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É com satisfação que apresentamos aos nossos leitores o novo “xodó” da Intel, o Core i7 980X (geração Gulftown), super processador que jÁ chega ao mercado trazendo consigo alguns recordes, como por exemplo, ser a primeira CPU do mundo equipada com seis núcleos (mais conhecidos como cores) e a quebrar a marca de 1 bilhão de transistores.

Não é de hoje que a indústria do silício vem desenvolvendo processadores com múltiplos núcleos. Embora os Pentiums D tenham sido os primeiros a “ensaiarem” tal feito, foi efetivamente em 2006 que o mercado recebeu CPUs com multi-core “legítimos”, com a linha Core 2 Duo da própria Intel.

O motivo para a adoção dessa prÁtica parece estar amparado no atual modelo de fabricação de chips, que utiliza como estrutura base a pastilha de silício. Ao que parece (pelo menos comparando os processadores dos últimos anos), o limite da frequência de operação de um processador construído no atual modelo estaria na casa dos 3.6-4.0Ghz – sem levar em conta é claro, o artifício do overclock. Embora alguns especialistas acreditem que ainda haja espaço para esse limite, fala-se isso implicaria em um baixo custo x benefício, tanto para a empresa, quanto para o consumidor. A saída para a construção de processadores mais velozes estÁ, então, na fabricação de chips com mais núcleos. É claro que tal prÁtica requer um certo “entrosamento” entre a indústria de hardware e de software para que os aplicativos possam se beneficiar da presença de vÁrios núcleos/threads. Felizmente, nos últimos dois anos, cada vez mais programas “inteligentes” vêm sendo desenvolvidos e lançados no mercado.



Processador Intel Core i7 980X (Gulftown)

Em 2009, a Intel deu um passo importante na sua história ao lançar uma nova família de processadores, que trouxe muitas novidades não apenas em termos de conceitos e tecnologias, mas também na sua própria nomenclatura. Falando nisso, a companhia, de certa forma, mais uma vez ousou no batismo dos processadores ao tirar de cena o recém-consagrado esquema Core 2 XXX (Duo/Quad) para a chegada do Core iX (3/5/7). Foi o caso das linhas Core i7 séries 900/800, voltadas para o segmento TOP, e Core i5 série 700, para o intermediÁrio de alta performance.

O ano de 2010 estÁ bastante agitado para a indústria do silício, especialmente para a Intel, que estÁ expandindo sua linha de processadores. Foi o caso do recém-lançado Clarkdale (Core i5-600, Core i3-500 e Pentium G6950) com litografia de 32nm, voltado para os segmentos de baixo custo e intermediÁrio.

Por falar em litografia, esse é outro grande diferencial (além dos seis núcleos) em relação à geração Bloomfield (Core i7- 900). O refinamento no processo de fabricação do chip possibilitou, por exemplo, a adição de uma quantidade expressiva de transistores, dois núcleos extras e mais memória cache, sem, no entanto, aumentar o consumo de energia.

O Adrenaline foi um dos poucos e seletos portais de tecnologia de todo o mundo a receber da Intel um conjunto composto pelo processador Core i7-980X e pela placa mãe DX58SO, equipada com a nova revisão do chipset X58 Express, especialmente desenhado para a nova geração Gulftown.

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Tudo começou em 2008, quando a Intel lançou os primeiros processadores da, então, nova arquitetura Nehalem, os Core i7 (codinome Bloomfield). Eles representaram a próxima etapa da tecnologia de núcleos múltiplos para a companhia, maximizando de forma inteligente o desempenho para atender à crescente carga de trabalho dos usuÁrios. Com projeto totalmente novo para beneficiar-se da microarquitetura Intel Core high-k de 45nm de última geração, os Nehalems liberaram desempenho de processamento paralelo, habilitado por uma controladora de memória integrada e pela tecnologia Intel QuickPath, proporcionando interconexões de alta velocidade para cada núcleo de processamento.

Com a chegada do Core i7 980X, a Intel celebra uma espécie de refinamento da microarquitetura Nehalem, chamada Gulftown, que traz como grande novidade o processo de fabricação High-k mais refinado em 32nm, além é claro, da adição de dois novos núcleos.



