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REVIEW: Gigabyte Radeon RX 6500 XT Eagle - a primeira placa de entrada em anos

A AMD Radeon RX 6500 XT é uma placa gamer do segmento de entrada da AMD, dimensionando a tecnologia RDNA 2 das Radeon RX 6000 para um gameplay em resolução FullHD e configurações intermediárias. Essa placa estreia o processo de fabricação em 6nm da TSMC nas placas Radeon, além de ser a introdução da Navi 24.

Site oficial da Gigabyte Radeon RX 6500 XT Eagle

A placa chegou com o objetivo de ser uma opção de upgrade para quem está em uma Radeon mais antiga e de entrada, como as Radeon RX 570, e faz frente a modelos como a GeForce GTX 1650 no segmento de entrada, que anda bastante desabastecido de boas opções.

A placa chega com um criticismo às especificações, já que ela virou praticamente um símbolo do nosso atual estágio de retrocesso das placas de vídeo de entrada e intermediárias. Anunciada em 2022 por US$ 199 sugeridos, ela tem praticamente os mesmos TFLOPs  (e preço) da RX 480 de 2016, tem menos quantidade de VRAM – haviam versões de 8GB da RX 480 –  e perde recursos como o suporte ao H.264. Outro ponto crítico é a conectividade, operando apenas em PCIe x4, algo que pode se tornar um gargalo ainda maior se a placa for usada em um sistema baseado em PCIe 3.0.

Para piorar, já há fabricantes dizendo que o preço sugerido não será atendido fora do país, e o mais realista é ver essa placa talvez até beirando os US$ 300. A seu favor, apenas a arquitetura RDNA 2 mais moderna, com recursos como aceleração ao Ray Tracing. Vai ser o bastante? Vamos ver no restante da análise.


RDNA2

A RDNA2 chega com importantes saltos em performance e eficiência comparados à geração anterior. A AMD afirma que os novos chips baseados em RDNA2 conseguem entregar um salto de performance com o dobro de desempenho, e um salto de eficiência com até 54% mais performance por watt consumido.

A nova microarquitetura da AMD ainda é baseada na mesma litografia de 7 nanômetros utilizada na RDNA de primeira geração, por exemplo. Os ganhos foram alcançados através de otimização de fabricação. O resultado é um consumo de energia até 50% menor para operar nas mesmas frequências das RDNA 1, ou no mesmo nível de consumo subir em 30% a frequência de operação. A introdução das Radeon RX 6500 XT e RX 6400 também trazem a litografia de 6nm à família, feita pela TSMC.

Esses ganhos foram resultado de uma série de otimizações, como aumento de refinamento nas variações de frequência, clocks de operação mais altos, redesenho da pipeline, melhor distribuição de geometria e tesselação. Porém, sem dúvidas, uma das tecnologia que traz mudanças mais profundas é a Infinity Cache.

Com os ciclos de trabalhos cada vez mais pesados, a AMD usou uma abordagem diferente das memórias mais rápidas GDDR6X e interface maior das GeForce RTX 30. Trazendo a expertise da área de processadores com os chiplets, a AMD introduziu 128MB de memória atuando como um cache de nível 3. Trazendo um conceito parecido com o Infinity Fabric, presente nos Ryzen, essa tecnologia foi batizada de Infinity Cache.

Essa nova tecnologia também é em parte responsável pela maior eficiência energética das RDNA2, enquanto também reduz a latência em 34%, em média, comparada com as RDNA de primeira geração.

Outra novidade importante é a introdução de hardware dedicado a acelerar o processo do Ray Tracing. Para isso, a AMD implementou um “Ray Acelerator” por unidade computacional, entregando até 10x mais performance que a implementação via software. Essas unidades tem o objetivo de calcular as intersecções do traçamento dos raios de luz, processo que é finalizado pelos shaders tradicionais das unidades computacionais. Com isso, ficam viabilizados efeitos como reflexos realistas e iluminação global dinâmica, com sombras e iluminação mais realista.

