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Pokémon NO! Por que tem tanta gente que odeia o aplicativo do momento?

Goste ou não, é inegável que Pokémon GO é nada menos que um fenômeno mundial que está movendo (literalmente) milhões de pessoas ao redor do mundo. Ele já é o aplicativo de maior sucesso da história nos EUA e, segundo as estatísticas da App Annie, está gerando em torno de US$ 10 milhões por dia, somando as rendas vindas do iOS e do Android. E é impossível não saber do novo jogo, que chegou ao Brasil nessa semana, porque ele tem tomado a internet, em posts no Facebook, hashtags no Twitter e memes em geral. Mas todo esse amor tem começado a mostrar um fluxo contrário, gente que não conhece, mas já odeia o jogo, seus jogadores e tudo que ele representa… E é aí que eu pergunto:

Estou falando de Pokémon GO porque é a febre enlouquecida do momento, mas isso se aplica a qualquer grande sucesso. Quando uma coisa “explode” assim, quem não gosta não se contenta em não gostar, tem que odiar, xingar, etc. Pra que? Ninguém é obrigado a gostar, muito menos jogar, então vamos desconstruir alguns dos argumentos usados pra xingar a coisa e tentar ser mais tolerantes. Vou começar explicando pro pessoal mais moderado que diz “não sei o porquê de tanto auê”. Vamos aos números:

– Como eu disse no início, Pokémon GO já se tornou o app de maior sucesso da história dos EUA
– O jogo rende US$ 10 MILHÕES POR DIA
– Os downloads continuam acontecendo, indo dos 4 aos 6 milhões por dia
– Seguindo os dias do lançamento, a hashtag #PokémonGO chegou a ser mencionada quase 6 BILHÕES de vezes!
– A página oficial do jogo no Facebook tem 1,7 milhões de curtidas e a mesma quantidade de seguidores no Twitter

E estes são números desatualizados, porque o negócio está tão dinâmico que fica difícil de acompanhar com estatísticas. Então vamos ser justos aqui. Você pode até não gostar, mas com números assim, é óbvio que vão falar do negócio. Não dá pra ignorar algo desse tamanho, as pessoas que jogam vão comentar, e a mídia que vive de cliques vai escrever a respeito, não tem como. Concordo que um tema que você não gosta ficar pipocando repetidas vezes na sua vida é algo que pode ser extremamente cansativo, mas é assim que as coisas funcionam e a gente tem que lidar com isso, faz parte. Lembra do Latino com o “bundalelê”? Pois é. Mas vai aqui uma dica pra lhe ajudar a ver menos coisas sobre Pokémon GO.

Realmente gostar do jogo não é obrigatório e você tem total liberdade pra criticar. Só começo a ver problema quando as críticas começam a ser feitas contra quem joga, sendo diversas vezes injustas ou sem fundamento. Uma reclamação muito recorrente é que a pessoa fica com a cara enfiada no celular e não olha por onde anda. De fato, houve até casos em que aconteceram acidentes. Duas pessoas chegaram a cair do barranco, e isso é um caso que foi noticiado só, porque com certeza aconteceram mais. Mas aí eu lhes pergunto, isso aí é culpa do Pokémon GO ou da pessoa?

Vai ser mentira se alguém aqui disser que nunca na vida encontrou alguém na calçada vidrado no smartphone andando de maneira completamente distraída. Se não for WhatsApp, é o Facebook, o Twitter, o Tinder, o que for. Até Candy Crush. “O ser humano tem um apetite sem fim pela distração”, diria Huxley, e eu concordo plenamente. E acho que isso nem sempre é algo ruim, inclusive. Mas o fato é que a questão do povo distraído com o jogo é mais um problema do povo que do jogo. É como dizer que o futebol é um jogo de luta só porque tem jogadores que gostam de chegar na voadora.

E há também o pessoal que diz que é “coisa de criança”, pra quem eu respeitosamente digo apenas isso.

Mas volto a dizer, Pokémon GO é só um exemplo de algo que sempre acontece, que é a geração de haters em coisas que muita gente gosta. Especialmente na internet, por motivos pessoais, há muita gente que gosta de fazer barulho com seus comentários. Um “não me interesso por Pokémon, então vou deixar quieto…” fica invisível do lado de um “QUE JOGO PRA RETARDADO!”. O fato é que, mesmo sob o disfarce de uma alcunha ou pseudônimo, muita gente supre a própria carência por atenção pelo atalho do ódio que, quando é contra algo extremamente popular, acaba servindo dois propósitos. O da “melancia no pescoço”, uma necessidade que acomete diversas pessoas desde que o mundo é mundo, e outro também, o da nossa busca incessante por afirmar a própria identidade. Não gostar de algo que todo mundo gosta faz gente insegura se sentir mais única, e gritar isso da maneira mais ofensiva possível ajuda a mostrar pra todo mundo esse sentimento discutível de originalidade.

Tudo isso pra dizer, desde que ninguém tome seu celular pra ficar jogando Pokémon GO ou compre pokébolas com o seu dinheiro, deixa a galera em paz e, principalmente, fique em paz. Boas caçadas pra quem joga e boas paciências pra quem não. 🙂

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