Die do processador Core i7 980X (Gulftown)

A transição completa do processo de fabricação de 45nm para 32nm custarÁ aos cofres da Intel, ao longo dos próximos dois anos, a impressionante cifra de US$ 7 bilhões. Em contrapartida, a migração para o novo processo resultarÁ em uma diminuição de 41% do tamanho dos transistores. Além disso, reduzirÁ custos e abrirÁ espaço para aumento de clock ou adição de mais núcleos, e claro, melhorarÁ a relação performance/consumo de energia. Dessa forma, a companhia pretende permanecer à frente da concorrência no que diz respeito às inovações tecnológicas advindas de uma nova litografia.

Vale ressaltar que a Intel chama seu processo de refinamento dos chips de “tick-tock”. A fase “tick” é marcada pela migração para um novo processo de fabricação de uma arquitetura existente, enquanto a “tock” consiste no desenvolvimento de uma nova microarquitetura de processadores, mantendo a mesma litografia da geração anterior.

Como resultados do novo processo, o Gulftown tem um ganho de 22% na performance dos transistores frente ao Bloomfield. Quanto à fuga de corrente elétrica, o ganho chega a mais de cinco vezes em relação aos transistores NMOS de 45nm e mais de dez vezes se comparado aos transistores PMOS. Dessa forma, abre-se espaço para o design de circuitos menores e com melhor relação no quesito desempenho/consumo de energia.

Por falar em energia, os engenheiros da Intel se superaram ao desenvolverem a geração Gulftown. Apesar de contar com dois núcleos e 4MB de cache a mais que o Bloomfield (como é o caso do Core i7 975), o Core i7 980X tem die menor que seu “irmão mais velho”. São 248mm2 contra 263mm2. E com um grande detalhe: enquanto o Bloomfield possui 731 milhões de transistores, o Gulftown excede a marca de 1 bilhão! Para ser mais exato, são, ao todo, 1,17 bilhão de transistores. Para quem ainda não estÁ convencido da eficiência da engenharia do processador, aí vai mais um dado: Ambas as gerações possuem o mesmo TDP em 130W!

A título de curiosidade, a Intel planeja migrar para os 22nm jÁ no próximo ano (processo conhecido como P1270) e chegar, em 2013, aos 16nm (P1272).

No que diz respeito à arquitetura, estruturalmente falando, o Gulftown é bem semelhante ao Bloomfield. Isto é, a comunicação do chip via demais interfaces ocorre pela persença de uma controladora de memória integrada ao die em conjunto com o chipset X58 para se interligar com o PCI Express e GPU.

Isso não é uma mera coincidência. É que a Intel desenvolveu a microarquitetura Nehalem de forma modular e escalÁvel, acrescentando ou removendo partes de forma que se ajuste à necessidade do projetado. Fazendo uma analogia bem simples e grosseira, seria algo parecido com o Lego. Ou seja, caso seja desenvolvido um processador mais robusto, basta acrescentar algumas partes à arquitetura, dispensando o trabalho, tempo e custo para ter que ir à prancheta e redesenhar todo o layout da CPU.

É possível, por exemplo, adicionar ou remover núcleos, memória cache L3, canais de memória (dual, triple ou quad channel), controladores de memória, recursos de gerenciamento de energia ou mesmo unidades grÁficas integradas.

Basicamente, a limitação da microarquitetura Nehalem estÁ no tamanho do die do chip. Ou seja, enquanto houver espaço, a Intel pode adicionar módulos e estruturas ao processador.

Voltando aos recursos da arquitetura do Core i7-980X, cada um dos seis núcleos conta com 64KB de memória cache dedicada e 256KB de L2. JÁ a memória L3 totaliza nada mais nada menos do que 12MB e é do tipo compartilhada, o que torna seu uso bem mais eficaz, por exemplo, para aplicações que exigem bastante cache, mas que seja limitado a apenas um thread.

Um dos destaques por trÁs do Gulftown estÁ na presença do Quick Path Interconnect (QPI), que serÁ abordado com mais detalhes posteriormente. Resumidamente, a tecnologia eliminou o gargalo presente no Front Side Bus (FSB) – presente por muitos anos nos processadores da Intel – resultando em maior agilidade nas trocas de dados com os demais componentes e periféricos do sistema.

Outra vantagem da nova geração Gulftown é a compatibilidade com o socket LGA 1366 advinda do Bloomfield. Isso reduz o custo da adoção da nova plataforma, uma vez que o Core i7 980X é compatível com as atuais placas mães X58, embora seja necessÁria a atualização da BIOS em alguns casos.