Além do Ray Tracing, as RDNA2 trazem suporte a recursos como o Variable Rate Shadding, que possibilita dedicar menos poder de processamento em partes da imagem; a introdução dos Mesh Shaders, uma implementação muito mais eficiente do uso dos recursos dos shaders; e Sampler Feedback, que usa dados do quadro anterior para determinar de forma mais eficiente como será o carregamento de texturas. Todos esses recursos somados são essenciais para melhor uso do hardware e para viabilizar gráficos mais aprimorados, com bom nível de desempenho.


A RX 6500 XT

A RX 6500 XT é baseada na Navi 24, um dimensionamento menor da tecnologia presente no resto da família RX 6000 que equipa desde as RX 6600 até RX 6900 XT, e consoles como o Playstation 5 e Xbox Series S/X. As unidades computacionais foram reduzidas das 80 (número máximo, presente na RX 6900 XT) para 16. Como resultado, muitas coisas seguem essa proporção, como processadores stream caindo de 5.120 para 1.240. Antes da introdução da 6500XT, o modelo mais básico da família Radeon RX 6000 era a 6600, que trazia um total de 28 Unidade Computacionais e 1.792 processadores stream. Na prática, a RX 6500XT é basicamente “meia RX 6600XT”, em vários aspectos. 

Uma redução bastante drástica aconteceu na memória e nas interfaces. Mesmo a RX 6600 havia mantido a configuração de 8GB, mas a RX 6500XT reduz para 4GB de memória GDDR6 com uma interface de memória de 64-bit. Ela ainda possui o Infinity Cache, mas agora está restrito a 16MB.

Em contrapartida, há um incremento: a frequência de operação. A placa tem um game clock de 2.6GHz, um valor bastante elevado e acima mesmo de placas como a RX 6600 XT, e o boost também pode ir a respeitáveis 2.815MHz, algo facilitado pela menor quantidade de estruturas para a alimentação e arrefecimento darem conta.

Finalizando as especificidades da RX 6500 XT, essa placa não tem suporte ao AV1, um novo padrão de codificação e decodificação de vídeos que deve se tornar um dos principais padrões para streaming de vídeo e, mais surpreendente, nem mesmo o H.264 recebeu aceleração total via hardware nessa placa, algo que o restante do line-up RDNA 2 possui para ambas as tecnologias.

A RX 6500 XT ainda consegue decodificar H.264, mas não consegue codificar. Assim, ela pode acelerar situações como abrir vídeos no YouTube, mas não consegue acelerar streaming do seu gameplay, o que faz com que um OBS da vida precise usar o processador – algo com grande impacto na performance do sistema – para quem quiser gravar ou stremar seu gameplay.


Comparativos técnicos

Abaixo tabelas comparativas com a RX 6500XT e outros modelos:

AMD Radeon RX 6600

AMD Radeon RX 6600

ASUS Dual Radeon™ RX 6500 XT OC Edition

ASUS Dual Radeon™ RX 6500 XT OC Edition

Gigabyte Radeon RX 6500 XT Eagle

Gigabyte Radeon RX 6500 XT Eagle

NVIDIA GeForce GTX 1650

NVIDIA GeForce GTX 1650

Comparativo

Preço de Lançamento
Preço de Lançamento
US$329,00 13/10/2021
US$199,00 19/01/2022
US$199,00 19/01/2022
US$149,00 17/04/2019
Preço Atualizado
Preço Atualizado
R$1.912,99 06/01/2023
Comprar
R$1.199,00 22/08/2022
Comprar
R$1.449,90 12/07/2022
Comprar

Especificações da GPU

Processo de fabricação
Processo de fabricação 7 nm 7 nm 7 nm 12nm
PCI-Express bus
PCI-Express bus 4.0 4.0 x4 4.0 x4 3.0 x16
Chip
Chip Navi 23 XL Navi 24 (RDNA 2.0) Navi 24 XT Turing TU117
Clock do GPU
Clock do GPU 1626 MHz 2200 MHz 2310 MHz 1485 MHz
Clock do GPU (Turbo)
Clock do GPU (Turbo) 2491 MHz 2815 MHz 2815 MHz 1665 MHz

