os modelos do mercado, apesar do recente anúncio da Intel do desenvolvimento de um tamanho ainda menor.


A Force Series possui seis modelos de capacidades diferentes, 40GB, 60GB, 90GB, 120GB (modelo que estamos analisando), 180GB e 240GB.

Abaixo, suas principais características.

  • Sequência mÁxima de leitura: 285 MB/segundo
  • Sequência mÁxima de escrita: 275 MB/segundo
  • Desempenho aleatório de 4K de escrita em 50,000 IOPS (4K alinhados)
  • Última geração do controlador SandForce e memória MLC NAND para alto desempenho
  • Conectividade interna SATA II
  • Suporte TRIM (requerido pelo Sistema Operacional)
  • Sem partes removíveis para maior durabilidade e operações mais silenciosas se comparado a hard-disks padrões
  • Baixo uso de energia para melhor desempenho da bateria em notebooks/netbooks
  • Formato 2.5″
  • Inclui base adaptadora de 2.5″ para 3.5″
  • Três anos de garantia

O solid-state drive (SSD) é um disco de armazenamento de dados que utiliza módulos de memória NAND Flash (microchips) onde são mantidas as informações. Diferente dos hard disk drives (HDD) que utilizam discos magnéticos e cabeçotes para leitura/escrita, os SSD não possuem peças móveis para o processo de leitura, gravação e armazenamento dos dados.


Imagem ampliada do SSD. Fonte: How It Works

Os dados são armazenados em chips, na mesma lógica do HDD, no padrão de zeros e uns. Cada bit é alocado em um transistor microscópico, mil vezes mais fino que um fio de cabelo. Quando “em branco”, todos os transistores estarão sem carga, o que representa o valor “1”. Para gravar o valor “0”, o transistor é carregado com elétrons (e-), ficando com com carga negativa em um extremo, e tornando-se positivamente carregado no outro extremo (B).


(A) Base do microchip, (B) extremo carregado positivamente e (C) extremo carregado negativamente. Imagem ampliada 110 mil vezes. Fonte: How It Works

A leitura é feita lançando uma corrente elétrica através da base do chip (A). Onde não houver carga, a corrente circularÁ livremente e retornarÁ o valor “1”. JÁ nas partes que foram carregadas com elétrons, a corrente não conseguirÁ passar, e serÁ registrado o valor “0”.

Para gravar dados, é preciso lançar elétrons em um transistor na frequência específica de 20 volts. Só assim os elétrons mudam de posição e altera-se o valor do bit. Essa estabilidade é o motivo que garante menos perdas de dados em caso de choque, e também diminui o consumo de energia para manter os dados. A leitura por corrente elétrica também é muito mais Ágil que a leitura por cabeçotes dos HDDs, pois não necessita da aceleração do giro do disco, e também é praticamente irrelevante a localização do bit no espaço físico do driver de armazenamento.

Temos algumas diferenças “gritantes” entre SSD e HD. Vamos falar um pouco mais de três que julgamos estar entre as principais. Fica difícil determinar qual é mais relevante, sendo que em todas elas temos uma disparidade muito grande na performance. Dessa forma, abordaremos um pouco cada uma das principais diferenças.


Barulho
A diferença é simples, o HD faz o barulho clÁssico das agulhas procurando os dados nos discos, jÁ o SSD faz …… ops, ele não faz barulho, isso mesmo, nenhum SSD emite ruído algum, característica muito importante para muitos usuÁrios. Mesmo que um HD não seja um dos componentes mais barulhentos de um computador, se ele fizer pouco barulho (ou nenhum, como no caso de um SSD), melhor.

Temperatura
HDs mais recentes, por possuírem maior velocidade e capacidade, se tornaram bastante compactos internamente, gerando mais calor. Com isso, ajudam a aumentar a temperatura interna de um gabinete, principalmente em notebooks, onde existe pouco espaço e a dissipação do calor é precÁria.