Abaixo, temos as principais características do Processador Intel Core i7-980X:

• Processamento Six Core: Utiliza seis núcleos independentes de processamento na mesma frequência em um único pacote físico;

• Frequência Base do Processador: 3.33 GHz;

• Frequência da Tecnologia Intel Turbo Boost: Aumenta dinamicamente o clock do processador para até 3.60GHz quando os aplicativos demandam mais desempenho. Velocidade quando você precisa ou eficiência no consumo de energia quando a rapidez não é tão necessÁria;

• Tecnologia Intel Hyper-Threading: 12 threads fornecem uma incrível capacidade de processamento para melhor desempenho multitarefa e em aplicativos paralelizados. Faz mais, com menos tempo de espera;

• Intel Smart Cache: 12MB de cache compartilhado permitem um acesso mais rÁpido aos seus dados ao habilitar a alocação dinâmica e eficiente do cache para suprir as necessidades de cada núcleo, reduzindo significativamente a latência dos dados usados com frequência e melhorando o desempenho do sistema;

• Controlador de Memória integrado: Traz suporte para três canais de memória DDR3-1066. Oferece melhor desempenho de leitura/gravação por meio de algoritmos eficientes pré-carregados, menor latência e maior largura de banda para a memória.


A microarquitetura Nehalem, na qual o Gulftown é baseado, foi altamente elogiada durante a sua apresentação de lançamento por trazer melhorias importantes e novidades em termos estruturais à linha de processadores Intel. Embora traga ainda alguns recursos derivados da antiga microarquitetura P6 original, lançada no Pentium Pro em 1995, e mais recentemente da microarquitetura Penry (Core 2 ), os engenheiros da Intel acrescentaram significativos recursos orientados para o desempenho. É o caso, por exemplo, da jÁ mencionada controladora de memória integrada, um sistema completamente novo de interconexão, e um cache compartilhado do tipo multi nível, além do foco na eficiência do consumo de energia.



Die “dissecado” do processador Core i7 980X (Gulftown)

Abaixo, seguem as principais tecnologias e novidades presentes no Core i7 980X:

QuickPath Interconnect (QPI)

Com a chegada dos primeiros Core i7 (Bloomfield), a Intel finalmente eliminou o Front Side Bus (FSB), que era o canal pelo qual o processador se comunicava com os demais componentes do computador, e adotou o QPI, que atua de forma bem mais veloz e eficiente.

O QuickPath Interconnect é, em outras palavras, um canal de acesso do tipo ponto a ponto de baixa latência e altíssima velocidade, que interliga o processador a uma série de componentes do sistema. Do ponto de vista técnico, o QPI é um bus bidirecional de 20 bits de largura que estÁ integrado à CPU, aprimorando a largura de banda e reduzindo a latência da comunicação graças à incrível velocidade da interconexão. Tal canal é utilizado, por exemplo, para distribuir a memória compartilhada, auxiliar na comunicação entre os núcleos e para se linkar aos northbridge do chipset X58, (IOH – IO Hub).

Com QPI operando a 6.4GT/s (bilhões de transferências por segundo), a largura de banda teórica total do sistema é de 25,6GB/s, equivalente a 3 memórias DDR3-1066. JÁ nas versões dos Core i7 abaixo do modelo 965 XE, o QPI trabalha a 4.8GT/s, resultando em uma largura de banda de memória de 19,2GB/s. Os benefícios do link QPI mais rÁpido são vistos principalmente em aplicações grÁficas intensivas, especialmente quando vÁrias placas grÁficas estão instaladas.

Integrated Memory Controller (IMC)

Como legítimo descendente da microarquitetura Nehalem, o Gulftown conta com uma controladora de memória integrada (IMC). Como resultado, a memória possui um canal direto de comunicação com o processador, resultando não apenas em uma menor latência, mas também aumentando a largura de banda.

A linha Core i7 conta com três canais de memória (3 channel), cada um suportando um ou dois módulos DDR3. Dessa forma, o usuÁrio deverÁ instalar um kit contendo três pentes de memória e não mais dois como nos demais processadores. Desse modo, a Intel aumentou a largura de banda do sistema para 25,6GB/s, conforme mencionado no tópico acima.

Intel Hyper-Threading

O Hyper-Threading Technology (mais conhecido como HT Technology) permite que cada núcleo físico execute múltiplos threads dinamicamente, ou seja, “simula” núcleos lógicos. Isso resulta em processamento quad-core com apenas dois núcleos físicos.