Especificações das Memórias

Tecnologia da RAM
Tecnologia da RAM GDDR6 GDDR6 GDDR6 GDDR5
Interface de largura de BUS
Interface de largura de BUS 128 bit 64 bit 64 bit 128 bit
Quantidade de RAM
Quantidade de RAM 8 GB 4 GB 4 GB 4GB
Clock das memórias
Clock das memórias 1750 MHz 2248 MHz 2248 MHz 2000 MHz
Clock efetivo das memórias
Clock efetivo das memórias
Largura de banda
Largura de banda 224 GB/s 143.9 GB/s 143.9 GB/s 128 GB/s

Características Gerais

Shading Units
Shading Units 1792 1024 1024 896
TMUs
TMUs 112 64 64 56
ROPs
ROPs 64 32 32 32
Pixel Rate
Pixel Rate 159.4 GPixel/s 90.24 GPixel/s 90.08 GPixel/s 53.28 GPixel/s
Texture Rate
Texture Rate 279 GTexel/s 180.5 GTexel/s 180.2 GTexel/s 93.24 GTexel/s
Performance de pontos flutuantes FP16
Performance de pontos flutuantes FP16 17.86 TFLOPS 11.55 TFLOPS 11.53 TFLOPS 5.967 TFLOPS

Design

Tipo de Slot
Tipo de Slot Dois slots Dois slots Dois slots Dual-slot
Suporte à combinação de placas
Suporte à combinação de placas N/A NÃO NÃO NÃO
Pinos de alimentação
Pinos de alimentação 1x 8 pinos 1x 6 pinos 1x 6 pinos NÃO PRECISA
Comprimento da placa
Comprimento da placa 190 mm 201 mm mm 229 mm
TDP
TDP 132 W 107 W 100 W 75 W
Fonte recomendada
Fonte recomendada 300 W 300 W 300 W 300 W
Conexões de vídeo
Conexões de vídeo 2x DisplayPort 1.4, 1x HDMI 2.1 1x DisplayPort 1.4, 1x HDMI 2.1 2x DisplayPort 1.4, 1x HDMI 2.1 1x DisplayPort 1.4, 1x HDMI 2.0B, 1x DVI

Recursos

DirectX
DirectX 12 Ultimate 12 Ultimate 12 Ultimate 12.1
OpenCL
OpenCL 2.1 2.1 2.1 1.2
OpenGL
OpenGL 4.6 4.6 4.6 4.6
Shader
Shader 6.5 6.6 6.6 6.2

Extras

Extras
Extras 32MB de Inifinity Cache


Fotos

Nas fotos abaixo vemos que a Radeon RX 6500 XT Eagle da Gigabyte é um projeto bastante simples, seguindo o conceito desse GPU, destinado ao mercado de baixo custo / desempenho.

É uma placa de vídeo de porte pequeno, com sistema de cooler com dois FANs, apenas um conector de energia de 6 pinos, sem backplate e também sem LEDs – o que é algo raro hoje em dia, mesmo em projetos simples.

Abaixo, algumas fotos comparando a Radeon RX 6500 XT analisada com uma Radeon RX 6600 da Powercolor.


Sistema utilizado

Fizemos uma mudança em nossa plataforma de testes de placas de vídeo, agora baseada em um processador AMD Ryzen 9 5900X. Vários outros componentes de alto desempenho acompanham esse sistema, como SSDs NVMe e 32GB de RAM com frequência de 3200MHz (CL16). Abaixo, algumas fotos da placa instalada em nossa bancada de testes para placas de vídeo:

YouTube video

Antes dos testes, detalhes da máquina, sistema operacional, drivers e softwares/games utilizados nos testes:

NOSSA MÁQUINA DE TESTES, APLICATIVOS E GAMES FORAM ATUALIZADOS EM MAIO DE 2021

Máquina utilizada nos testes:
– Processador AMD Ryzen 9 5900X
– Placa-mãe GIGABYTE X570 AORUS Xtreme
– Kit de memórias HyperX Predator RGB 32GB (2x16GB) 3200MHz CL16
– SSD Kingston KC2500 250GB + 2TB
– Sistema de refrigeração CM MasterLiquid ML360 V2 RGB
– Fonte de energia CM v1300W Platinum
– Gabinete CM MasterFrame 700 Personalizado