Na comparação com um HD, o SSD tem uma temperatura menor em…… ops, SSD não esquenta! E quando dizemos que não esquenta, não é que ele “esquenta menos” ou “pouco”, ele não esquenta mesmo, fica totalmente frio. Para nível de comparação, ao usarmos um termômetro a laser, a diferença da temperatura dele desligado para a alcançada durante os testes de performance foi de menos de 0,5 graus.

Velocidade
Completando as três principais características temos a velocidade. Mesmo com a significativa diferença dos dois primeiros pontos acima, a velocidade é um dos aspectos que mais atraem os usuÁrios, justamente porque, no caso específico desse tipo de produto, vai impactar diretamente o tempo das ações, tornando a mÁquina mais rÁpida seja para carregar o sistema operacional e alguns aplicativos, seja na transferência de dados.

Para muitos, esse ganho de velocidade não representa muita coisa. JÁ para outros, faz toda a diferença.

Enquanto nos discos magnéticos a velocidade é medida em RPMs (rotações por minuto), ou seja, uma velocidade angular, nos SSDs o desempenho é mensurado normalmente em MB/s, valor da taxa de transferência dos dados, seja de escrita ou leitura. Dessa forma, não é possível fazer uma comparação direta de desempenho entre um SSD e HD apenas pela “leitura” de suas especificações. É preciso partir para testes de desempenho.

Vale destacar também que opções na BIOS e no sistema operacional fazem toda a diferença no uso de um SSD, como ativar a opção AHCI nas opções de modo Sata. Fazendo isso seu sistema trabalharÁ de forma mais rÁpida com o drive SSD. Vale ressaltar que isso pode impactar no sistema operacional, caso de algum problema, basta retornar o modo anterior. O ideal é fazer essa mudança antes da instalação do sistema. Dizem que utilizar modo RAID mesmo tendo apena sum HD também é uma boa alternativa, jÁ que o sistema automaticamente direcionaria o modo ideal, desde que faça a alteração antes de instalar o sistema operacional.

Outras diferenças
Além das três diferenças citadas acima, temos outras também muito importantes. Primeiro o tamanho, jÁ que o padrão de drives SSD é 2.5, diferente de HDs que é 3.5. Também temos o fator peso, muito menor em um SSD. Os componentes utilizados em um SSD são bem mais leves que em um HD, isso que dizer que mesmo um SSD com tamanho de 3.5 seria mais leve que um HD de mesmo tamanho.

Entre outros fatores favorÁveis ao SSD, temos o consumo de energia menor. Além disso, vale ressaltar a durabilidade em impactos, tornando um SSD bem mais resistente. Isso porque ele não possui as famosas “agulhas” e “discos” onde os dados são gravados, mas, como vimos, pequenas “memórias”.

Com todos esses benefícios, é de se esperar mais uma grande diferença entre um SSD e um HD: PREÇO. Mesmo jÁ no mercado hÁ alguns anos, a queda de preço dos SSD vem sendo lenta, mantendo eles ainda bem caros, um dos motivos de ainda não se popularizarem. Para terem ideia, o modelo que estamos analisando custa cerca de R$ 750,00 aqui no país, valor que daria para comprar cerca de quatro HDs de 1TB, espaço superior em mais de 33 vezes sobre o modelo que estamos analisando. No entanto, existem modelos de SSD mais baratos.

Abaixo, uma série de fotos do Force Series F120 SSD da Corsair.

Entre as imagens, uma dÁ noção de tamanho do SSD ao lado de um smartphone, uma moeda e uma caneta, além de algumas colocando lado a lado os dois SSD utilizados nos testes.

Vale destacar que o modelo da OCZ é bem massificado atualmente no Brasil, provavelmente é a marca com maior entrada em nosso país nesse tipo de produto.

Outro ponto interessante do F120 SSD da Corsair (assim como no modelo da OCZ), é que ele acompanha um adaptador para ser encaixado em baias de HD (3.5), facilitando sua conexão em gabinetes que não tenham um espaço exclusivo para HDs de 2.5, a maioria, diga-se de passagem.