Essa capacidade é, atualmente, essencial em ambientes de softwares multi-threaded, pois ajuda a melhorar a resposta global do sistema e melhora a experiência do usuÁrio. Aplicações que estão programadas para rodarem em mais de dois threads acionarão a CPU para permitir que até quatro threads sejam executados em uma CPU dual core Clarkdale.

Alguns dos programas que se beneficiam do recurso são: Adobe Premiere Elements 8, Microsoft Office Excel e Microsoft Windows Live Movie Maker.

Turbo Boost Technology

Trata-se de uma das novidades mais apreciadas pela maioria dos usuÁrios. A tecnologia Intel Turbo Boost, de forma inteligente, oferece maior desempenho quando hÁ espaço disponível para o processador. Essa tecnologia aumenta dinamicamente a frequência dos núcleos ativos se a CPU estiver operando abaixo da potência nominal corrente e dos limites da especificação da temperatura.

A frequência mÁxima do Turbo Boost Technology é dependente do número de núcleos ativos. A duração em que o processador utiliza a tecnologia depende do volume de trabalho e ambiente operacional, proporcionando o tempo, local e potência exata que o usuÁrio necessita. Aplicações com leve carga threaded podem experimentar até 3,6 GHz de frequência em um dos núcleos da CPU ou 3,46GHz caso dois ou mais núcleos estejam ativos. Isso é possível graças ao desbloqueio temporÁrio de um ou dois blocos de multiplicadores do processador.

Alguns dos softwares que se beneficiam desta tecnologia são o iTunes da Apple, Microsoft Windows Live Photo Gallery, Adobe Premiere Elements e Adobe Photoshop Lightroom.


Smart Cache

O Smart Cache permite a alocação dinâmica e eficiente da memória cache para corresponder às necessidades de cada núcleo. Os 4 MB de cache não ficam restritos a um núcleo dedicado, mas são compartilhados entre todos os núcleos. Com base nas necessidades de cada um, a memória cache é alocada dinamicamente.

Aplicativos como o Microsoft Excel, que precisam importar uma grande quantidade de dados em cache para funcionar, estão entre os das que mais se beneficiam dessa funcionalidade.

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SSE4.2

Enquanto as instruções SSE4.1 – advindas da geração Penryn – focavam na melhoria do desempenho das funções multimídia (encoding/decoding de vídeos, edição de vídeos e imagens) e no processamento dos games, o Nehalem trouxe um conjunto de sete novas instruções (chamadas de Accelerated String and Text New Instructions – STTNI e Application Targeted Acceleration – ATA), com ênfase na rapidez no processamento XML, além de agilizar a procura das correspondências de dados e outras funções de processamento enigmÁtico.

Advanced Encryption Standard New Instructions (AES-NI)

A AES-NI, na verdade, não chega a ser uma nova tecnologia, mas sim um conjunto de seis novas instruções que oferecem suporte completo para os algoritmos de segurança AES (Advanced Encryption Standard ou Padrão de Criptografia Avançada) via hardware.

Essas instruções aceleram a criptografia e decifragem dos dados, utilizando algoritmos AES. Como o AES é implantado em vÁrios protocolos, as novas instruções serão valiosas para uma ampla gama de aplicações, oferecendo um aumento no desempenho em comparação a implementações via software. Além de melhorar a performance, as instruções AESNI fornecem importantes benefícios de segurança, reduzindo ataques de hackers.

UtilitÁrios como o WinZip 14, que utiliza criptografia / descriptografia enquanto comprime/descomprime um arquivo, serão grandes beneficiados pelas novas instruções.

Intel Virtualization Technology (Intel VT-x) e Intel Virtualization Technology for Directed I/O (Intel VT-d)

Ambas as tecnologias permitem que uma plataforma de hardware funcione como múltiplas plataformas “virtuais”. Para as empresas, a Intel VT-x e a VT-d oferecem uma maior capacidade de gerenciamento, limitando o tempo de inatividade e mantendo a produtividade do trabalhador através do isolamento das atividades computacionais em partições separadas.

Power Control Unit (PCU)

A Unidade de Controle de Energia da arquitetura Nehalem é um recurso de gerenciamento de energia extremamente inovador para o segmento. Um micro-controlador do tipo “on-chip” controla ativamente o consumo de energia e performance de todo o processador, com o auxílio de uma numerosa quantidade de sensores de energia integrados.