Sistema Operacional e Drivers:
Windows 10 Pro 64 Bits
– AMD Adrenlin 22.1.1

Aplicativos/Games:
Adobe Premiere CC 2021 (renderização pela GPU)
Blender (renderização pelo GPU)
SPECviewpeft 13 (Solid Works/Maya, renderização pela GPU)
3DMark (Fire Strike Ultra / Port Royal)
Assassin’s Creed Valhalla (DX12)
Forza Horizon 4 (DX12)
Grand Theft Auto 5 (DX11)
Rainbow Six Siege (Vulkan)
Red Dead Redemption 2 (Vulkan)
Resident Evil Village (DX12)
The Division 2 (DX12)
Watch Dogs: Legion (DX12)

GPU-Z
Abaixo, a tela principal do GPU-Z mostrando algumas das principais características técnicas da placa.

OBS.: O GPU-Z ainda não foi atualizado com suporte completo para a GPU Radeon RX 6500 XT.


Overclock

Tentamos várias configurações de overclock, e não teve jeito de conseguir tirar algo a mais dessa placa sem gerar um stress que poderá comprometer ela a curto/médio prazo. Não é um projeto que permite forçar além do que ela já trabalha, logo não teremos teste de overclock.


Consumo de energia

Começamos pelos testes de consumo de energia com todas as placas comparadas. Todos os testes foram feitos com o mesmo sistema, o que dá a noção exata do que cada VGA consome. Vale destacar que o valor é o consumo total da máquina e não apenas da placa de vídeo, que da uma noção de quanto um sistema completo consome. Comparações com testes de outros sites podem gerar resultados bem diferentes devido mudanças de sistemas utilizados.

Os testes consistem no consumo mínimo do sistema, quando ele está em modo ocioso após o teste de carga máxima, nesse caso rodando o 3DMark através do modo Fire Strike Ultra.

OBS.: No teste rodando o aplicativo 3DMark, consideramos de 5 a 10W como margem de erro, devido a variação que acontece testando uma mesma placa.


Temperatura

Mais um teste muito importante quando falamos de placas de vídeo, a temperatura do chip. Os testes consistem tanto com o sistema em modo ocioso como em uso contínuo.

É importante destacar que algumas placas possuem sistema que desliga os fans quando a GPU não está sendo exigida, como ao executar tarefas simples do Windows ou mesmo games mais simples. Por isso, existem temperaturas consideravelmente acima de alguns modelos nessa situação, mas que, na prática, não comprometem a placa. De acordo com as fabricantes, esse recurso aumenta o tempo de vida útil além de consumir menos energia. Sendo assim, podem existir diferenças grandes na temperatura do modo ocioso, o que não caracteriza uma placa ruim caso a temperatura seja alta.

Por que a placa ficou com temperatura menor quando overclockada?
Essa é uma situação normal nas placas atuais. A rotação dos FANs fica mais rápida e, consequentemente, fazem o GPU resfriar mais rapidamente, em alguns casos com temperatura menor do que em situação normal.

Por que a placa com sistema de cooler referência tem temperatura em modo ocioso menor que uma placa com cooler teoricamente melhor?
Porque placas de vídeo atuais com projetos de cooler mais recentes tendem a desligar os FANs quando a temperatura fica abaixo de números como 40, 45 ou mesmo 50 graus. Assim, quando os FANs ficam desligados, a tendência é que a GPU não baixe a temperatura mais do que o limite que desliga os FANs.

Primeiro vamos ao teste das placas com o sistema em modo ocioso:

Para o teste da placa em uso, medimos o pico de temperatura durante os testes do modo Ultra.

Abaixo algumas fotos com a Flir One, câmera termal. Essa foto é capturada durante o teste do Blender.

OBS.: As temperaturas podem variar bastante de acordo com a região do país, sistema onde a placa está instalada e teste utilizado.


Aplicativos

Com o aumento de aplicativos que tiram proveito do poder de processamento de GPUs, atualizamos nossa bateria de testes com alguns dos softwares mais importantes do mercado.