Utilizamos uma mÁquina TOP de linha baseada em uma mainboard LGA 1366 com um Core i7 980X. Abaixo, detalhes completos:

MÁquina utilizada nos testes:
– Mainboard Asus Rampage III Formula
– Processador Intel Core i7 980X
– Placa de vídeo XFX Radeon HD 6970
– Memórias 4 GB DDR3-1600MHz Corsair Vengeance
– Fonte Thermaltake TR2 RX-450
– Cooler Cooler Master V6

Sistema Operacional e Drivers:
– Windows 7 64 Bits
– Intel INF 9.1.1.1025
– ATI Catalyst 11.2 WHQL

Aplicativos:
– SiSoftware Sandra 2011
– PCMark Vantage
– HD Tune Pro (Trial) 4.60
– ATTO Disk Benchmark 2.46

Temperatura
Como comentamos anteriormente, um dos grandes trunfos de um SSD frente a um HD estÁ associado à temperatura, jÁ que o SSD não gera calor algum, dessa forma ele ficarÁ em temperatura ambiente.

É importante destacar que, como o SSD não gera calor, melhora consideravelmente o “ambiente” onde ele estiver, pois não demanda um sistema de resfriamento adicional, seja em um gabinete, notebook ou case externo.

Fizemos alguns testes de performance com aplicativos específicos para benchmarks. Confiram a seguir:

SiSoftware Sandra 2011
O Sandra possui dois testes interessantes para SSD, um chamado File Systems e outro Physical Disks.

Abaixo vemos o resultados dos modelos de SSD em ambos os testes, mostrando que a diferença entre os dois é muito pequena, com leve vantagem para o Force Series F120 da Corsair sobre o Agility 2 da OCZ.

{benchmark::1457}

{benchmark::1458}

PCMark Vantage
Com o PCMark Vantage, a diferença entre os dois modelos aumenta um pouco, com o F120 quase 10% à frente do Agility 2.

{benchmark::1460}

Também utilizamos o benchmark em modo “leitura (read)” do HD Tune Pro, um dos mais reconhecidos do mercado.

Abaixo podemos ver como ambos os modelos se comportaram, mostrando o score mÁximo/médio e mínimo de cada um. Assim como no Sandra, a diferença entre os dois é pequena, mas novamente o Force Series F120 leva vantagem sobre o Agility 2.

{benchmark::1459}

Abaixo, as telas originais dos testes, que mostram também o tempo de leitura de cada um dos modelos.

ATTO Benchmark
Para finalizar os testes, abaixo temos o comportamento de ambos os SSD´s em cima do ATTO Benchmark, outro conceituado utilitÁrio que testa performance desse tipo de produto.

Reparem que a diferença entre ambos os modelos é bem pequena, com ligeira vantagem para o Force Serie F120 da Corsair.


Assim como o Agility 2, que testamos no final do ano passado, o Force Series F120 da Corsair é uma excelente opção de SSD para quem procura um modelo intermediÁrio/TOP. Ele possui taxas de leitura/escita e tempo de acesso ótimos para esse segmento.

Logicamente, devido ao seu espaço para armazenamento de dados não ser o ideal para os dias de hoje, o recomendado é utilizÁ-lo como base de instalação do sistema operacional. Além disso, é uma ótima opção para guardar arquivos acessados com maior regularidade, seja a própria instalação de um programa, ou mesmo organização de outros arquivos utilizados na rotina do trabalho.

Infelizmente, o que ainda barra a popularização dos SSDs é seu preço, que reluta em diminuir, sendo muito normal encontrar modelos de 64GB variando de R$ 400 a R$500 reais, valor bastante caro se colocarmos no papel o benefício que ele vai trazer para a maioria das pessoas frente a um HD de 2TB por exemplo. Esse modelo de 120GB custa, em média, R$750,00.

Mesmo com o alto preço, recomendamos o produto, por se tratar de uma das melhores opções do mercado nessa média de preço.

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