A PCU pode dinamicamente alterar a voltagem e frequência dos núcleos da CPU de forma a reduzir o consumo de energia ou aumentar o desempenho do processador, atuando em conjunto com o Turbo Mode.

Além disso, graças ao recurso conhecido como Power Gates, os núcleos inativos podem ser completamente desligados e colocados no modo de “dormir” C6, enquanto os demais cores continuam a funcionar normalmente. Tudo de forma transparente e imperceptível ao usuÁrio. Trata-se de algo notÁvel, uma vez que, até então, o modo C6 havia sido disponibilizado tão somente para processadores para dispositivos portÁteis.

Intel Trusted Execution Technology (Intel TXT)

Trata-se de um conjunto de extensões de hardware altamente versÁtil para processadores e chipsets da Intel que, com software adequado, melhora a capacidade de segurança da plataforma.

O usuÁrio que levar para casa o Core i7-980X terÁ outra grata surpresa logo que tirar o processador da caixa. Diferente das demais CPUs até então lançadas pela Intel, a geração Gulftown vem equipada com um novo (e bem eficiente) sistema de refrigeração.

Sai de cena o antigo modelo e entre um novo totalmente remodelado, que não deve nada aos melhores coolers vendidos separadamente pela indústria.

Chamado de DBX-B, o cooler tem o design do tipo “Torre”, em que a ventoinha fica perpendicular ao dissipador de calor. Trata-se da posição ideal, pois permite o deslocamento do ar para a parte de cima do gabinete, facilitando a circulação e dissipação do calor.

Com 14cm de altura, 7cm de largura e 10cm de comprimento, o sistema de refrigeração pesa respeitÁveis 677 gramas e tem uma ventoinha Nidec de 100mm com um elegante LED na cor azul.

Além disso, o sistema de refrigeração é composto por uma base de cobre, de onde se projetam quatro heatpipes (também de cobre), que se ligam a uma “grade de dissipação” composta por inúmeras aletas de alumínio. Apesar disso, o sistema não é do tipo H.D.T (Heatpipe Direct Touch), ou seja, os heatpipes são ligados à base através de solda e não uma única peça.

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Curiosamente, as pÁs da FAN foram projetadas de tal forma a empurrar o ar não apenas ao dissipador de calor. Devido ao seu ângulo, um grande fluxo de ar é jogado para os outros componentes da placa-mãe, como os MOSFETs.

Outro detalhe que chama atenção no DBX-B é a chave seletora (Q-P) da rotação de trabalho da ventoinha, que pode operar a 800 RPMs, garantindo assim um funcionamento praticamente imperceptível ao ouvido humano (20DBA). É possível, ainda, configurar a FAN para rotacionar a todo vapor, chegando a 1.800 RPMs para garantir refrigeração para condições extremas. Ainda assim, o equipamento mantém um bom nível de ruído, abaixo dos 35DBA.

Vale ressaltar que o cooler possui fôlego extra, caso o usuÁrio opte por um overclock moderado. De quebra, a Intel certificou que o DBX-B é pÁreo para condições bem adversas, como por exemplo, resistir a uma pressão igual a 50 vezes a força da gravidade, o que na prÁtica, equivale a uma queda de cerca de um metro de altura.

A instalação do cooler é bem simples. Tudo que o usuÁrio necessita fazer é colocar os brackets de montagem sob a placa-mãe, alinhar com os furos do soquete, colocar o DBX-B no processador, empurrar para baixo os parafusos e apertar.



Da esq. para dir.: cooler do Gulftown, Bloomfield e Lynnfield/Clarkdale

O Processador foi enviado junto com uma mÁquina completa, com gabinete, placa mãe, memórias, ssd, fonte etc. Para evitar que o resultado dos comparativos fosse influenciado por hardwares diferentes, utilizamos apenas a mainboard e o processador desse kit, os demais hardwares como memórias, hd e fonte são idênticos em todas as plataformas comparadas. Abaixo detalhes.