Adobe Premiere CC 2021
O Premiere da Adobe é referência mundial quando falamos em software para edição de vídeos, e que em suas últimas versões também tem aproveitado do benefício dos GPUs para ajudar a acelerar a renderização. Abaixo, o comportamento das placas comparadas:

Blender
Outro belo teste para ver como se comporta a placa de vídeo na ajuda com o processo de renderização de imagens e vídeos. O Blender se destaca por ser de uso aberto e também atualizado com o que existe de tecnologias mais recentes no mercado.

SPECviewperf 13
A suíte de testes de aplicativos profissionais é composta por uma bateria abrangente de cenários que envolvem intenso uso de hardware para renderizar diversos usos, desde arquitetura, mineração e medicina. Rodamos dois testes, um com foco em performance em Maya e outro em SolidWorks.


3DMark

E se falamos em benchmarks, não poderíamos deixar de fora um dos mais icônicos testes do mundo, especialmente para desempenho de placas de vídeo, o 3DMark.

Rodamos a versão mais recente do aplicativo da UL Benchmark (que comprou a Futuremark), sendo que todos os testes consideram a configuração padrão do perfil, sem mudanças. Abaixo, os resultados:


Testes em games

Agora vamos ao que realmente importa: os testes de desempenho em alguns dos principais games do mercado.

Para ajudar a entender os gráficos a seguir: acima de 60fps é o ideal para monitores que operam nessa frequência. Quanto mais próximo dos 30fps, pior vai ficando a fluidez e, abaixo dos 30, o jogo começa a ficar “não jogável”

Assassin’s Creed Valhalla
Game de mundo aberto tem amplos cenários e um benchmark com boa quantidade de personagens e estruturas, tornando um desafio tanto para o processador quanto para a placa de vídeo. O jogo usa o motor Ubisoft Anvil, uma evolução do AnvilNext 2.0 presente na série desde o Assassin’s Creed Unity. A versão usada em Valhalla no PC é baseado na API DirectX 12.


Forza Horizon 4
O game da Playground Games usa um motor gráfico próprio e, como exclusivo para sistemas da Microsoft, é totalmente desenvolvido para o DirectX 12. Esse game se destaca pelos excelentes gráficos e a capacidade de entregar bom nível de performance em múltiplos hardwares, inclusive alguns mais limitados.


Grand Theft Auto V
O jogo já é um clássico e após anos ainda segue firme como um dos games mais jogados. Baseado em DirectX 11, ele também traz uma noção de motores gráficos mais antigos baseados na ainda popular API da Microsoft. É um teste bastante exigente em processador, e memórias mais rápidas também tem impactos bastante perceptíveis. Para as placas de vídeo modernas, já não é um grande desafio.


Rainbow Six Siege
O game da Ubisoft tem como pontos altos o uso da API de baixo nível Vulkan em sua implementação mais recente. Esse Esport demanda altas taxas de quadros para ser jogado de forma satisfatória, e costuma ser um dos games mais eficientes em alcançar esse desempenho em múltiplos componentes.


Red Dead Redepmtion 2
Game da RockStar, com belíssimos gráficos é uma boa referência para medir o comportamento das placas de vídeo. Nosso teste considera o game rodando sobre a API Vulkan, que se comporta muito bem tanto em placas AMD como NVIDIA.


Resident Evil Village
O game da Capcom usa a excelente RE Engine, motor gráfico que entrega resultados interessantes desde os hardwares high-end do PC quanto plataformas mais limitadas como o Nintendo Switch. O Resident Evil 8 traz como destaque cenários complexos e ricamente detalhados, com uso de Ray Tracing na iluminação dos cenários e com recursos como o FidelityFX disponíveis. Nos testes, fazemos uma volta pelo Castelo Dimitrescu, uma das localidades mais pesadas e detalhadas do game.


Tom Clancy’s The Division 2
The Division 2 usa um motor gráfico próprio desenvolvido pela Ubisoft Massive, lidando com cenários complexos e grandes quantidades de partículas na tela.


Watch Dogs: Legion
Game apoiado pela Nvidia, é baseado no motor gráfico Disrupt e tem um amplo uso de tecnologias RTX, como o DLSS, e também possui Ray Tracing, sendo acelerado tanto por hardware GeForce RTX quanto Radeon RDNA 2. Seu principal destaque é uma Londres futurista repleta de geometria e personagens, o que, combinado com os efeitos de traçamento de raios de luz, tornam um desafio e tanto rodar o game.