MÁquinas utilizadas nos testes:

– Processador Intel Core i7 980X, Placa mãe Intel DX58SO, Memórias 6GB (3x2GB) G.Skill Trident DDR3 PC16000

– Processador Intel Core i7 920, Placa mãe ECS X58B-A, Memórias 6GB (3x2GB) G.Skill Trident DDR3 PC16000

– Processador AMD Phenom II X4 955 BE, Placa mãe Asus M4A79T-Deluxe, Memórias 6GB (3x2GB) G.Skill Trident DDR3 PC16000

– Nvidia GeForce GTX 285 (em todos os sistemas)

– HD 1TB Sata2 Wester Digital (em todos os sistemas)

– Fonte XFX 850W Black Edition (em todos os sistemas)

Sistema Operacional e Drivers:

– Windows Vista 64 Bits com Updates

– ForceWare 197.13

Aplicativos/Games:

– WinRAR 3.93

– Sandra Lite 2010 (16.36)

– x264 HD Benchmark 3.16

– Cinebench 11.5

– Crysis v1.21 (Cry Engine – DX10)

Começamos os testes com o sistema de benchmark do WinRAR, onde o i7 980X jÁ mostra sua superioridade sobre os demais, quase 900 pontos a frente do i7 920, isso representa mais de 20%. Na comparação com o 955 da AMD, a diferença é superior a 30% a favor do 980X.

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SiSoftware Sandra 2010

Fizemos três testes com o software SiSoftware Sandra 2010, vamos aos resultados.

Com o teste Processor Arithmetic a diferença é gigante, quase o dobro de performance na comparação com o i7 920 e mais de três vezes a performance do 955, impressionante.

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Com o teste específico de “multi-cores” do aplicativo temos outro resultado muito bom e interessante, primeiro o fato do 980X conseguir superar o i7 920 em mais de 30%, e depois o resultado pífio do 955.

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JÁ no teste de memória temos uma das maiores curiosidades do 980X, jÁ que ele tem resultados inferiores aos antigos processador da linha i7 900. Tudo indica que seja algo relacionado ao controlador de memória, e que possa inclusive ser corrigido em breve, mas o fato é que o 980X tem desempenho inferior a um i7 920 nesse caso.

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Para testar o que de melhor o processador pode oferecer fizemos testes com o “software” de benchmark x264 HD, que codifica um vídeo HD utilizando o mÁximo do processador.

Abaixo vemos que o 980X consegue ser em média 20% superior ao i7 920 e cerca de 30% superior ao 955.

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CineBench

Outro teste muito bom e que utiliza todos os cores do processador é o CineBench, agora renderizando uma imagem.

Reparem nos grÁficos abaixo que o 980X quase dobra a performance alcançada pelo 920, e consegue fazer isso e ainda mais em cima da performance alcançada pelo 955.

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Dando sequência nos testes agora vamos ver como o 980X se sai em cima de games, no caso o Crysis.

A diferença como vemos não é grande, variando de 10 à 15% sobre o 955, e chegando a 20% em alguns casos na comparação com o 920.

O que acontece em games é que a placa de vídeo é muito importante na renderização das imagens, utilizando o processador para “tarefas” que não tão destacadas por esses testes comuns de FPS, mas que nem por isso deixa de se importante de ser mostrado.

A tendência é que novos games utilizem mais desse “poder” multi-core dos processador, de alguma forma beneficiando ou em desempenho ou em maior realidade em cima de tecnologias que precisem de maior processamento, para citar alguns exemplos de onde melhorar.

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Overclockamos o Intel Core i7 980X de 3.33 para 4.0GHz com o cooler BOX sem problemas, abaixo a tela principal do CPU-Z antes de alguns testes.

WinRAR

Como podemos ver abaixo, o sistema quando overclockado consegue uma melhora em mais de 700 pontos no WinRAR, resultado bem interessante.

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SiSoftware Sandra 2010

Agora vamos aos benchmarks do Sandra 2010.

Começamos pelo teste Processador Arithmetic, onde o 980X quando overclockado alcança um resultado cerca de 15% superior ao processador em Stock, bem parecido com a melhora em cima do WinRAR.

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Com o teste dos cores o resultado também ficou na média de 15%, um pouco acima.

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No teste de memória novamente resultados semelhantes, mas um pouco abaixo dos 15%.

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Agora testes mais prÁticos, onde a maioria das pessoas vai mesmo sentir diferença, no trabalho.

Se tratando do teste de codificação de vídeo em alta resolução o aumento novamente ficou na casa dos 15% quando overclockado para 4GHz.