Análise em vídeo

YouTube video


Conclusão

A Radeon RX 6500 XT chegou com o objetivo de ser um upgrade para o dono de uma GeForce GTX 1650 (placa de 2019) e uma Radeon RX 570 (placa de 2017), o que não deveria ser uma missão difícil. Mas se tornou. A AMD limitou tanto os recursos dessa placa que ficou muito próxima de matá-la completamente, criando gargalos e tirando recursos que deixam esse produto no limiar do praticável.

A placa até apresenta ganhos de performance em diversos cenários, com uma vantagem de uns 20% sobre a Radeon RX 480 e chegando a abrir entre 20% e 40% em alguns games comparada a GTX 1650. Quando o AMD FSR é usado, ela salta ainda mais na frente. Mas há outros games em que ambas as placas ficam próximas e esse desempenho inconstante tem um culpado: a conexão PCIe.

Esse modelo está próximo de ser estrangulado por sua configuração PCIe 4.0 x4, e já temos indícios de sua performance sendo limitada por essa configuração, bastando comparar o desempenho inconstante dessa placa comparada a outras Radeon, com momentos que “cola” na RX 5500 XT, outros que fica muito para trás. Mas é quando ligamos o PCIe 3.0 que a catástrofe acontece. 

Testamos jogar com a placa nessa configuração, e, apesar dos benchmarks não refletirem isso, na prática vimos games rodando a praticamente a metade da taxa de quadros do que em PCIe 4.0. Alguns games como COD Warzone já apresentaram instabilidades no PCIe 4.0, enquanto que em PCIe 3.0 o desempenho foi gravemente comprometido. 


Gameplay de COD Warzone em 1080p/low. Trechos instáveis no PCIe 4.0 (esquerda) e
taxas baixas constantes no PCIe 3.0 (direita)

Não é razoável esperar que alguém buscando uma placa de entrada precise comprar um sistema atualizado. O PCIe 4.0 só está disponível nas mainboards série 500 da AMD e nos Ryzen a partir dos 3000, enquanto a Intel só dá suporte a partir da linha Intel Core da 11ª geração. Estamos falando de hardwares de menos de dois anos de mercado!

Outro ponto muito complicado foi o suporte a codecs, ou melhor, a falta de suporte. Não codificar via hardware H.264 e HVEC comprometem a capacidade dessa placa de ser usada para streaming ou gravações do gameplay em softwares como o OBS, jogando toda a carga do trabalho para o processador. A falta de suporte ao AV1 também vai se tornar um problema a longo prazo, na medida que mais da indústria migre para esse formato. 

A Radeon RX 6500 XT falha na sua tentativa de ser um claro upgrade para uma placa de três anos atrás

Fizemos poucas menções ao Ray Tracing, mas basta olhar o resultado no teste do Port Royal, ou acionar acidentalmente o RT em algum game, para ver que não temos hardware suficiente aqui para rodar o recurso. Com apenas 16 Ray Acelerators, e poucos processadores Stream, ela simplesmente não tem condições de rodar nenhum game com Ray Tracing habilitado e um nível aceitável de taxa de quadros.

Com tantas restrições, o preço se torna um elemento crucial para manter algum sentido. Ela está disponível para pré-compra com um custo de R$ 2,2 mil, o que coloca ela no mesmo patamar das GeForce GTX 1650 GDDR6. Apesar da vantagem em performance que fica entre 20 a 40%, a placa com já três anos de mercado pode ser mais interessante ao entregar uma performance mais consistente graças a um PCIe 3.0 x16 e não abrir mão de recursos como aceleração de hardware para gravar e streamar gameplays.

Prós

Enfim um lançamento no segmento de entrada

Performance suficiente para FullHD/médio

Vantagem de performance versus a GTX 1650

Contras

Interface PCIe muito limitada e dependente do PCIe 4.0

Quedas de performance em alguns títulos, especialmente do gênero Battle Royalle

Sem codificação de H.264 e HVEC por hardware

Nem codificação nem decodificação para AV1

4GB está ficando complicado até para 1080p

Sem nenhuma condição de usar recursos de Ray Tracing

Só duas saídas de vídeo

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