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CineBench

E como aconteceu com a codificação de vídeo, na renderização de imagem a performance também mudou na casa de 15%, situação que ocorreu em todos os testes até aqui.

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SerÁ que em cima de games teremos a mesma mudança dos demais testes, bom, pelo menos não em cima do Crysis.

Abaixo podemos ver que o sistema quando overclockado até se mostra superior nas resoluções mais baixas, mas nas duas resoluções mais altas a diferença é nula, mostrando que o fator principal ainda não é o processador no quesito FPS.

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Agora vamos aos testes de temperatura. Como vemos abaixo, fizemos testes com o sistema ocioso em stock e também overclockado.

No teste com o sistema em stock a temperatura estÁ em 36 graus, bem baixa para um processador TOP de linha e com clock alto, mostrando o ótimo trabalho da Intel também nesse ponto. Quando overclockado o processador sua temperatura bastante elevada, mas nada que preocupe, e lembrem-se, estamos falando de um cooler BOX, mesmo que bem acima do normal quando falamos em cooler BOX.

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A diferença de temperatura do sistema em stock para o sistema overclockado quando rodando o Crysis diminuiu na comparação com o sistema ocioso. O resultado ainda é muito bom e aceitÁvel.

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Em nosso último teste de temperatura, utilizamos o wPrime para estressar o processador, com isso deixar ele trabalhando em FULL LOAD. Como vemos abaixo as temperaturas ficam bem acima do normal, mas ainda aceitÁveis se tratando de um cooler BOX e pelo fato do overclock ser razoÁvel. Também notamos que o cooler BOX se comportou muito bem quando o sistema overclockado, com diferença de apenas 6 graus do sistema em stock.

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A geração Gulftown tem tudo para se tornar um marco na indústria do hardware.

Conforme nossos leitores puderam conferir nesta review, o Core i7 980X é um verdadeiro “monstro” em questão de desempenho. Apesar de, hoje, praticamente não existirem programas que utilizam mais de oito threads e games com mais de quatro(sem grande melhora na prÁtica), a nova geração de processadores da Intel ainda assim mostrou que não veio para “brincar”. E o vislumbre no horizonte só tende a melhorar a situação para o Gulftown, uma vez que a Intel estÁ trabalhando de perto com mais de 100 empresas para que desenvolvam programas full multi thread, ou seja, que aproveitem os benefícios de um processador com suporte a mais de oito threads.

Programas como o Sony Vegas Pro 9c, Maxon Cinema 4D R11.5 e CineBench R11.5 são alguns dos softwares capazes de usufruir de todo o potencial do Core i7 980X. Para os gamemaníacos de plantão, podemos citar: Napoleon: Total War, R.U.S.E, Enlighten (middleware para Iluminação Global em tempo real utilizado em diversos games como EVE Online, Age of Conan e Secret World), Trinigy Vision (engine utilizado para a criação de games dos estúdios Frontline, TimeGate, Firefly e Neowiz), entre outros.

Contudo, como tudo na vida, hÁ um preço a ser pago para se aproveitar todas as potencialidades, recursos e tecnologias do Core i7 980X. Quem não estÁ preocupado com o quesito custo x benefício (como é o caso do tipo de público a quem se destina o processador), US$999 é o valor de praxe praticado pela Intel por um produto TOP.

A grande pergunta talvez seja: vale a pena pagar tão caro no Gulftown? A resposta é bastante simples: depende! Basicamente, vai depender do tipo de uso que o consumidor farÁ do PC.

Provavelmente, não compensa para jogos em um primeiro momento (a não ser que você seja um hardgamer ou entusiasta de plantão). Mas não custa nada lembrar que o Core i7-980X terÁ uma vida bastante longa pela frente, jÁ que cada vez mais novos games chegarão trazendo suporte a oito ou mais threads.

No entanto, se o usuÁrio for utilizar o computador para tarefas pesadas de processamento de imagem e vídeo, criptografia de dados ou mesmo rodar vÁrios programas simultaneamente, o Gulftown, com certeza, é uma ótima pedida.

Vale destacar ainda o excelente cooler que acompanha a CPU, algo que jÁ dispensa o custo adicional que o usuÁrio teria para adquirir um sistema de refrigeração do tipo.

Por fim, com a chegada da geração Gulftown, as atenções começam a se voltar para a AMD, no sentido de perguntar: quem vencerÁ essa batalha de titãs dos seis núcleos: Core i7 ou Phenom II X6?

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